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Malásia: legado gastronômico, sabores e experiências

Malásia, por Kleber Patricio

O Nasi Lemak, recentemente reconhecido pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Foto: Divulgação.

A Malásia é um mosaico de culturas e oferece uma jornada única para amantes da gastronomia. O país – onde tradições malaias, chinesas, indianas e indígenas se misturam – apresenta uma culinária tão diversa quanto sua história. Dos mercados de rua de Kuala Lumpur, Penang e Malaca às cozinhas tradicionais de Sabah e Sarawak, a comida reflete a identidade multicultural do país. Explorar a Malásia por meio da gastronomia revela os costumes e tradições de seu povo. Mais do que uma refeição, comer fora é uma experiência que percorre diferentes influências e estilos culinários da Ásia.

Cena gastronômica da Malásia: tradição e inovação

A culinária da Malásia é uma fusão de tradições antigas e inovação, proporcionando uma experiência gastronômica rica. Além das cidades mais conhecidas, sabores regionais menos explorados oferecem descobertas únicas para cada paladar.

Tesouros culinários da Malásia: uma jornada além do prato

Cada prato na Malásia reflete a mistura de culturas. O Nasi Lemak, reconhecido pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial, representa o café da manhã local com arroz de coco, sambal e acompanhamentos saborosos. Outros pratos marcantes incluem o Rendang, carne cozida lentamente com especiarias; o Hainanese Chicken Rice, que destaca a simplicidade, e o Roti Canai, pão achatado inspirado na culinária indiana. Programas de hospedagem familiar permitem que visitantes acompanhem o preparo de pratos malaios autênticos e compartilhem refeições e experiências culturais com as famílias anfitriãs.

A diversidade de sabores malaios

Sabores Malaios: Explore a culinária malaia nos mercados do Bazaar Ramadhan ou nas celebrações do Hari Raya Aidilfitri e Hari Raya Aidiladha. Festivais em todo o país oferecem uma grande variedade de pratos, e eventos nacionais permitem experimentar especialidades festivas.

Legado Culinário Chinês: Experimente os sabores das tradições Cantonês, Szechuan, Hokkien, Hakka, Teochew e Hainanês, resultado de séculos de tradição gastronômica.

Sabores Indianos: Aprecie os pratos temperados da culinária indo-malaia, incluindo a comida Mamak, influência da comunidade indiana muçulmana. O Roti Canai, considerado um tesouro nacional, é um dos favoritos.

O Charme da Culinária Nyonya: Descubra a herança gastronômica da comunidade Baba e Nyonya, uma fusão das tradições malaia e chinesa.

Fusão Portuguesa: Explore a combinação de influências orientais e ocidentais na culinária luso-malaia, reflexo da história do país.

Os Sabores de Bornéu e Especialidades Regionais: Aventure-se em Sarawak e Sabah para provar pratos regionais como Laksa Sarawak, Mee Kolok, Manok Pansoh (frango cozido no bambu) e Umai (salada de peixe cru). Cada estado da Malásia tem suas próprias iguarias, desde o Keropok Lekor e Nasi Dagang de Terengganu até o Laksa Johor e Nasi Biryani Gam de Johor, além do Nasi Kerabu de Kelantan e sobremesas como Kuih Akok e Jala Mas.

Comida de rua: o coração da gastronomia malaia

A comida de rua na Malásia é uma experiência sensorial que reflete a essência da culinária do país. Das ruas de Jalan Alor, em Kuala Lumpur, com seu Satay grelhado e Char Kway Teow, ao Gurney Drive, em Penang, conhecido pelo Penang Laksa e Roti Canai, e à Jonker Street, em Malaca, famosa pelas iguarias Nyonya, como Chicken Rice Balls e Cendol, a comida de rua é a base da gastronomia malaia.

Uma jornada gastronômica das feiras de rua às estrelas Michelin

Para quem busca uma experiência gastronômica sofisticada, a Malásia conta com uma crescente seleção de restaurantes de alta gastronomia. O país abriga sete restaurantes com estrelas Michelin e 56 estabelecimentos reconhecidos pelo Bib Gourmand, destacando o melhor da inovação culinária malaia. Entre os destaques estão:

Dewakan (Kuala Lumpur): destaca-se pelo uso de ingredientes nativos e indígenas.

DC Restaurant by Darren Chin: combina técnicas francesas com sabores malaios.

Gēn (Penang): reinterpreta ingredientes locais de forma contemporânea.

Au Jardin: oferece alta gastronomia europeia com toques regionais.

Auntie Gaik Lean’s Old School Eatery (Malacca): preserva as tradições da culinária Peranakan.

Das movimentadas feiras de rua aos restaurantes estrelados, a gastronomia da Malásia celebra diversidade, tradição e inovação. Seja você um apreciador experiente ou um turista de primeira viagem, o país oferece uma jornada culinária que desperta os sentidos e deixa uma marca inesquecível no paladar.

Sobre Malaysia Tourism | O Turismo da Malásia, também conhecido como Malaysia Tourism Promotion Board, opera sob o Ministério do Turismo, Artes e Cultura da Malásia. Dedicada a promover o país como um destino turístico único, o Malaysia Tourism desempenha um papel vital no panorama do turismo internacional. O próximo Visit Malaysia Year, em 2026, destacará a sustentabilidade da indústria do turismo do país, em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Para obter mais informações, visite o site do Malaysia Tourism e os perfis oficiais no Facebook, Instagram, YouTube e TikTok.

(Com Fabiana Andrade/Tourism Malaysia/AVIAREPS)  

Obras de autoras em língua inglesa ganham novo impulso no Brasil

Ribeirão Preto, por Kleber Patricio

Edição de Freshwater chega ao Brasil em um formato pocket de luxo. Fotos: Divulgação.

A literatura produzida por mulheres em língua inglesa encontra um novo espaço no Brasil com o lançamento do selo Inglesa, uma iniciativa da Degustadora Editora. Criado para trazer ao público brasileiro obras pouco conhecidas ou inéditas no país, o selo tem curadoria da escritora, tradutora e ensaísta mineira radicada na Inglaterra Nara Vidal, que, além da seleção, também é responsável pela tradução de alguns dos títulos.

A primeira obra publicada pelo selo é ‘Freshwater’, a única peça teatral escrita por Virginia Woolf. O texto, um exercício modernista e irônico, ambientado na baía de Freshwater, onde ficava a casa de sua tia-avó, Julia Margaret Cameron, traz uma crítica a elite intelectual britânica da época. A obra lançada pela Inglesa apresenta duas versões da peça, datadas de 1923 e 1935, permitindo ao leitor acompanhar a evolução da escrita de Woolf.

“Traduzir esse texto foi uma experiência fascinante. Freshwater é repleto de humor e sagacidade, com muitas piadas internas e referências que mostram uma Virginia Woolf surpreendentemente leve e divertida”, destaca Nara, vencedora do prêmio de melhor romance literário pela APCA, em 2024, com o livro Puro.

A edição de Freshwater chega ao mercado em um formato pocket de luxo em 124 páginas, com capa dura e guarda personalizada, além de tradução, notas e prefácio assinados por Nara Vidal. A identidade visual do livro também é assinada pela curadora, enquanto o trabalho gráfico é de Alexandre Guidorizzi. A capa utiliza um detalhe da pintura The Red Book, do artista irlandês John Lavery.

A criação do selo Inglesa reflete o desejo da Degustadora Editora de expandir o acesso à literatura de autoras que, apesar de sua relevância, ainda não possuem circulação ampla no Brasil. Sob a direção de Melissa Velludo, a editora também busca promover o trabalho de tradutores e escritores brasileiros por meio da produção de textos de apoio, aumentando as oportunidades na área editorial.

Próximos lançamentos

Nara Vidal, curadora do selo Inglesa.

Após a publicação de Freshwater, o selo Inglesa tem intenção de publicar outras importantes obras. Entre os próximos lançamentos estão um livro de contos pouco conhecidos da escritora norte-americana Edith Wharton e uma edição especial dos Cadernos Completos de Katherine Mansfield, que reúne diários, anotações e reflexões da escritora. A proposta é apresentar o material sem os cortes que foram impostos na publicação original por seu marido, John Murray, resgatando o verdadeiro conteúdo da autora.

O selo também trará uma importante obra da feminista inglesa Mary Wollstonecraft, além de uma obra de Bryher, nome artístico da novelista e ensaísta britânica Annie Winifred Ellerman, conhecida por seu relacionamento com a poeta Hilda Doolittle.

“Minha experiência como livreira me permite enxergar o mercado tanto do ponto de vista das editoras quanto das livrarias. Queremos que os livros da Inglesa estejam disponíveis em todo o Brasil, com edições que valorizem o trabalho das autoras e das tradutoras”, afirma a editora Melissa Velludo, que em 2024 foi eleita a melhor livreira do Brasil pelo prêmio Publishnews/Catavento.

O livro Freshwater está à venda pelo site da Degustadora Editora, no link https://www.degustadoraeditora.com.br/freshwater/p.

(Com Angelo Davanço/Press Manager Mail)

Exposição ‘Amazônia, terra em transe’ – a fotografia de Victor Moriyama como denúncia e arte engajada na Pinacoteca Benedicto Calixto

Santos, por Kleber Patricio

Fotos: Victor Moriyama.

A Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto apresenta a exposição ‘Amazônia, terra em transe’, fotografias de Victor Moriyama, que abre a agenda expositiva Arte na Pinacoteca  3ª edição – 2025. A mostra acontece em um ano simbólico para o debate ambiental, no qual o Brasil sedia a COP 30 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Belém do Pará.

Com curadoria de Antonio Carlos Cavalcanti Filho e Carlos Zibel, a exposição reúne um poderoso conjunto de imagens que revelam, com profundidade e sensibilidade, a devastação da Amazônia e os impactos socioculturais dessa destruição. Mais do que um registro documental, as fotografias de Moriyama funcionam como um manifesto visual, explorando a relação entre progresso e degradação e dando visibilidade à luta das populações indígenas e ribeirinhas pela preservação de suas terras e culturas.

“A fotografia tem o poder de criar uma conexão emocional com o espectador. Meu objetivo é que as pessoas sintam o peso da destruição da Amazônia, mas também reconheçam a força e a resistência dos povos que vivem nela”, afirma Victor Moriyama.

Desde a chegada dos colonizadores, a Amazônia tem sido retratada como um paraíso de recursos inesgotáveis. A exposição desconstrói essa visão romântica da floresta, apresentando imagens que evidenciam as consequências do desmatamento, das queimadas e da exploração ilegal de terras. Moriyama denuncia não apenas a destruição ambiental, mas também os impactos sociais dessa crise, incluindo o deslocamento forçado de comunidades e a perda de modos de vida tradicionais.

A mostra convida o público a um olhar crítico sobre as relações de poder e os discursos históricos que sustentam a exploração da Amazônia. Inspirada no conceito de arte engajada, a exposição questiona a herança colonialista e eurocêntrica na representação da floresta e propõe um espaço de reflexão sobre a importância do protagonismo dos povos indígenas na luta pela preservação ambiental.

“Não se trata apenas de registrar imagens. É sobre dar visibilidade a histórias que muitas vezes são ignoradas, sobre criar pontes entre realidades distantes e provocar mudanças”, diz Moriyama.

Exploração imersiva: Os ambientes da exposição

A exposição se desdobra em uma jornada sensorial e reflexiva, conduzindo os visitantes por diferentes facetas da Amazônia – da sua riqueza natural e espiritual até os impactos da degradação ambiental. Cada sala é um convite à imersão nesse universo complexo, onde beleza e destruição coexistem.

No primeiro ambiente, um mosaico vibrante dá as boas-vindas refletindo a simultaneidade da vida na floresta. Aqui, a grandiosidade da biodiversidade se entrelaça com a espiritualidade dos povos tradicionais, enquanto camadas narrativas revelam tanto a exuberância da natureza quanto os primeiros sinais de sua fragilidade diante das ações humanas. Essa composição plural traduz a Amazônia em sua complexidade, mostrando que tudo acontece ao mesmo tempo: a preservação, a ameaça e a resistência.

No segundo, aprofunda o olhar sobre a degradação ambiental. A floresta começa a perder seu equilíbrio natural, e os impactos da intervenção humana se tornam mais evidentes. O espaço convida à reflexão sobre os danos causados pela exploração desenfreada, apresentando imagens e elementos que evidenciam os desafios enfrentados pelo bioma amazônico.

Já no terceiro é um tributo à natureza e aos povos tradicionais. Aqui, a experiência se transforma em uma homenagem à biodiversidade e ao sagrado da floresta tropical. O ambiente celebra a riqueza do bioma, destacando a conexão ancestral entre as comunidades indígenas e a terra, além da profundidade espiritual presente no ecossistema. É uma imersão na essência da Amazônia, onde os visitantes podem sentir sua grandiosidade e importância.

Por fim, o último ambiente traz uma atmosfera mais densa e impactante. O espaço escuro e carregado de imagens dramáticas transporta o público para a realidade da devastação. Queimadas, desmatamento e destruição tomam conta da narrativa visual, acompanhadas por um vídeo que aprofunda a reflexão sobre as consequências da ação humana. Esse encerramento reforça a urgência da preservação e a necessidade de um compromisso coletivo com o futuro da floresta.

Ao percorrer estes ambientes, a exposição propõe um mergulho na Amazônia em todas as suas camadas – sua exuberância, sua cultura, sua vulnerabilidade e sua luta pela sobrevivência. É uma experiência que desperta sentidos e consciência, ampliando o entendimento sobre um dos patrimônios naturais mais importantes do planeta.

“O que está acontecendo na Amazônia afeta o mundo inteiro. É uma questão global, e minha missão é amplificar essas vozes e essas paisagens que estão desaparecendo diante dos nossos olhos”, destaca o fotógrafo.

A exposição Amazônia, terra em transe faz parte da 3ª edição do projeto Arte na Pinacoteca, uma realização do Ministério da Cultura, patrocinado pela Ecovias, Rumo, Instituto Rumo, Brasil Terminal Portuário (BTP), MSC, MedLog e G. Pierotti, por meio da lei de incentivo à cultura, promovido pela Fundação Benedicto Calixto, promovido pela Fundação Benedicto Calixto. A direção executiva do projeto é de Leila Gazzaneo e a produção executiva é de Fábio Luiz Salgado.

Sobre o artista:

Victor Moriyama, paulistano, é formado em Comunicação Social com ênfase em Rádio e TV e iniciou sua carreira na Folha de S.Paulo. Especializou-se em fotojornalismo investigativo, documentando questões socioambientais na América Latina, especialmente na Amazônia.

Atualmente, trabalha regularmente para o The New York Times e colabora com veículos como National Geographic, Le Monde, Libération e El País. Em 2022, foi reconhecido com o George Polk Award e foi finalista do Prêmio Pulitzer, ambos pelo trabalho desenvolvido com a equipe do New York Times.

Suas exposições internacionais incluem Perpignan, França (2020), Culturescapes – Solo Exhibition, Suíça (2021), Open Society Foundation, Colômbia (2022) e Barcelona, Espanha (2024), entre outras.

Serviço:

Amazônia, terra em transe

Pinacoteca Benedicto Calixto

Avenida  Bartholomeu de Gusmão 15  – Santos – SP

Período: 14 de março a 20 de abril de 2025

Funciona de terça a domingo, das 9h às 18h com entrada gratuita.

Saiba mais:  https://pinacotecadesantos.org.br/

Acompanhe a programação no Instagram: @pinacotecabenedictocalixto

Mais informações pelo WhatsApp da Pinacoteca: (13) 99734-6364

A mostra acontece em um ano simbólico para o debate ambiental, no qual o Brasil sedia a COP 30 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Belém do Pará.

(Com Vanessa Gianellini)

Liniker apresenta turnê de CAJU em Campinas, na Multi Arena

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: Larissa Kreili.

Liniker lançou CAJU como uma ‘fotografia’ do seu novo momento de carreira. Esse registro extrapolou qualquer limitação temporal e se eternizou com a repercussão do disco, que já passou a marca de 240 milhões de plays nas plataformas de áudio. O tamanho da demanda segue crescendo com o anúncio de uma turnê por diversas cidades do Brasil. Agora, a artista chega a Campinas no dia 10 de maio para a primeira apresentação de seu novo repertório na Multi Arena. Este show da CAJU Tour é realizado pela Breu Entertainment e Multi. A venda de ingressos terá início nesta terça-feira, 18 de março, às 12h, no site da Meaple (acesse aqui).

Com direção musical de Fejuca e direção artística de Liniker, Celso Bernini/Stage e Renan de Andrade, a turnê de CAJU é dividida em quatro atos, são eles: O Sol Interno, com canções como ‘Tudo’ e ‘Veludo Marrom’; O Alter Ego com ‘Mayonga’, ‘Papo De Edredom’ e mais; O Retrogosto, em que Liniker revisita sucessos dos álbuns Indigo Borboleta Anil (2021), Goela Abaixo (2019) e Remonta (2016) e finaliza em tom de ‘Celebração’, listando músicas como ‘Popstar’ e ‘Febre’.

A tour já passou por São Paulo nos dias 8, 13 e 19 de novembro de 2024. A terceira data, inclusive, contou com transmissão ao vivo pelo Multishow e Globoplay. Na sequência, Liniker apresentou CAJU no Rio de Janeiro, Curitiba, Recife, Porto Alegre e Belo Horizonte. Neste ano, a artista ainda passará por Aracaju, no dia 21 de março; João Pessoa, no dia 22 de março; Salvador, nos dias 29, 30 e 31 de março; Brasília, nos dias 5 e 6 de abril; Manaus, no dia 21 de agosto, e São Luís, no dia 23 de agosto. A cantora ainda tem apresentações marcadas na Europa: nos meses de maio e junho, ela cantará em Portugal, Suíça, Holanda, Bélgica, Irlanda, França e Inglaterra. Todas as datas podem ser conferidas abaixo.

Serviço:

Liniker – CAJU Tour @Campinas

Data: 10 de maio de 2025 (sábado)

Horários: 17h (abertura dos portões) | 20h (início previsto do show)

Local: Multi Arena – Estacionamento C Iguatemi Campinas – Avenida Iguatemi, 777 – Vila Brandina – Campinas/SP

Valores:

Pista: A partir de R$60,00 (meia-entrada) | A partir de R$ 80,00 (solidária) | A partir de R$ 120,00 (inteira)

Área VIP: A partir de R$ 100,00 (meia-entrada) | A partir de R$ 120,00 (solidária) | A partir de R$ 200,00 (inteira)

Camarote: A partir de R$ 200,00 (inteira)

Ingressos: https://meaple.com.br/multiarena/liniker

Veja todas as datas já divulgadas da turnê de CAJU em 2025:

21 de março – Aracaju/SE – Salles Multieventos

22 de março – João Pessoa/PB – Domus Hall

29, 30 e 31 de março – Salvador/BA – Concha Acústica do Teatro Castro Alves (ingressos esgotados nas duas primeiras datas)

5 e 6 de abril – Brasília/DF – Arena Lounge BRB (ingressos esgotados na primeira data)

12 de abril – Rio de Janeiro/RJ – Queremos! Festival

26 de abril – Vinhedo/SP – Festival Hopi Pride

1º de maio – Florianópolis/SC – ARVO Festival

10 de maio – Campinas/SP – Multi Arena

17 de maio  – Curitiba/PR – Festival Coolritiba

24 de maio – Belo Horizonte/MG – Festival Sarará

31 de maio – Cascais/Portugal – Coala Festival

1º de junho – Genebra/Suíça – Alhambra

4 de junho –  Amsterdã/Holanda – Paradiso

6 de junho – Bruxelas/Bélgica – La Madeleine

9 de junho – Dublin/Irlanda – The National Stadium

11 de junho – Paris/França – La Cigale

13 de junho – Porto/Portugal – Primavera Sound

14 de junho – Londres/Inglaterra – Electric Brixton

21 de junho – Altinópolis/SP – Festival da Lua Cheia

12 de julho – Cuiabá/MT – Festival Baguncinha

26 de julho – Vitória/ES – Festival TendaLab

21 de agosto – Manaus/AM – Studio 5

23 de agosto – São Luís/MA – Arena Dux

5 de setembro – São Paulo/SP – Coala Festival

18 de outubro – Natal/RN – Festival Mada

Novembro de 2025 – Petrópolis/RJ – Rock The Mountain

Ouça CAJU aqui .

(Com Carol Pascoal/Trovoa Comunicação)

Pinacoteca de São Paulo retrata experiências noturnas na arte brasileira

São Paulo, por Kleber Patricio

Di Cavalcanti, detalhe Fantoches da meia noite (1921). Imagens: Divulgação/Pinacoteca.

A Pinacoteca de São Paulo inaugura sua programação de 2025 com a mostra coletiva ‘Tecendo a manhã: vida moderna e experiência noturna na arte do Brasil’ nas sete salas do edifício Pinacoteca Luz. A exposição investiga perspectivas de artistas de diferentes origens sobre a experiência da noite, com seus mistérios, personagens e ritos. Com curadoria de Renato Menezes e Thierry Freitas, a coletiva se divide em sete núcleos, percorrendo o assunto por meio de diferentes abordagens, desde um viés social, com reflexões sobre os impactos da modernização nas cidades no século XX, até uma narrativa mais fantástica e imaginativa, na qual surgem enigmas oníricos, paisagens noturnas e os assombros que povoam o imaginário coletivo, com monstros e lobisomens. Obras como ‘Noite na fazenda’ (1969), de Madalena Santos Reinbolt, e ‘Obscura Luz’ (1982), de Cildo Meireles, compõem a mostra.

Na exposição, a experiência da noite se apresenta como um problema artístico para refletir sobre vivências individuais que aparecem, por exemplo, nas representações de sonhos e pesadelos, e coletivas, que dizem respeito a formação histórica e social do país – sobretudo a partir do surgimento da energia elétrica, que mudou a fisionomia das cidades e suas dinâmicas no início do século XX. Atividades de lazer, surgimento de novas profissões, vivências na cidade – que variam de acordo com a origem social do sujeito – figuram em obras emblemáticas, muitas delas expostas pela primeira vez.

“A exposição privilegia a produção de artistas ditos populares e a coloca em relação direta com trabalhos de artistas canônicos do nosso modernismo, muitas vezes criando situações de tensão entre essas diferentes vivências da noite. Ao longo da exposição, percebemos que a noite, um fenômeno natural que afeta a todas as pessoas, reflete problemas artísticos relativos à luminosidade e à representação dos sonhos e visões, mas também problemas sociais relacionados ao trabalho, à coletividade e ao uso do espaço público. Fato é que a noite reforça uma das perguntas mais eloquentes quando olhamos para a arte moderna: quem olha quem? Nós não respondemos a essa pergunta, mas, ao contrário, procuramos transformá-la em motor para as reflexões que estimulamos ao longo de todo o percurso expositivo”, comentam os curadores.

Sobre a exposição

Em 1854 a cidade de São Paulo passou a receber um sistema de iluminação pública com luz a gás. A partir de 1883, o surgimento da energia elétrica aparece como fator determinante na reconfiguração do espaço público. Em Tecendo a manhã, o acender das luzes, na cidade e no campo, marca o início da exposição. Obras como Fachada do Teatro Municipal (sem data), de Valério Vieira (década de 1910) e São Paulo (1966), de Agostinho Batista de Freitas, comentam o espaço compartilhado e a vida coletiva em São Paulo, cidade símbolo da modernidade. Outras representações também podem ser vistas na perspectiva de Gregório Gruber, em Vale do Anhangabaú à noite (1981) e na fotografia de Benedito Junqueira Duarte Praça João Mendes Júnior (1950).

Madalena dos Santos Reinbolt, detalhe de Noite na fazenda (1969).

A segunda sala se volta para o coletivo, apresentando obras que tematizam a sociabilidade noturna. Nos primeiros meses do ano, por exemplo, a Festa de Iemanjá e o Carnaval organizam festas populares em forma de cortejo, movido pelo canto de batuques e afoxés. A cultura do samba, assim como dos bailes, construída fundamentalmente por pessoas negras que experimentavam uma vida cerceada pelas perseguições políticas no pós-abolição, permitiu o florescimento de agremiações inteiramente dedicadas à festa e à celebração da liberdade do corpo marginalizado. Neste núcleo, casamentos, festas religiosas, bailes e parques de diversões podem ser vistos em trabalhos como Festa de Iemanjá (sem data), de Babalu, Parquinho (1990), de Ranchinho, e o Concurso de dança no DCE (1985), dos Retratistas do Morro.

Na sala seguinte, a exposição apresenta personagens associados à noite. A prostituição e o ambiente dos bordéis foram temas frequentes na obra de Di Cavalcanti, Oswaldo Goeldi e Lasar Segall, que se interessavam em observar uma vida marginal, precária e ilegal que não poderia acontecer à luz do dia. Desses artistas, estão expostas respectivamente obras como Fantoches da meia-noite (1921), O ladrão (1955) e Mulheres do mangue com espelhos (1926), que convidam o público a refletir sobre gênero e classe a partir da visão de homens brancos da elite cultural do país sobre mulheres e pessoas negras, pobres e em estado de decadência no contexto pós-abolição.

A quarta sala destaca uma figura mítica evocada pela lua cheia: o Lobisomem. Um conjunto de obras de Ana das Carrancas, além de peças de madeira de Mestre Guarany e Artur Pereira, remetem ao personagem. As obras dividem o espaço expositivo com representações de formas lunares, em especial a obra monumental de Tomie Ohtake, Lua (políptico) (1984). Na sequência, paisagens noturnas que flertam com a abstração e a metafísica contrastam trabalhos como Fachada roxa e verde (início da década de 1960) de Volpi, com obras de artistas populares como Cafezal #1, de Adir Mendes de Souza e Derrubada erótica (2013), de Nilson Pimenta, para pensar sobre o espaço do sonho e os enigmas oníricos.

Indissociável do tema da noite, a experiência do sonhar é contemplada na sexta sala, que se dedica ao imaginário do pesadelo e das assombrações. Em trabalhos como a escultura Exu-Caveira (1982-1983), é possível contemplar a reação de Chico Tabibuia às visões noturnas: convertido à uma religião que demonizava as entidades afro-brasileiras que ele cultuava anteriormente, o artista passou a esculpir na madeira esses espíritos que, segundo ele, insistiam em persegui-lo. Outros artistas como Mestre Galdino, Ulisses Pereira Chaves e Maria Martins também podem ser vistos pelo público. A alvorada marca o encerramento da exposição, trazendo ao último núcleo a transição da noite para o dia, com trabalhos de Djanira, Tereza Costa Rêgo e Heitor dos Prazeres.

Sobre a Pinacoteca de São Paulo | A Pinacoteca de São Paulo é um museu de artes visuais com ênfase na produção brasileira do século XIX até́ a contemporaneidade e em diálogo com as culturas do mundo. Museu de arte mais antigo da cidade, fundado em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, vem realizando mostras de sua renomada coleção de arte brasileira e exposições temporárias de artistas nacionais e internacionais em seus três edifícios, a Pina Luz, a Pina Estação e a Pina Contemporânea. A Pinacoteca também elabora e apresenta projetos públicos multidisciplinares, além de abrigar um programa educativo abrangente e inclusivo. B3, a bolsa do Brasil, é Mantenedora da Pinacoteca de São Paulo. 

Serviço:

Pinacoteca de São Paulo

De quarta a segunda, das 10h às 18h (entrada até 17h)

Gratuitos aos sábados – R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada), ingresso único com acesso aos três edifícios – válido somente para o dia marcado no ingresso

Quintas-feiras com horário estendido na Pina Luz, das 10h às 20h (gratuito a partir das 18h)

2º Domingo do mês – gratuidade Mantenedora B3.

(Com Mariana Martins/Pinacoteca de São Paulo)