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Arte & Cultura

Campinas

Centro Cultural Casarão será palco do Festival Arreuní! 2024

por Kleber Patrício

O Festival Arreuní! 2024 trará músicos, cantadores e compositores ao Centro Cultural Casarão, em Barão Geraldo, Campinas (SP) para uma série de apresentações a partir de 5 de maio (domingo), às 15h, com entrada gratuita. A proposta é divulgar as diferentes vertentes da música tradicional brasileira, reunindo artistas de culturas distintas para compartilhar a diversidade e […]

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Inventário revela a riqueza de fauna e flora na Serra do Japi

Serra do Japi, por Kleber Patricio

Declarada Reserva da Biosfera da Mata Atlântica pela Unesco, a Serra do Japi é um berço de espécies da fauna e flora no interior paulista. Foto: Flávio Grieger.

A Serra do Japi é um dos últimos grandes trechos restantes de Mata Atlântica do Brasil ainda preservado em uma região densamente ocupada. O território de mais de 350 km², declarado Reserva da Biosfera da Mata Atlântica pela Unesco, reúne uma diversidade florística sem igual, assim como uma rica fauna em uma área de vital importância no interior paulista. Para conhecer as espécies e suas interações com o ambiente natural, a empresa de consultoria ambiental Pró Ambiente, por solicitação do Consórcio PCJ e alinhado às atividades do projeto Olhos da Serra, realizou o Inventário de Fauna e Flora da Serra do Japi. “As informações reunidas no relatório constituem um documento importante para apoiar a preservação do ecossistema, orientar a gestão do território e fundamentar iniciativas de educação ambiental”, afirma Andréa Borges, gerente técnica do Consórcio PCJ.

O Olhos da Serra, iniciativa do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ), tem o patrocínio da Coca-Cola Brasil e da Coca-Cola FEMSA Brasil. O projeto elenca ações com foco prioritário na preservação da Serra do Japi. Para obter as informações sobre fauna no território, o inventário toma por base estudos acadêmicos, artigos, publicações e projetos científicos, listas faunísticas, sites de pesquisas científicas e estudos para manejo de áreas ou levantamentos da fauna silvestre realizados na região da serra, assim como o Plano de Manejo da Reserva Biológica (Rebio) da Serra do Japi.

A compreensão da flora, evidenciada no relatório, é essencial para entender a influência humana sobre o ambiente e suas consequências para a floresta.

Urubu-rei (Sarcoramphus papa) wikiaves.com.br. Acesso: janeiro/2024.

Identificar espécies compreendendo padrões de distribuição contribui para estratégias de conservação e sustentabilidade da vegetação da Serra do Japi.

O inventário destaca a predominância de flora nativa no território, com presença pontual de espécies exóticas e naturalizadas. O impacto humano, evidenciado principalmente por espécies exóticas invasoras, sinaliza desafios significativos para a preservação do ecossistema.

No que diz respeito à fauna, a análise abrange vertebrados terrestres (anfíbios, répteis, aves e mamíferos) e artrópodes. No levantamento, o foco principal é a fauna da Rebio da Serra do Japi. “Da mesma forma que o relatório de flora da região, as informações sobre os animais que ocorrem no território são cruciais para apoiar a preservação do remanescente”, destaca Vânia Plaza Nunes, superintendente da Fundação Serra do Japi.

Fauna da Serra do Japi em números

O relatório identifica 251 espécies de avifauna, 77 de mastofauna, 74 de herpetofauna e 50 de artrópodes. A riqueza da fauna tem relação com a grande estrutura florestal existente e a preservação, principalmente na região da Rebio. Uma das descobertas mais relevantes realizadas na Serra do Japi é a rãzinha-da-correnteza (Hylodes japi), espécie única que ocorre somente neste ambiente.

Rato-do-mato (Delomys sublineatus) animaldiversity.org. Acesso: janeiro/2024.

A presença de animais sensíveis e ameaçados, a exemplo de 5 espécies de aves – entre elas, o urubu-rei (Sarcoramphus papa) e 27 espécies de mamíferos, com destaque para o sagui-da-serra-escura (Callithrix aurita) e o rato-do-mato (Brucepattersonius igniventris), “ampliam a responsabilidade das ações para a preservação do território, como as do Projeto Olhos da Serra”, conclui Andréa Borges. Para mais informações sobre o relatório basta acessar www.agua.org.br/olhosdaserra.

Projeto Olhos da Serra | Conduzido pelo Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ), com patrocínio de Coca-Cola Brasil e Coca-Cola FEMSA Brasil, o Olhos da Serra tem o propósito de conservar os recursos hídricos na região. Como prioridade total no projeto, a preservação dos recursos naturais compreende, entre outras atividades, o combate a incêndios, com formação de brigadistas e aplicação de curso de capacitação profissional pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), a educação ambiental, o monitoramento de invasões humanas, a promoção de ações de reflorestamento e saneamento rural, com a implantação de uma propriedade modelo com tratamento de efluentes, gestão de resíduos e de água cinza. O Olhos da Serra também conta com a parceria das seguintes instituições: Prefeitura Municipal de Jundiaí (Diretorias de Meio Ambiente, de Agronegócios e de Parcerias Estratégicas, Guarda Municipal – Divisão Florestal e Defesa Civil), Fundação Serra do Japi, DAE Jundiaí, Fundação Florestal, Embrapa, Instituto Cerrados, Associação dos Amigos dos Bairros de Santa Clara, Vargem Grande, Caguassu e Paiol Velho (SAB Santa Clara), Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), Conselho Gestor da Serra do Japi (CGSJ), Companhia de Informática de Jundiaí (Cijun) e Aliados pela Água.

Consórcio PCJ | O Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ) é uma associação de usuários de água de direito privado e sem fins lucrativos integrada por 41 municípios e 23 grandes empresas. A entidade possui independência técnica e financeira para a realização de atividades de recuperação e preservação dos mananciais das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, as Bacias PCJ (UGRHI 5). Segundo o presidente da entidade e prefeito de Limeira (SP) Mario Botion, “nossa visão é a de contribuir para uma sociedade mais justa, economicamente viável e sustentável que respeite a água em todos os seus usos e potenciais em atenção às mudanças climáticas. Desta forma, nossa missão é a de integrar todos os setores da sociedade em prol da gestão eficiente da água, do saneamento e do meio ambiente”. O Consórcio PCJ é referência nacional e internacional na gestão de recursos hídricos, membro de importantes instituições ligadas à área, como o Conselho Mundial da Água, as Redes Internacional, Latina e Brasileira de Organismos de Bacias (Riob, Relob e Rebob), além de ser o único representante das Bacias PCJ no Conselho Nacional de Recursos Hídricos.

(Fonte: MXP Comunicação)

Instituto Anelo abre inscrições para cursos socioeducativos em parceria com a Flex Foundation

Campinas, por Kleber Patricio

Professor Júlio Oliveira (de preto) e Felipe Gondin (de branco) no estúdio Anelo. Foto: divulgação.

O Instituto Anelo abriu em 5 de março, em parceria com a Flex Foundation, inscrições para os cursos socioeducativos de Artesanato e Produção Musical, atividades previstas no projeto Pontes Criativas. As inscrições devem ser feitas por meio de formulário na internet até o dia 19 de março, 12h, e são direcionadas a alunos maiores de 16 anos e familiares dos alunos, com foco sobretudo em mulheres em situação de risco e vulnerabilidade social. Ao todo, são 50 vagas e todas as atividades serão realizadas presencialmente na sede da entidade, no Jardim Florence, em Campinas.

De acordo com a comissão organizadora da iniciativa, o projeto, que é gratuito, visa abordar de maneira dupla o aumento da qualificação profissional na comunidade, oferecendo oportunidades de formação voltadas ao mercado de trabalho tanto aos alunos do Instituto Anelo quanto aos seus familiares, complementando o trabalho já desenvolvido pela entidade em relação ao aprendizado musical, cidadania e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Acesse o Formulário de Inscrição: bit.ly/pontescriativas.

Produção musical

A formação de produção musical direcionada a alunos do Anelo maiores de 16 anos terá 20 vagas disponibilizadas e quatro meses de duração. Nele estão previstos sete módulos com os temas de: composição, arranjo musical, registro de obras e direito autoral, gravação musical, edição, mixagem e divulgação (em plataformas de streaming). Cada módulo será composto por duas horas de aulas teóricas e por duas horas de aulas práticas, que, somadas à aula de demonstração e encerramento, totalizam uma carga horária de 30 horas de curso.

O preenchimento das vagas priorizará os alunos em maior situação de vulnerabilidade, tendo como critérios características sociais como gênero, etnicidade e raça, discapacidades e participação em programas governamentais de transferência de renda, entre outros. A expectativa é de que, a partir dessa formação específica, os alunos possam alcançar novos patamares de inserção no mercado de trabalho de produção musical, sejam como artistas independentes, sejam como produtores musicais, destacando-se no cenário da região.

Artesanato

O curso de Artesanato é voltado para os familiares dos alunos com foco em mulheres em situação de vulnerabilidade social e contará com 30 vagas. Terá duração de quatro meses, com encontros semanais com duração de 1 a 1,5 horas, nos quais estão previstos uma roda de conversa com os participantes com cerca de 20 a 30 minutos e as atividades de oficina de artesanato no restante do período.

O objetivo principal do curso de  artesanato é desenvolvimento de habilidades e da criatividade na produção de objetos artísticos que irão gerar uma ocupação e renda aos participantes, mas ao mesmo tempo, por ser um momento privilegiado de convivência e contato com mães e familiares de alunos da instituição, o curso também será uma oportunidade de desenvolvimento de atividades socioeducativas, via as rodas de conversa, visando o fortalecimento de vínculos e a disseminação das noções de respeito e de cuidado de si e ao próximo, reconhecimento e aceitação das diferenças, trabalho em equipe e organização, entre outras.

Segundo a comissão organizadora, o Instituto Anelo atuará continuamente no apoio à divulgação e à venda dos produtos artesanais elaborados pelas participantes do curso por meio de canais de comunicação e de espaços próprios da entidade, como na sede da instituição, ou em parcerias com feiras e eventos de artesanato e lojas e outros espaços de distribuição de tais produtos.

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ONU | Sob o propósito de possibilitar aumento de renda e emprego na comunidade, diminuição da taxa de evasão dos cursos oferecidos pela instituição, fortalecimento de autoestima e de vínculos familiares e comunitários, a iniciativa está alinhada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU (Organização das Nações Unidas). Nesta plataforma, Pontes Criativas foi projetado sob as diretrizes da ODS 8 – Trabalho decente e crescimento econômico, que, em linhas gerais, propõe a promoção do crescimento econômico inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e o trabalho digno para todos.

Serviço:

Projeto Pontes Criativas – Cursos Socioeducativos

Produção Musical e Artesanato

Inscrições: de 5 a 19 de março

Link de Formulário de Inscrição: bit.ly/pontescriativas

Horários/locais das aulas:

Produção Musical: terças-feiras, das 15h às 17h, de 19 de março a 25 de junho, no Instituto Anelo

Artesanato: terças-feiras, das 14h às 16h, de 19 de março a 25 de junho, no CEU Mestre Alceu.

(Fonte: Instituto Anelo)

Festival Cidade do Futuro abre as celebrações dos 100 anos do Edifício Martinelli

São Paulo, por Kleber Patricio

Fonte: Wikimedia Commons – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Edif%C3%ADcio_Martinelli_%284774969137%29.jpg.

O Festival Cidade do Futuro, maior evento de inovação e sustentabilidade para pensar o futuro das cidades, que acontece no centro histórico de São Paulo entre os dias 14 e 16 de março, fará sua abertura no Edifício Martinelli – prédio que por muitos anos foi considerado o maior arranha-céu da América Latina e comemora 100 anos com a reabertura para visitação ao público. No terraço da construção, os participantes do Festival terão, durante os três dias de evento, acesso a experiências imersivas como yoga, meditação, shows com DJs e até mesmo uma “praia” montada no topo do edifício.

“A reabertura do Edifício Martinelli marca um momento emocionante para São Paulo e é com muito prazer que ele agora também se torna uma das arenas para a Cidade do Futuro. Nós queremos, além de trazer discussões sobre o amanhã da humanidade em vários temas, levar as pessoas a redescobrirem o centro e suas construções icônicas; por isso é tão significativo para nós termos a abertura e experiências únicas do evento nesta construção. Valorizar o passado para construir o futuro”, afirma Michel Porcino, idealizador do evento e CEO de OFuturo.

Com instalações interativas, palco com shows, roteiros subterrâneos secretos e guiados, flash tattoo, feira de empregabilidade, passeios imersivos e mais de 50 eventos com palestras, painéis e workshops de mais de 40 temáticas – que abordam desde o futuro da beleza, música e design, até finanças, habitações, empresas e muito mais) –, o festival proporciona experiências imersivas únicas para o público, mergulhando-o em visões criativas e inovadoras do que a cidade poderia ser. O objetivo de todo esse movimento é convidar os participantes a explorarem novas ideias e perspectivas sobre o desenvolvimento urbano e corporativo sustentável, a conectividade digital e a coexistência harmoniosa entre a natureza e a tecnologia. “Ao reabrir as portas do Edifício Martinelli para este evento, São Paulo não apenas resgata sua história, mas também projeta um futuro vibrante e inspirador para seus cidadãos e visitantes”, completa Porcino.

Sobre a Cidade do Futuro

A Cidade do Futuro é um festival de inovação e sustentabilidade com objetivo de gerar negócios e transformação por meio de conteúdo, experiências e conexões que tragam conscientização, negócios e ações efetivas.

O evento principal acontece entre os dias 14 e 16 de março, no Centro Histórico da capital paulista, trazendo ao palco a discussão sobre o papel das grandes cidades para impulsionar o desenvolvimento sustentável do país. A programação é gratuita e contará com mais de 20 arenas simultâneas, 200 palestrantes, quase 200 horas de programação.

Inspirado nos grandes festivais de criatividade e tecnologia, a iniciativa promove a ocupação de locais icônicos do centro com várias arenas temáticas, trazendo as principais tendências globais de inovação e sustentabilidade com o propósito de provocar lideranças a pensar no futuro das cidades. Durante os três dias, o evento receberá especialistas para participação em palestras, rodadas de negócios, pitch e matchmaking para startups, sessões de mentoria, workshops práticos, casas de conexão e painéis interativos.

O Festival está sendo realizado pela CNB, entidade gestora, e pela empresa OFuturo, idealizadora do evento, em parceria com a Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia da Prefeitura de São Paulo, além de contar com apoio do LOTech, hub de inovação de L.O. Baptista Advogados, e a participação de outras mais de 50 empresas apoiadoras. Para saber mais e fazer a inscrição gratuita, basta acessar este link.

Sobre os 100 anos do Martinelli

Histórico e por muitos anos o maior arranha-céu da América Latina, o Edifício completa o seu centenário em 2024 e celebra com o projeto “M100: Martinelli 100 Anos”. A iniciativa vai devolver espaços do histórico edifício à população com visitação guiada gratuita, design, arquitetura, instalações artísticas e eventos culturais durante 100 dias.

Em seu início, durante os dias 14 e 24 de março, o “M100” será destino da Cidade do Futuro, além da Design Week e da Feira Rosenbaum, com instalações artísticas, feiras e eventos sobre arte, design, arquitetura, inovação e tecnologia.

A partir do dia 29 de março, o projeto também passa a oferecer visitas guiadas e totalmente gratuitas ao público, mediante a retirada de convites on-line, e eventos culturais diversos com valores e horários variados.

(Fonte: PinePR)

Rica gastronomia e belezas naturais: conheça mais sobre os atrativos turísticos da Comunidade Quilombola Povoado do Moinho

Alto Paraíso de Goiás, por Kleber Patricio

Com aproximadamente 500 habitantes, o local é um retrato da diversidade de um povo que aprendeu a fazer da sua história uma fonte alternativa de renda, oferecendo hospitalidade, cultura e comida farta aos visitantes. Foto: Arquivo MTur.

Situado no coração do Cerrado, na Chapada dos Veadeiros (GO), o Povoado Quilombola do Moinho, em Alto Paraíso de Goiás é um roteiro cultural que encanta os visitantes com suas paisagens exuberantes e rica herança histórica. Ao explorar o Povoado do Moinho, os turistas têm a oportunidade única de vivenciar o que há de melhor na gastronomia, artesanato e hospitalidade daquele povo.

Ao chegar no local, os visitantes são convidados a explorar a rica história do povoado. Com aproximadamente 500 habitantes, a comunidade foi fundada em um antigo moinho de água do século XVIII, e mantem tradições de práticas agrícolas sustentáveis, preservando conhecimentos sobre plantas medicinais e tornando-se guardiãs do cerrado nativo. “Esta é uma comunidade que existe há mais de 250 anos e, depois da certificação da Fundação Zumbi dos Palmares, em 2014, as pessoas têm nos procurado para conhecer mais sobre as histórias do que nossos pais faziam, nossos avós faziam e o que a gente aprendeu; então hoje poder trabalhar e tirar renda do que a gente faz no dia a dia é gratificante e o Projeto tem um cuidado muito grande com isso”, destacou o presidente da Associação Quilombola Povoado do Moinho, Lucas Moura.

Ao acordar, quem visita a comunidade pode ter sua primeira experiência com um café com prosa. Em uma mesa repleta de variedades feitas pela anfitriã, Dona Irany, o turista saboreia as delícias enquanto ouve as ricas histórias do Moinho e da sua família. Então se prepare para saber tudo sobre o povoado e sua gente.

Depois da refeição reforçada, chega a hora de conhecer as paisagens do cerrado em um passeio a cavalo. No caminho, é possível apreciar mirantes, percorrer riachos e até mesmo parar para um refrescante banho de cachoeira.

O paladar é aguçado a cada experiência. Caldo de cana de açúcar, leite e temperos se misturam em uma receita que dá forma ao “Tijolo”: doce tradicional da comunidade. Os amantes de doce podem, ainda, serem recebidos na varanda da Dona Conceição e do Sr. Domingos, que dão as boas-vindas aos visitantes para a preparação e degustação do doce de leite cortado. Uma delícia.

Já é meio-dia, hora do almoço, e a parada obrigatória é na Dona Conceição. Por lá, os visitantes encontram uma saborosa comida caseira – frango ensopado e carne de panela são os principais pratos servidos. Para a sobremesa, nada melhor que a Rapadura do Moinho, uma herança cultural da comunidade.

Ao longo do dia, outros encantos fazem parte do roteiro, como o legado dos trançados com a fibra de bananeira, que é uma tradição trazida pelo Sr. Donato, marido da Dona Flor, raizeira e parteira no Moinho. Na oficina, os visitantes aprendem o processo básico da elaboração de esteiras de fibra de bananeira tecidas no tear. Outros trabalhos manuais também fazem parte das experiências, como a confecção de tapetes no tear da varanda de Dona Santina.

Para o lanche da tarde, opções não faltam, como o Pão de Queijo do Moinho. Nesta oficina, os visitantes conhecem uma receita do alimento feita pela Dona Irany, que aprendeu com sua avó. Outra opção é o Sucoco Lanches, que se encontra em local privilegiado, em frente a uma bela floresta do Cerrado, no caminho para as cachoeiras dos Anjos e dos Arcanjos, ou as delícias da Dona Cici, com a oficina de chips de banana, batata doce e mandioca.

Para fechar o dia, é chegada a hora de relembrar as memórias da infância. No Moinho, as Bonecas Quilombolas têm uma história de luta e resistência. Muitos anos atrás, as meninas da comunidade brincavam com espigas de milho imaginando as bonecas. Hoje, elas são fontes de renda para a comunidade local.

Além de sua riqueza cultural, o Povoado do Moinho está localizado nas margens do Rio São Bartolomeu, entre as serras imponentes do Paranã e da Água Fria. Cercado por rios cristalinos, cachoeiras e colinas, o local oferece uma paisagem única para deixar qualquer turista com vontade de vivenciar esse Brasil Original.

O projeto

Experiências do Brasil Original visa fortalecer o mercado turístico interno e o turismo de base comunitária para que roteiros turísticos em territórios indígenas e quilombolas passem a compor a oferta competitiva e inovadora de produtos e serviços turísticos do Brasil. “Espera-se, com isso, oportunizar o desenvolvimento econômico nas comunidades indígenas e quilombolas por meio do projeto Experiências do Brasil Original, na formatação de experiências turísticas geradoras de fontes alternativas de renda e trabalho, contribuindo para a valorização da cultura, costumes e modo de vida dessas comunidades e, ainda, para a conservação da sociobiodiversidade”, destacou a coordenadora de Produção Associada ao Turismo do MTur, Anna Modesto.

Aliado a isso, o projeto oferece ao turista a oportunidade vivenciar práticas significativas por meio das tradições, saberes, sabores, culturas e histórias, presentes nesses territórios.

Assista aqui o vídeo sobre a comunidade

Assista aqui o vídeo depoimento dos participantes da comunidade

Acesse aqui o catálogo da experiência

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(Fonte: Ministério do Turismo – Governo do Brasil)

Osesp e Maestro Thierry Fischer convidam chinês Wu Wei, expoente do instrumento sheng, nos concertos da semana

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Íris Zanetti.

O ano de 2024 marca as celebrações dos 70 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, além dos 30 anos de atividades do Coro da Osesp e dos 25 anos da Sala São Paulo – a casa da Osesp, dos Coros e de seus Programas Educacionais, inaugurada em 1999 no edifício onde antes funcionava a Estrada de Ferro Sorocabana.

A segunda semana da Temporada acontece entre quinta-feira (14) e sábado (16), quando a Osesp e seu Diretor Musical e Regente Titular, Thierry Fischer, fazem as estreias latino-americanas de “Hymn for everyone”, de Jessie Montgomery, e de “Concerto para sheng – Šu”, de Unsuk Chin – esta, com o músico chinês Wu Wei como solista. A Segunda Sinfonia de Brahms completa o programa e o concerto de sexta-feira (15) será transmitido ao vivo no canal da Osesp no YouTube a partir das 20h30.

Foto: Íris Zanetti.

E a música feita nos dias de hoje também abre a agenda de concertos camerísticos no domingo (17), às 18h, com integrantes da Osesp tocando obras de Rafael Borges Amaral (com Wu Wei como convidado), Felipe Lara, Clarice Assad, Marcos Balter, David Lang, Steve Reich e Reinaldo Moya. O repertório contará também com o Quarteto de cordas em Sol Maior, de Haydn, e o Choros nº 2, de Villa-Lobos.

Sobre o programa

Nas palavras da compositora norte-americana Jessie Montgomery (1981-), “Hino para todos é baseada em um hino que escrevi na primavera de 2021, uma reflexão sobre os desafios pessoais e coletivos enfrentados naquele momento. Até então, estava relutante em compor peças que respondessem à pandemia e às reviravoltas sociopolíticas em curso e atravessava um bloqueio criativo intenso. Um dia, porém, depois de voltar de uma longa trilha, esse hino simplesmente me veio — um acontecimento raro. A melodia atravessa diferentes “coros” orquestrais enquanto o resto do grupo realiza o acompanhamento. É uma espécie de meditação para orquestra que, a cada repetição da melodia, explora diversas paletas de cores e timbres”.

O concerto para o instrumento sheng Šu, composto pela sul-coreana Unsuk Chin (1961-), é baseado numa estrutura formal e harmônica rígida: notas principais formam o alicerce harmônico da obra, atravessando um círculo ao longo dela de forma a se redefinir contínua e reciprocamente. Outros recursos na organização temporal são proporções numéricas, com o número sete atuando de maneira significativa. O seguinte motivo aparece com bastante frequência: um compasso é dividido em 4 + 3 unidades e espelhado num compasso correspondente. Até o momento, Chin havia evitado compor para instrumentos de culturas tradicionais não europeias: os perigos do exotismo musical lhe pareciam demasiadamente ameaçadores. Mudou de ideia apenas depois de ouvir o virtuose do sheng Wu Wei. Músico prolífico, à vontade em diversos estilos musicais, Wei contribui como ninguém para a popularização do sheng, órgão de boca chinês, fora de seu país de origem.

Wu Wei. Foto: Felix Broede.

Johannes Brahms (1833–1897) estava então na cidade de Pörtschach, Áustria, à beira de um lago tranquilo, num ambiente repleto de natureza e paz, quando compôs sua Sinfonia nº 2, frequentemente caracterizada como serena e ensolarada. O próprio artista, que descrevera a sua primeira sinfonia como desprovida de charme, se referia à segunda, jocosamente, como um “novo monstro encantador”. E certamente ela tem grandes momentos de plenitude. Mas como em toda a música de Brahms, existe sempre uma sombra que paira sobre a felicidade, uma ameaça velada à espreita. Esse traço, tão característico da própria personalidade do compositor, um melancólico convicto, ao invés de toldar o clima alegre reinante, lhe dá ainda mais realce: é como se a música nos instasse a aproveitar a vida ao máximo, exatamente por sabermos que ela é finita e frequentemente breve.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp é um dos grupos sinfônicos mais expressivos da América Latina. Com 13 turnês internacionais e quatro turnês nacionais realizadas, mais de uma centena de álbuns gravados e uma média de 120 apresentações por temporada, a Osesp vem alterando a paisagem musical do país e pavimentando uma sólida trajetória dentro e fora do Brasil, obtendo o reconhecimento de revistas especializadas como Gramophone e Diapason e relevantes prêmios, como o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Clássica de 2007. A Orquestra se destacou ao participar de três dos mais importantes festivais de verão europeus, em 2016, ao se tornar a primeira orquestra profissional latino-americana a se apresentar em turnê pela China, em 2019, e ao estrear em 2022, no Carnegie Hall, em Nova York, apresentando um concerto na série oficial de assinatura da casa e o elogiado espetáculo ‘Floresta Villa-Lobos’. Desde 2020, Thierry Fischer ocupa os cargos de Diretor Musical e Regente Titular, antes ocupados por Marin Alsop (2012-19), Yan Pascal Tortelier (2010-11), John Neschling (1997-2009), Eleazar de Carvalho (1973-96), Bruno Roccella (1963-67) e Souza Lima (1953). Mais que uma orquestra, a Osesp é também uma iniciativa cultural original e tentacular que abrange diversos corpos artísticos e projetos sociais e de formação, como os Coros Sinfônico, Juvenil e Infantil, a Academia de Música, o Selo Digital, a Editora da Osesp e o Descubra a Orquestra. Fundada oficialmente em 1954, a Orquestra passou por radical reestruturação entre 1997 e 1999 e, desde 2005, é gerida pela Fundação Osesp.

Thierry Fischer

A Sala São Paulo. Foto: Mariana Garcia.

Desde 2020, Thierry Fischer é diretor musical da Osesp, cargo que também assumiu em setembro de 2022 na Orquestra Sinfônica de Castilla y León, na Espanha. De 2009 a junho de 2023, atuou como diretor artístico da Sinfônica de Utah, da qual se tornou diretor artístico emérito. Foi principal regente convidado da Filarmônica de Seul [2017-20] e regente titular (agora convidado honorário) da Filarmônica de Nagoya [2008-11]. Já regeu orquestras como a Royal Philharmonic, a Filarmônica de Londres, as Sinfônicas da BBC, de Boston e Cincinnatti e a Orchestre de la Suisse Romande. Também esteve à frente de grupos como a Orquestra de Câmara da Europa, a London Sinfonietta e o Ensemble Intercontemporain. Thierry Fischer iniciou a carreira como Primeira Flauta em Hamburgo e na Ópera de Zurique. Gravou com a Sinfônica de Utah, pelo selo Hyperion, Des Canyons aux Étoiles [Dos Cânions às Estrelas], de Olivier Messiaen, selecionado pelo prêmio Gramophone 2023, na categoria orquestral. Na Temporada 2024, embarca junto à Osesp para uma turnê internacional em comemoração aos 70 anos da Orquestra.

Wu Wei

O Coro da Osesp, além de sua versátil e sólida atuação sinfônica e de seu repertório histórica e estilisticamente abrangente, enfatiza em seu trabalho a interpretação, o registro e a difusão da música dos séculos XX e XXI e de compositores brasileiros. Destacam-se em sua ampla discografia os álbuns Canções do Brasil (Biscoito Fino, 2010), Aylton Escobar: Obras para Coro (Selo Digital Osesp, 2013) e Heitor Villa-Lobos: Choral Transcriptions (Naxos, 2019). Em sua primeira turnê internacional, em 2006, apresentou-se para o rei da Espanha, Filipe VI, em Oviedo, na entrega do 25º Prêmio da Fundação Príncipe de Astúrias. Em 2020, cantou, sob a batuta de Marin Alsop, no Concerto de Abertura do Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, feito repetido em 2021, quando participou de um filme virtual que trazia também Yo-Yo Ma e outros artistas e grupos de sete países. Junto à Osesp, estreou no Carnegie Hall, em Nova York, em 2022, se apresentando na série oficial de assinatura da casa e integrando o elogiado espetáculo Floresta Villa-Lobos. Fundado em 1994 como Coro Sinfônico do Estado de São Paulo, por Aylton Escobar, foi integrado à Osesp em 2000, passando a se chamar Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Entre 1995 e 2015, teve Naomi Munakata como coordenadora e regente, funções que, entre 2017 e 2019, foram desempenhadas por Valentina Peleggi, que contou com a colaboração de William Coelho como maestro preparador, posição que ele ainda ocupa.

PROGRAMAS

WU WEI, O GÊNIO DO SHENG

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

THIERRY FISCHER REGENTE

WU WEI SHENG

JESSIE MONTGOMERY Hymn for everyone [Hino para todos] [ESTREIA LATINO-AMERICANA]

UNSUK CHIN Concerto para sheng – Šu [ESTREIA LATINO-AMERICANA]

JOHANNES BRAHMS Sinfonia nº 2 em Ré Maior, Op. 73

GRUPOS DE CÂMARA DA OSESP E A MÚSICA DO NOSSO TEMPO

WU WEI SHENG

RAFAEL BORGES AMARAL VIOLÃO

GHEORGHE VOICU VIOLINO

CRISTIAN SANDU VIOLINO

DAVID MARQUES VIOLA

DOUGLAS KIER VIOLONCELO

JOSEPH HAYDN Quarteto de cordas em Sol maior, Op. 77, nº 1, Hob.III:81

RAFAEL BORGES AMARAL Quarteto de cordas e sheng [ENCOMENDA, ESTREIA MUNDIAL]

SORAYA LANDIM VIOLINO

ADRIANA HOLTZ VIOLONCELO

CLAUDIA NASCIMENTO FLAUTA

GIULIANO ROSAS CLARINETE

FERNANDO TOMIMURA PIANO

RICARDO BOLOGNA PERCUSSÃO

RUBÉN ZÚÑIGA PERCUSSÃO

MARCOS BALTER Ligare

CLARICE ASSAD Emotiva

STEVE REICH Marimba phase [Fase de marimba]

HEITOR VILLA-LOBOS Choros nº 2

DAVID LANG Stuttered chant [Canto gago]

REINALDO MOYA Polythene sonata product [Produto-sonata de polietileno].

Serviço:

14 de março, quinta-feira, às 20h30

15 de março, sexta-feira, às 20h30 (Concerto Digital)

16 de março, sábado, às 16h30

17 de março, domingo, às 18h [Grupos de câmara]

Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16

Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares

Recomendação etária: 7 anos

Ingressos: Entre R$39,60 e R$271,00 [Osesp] e entre R$39,60 e R$132,00 [Grupos de câmara] (valores inteiros)

Bilheteria (INTI): neste link

(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h

Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners

Estacionamento: R$28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos

*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.

A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

(Fonte: Fundação Osesp)