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Rádio Cultura Brasil homenageia Elis Regina, que completaria 80 anos, com série documental

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Divulgação/TV Cultura.

Elis Regina nasceu em 17 de março de 1945 na capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Se o Brasil é considerado o país das cantoras, ela é até hoje considerada a maior de todas. Em pouco mais de 20 anos de carreira, tornou-se a cantora número 1 da música popular brasileira do século XX. E, para homenagear os 80 anos que Elis Regina completaria neste ano, a Rádio Cultura Brasil (FM 77,9) dá início, no dia 9 de fevereiro (domingo), às 9h, às programações especiais em celebração à artista, recuperando digitalmente a série ‘Elis, instrumento voz: uma travessia em 6 tempos’. Produzida em 1992 (quando dos 10 anos da morte da artista), a produção rendeu à emissora o Grande Prêmio da Crítica da APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte.

A série documental Elis, instrumento voz: uma travessia em 6 tempos conta com depoimentos de diretores, compositores, produtores, jornalistas e músicos que conviveram com a artista. São eles: Ademar Guerra, Amilson Godoy, Belchior, Bocato, Cauby Peixoto, César Camargo Mariano, Chiquinho de Moraes, Fernando Faro, Gilberto Gil, João Bosco, Luiz Chaves, Márika Gidali, Miriam Muniz, Milton Nascimento, Natan Marques, Nelson Motta, Roberto Menescal, Solano Ribeiro, Toninho Pinheiro e Zuza Homem de Mello. Com apresentação de Roxane Ré, a série dividida em seis episódios mostra um painel amplo da carreira de Elis.

Episódio #1 (9/2) – Focaliza o seu início até o ano de 1969, quando se apresenta no Midem na França e grava Elis in London.

Episódio #2 (16/2) – Destaque para o período entre 1970 e 1973, com lançamentos de obras de João Bosco, Gilberto Gil, a gravação de 20 anos blue, Madalena e Cais e sua participação no show Phono 73, realizado no Pavilhão das Convenções do Anhembi.

Episódio #3 (23/2) – O tema do programa são os dois álbuns gravados pela cantora em 1974. Elis e Elis & Tom, que muitos consideram o trabalho mais importante em disco da história da música popular brasileira.

Episódio #4 (2/3) – Os grandes shows da Elis Regina na segunda metade dos anos 1970. Falso Brilhante, Transversal do Tempo e o disco Elis (1977), com os registros de Romaria, Sentimental eu fico e Morro Velho.

Episódio #5 (9/3) – Seus últimos trabalhos nos palcos e nos estúdios. Essa mulher, Saudade do Brasil, O trem azul. Sua participação no Festival de Montreux.

Episódio #6 (16/3) – A série termina com uma seleção que mostra a versatilidade da cantora, ao exibir performance perfeitas em diversos estilos interpretados na travessia de seus 20 anos de carreira. Bolero, valsa, música romântica, bossa nova, rock, humor e samba.

Elis, instrumento voz conta com trechos da entrevista que a cantora concedeu ao programa Jogo da Verdade, da TV Cultura, exibido no dia 5 de janeiro de 1982.

Serviço:

Elis, instrumento voz: uma travessia em 6 tempos

Série documental semanal

Estreia: domingo, 9 de fevereiro de 2025, às 9h

Apresentação: Roxane Ré

Roteiro e direção: Vilmar Bittencourt e Maria Luiza Kfouri

Rádio Cultura Brasil

FM 77,9 MHz

AM 1.200 kHz

Site: radioculturabrasil.com.br

TV Digital: Canal 2.5

Aplicativo: Cultura Play.

(Com Mariana Carvalho/Assessoria de imprensa TV Cultura)

Bori Entrevista: “Indígenas protegem 80% das florestas do planeta”, diz pesquisadora indígena do povo Borum-Kren

Minas Gerais, por Kleber Patricio

Bárbara Flores, que defende maior participação de povos originários em políticas públicas, em evento que reuniu pesquisadores indígenas e ecólogos. Foto: Acervo pessoal.

Assim como muitos cientistas, Bárbara Nascimento Flores tornou-se pesquisadora em busca de respostas. Mas ela queria saber mais não apenas sobre o mundo ou sobre a natureza, mas também sobre as suas origens, seus antepassados e a história dos que vieram antes dela — e encontrar seu lugar no mundo. Doutora em desenvolvimento e ambiente pela UESC (Universidade Estadual de Santa Cruz, na Bahia), Flores é uma mulher indígena do povo Borum-Kren, originário da região atualmente chamada de Ouro Preto, em Minas Gerais. Em seu Lattes, a pesquisadora usa o nome de sua comunidade como sobrenome, para marcar sua identidade: Bárbara Nascimento Flores Borum-Kren. Ela ainda carrega no currículo formações em outras universidades brasileiras e um pós-doutorado no exterior.

Em entrevista à Agência Bori, ela afirma que os povos indígenas têm impacto positivo no clima: “É por meio dos nossos modos de vida que a gente mantém as florestas em pé, e são elas que mantêm o clima regulado na Terra. Mesmo representando 5% da população mundial, os povos indígenas ainda protegem 80% das florestas do planeta”.

A pesquisadora diz esperar que as demandas e preocupações dos povos originários sejam levadas em consideração na COP (Conferências das Partes da ONU para o clima) deste ano, a ser realizada no Brasil, em Belém (PA). “Temos que ter espaços onde os povos indígenas tenham protagonismo principalmente nos espaços de decisão sobre a conservação ecológica, a diversidade e os territórios”, diz.

Como foi pra você se inserir como pesquisadora indígena no ambiente universitário?

Foi uma construção muito árdua para chegar nesse empoderamento de me identificar como uma pesquisadora indígena. A gente sofre alguns tipos de violência. O fortalecimento identitário dentro da universidade veio com o fortalecimento identitário do meu povo, que foi declarado extinto. As famílias remanescentes desse povo tiveram que esconder suas identidades como forma de sobrevivência.

Sempre entendi que a minha luta é coletiva, para o meu povo – meus parentes, os povos indígenas, essa população tão massacrada nos últimos séculos, mas que é tão importante para o presente e para o futuro. São as populações indígenas que estão segurando o céu para ele não cair sobre as nossas cabeças, como diz o Davi Kopenawa [escritor e liderança yanomami]. É por meio dos nossos modos de vida nos territórios que a gente mantém as florestas em pé e são elas que mantêm o clima regulado na Terra.

As crises climáticas que estamos vivendo são causadas pela devastação. Mesmo representando 5% da população mundial, os povos indígenas ainda protegem 80% das florestas do planeta. Mesmo nascendo em um contexto urbano, nós mantemos a conexão com o território e as nossas origens. É a forma como a gente enxerga a vida, o território como extensão do nosso corpo. Nossos povos ainda guardam muitas memórias, mesmo povos declarados extintos e que passaram por processos de apagamento histórico, ainda tem muitos conhecimentos sobre biodiversidade muito vivos.

Recentemente, a revista Science publicou um artigo assinado por pesquisadores indígenas brasileiros discutindo e defendendo uma maior integração entre o conhecimento científico ocidental e o indígena, especialmente em temas ligados à preservação da Amazônia e de sua biodiversidade. Qual a relevância desse tipo de trabalho?

Ter uma publicação de um artigo em uma revista de peso como a Science trazendo à tona a importância da ciência indígena, que conversa em pé de igualdade com a ciência acadêmica, é algo histórico. Estamos no momento certo para isso, temos ferramentas metodológicas para demonstrar que a ciência indígena deve e pode conversar de igual para igual com a academia. Espero que este artigo abra cada vez mais porta para que os nossos conhecimentos se espalhem como sementes e possam influenciar políticas públicas de como ligar com a terra e com a natureza, com as demarcações.

Qual sua expectativa para a COP de 2025 no Brasil?

Nós temos que usar a linguagem acadêmica para traduzir os conhecimentos indígenas para conversar em pé de igualdade – na COP é a mesma coisa. Temos que ter espaços onde os povos indígenas tenham protagonismo principalmente nos espaços de decisão sobre a conservação ecológica, a diversidade e os territórios. Não temos que participar só como ouvintes, temos que participar das decisões.

Como isso pode ser viabilizado?

Na última COP, na Colômbia, houve a formação do Caucus Indígena, um espaço onde os povos indígenas se encontram para aproximar conceitos e posicionamentos. Tem também o G9 [coalização de organizações indígenas de nove países sul americanos criada na COP16], um espaço técnico e político para unificar o movimento indígena nas COPs. Estão sendo criados esses espaços de lideranças que estão conversando sobre essas questões para incidir nas decisões da COP.

Existe uma articulação relevante internacional do movimento indígena?

Sim, tem o Parlamento Indígena, que é uma instância que atua internacionalmente, e outras instâncias internacionais em que lideranças se encontram para discutir pautas em comum para povos indígenas do mundo inteiro. Tem um discurso uníssono, por causa dessa consciência que chamamos de pan-indígena. Antes, os povos ficavam concentrados em demandas do seu próprio território, locais. A partir do movimento indígena organizado, que no Brasil começa nos anos 1970 como movimento político organizado, começa a ter consciência da noção indígena nacional e, mais tarde, internacional. Várias questões que incidem nos territórios no Brasil também incidem em outros países.

Quais são as convergências entre povos brasileiros e de outros países?

É unânime o desejo de conservação da biodiversidade, as florestas em pé, para manter os modos de vida tradicionais. A questão indígena está totalmente relacionada ao território. A questão da conservação dos territórios é a grande base que une as lutas de todos os povos indígenas, a demarcação e soberania dentro dos territórios.

Como você avalia a postura do atual governo frente às demandas da crise do clima e da devastação ambiental?

No último governo, não tivemos demarcações, nenhuma política, tivemos boicotes de muitas ações dos próprios ministérios, da própria Funai, do próprio Ibama. Houve avanço das invasões dos garimpos, negligência do atendimento aos yanomami. Agora, nenhum governo é bom de fato para os povos indígenas. Os governos são desenvolvimentistas. O governo do PT é desenvolvimentista. Muitas políticas desenvolvimentistas são realizadas em cima dos territórios, como por exemplo Belo Monte, que foi num governo do PT, as hidrelétricas do rio Madeira, que foram no governo do PT, agora o avanço das eólicas, da mineração.

É tudo em prol de um desenvolvimento para ter melhora na economia, na distribuição de renda e fortalecimento de políticas sociais. Só que essa ampliação das políticas sociais vem em cima de avanços dentro dos territórios das florestas. Teve demarcação no governo Lula, sim, mas ainda tem muita coisa para fazer, ainda falta muito. Teve a criação do Ministério dos Povos Originários, isso foi bom, mas o ministério não tem como atuar, não tem instrumentalização. Ainda assim, mesmo não sendo suficiente para as demandas dos povos indígenas, o governo do PT dialoga.

(Fonte: Agência Bori)

Armadilha que une bactérias e larvas maceradas ajuda a combater o Aedes aegypti, mostra estudo

Recife, por Kleber Patricio

Extrato sinaliza às fêmeas a presença de larvas em estágios avançados, o que pode indicar um local propício para a deposição dos ovos. Foto: NIAID.

Pesquisadores do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz-PE) em colaboração com a Universidade da Califórnia em Davis desenvolveram uma nova estratégia para o controle de mosquitos Aedes aegypti, vetor de doenças como a dengue, e Culex quinquefasciatus (também conhecidos como pernilongo ou muriçoca). Eles desenvolveram uma armadilha com uma ‘isca’ feita de extrato larval de Aedes aegypti combinado com um larvicida biológico. Artigo publicado na revista Anais da Academia Brasileira de Ciências na sexta (7) mostra que essa união aumenta significativamente a captura de ovos dos mosquitos.

A pesquisa avaliou a eficácia de extratos larvais, associados a uma variante (israelensis) do larvicida biológico Bacillus thuringiensis (Bti), como isca para atrair mosquitos à armadilha Double BR-OVT, já utilizada comercialmente para o combate dos mosquitos. Para preparar o extrato, larvas de quarto estágio foram coletadas, lavadas e maceradas em água destilada. O extrato foi então filtrado e usado nas armadilhas, tanto na forma in natura quanto liofilizada (em pó). Para evitar que as armadilhas se tornassem criadouros, também foi utilizado um larvicida.

Testes realizados em Recife, no campus da Universidade Federal de Pernambuco, mostraram que as armadilhas tratadas com extrato larval, com ou sem o larvicida biológico, coletaram mais ovos do que as armadilhas controle. No laboratório, elas reuniram cerca de 70% dos ovos, mais que o dobro da armadilha convencional.

Em campo, elas coletaram pouco mais de 60% dos ovos de Aedes e até 70% dos ovos de Culex. “Isso ocorre porque os extratos fornecem sinais voláteis e gustativos que tornam o local mais atrativo para oviposição”, explica Gabriel Faierstein, pesquisador visitante do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz-PE) e um dos autores do artigo. O pesquisador detalha que sinais químicos são a principal forma de comunicação ente os insetos, ajudando as fêmeas a identificarem locais potencialmente favoráveis para o desenvolvimento de larvas. “Como o extrato é produzido a partir de larvas, nossa hipótese é que seus compostos sinalizam a presença de larvas em estágios avançados, o que pode indicar um local propício para a oviposição”, acrescenta.

A utilização de iscas com extrato larval e Bti em armadilhas pode reduzir a necessidade de inseticidas químicos, que podem ter impacto negativo no ambiente e na saúde humana, além de auxiliar na coleta de amostras de mosquitos infectados com arbovírus. A técnica pode ser adotada em programas de controle de vetores e vigilância epidemiológica, ajudando a proteger a população de doenças como dengue, chikungunya e zika. “Esses resultados destacam a importância de compreender a ecologia dos mosquitos para o desenvolvimento de estratégias que auxiliem no controle integrado, sendo seguras para humanos, plantas e animais”, analisa Faierstein.

A pesquisa também expande o conhecimento sobre o comportamento de oviposição dos mosquitos. Os resultados indicam que as fêmeas de Aedes e Culex são estimuladas por sinais químicos presentes nos extratos larvais, e que essa atração não é afetada pela presença de Bti. A descoberta abre caminho para o desenvolvimento de atrativos sintéticos baseados em compostos dos extratos larvais, facilitando a aplicação em larga escala.

O grupo de pesquisa continua investigando a composição química dos extratos larvais e desenvolvendo formulações para a aplicação prática e liberação controlada dos atrativos. “Apresentamos uma alternativa inovadora e eficaz para o controle integrado de mosquitos. Nosso objetivo é aprimorar a eficácia das armadilhas e aprofundar o conhecimento sobre as substâncias que influenciam o comportamento de oviposição dos mosquitos”, conclui o pesquisador.

(Fonte: Agência Bori)

Bistrô La Palette, do Royal Palm Plaza Resort, lança Menu Degustação com seis tempos

Campinas, por Kleber Patricio

Menu degustação do Bistrô La Palette. Fotos: Divulgação/Royal Palm Plaza.

Com a proposta de resgatar a essência da gastronomia clássica contemporânea francesa, o Bistrô La Palette, localizado no Royal Palm Plaza Resort Campinas, traz de volta o Menu Degustação. Com assinatura do chef executivo Marcelo Pinheiro, foram desenvolvidas duas versões para este relançamento: o Menu Degustação Completo e o Menu Degustação Harmonizado, este com uma seleção de vinhos para acompanhar cada prato.

O novo Menu Degustação é composto por seis tempos. A experiência começa pelo Amousse Bouche, um aperitivo com a proposta de preparar o paladar para a refeição. Na sequência, é servido um Cone de massa filo recheado com steak tartar, tuile de alcaparras e cebola roxa.

Na sequência são três pratos principais: Filé de robalo com mousseline de ervilha e mandioquinha, servido com molho cerefólio; Medalhão de cordeiro com mini ratatouille e molho de pimenta-da-jamaica e o Creme de cogumelos frescos com ilha flutuante de morilles e mel trufado. E para fechar a experiência gastronômica, a sobremesa, composta por uma trilogia elaborada pelo chef Pinheiro.

Cone de massa filo.

O Menu Degustação Harmonizado é servido com as mesmas opções. Porém, o diferencial dessa versão é a seleção de vinhos escolhidos para acompanhar e harmonizar com as entradas, pratos principais e sobremesas. “Com este menu degustação, queremos trazer de volta para os clientes a essência da gastronomia clássica da França, que estava muito esquecida entre os chefs e restaurantes”, conta Pinheiro. “Fizemos questão de resgatar técnicas antigas, misturando texturas contemporâneas, apresentações diferentes e sabores bem especiais”, acrescenta o chef executivo do Bistrô La Palette.

Com capacidade para 40 pessoas, atendendo tanto hóspedes do resort como visitantes, o Bistrô La Palette é referência gastronômica em toda a região de Campinas. Além do Menu Degustação, o bistrô, que tem projeto, iluminação e paisagismo contemporâneos, conta com menu amplo e sofisticado, priorizando alimentos frescos e de produtores da região.

Serviço:

La Palette Bistrô

Av. Royal Palm Plaza, 277, Jd. Nova Califórnia

Informações e reservas: 2117-8093, 99711-9371, pelo WhatsApp (19) 99703-5851 ou lapalette@royalpalm.com.br.

(Com Marcelo Oliveira/Comunicação Estratégica Campinas)

Barbara Gancia relança livro sobre o drama do alcoolismo

São Paulo, por Kleber Patricio

Capa do livro. Fotos: Divulgação.

Reverenciada por suas passagens em grandes veículos da imprensa brasileira, a jornalista Barbara Gancia se tornou símbolo da luta contra o alcoolismo com o lançamento de ‘A Saideira’. O testemunho da própria jornada com a doença que mata 12 pessoas por hora no país, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ganha agora uma nova edição pela Matrix Editora.

“Pouco mudou desde a primeira edição deste livro”, lamenta a autora na introdução do relançamento. “Somos recordistas mundiais, ou assustadoramente perto disso, em acidentes de trabalho, acidentes de trânsito, DSTs, gravidez indesejada, mortes por motivo fútil e violência doméstica. Tudo isso está intimamente relacionado ao álcool”, alerta ao reforçar que as discussões sobre o tema seguem necessárias.

Nas páginas, Gancia compartilha relatos íntimos e, muitas vezes desconfortáveis de suas experiências como dependente, como ter provado bebida alcoólica pela primeira vez aos três anos de idade, os apagões de memória após as ressacas, as escapadas durante o expediente para encher o copo, as ‘grandes cagadas’ que marcaram suas bebedeiras, o consumo de drogas e os flertes com a morte quando dirigia embriagada. Em depoimentos sinceros e despidos de qualquer romantismo, ela escancara o próprio dilema de quem por muito tempo não se deu conta do problema e não se enxergava no estereótipo de alcoólatra gravado no imaginário popular.

Ao narrar as passagens por clínicas de reabilitação, os encontros de Alcoólicos Anônimos e os esforços para seguir o programa dos 12 Passos, a jornalista ilustra a intensa batalha enfrentada por adictos em recuperação e os efeitos desse processo a todos que estão em sua órbita. Mesmo mostrando que caminho do tratamento não é fácil, a escritora defende o papel do livro para ajudar quem hoje convive com o vício. “Eu o escrevi para transmitir aos alcoólicos, como eu, um despertar espiritual igual ao que tive. Escrevi para mostrar de forma palpável que é possível renovar a alegria diariamente, tendo uma vida plena e cheia de esperança”, afirma.

A versão revista e ampliada da publicação também repercute o sucesso da peça ‘Bárbara’, adaptação da trajetória de Gancia que rendeu a Marisa Orth o prêmio Bibi Ferreira de Melhor Atriz de Teatro. O espetáculo, que deve voltar aos palcos em 2025, contribuiu para conversas sobre o alcoolismo, especialmente entre mulheres, e para ampliar a conscientização sobre os impactos devastadores dessa dependência na vida pessoal, profissional e familiar. A dramatização reafirmou a urgência de tratar o alcoolismo como uma questão de saúde pública, além sensibilizar o público e inspirar aqueles que buscam superar a dependência.

O retorno às prateleiras de A Saideira é pertinente em uma realidade em que os números relacionados ao consumo abusivo de álcool permanecem alarmantes e comprovam que essa problemática está longe de ser superada. Com seu relato honesto e profundo sobre os desafios da recuperação, Barbara Gancia incentiva o suporte coletivo a quem busca um novo começo.

Ficha técnica

Livro: A saideira – Uma dose de esperança depois de anos lutando contra a dependência

Autoria: Barbara Gancia

Editora: Matrix Editora

ISBN: 978-65-5616-528-8

Páginas: 318

Preço: R$55,00

Onde encontrar: Amazon, Matrix Editora.

Sobre a autora | Barbara Gancia nasceu em São Paulo em 10 de outubro de 1957. Jornalista, foi colunista da Folha de S. Paulo por 32 anos (de 1984 a 2016). Trabalhou também nas editoras Três e Abril e no Caderno 2, do jornal O Estado de S. Paulo. Na televisão aberta, atuou como ombudsman do programa de Otávio Mesquita e, de 2002 a 2011, apresentou no canal BandSports o programa Dois na Bola ao lado do mitológico narrador Silvio Luiz. Foi ainda colunista na rádio BandNews FM, de 2008 a 2015. Integrou o elenco do canal GNT, no qual participou como apresentadora do programa Saia Justa, de 2013 a 2016. Hoje em dia, transformou em atividade profissional uma antiga paixão: os relógios. Escreve sobre o assunto para diversas publicações. Ela também segue na sua missão de ajudar as pessoas, dando palestras sobre alcoolismo.

Sobre a Matrix Editora | Apostar em novos talentos, formatos e leitores. Essa é a marca da Matrix Editora, desde a sua fundação em 1999. A Matrix é hoje uma das mais respeitadas editoras do país, com mais de 1.000 títulos publicados e oito novos lançamentos todos os meses. A editora se especializou em livros de não-ficção, como biografias e livros-reportagem, além de obras de negócios, motivacionais e livros infantis. Os títulos editados pela Matrix são distribuídos para livrarias de todo o Brasil e também são comercializados no site www.matrixeditora.com.br.

(Com Lucas Fernandes Koehler/LC Agência de Comunicação)