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14º Festival de Fotografia de Tiradentes lança convocatória Novas Ecologias

Tiradentes, por Kleber Patricio

Festival de Fotografia de Tiradentes. Crédito das fotos: Leo Lara/Foto em Pauta.

Atenção fotógrafos de todo o país: o 14º Festival de Fotografia de Tiradentes – Foto em Pauta lança convocatória para artistas da fotografia refletirem sobre o tema Novas Ecologias. As inscrições são gratuitas e deverão ser submetidas pelo formulário disponível no site do Festival entre os dias 8 e 16 de fevereiro de 2025. Para essa convocatória, é possível inscrever até cinco imagens, que podem ou não ser da mesma série. Podem ser apresentados trabalhos individuais ou coletivos, produzidos com filmes, câmeras digitais ou smartphones.

O objetivo da iniciativa é reunir trabalhos de fotografia das mais diversas vertentes (documentais, imagens pessoais e poéticas) para serem exibidas em uma projeção no Largo das Forras, em Tiradentes/MG, durante o Festival, nas noites de 28 e 29 de março de 2025.

A equipe curadora ficará responsável pela seleção das imagens. O resultado será divulgado no dia 4 de março. Dúvidas poderão ser enviadas para o e-mail fototiradentes@gmail.com.

Novas Ecologias

Que histórias você pode contar sobre nosso elo essencial com o planeta? Inspirada pelo conceito de ecosofia, tratado no livro ‘As três ecologias’ do pensador francês Félix Guattari, esta convocatória propõe uma reflexão sobre as múltiplas relações que sustentam a vida e sobre os modos como podemos coabitar com respeito, equilíbrio e cuidado.

A ecosofia é um convite para repensar as fronteiras entre o humano e o não humano, entre natureza e cultura, revelando como a existência é tecida por interdependências entre indivíduos, ecossistemas e subjetividades. “Buscamos trabalhos fotográficos que revelem a complexa teia da vida, explorando as crises ambientais, sociais e existenciais, mas também que celebrem a resiliência da natureza e a capacidade humana de transformar o mundo. Queremos imagens que capturem as marcas do tempo e as práticas cotidianas que refletem nosso cuidado com o planeta”, destaca Eugenio Sávio, idealizador e diretor artístico do evento.

14º Festival de Fotografia de Tiradentes

O Festival de Fotografia de Tiradentes – Foto em Pauta chega à sua décima quarta edição entre os dias 26 e 30 de março de 2025 na cidade histórica mineira. A programação intensa, diversificada e gratuita contará com exposições, debates, palestras, projeções de fotografias, lançamentos de livros e atividades educativas. A programação está sendo divulgada no Instagram @fotoempauta e no site oficial do evento. O 14º Festival de Fotografia de Tiradentes é realizado com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura e da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, e com o patrocínio da CBMM e do Itaú.
(Com Luciana d’Anunciação/ Rede Comunicação que Transforma)

MinC moderniza gestão da Lei Rouanet com novas regras para acessibilidade e nacionalização dos incentivos fiscais

Brasília, por Kleber Patricio

Foto: Filipe Araújo/MinC.

O Ministério da Cultura (MinC) publicou, na quinta-feira (6), a Instrução Normativa (IN) de Nº 23 do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) no Diário Oficial da União (DOU). O novo regulamento atualiza e moderniza os procedimentos e regras que envolvem o mecanismo de Incentivos a Projetos Culturais, em consonância com a realidade atual do País e em atendimento a demandas realizadas pelo setor produtivo cultural e a sociedade civil. A IN 23/2025 foi elaborada com base em ampla consulta pública e diálogo com agentes culturais, especialistas e representantes do setor. Ainda na quinta-feira (6), o Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic) foi reaberto para a recepção de propostas culturais submetidas a Lei Rouanet para o ano de 2025.

Entre os destaques da nova normativa está a maior valorização de iniciativas lideradas por povos originários, comunidades tradicionais e grupos populares. Além disso, a nova Instrução Normativa estabelece a obrigatoriedade da disponibilização, comunicação e administração de recursos de acessibilidade em projetos culturais incentivados pela legislação.

De acordo com Henilton Menezes, secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural (Sefic) do MinC, a nova Instrução Normativa reflete o compromisso do governo com a democratização do acesso à cultura e com a valorização das expressões artísticas e culturais de todos os cantos do Brasil, possibilitando a todos o pleno exercício dos direitos e acesso às fontes da cultura nacional. “Estamos modernizando processos para que os recursos cheguem de forma mais ágil e transparente aos projetos que realmente fazem a diferença na vida das pessoas, de maneira a dialogar com a produção cultural e garantir que os recursos cheguem a todo território nacional”, destacou. Confira pontos de destaque da nova Instrução Normativa:

Inclusão e valorização de culturas tradicionais: A nova norma reconhece a importância para projetos liderados por povos originários, comunidades tradicionais e grupos populares. O objetivo é garantir apoio financeiro específico para festas, eventos e práticas culturais enraizadas nessas comunidades. A medida também reconhece e remunera artistas que mantêm e transmitem conhecimentos tradicionais, como mestres e mestras das culturas indígenas, quilombolas e de outras comunidades tradicionais. A preservação do patrimônio cultural imaterial também é priorizada, com recursos destinados à proteção e difusão de práticas como danças, músicas e tradições orais.

Reformulação textual e aprimoramento de processos: A nova redação da Instrução Normativa traz uma estrutura mais clara e detalhada, organizando os procedimentos de apresentação, seleção, análise, aprovação, monitoramento e prestação de contas de projetos culturais. O texto reforça a importância do Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic), principal plataforma para a gestão dos projetos. O regulamento se aplica a todos os projetos em andamento, respeitando os direitos adquiridos pelos proponentes. As normas anteriores foram revogadas, em consolidação das mudanças em um único documento.

Desenvolvimento de Territórios Criativos: O conjunto de normas introduz o conceito de territórios criativos, com foco no desenvolvimento sustentável de ecossistemas culturais locais. Projetos enquadrados nessa categoria devem promover ações estruturantes e contínuas, como a delimitação do território, programas de sustentabilidade, formação de profissionais e criação de negócios culturais. O novo regulamento busca fomentar a economia criativa em regiões menos atendidas, promovendo a descentralização dos incentivos fiscais no setor cultural.

Atualização de conceitos e categorias: A normativa redefine conceitos e categorias de projetos culturais, atualizando-os para atender às demandas contemporâneas. Entre as mudanças, destacam-se:

Limites de valores: Novos tetos para captação de recursos, variando conforme o tipo de projeto e o perfil do proponente (pessoa física ou jurídica).

Produtos culturais: Detalhamento dos tipos de produtos elegíveis, como festivais, óperas, projetos audiovisuais e plataformas de vídeo sob demanda, com limites orçamentários específicos para cada categoria.

Remuneração e custos vinculados de administração, acessibilidade, de comunicação e divulgações acessíveis: Definição de percentuais máximos para remuneração de captadores, custos de administração e despesas com acessibilidade e comunicação.

Acessibilidade e inclusão: O conjunto de normas reforça a obrigatoriedade de medidas de acessibilidade e inclusão em todos os projetos culturais. Proponentes devem garantir acessibilidade arquitetônica, comunicacional e de conteúdo, com recursos como libras, audiodescrição, legendas e materiais em braile. Além disso, os projetos devem prever ações de democratização do acesso, como a distribuição gratuita de ingressos para grupos vulneráveis, estabelecimento de custos vinculados de acessibilidade, de comunicação e divulgações acessíveis e a realização de atividades educativas relacionadas a acessibilidade e inclusão. O novo regulamento também determina um período transitório para a inclusão e efetivação das estruturas e recursos de acessibilidade nos projetos culturais incentivados pelo mecanismo.

Monitoramento e prestação de contas: O processo de monitoramento e prestação de contas foi aprimorado, com critérios mais rigorosos para a avaliação dos resultados. Projetos de grande porte (acima de R$5 milhões) terão monitoramento específico, enquanto projetos de pequeno porte (até R$200 mil) poderão ter a análise simplificada. A normativa também prevê a possibilidade de transferência de recursos entre projetos, em caso de inexecução ou necessidade de ajustes.

Transparência e publicidade: A normativa reforça a transparência no uso dos recursos públicos, com a obrigatoriedade de inserção das marcas da Lei Rouanet, do Ministério da Cultura e do Governo Federal em todas as peças de divulgação dos projetos. As prestações de contas estarão disponíveis para consulta pública no Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic), garantindo maior controle social sobre os investimentos culturais.

(Com Sheila de Oliveira/Ministério da Cultura)

Danielian São Paulo apresenta ‘Visconti e Renoir – Impressionismo 150 anos’

São Paulo, por Kleber Patricio

Pierre Auguste Renoir – Femme et enfant, 1900 – Óleo sobre tela – 65,1 x 53,6 cm.

Após temporada no Rio de Janeiro, a exposição ‘Visconti e Renoir – Impressionismo 150 Anos’ chega a São Paulo a partir de 15 de fevereiro de 2025 na Danielian. Com curadoria de Denise Mattar, a mostra reitera a importância de um movimento que mudou a história da arte mundial e examina como ele chegou ao Brasil.

A Missão Artística Francesa foi a responsável por fundar, no Brasil, a Academia de Artes e Ofícios — mais tarde transformada na Academia Imperial de Belas Artes, onde Eliseu Visconti estudou. Por meio do prêmio de viagem oferecido pela instituição, aperfeiçoou-se na École Nationale et Spéciale des Beaux-Arts, em Paris, em 1892. Desde o início, a viagem à Europa desempenhou um papel estratégico, permitindo que os aspirantes à carreira artística entrassem em contato com as obras e os ensinamentos dos ‘grandes mestres’ no final do séc. XIX, em Paris, epicentro dos movimentos modernos. Um dos marcos do desenvolvimento das artes no Brasil, a Missão oficializou as relações entre a França e o Brasil, que perduram até os dias de hoje.

Reconhecido como um dos principais nomes do Impressionismo nacional, Visconti viveu em Paris entre 1893 e 1898 como pensionista do Estado brasileiro. A estadia na Europa foi fundamental em sua trajetória artística. Ele não apenas desenvolveu seu estilo, mas também abriu sua obra às principais tendências internacionais do início do século XX. Em 1900, estando na capital francesa por conta própria, após o término da bolsa de estudos da Escola Nacional de Belas Artes recebeu a Medalha de Prata na Exposition Internationale Universelle de Paris por suas telas Gioventù e Oréadas, além de Menção Honrosa na Seção de Arte Decorativa e Artes Aplicadas.

Visconti, Eliseu – Na Alameda, 1931 – óleo sobre tela – 121 x 104 cm.

Visconti ainda buscou estreitar as relações entre arte e indústria realizando, no Rio de Janeiro, em 1901, uma exposição individual que incluiu seus projetos para objetos em ferro, cerâmica, marchetaria, vitrais, estamparia de tecidos e papel de parede.

Em 1905, recebeu o convite para executar as decorações do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Realizou os trabalhos em ateliês na França, devido às instalações e materiais adequados, retornando ao Brasil com as obras concluídas. Entre idas e vindas, casou-se na França e criou vínculos familiares com a região de Saint Hubert, onde produziu inúmeras obras.

Eliseu Visconti já era moderno muito antes da Semana de Arte Moderna de 1922, data que simboliza uma ruptura da produção artística no país. Para a curadora, sua atuação pioneira foi fundamental para a expansão do impressionismo na arte brasileira, notadamente a partir das pinturas criadas por ele para o Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 1909. Ela pontua uma reflexão de Mario Pedrosa: “Foi pena que o movimento moderno brasileiro, no seu início, não tivesse tido contato com Visconti. Os seus precursores teriam tido muito que aprender com o velho artista, mais experimentado, senhor da técnica da luz, aprendida diretamente na escola do neoimpressionismo.”

Renoir, Pierre Auguste – Bouquet de Roses – 1890-1900 – óleo sobre tela – 56 x 46,5 cm.

A exposição Visconti e Renoir – Impressionismo 150 anos apresenta um conjunto significativo de obras de Eliseu Visconti e algumas pinturas de Pierre-Auguste Renoir, reforçando a relevância de um movimento que inaugurou a arte moderna no mundo. Esses dois artistas, de contextos distintos, dividem o espaço em um diálogo que percorre diferentes geografias e histórias. Contudo, nesta exposição, Visconti é o protagonista desta narrativa.

Cerca de 60 obras, entre trabalhos do acervo da galeria e de coleções privadas, estão organizadas em núcleos que permitem ao visitante explorar perspectivas como semelhanças e diferenças entre os artistas, o impressionismo na obra de Visconti, o período de estudos e trabalho na França, a produção após esse período, as obras para o Theatro Municipal e a produção em Saint Hubert e Teresópolis, além dos retratos e autorretratos. Uma seleção de obras estará disponível para aquisição, ressaltando o papel do colecionismo, da valorização do patrimônio artístico e das trocas culturais, em um ano que celebra a França no Brasil.

Visconti e Renoir – Impressionismo 150 anos

A primeira exposição dos artistas que seriam conhecidos como impressionistas aconteceu em Paris em 1874. Entre eles estavam Claude Monet, Auguste Renoir, Edgar Degas e Berthe Morisot. Audaciosos, eles se posicionavam contra as regras da Academia: pintavam ao ar livre, usavam cores claras, abordavam temas do cotidiano e eram atentos à percepção dos efeitos da luz natural e do movimento. A paisagem, um tema até então não valorizado, surgia em pinceladas aparentes e em tintas sobrepostas, sem buscar o realismo. Foi um movimento de ruptura, pouco compreendido no seu início, mas que em poucas décadas se espalhou por todo o mundo trazendo não apenas uma nova visão artística, mas também uma nova compreensão do lugar da arte na sociedade.

Visconti, Eliseu – A Visita, 1927 – óleo sobre tela – 115 x 89 cm.

Ecos do impressionismo só chegariam ao Brasil alguns anos depois e, no início, sofreriam uma grande rejeição tanto por parte dos acadêmicos, quanto pelo público. Em 1892, Visconti foi para a França com o prêmio de viagem ao exterior da Escola Nacional de Belas Artes. Lá, ele se interessou pelas novas propostas que surgiam: pós-impressionismo, art-nouveau, art-deco, design, adotando, para sempre, técnicas impressionistas. Sua atuação pioneira foi fundamental para a incorporação do impressionismo na arte brasileira, notadamente a partir das pinturas criadas para o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em 1909, que, até hoje, podem ser vistas pelo público dos espetáculos.

A exposição Visconti e Renoir – Impressionismo 150 anos aponta essas relações por meio da apresentação de um expressivo conjunto de obras de Eliseu Visconti e alguns trabalhos de Pierre-Auguste Renoir, reiterando assim a importância de um movimento que mudou a história da arte mundial.

Serviço:

Danielian São Paulo

Abertura: 15 de fevereiro de 2025, das 11h às 15h

Visitação: de 16 de fevereiro a 5 de abril de 2025

Horários: de terça a sexta-feira, das 11h às 19h, sábados, das 11 às 15h

Rua Estados Unidos, 2.114, Jardim América – São Paulo – SP

Telefone: +55 (11) 3085-7401

Bios

Pierre-Auguste Renoir (nascido em 25 de fevereiro de 1841, Limoges, França — falecido em 3 de dezembro de 1919, Cagnes) foi um pintor francês originalmente associado ao movimento impressionista. Seus primeiros trabalhos eram tipicamente instantâneos impressionistas da vida real, cheios de cor e luz brilhantes. O movimento atraiu notoriedade com a primeira exposição impressionista de 1874, realizada independentemente do salão oficial, era composta por Pissaro, Monet, Sisley, Degas, Renoir, Cezanne, Guillaumin e Berthe Morisot.

A obra de Renoir é uma ilustração perfeita dessa nova abordagem em pensamento e técnica. Ao usar pequenos traços multicoloridos, ele evocava a vibração da atmosfera, o efeito cintilante da folhagem e, especialmente, a luminosidade da pele de uma jovem mulher ao ar livre. Por causa de seu fascínio pela figura humana, era distinto entre os outros, que se dedicaram a pintura de paisagens.

A maioria das obras de Renoir executadas de 1883 a 1884 em diante são tão marcadas por uma nova disciplina que os historiadores da arte as agruparam sob o título de período ‘Ingres’ (para significar sua vaga similaridade com as técnicas de Ingres) ou o período ‘áspero’ ou ‘seco’. Os experimentos de Renoir com o impressionismo não foram desperdiçados, no entanto, porque ele manteve uma paleta luminosa. As pinturas desse período, como Os guarda-chuvas (c. 1881–86) e muitas representações de banhistas, enfatizam volume, forma, contornos e linha em vez de cor e pincelada.

Eliseu Visconti (nascido em 30 de julho de 1866 em Salerno, Itália – falecido em 15 de outubro de 1944 no Rio de Janeiro, RJ). Vem com a família para o Rio de Janeiro, onde estudou no Liceu de Artes e Ofícios (entrou em 1882). Estudou também na Academia Imperial de Belas Artes.

Com professores e alunos da Escola de Belas Artes, Visconti participou da fundação do ‘Ateliê Livre’, que mais tarde foi transformado na Escola Nacional de Belas Artes. Organizou, em 1901, sua primeira exposição artística individual, na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Vai a Paris e ingressa na École Nationale et Spéciale des Beaux-Arts, cursa arte decorativa a École de Guérin com Eugène Samuel Grasset, um dos expoentes da artnoveau, faz estudos na Itália, em especial a arte florentina. Em 1900 regressa ao Brasil e recebe o convite para realizar painéis de decoração do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, assim como a decoração do foyer.
Grande parte de sua obra foi influenciada pelo Impressionismo europeu, assim como pelo Simbolismo e pelo movimento Art Nouveau. Há também, em suas pinturas, presença de características e técnicas marcantes do Renascimento, do Naturalismo e do Pontilhismo. Suas paisagens retrataram cenas cotidianas do Rio de Janeiro e lugares conhecidos (pontos históricos, favelas, praias, bairros etc.). Visconti pintou também retratos e autorretratos, cenas de família, pessoas em jardins, natureza-morta e momentos de sua vida.

Sobre Danielian

A trajetória dos irmãos Luiz e Ludwig Danielian tem raízes na coleção de seus pais, que sempre priorizaram a arte brasileira. Entre os nomes presentes no acervo familiar estão Manoel da Costa Ataíde, Pedro Américo, Rodolfo Amoedo, Alfredo Volpi, Tarsila do Amaral, Almeida Junior, Pedro Weingärtner e Djanira da Motta Silva.
Desde cedo, os irmãos cresceram próximos à linguagem artística, ouvindo debates sobre estilos e técnicas. Aos 17 e 24 anos, abriram a primeira galeria em Copacabana, onde permaneceram por 14 anos. A busca por um espaço que comportasse exposições simultâneas e uma reserva técnica significativa levou à inauguração da Danielian Galeria na Gávea, em 2019, ocupando 1200 m². Em 2024, expandem suas atividades para São Paulo, estabelecendo um novo espaço na Rua Estados Unidos. A galeria consolida sua presença no mercado de arte, conectando artistas, colecionadores e público em âmbito nacional e internacional.

danielian.com.br | @danielian_galeria.

(Com Uiara Costa de Andrade/Agência Catu)

Porquinho Bar: a residência oficial de Sua Majestade, o Porco

Campinas, por Kleber Patricio

O último sábado foi dia de conhecer o Porquinho, novo empreendimento do chef Ricardo Cleto Giugni no Cambuí, o mais badalado dos bairros de Campinas (SP). Localizado na Rua Emílio Ribas, 1614, o Porquinho é vizinho do outro empreendimento já consagrado do chef, o Casquinha Bar – que fica a 200 metros, na Rua Sampaio Ferraz 496 –, este, especializado no mar e seus frutos. Juntas, as duas casas açambarcam duas das vertentes mais amadas da nossa incrível gastronomia.

A ambientação do Porquinho segue o mesmo padrão do Casquinha: bar e restaurante igualmente respeitáveis, fato facilmente explicável pela personalidade gregária do chef, que recebe seus muitos amigos como se fizesse parte de cada uma das mesas – o que pode ser traduzido em ‘como se fosse em sua moradia. Não sou de Campinas, mas isso foi suficiente para que me sentisse integrado aos demais amigos campinenses.

A Bochecha de Porco, o ponto alto do menu do Porquinho.

O Porquinho honra seu nome oferecendo opções incríveis de pratos, como a Bochecha de porco, que foi nossa primeira escolha, arrancando suspiros de encantamento. Havia experimentado a bochecha em um restaurante na cidade do Porto, a Adega Escondida, há três anos, e havia me deliciado com a iguaria. Na nossa chegada, expressei minha grata surpresa com o prato e Cleto me assegurou: “Tenho certeza de que a minha é melhor”. E honrou a frase – a bochecha dele foi infinitamente melhor; afinal, o tempero de alma brasileira é cheio da nossa bossa e suas riquezas. Antes dele, já havíamos recebido do garçom Junior bolinhos de gorgonzola como sugestão de petisco – o bolinho é ótimo: sequinho, saboroso na medida exata – e ali havia começado a sequência de suspiros felizes.

No prato principal, optamos pelo joelho de porco. Sequinho, super saboroso e muito, muito farto. Veja mais fotos aqui.

Sobre Ricardo Cleto | Ricardo Cleto Giugni é chef de cozinha, consultor, gerente e restaurateur com 22 anos de profissão, período em que teve oportunidade de desenvolver projetos como abertura de bares, restaurantes e night clubs.

Onçafari é reconhecido pela Condé Nast Traveler na lista Bright Ideas in Travel 2024

Pantanal, por Kleber Patricio

Onça-pintada no Pantanal (MS) após incêndios em 2024. Foto: Bruno Sartori.

O Onçafari, organização não governamental dedicada à conservação da biodiversidade brasileira, foi reconhecido pela prestigiada revista americana Condé Nast Traveler na lista Bright Ideas in Travel 2024, na categoria Organizações & Operadores. O reconhecimento se deve ao impacto positivo do projeto Recupera Pantanal, criado para mitigar os danos causados pelos incêndios que atingiram fortemente a região no terceiro trimestre do ano passado.

Liderado pelo Onçafari, o Recupera Pantanal foi lançado para apoiar a manutenção das equipes de brigadistas no combate ao fogo, construção de poços de água, suplementação de alimentos, aquisição de novos equipamentos e cuidados veterinários aos animais sobreviventes. A iniciativa se destacou entre os projetos inovadores que promovem turismo responsável, conservação ambiental e desenvolvimento comunitário.

A Bright Ideas in Travel, publicada pela primeira vez em 2022, destaca projetos e organizações que estão revolucionando a indústria do turismo com abordagens inovadoras e impacto positivo. A edição de 2024 incluiu 71 iniciativas ao redor do mundo que promovem sustentabilidade, inclusão e preservação ambiental. “A inclusão do Onçafari na lista Bright Ideas in Travel 2024 da Condé Nast Traveler é um reconhecimento do impacto que buscamos gerar na conservação da biodiversidade brasileira. O projeto Recupera Pantanal nasceu da necessidade urgente de proteger a fauna e restaurar o bioma após os incêndios devastadores do último ano. Esse destaque reforça a importância de unir esforços para preservar nossos ecossistemas e mostra como o turismo sustentável pode ser uma ferramenta essencial para a conservação”, afirma Mario Haberfeld, fundador e CEO do Onçafari.

Desde sua fundação em 2011, o Onçafari tem ampliado suas frentes de atuação, que hoje se dividem em oito: Ecoturismo, Reintrodução, Ciência, Educação, Social, Florestas, Advocacy e Anti-incêndio. A frente Anti-incêndio é a mais recente devido à intensificação de incêndios em regiões, como a do Pantanal, nos últimos anos. O reconhecimento da Condé Nast Traveler reforça a importância do trabalho da ONG na proteção da fauna e flora brasileiras e no desenvolvimento de soluções sustentáveis para o turismo e a conservação.

Sobre o Onçafari | O Onçafari é uma Organização Não Governamental que tem como missão conservar a biodiversidade brasileira através da proteção de áreas naturais e do apoio ao desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais. Trabalhamos pela preservação da biodiversidade em 4 biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica com oito frentes de atuação: Ecoturismo, Ciência, Educação, Reintrodução, Social, Florestas, Anti-incêndio e Advocacy. Em 2024, o Onçafari foi eleito uma das 100 melhores ONGs do Brasil. Mais informações em www.oncafari.org e www.amigodaonca.org.

(Com Roberta Nacagami/FleishmanHillard Brasil)