Estudo da UFMG analisou dados de quase 4 mil municípios brasileiros entre 2011 e 2019; melhoria nas UBS inclui sala de vacina, geladeira exclusiva e caixa térmica


Belo Horizonte
Grupo Comadre Viola, formado por mulheres, é a atração do dia 2 de maio (sexta), às 18h. Fotos: divulgação.
O Centro da Música Carioca Artur da Távola será palco da 7ª edição do Rio de Violas, um festival dedicado às violas brasileiras e suas atuações nos mais diversos gêneros musicais. O evento, com entrada franca, acontecerá de 28 de abril a 4 de maio e contará com uma programação diversificada que inclui oficinas, bate papos, roda de viola, palco aberto e feira cultural.
Realizado pelo coletivo Rio de Violas e pela Maracujá Cultural Produções e apresentado pelo Governo Federal, Ministério da Cultura, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura, o Rio de Violas reunirá grandes nomes do universo da viola.
Segundo Gabi Góes, diretora de produção do festival e integrante do Coletivo Rio de Violas, “Nós entendemos a viola não só como um instrumento, mas como um encantamento. O som da viola nos leva a lugares especiais: de recordações, afetos, conexão com a natureza e mexe com o coração de todo o brasileiro. O público terá contato com a sonoridade não só da viola caipira, que é a nossa protagonista, mas de outros tipos de viola presentes em manifestações da nossa cultura popular. O Rio de Violas é um evento que representa a nossa rica diversidade cultural, revelada nos sons das violas”.
Sobre o Evento
O festival Rio de Violas é um encontro, um espaço de troca de experiências musicais, afetivas, e de saberes sobre as violas brasileiras, das quais a viola caipira, é a mais tocada e conhecida. Este tipo de viola sempre esteve presente nos ambientes rurais, ligada à música caipira, porém de 20 anos para cá se percebe nas cidades grandes o surgimento de uma viola caipira ‘urbana’, mais versátil e plural. A presença dessa viola no Rio de Janeiro retrata bem esse contexto. Hoje são muitos violeiros na cidade, explorando diferentes gêneros musicais no instrumento, como o forró, o samba, o choro, a música caipira, o jazz, a bossa nova, e até mesmo a música erudita, em trabalhos instrumentais sofisticados e em canções.
O festival Rio de Violas é reconhecido hoje como uma grande vitrine da cena nacional da viola. Tal afirmação é lastreada por Ivan Vilela (MG) e Roberto Corrêa (DF), que já se apresentaram no evento, e são grandes referências de performance, composição e pesquisa sobre as violas.
A curadoria do festival busca montar uma programação que possa abranger a versatilidade da viola caipira, além de apresentar ao público outros tipos de viola inseridas em manifestações tradicionais de diversas regiões do país, como o repente nordestino e sua viola dinâmica, e o samba de roda que traz a viola machete.
Atividades
Shows: Uma variedade de apresentações musicais com artistas renomados do cenário da viola.
Oficinas: Oportunidades para aprender e aprimorar habilidades musicais com oficinas de prática de conjunto (viola e canto) com Henrique Bonna e Oficina de Catira com Grupo Catira 7 Ouro.
Prosa de Viola: Um bate papo sobre a construção simbólica do termo ‘Violeiro’ no Brasil, a partir de documentos históricos, com o músico e pesquisador Bruno Reis.
Palco aberto: espaço para violeiras e violeiros profissionais e amadores, apresentarem uma ou duas músicas ao público.
Roda de Viola: roda aberta a todos os violeiros presentes, com participação dos alunos da oficina de prática de conjunto, conduzida por Henrique Bonna.
Feira Cultural: barraquinhas de quitutes e artesanatos.
Programação detalhada:
28 e 29/4 (segunda e terça-feira)
18h30 às 21h30 – Oficina de Prática de Conjunto (viola e canto) com Henrique Bonna
30/4 (quarta)
19h – Teatro – Show ‘Rio de Violas’ com Andréa Carneiro, Bruno Reis, Du Machado, Henrique Bonna, Babi Asturiano, Jander Ribeiro, Marcus Ferrer, Almir Côrtes, Miguel Bezerra, Ednaldo Santos.
1/5 (quinta)
11h – Pátio – Encontro de Bandeiras com Folia de Reis Sagrada Família da Mangueira e Folia de Reis do Sertão Carioca
14h – Casarão – Show com Caçapa
15h30 – Pátio – Show com Orquestra de Violas infantojuvenil da Aviba (Associação de Violeiros de São José do Barreiro)
17h – Teatro – Show com Duo Violas Brasileiras – César Petená & André Moraes
18h30 – Pátio – Show com Massapê Samba de Viola
20h – Teatro – Show com Jaime Alem e Nair Cândia
2/5 (sexta)
18h Pátio – Show com Comadre Viola
19h Teatro – Show com Adriana Farias
3/5 (sábado)
11h – Casarão – Prosa de Viola (bate papo) com Bruno Reis
14h – Casarão – Oficina de Catira com Grupo de Catira 7 Ouro
15h30 – Pátio – Show com Os Caiçaras
17h – Teatro – Show com Yassir Chediak
18h30 – Pátio – Show com Grupo Catira 7 Ouro
20h – Teatro – Show com Ivan Vilela e Tainara Takua
4/5 (domingo)
11h – Teatro – Show com Marcelo Lopes e Ramon Araujo
13h – Casarão – Aula-Concerto com Marcus Ferrer
14h30 – Pátio – Roda de Viola
16h – Casarão- Show Infantil com Bob Vieira
17h – Teatro – Palco aberto
19h – Pátio – Show com Orquestra de Violas Caipirando
Artistas Participantes da 7ª Edição do Rio de Violas
Adriana Farias: Violeira, cantora e apresentadora, traz um repertório que mescla composições próprias com clássicos da música sertaneja, inovando sem perder as raízes. Apresentadora do ‘Viola Minha Viola Especial’ da TV Cultura e jurada do ‘Canta Comigo’ na Record TV.
Bob Vieira: Há mais de 30 anos divulgando a cultura caipira com sua viola de 10 cordas, especialmente para o público infantil. Apresenta ritmos tradicionais como Fandango de Esporas, Cururu, Catira, e outros, com alegria e interatividade. Autor de livros e CDs infantis.
Caçapa: Compositor, arranjador, produtor musical, violeiro e pesquisador. Lançou o álbum Elefantes na Rua Nova e recebeu o Prêmio Especial na categoria Inovação no Voa Viola: Festival Nacional de Viola. Desenvolveu projetos com violas eletrodinâmicas e colaborou com diversos artistas.
Caipirando: Primeira e única orquestra de viola caipira do Rio de Janeiro, com mais de 30 músicos e o maestro Henrique Bonna. Difunde a memória social e o patrimônio cultural brasileiro, apresentando músicas autorais e regionais com arranjos próprios.
Catira 7 Ouro: Grupo de Socorro-SP que mantém a tradição da catira há mais de 10 anos, com dança e modas de viola. Recebeu o certificado de ‘Guardião da Cultura’ por preservar essa tradição.
Comadre Viola: O grupo formado por Andréa Carneiro, Babi Asturiano, Bethi Albano, Gabi Góes, Iara Cristina e Karol Schittini surgiu em 2025 especialmente para se apresentar na 7ª edição do Rio de Violas. Essas 6 violeiras, cantoras e compositoras irão destacar a presença feminina na cena da viola no Rio de Janeiro e no Brasil, além de fazer uma homenagem ao centenário da grande Inezita Barroso.
Duo Violas Brasileiras: O duo, formado por André Moraes e César Petená, se destaca no cenário da viola brasileira, unindo tradição e modernidade em suas apresentações. Com participações em festivais como Instrumental Sesc Brasil e Viola da Terra, exploram tanto a performance quanto a pesquisa, valorizando instrumentos artesanais de diferentes regiões do país.
Folia de Reis do Sertão Carioca: Grupo de Folia de Reis, formado pelo Caipirando e pelo grupo EnCanto, com Henrique Bonna como Mestre de Folia. Realiza cortejos anuais pela cidade do Rio de Janeiro, celebrando os Santos Reis.
Ivan Vilela e Tainara Takua: Show que mostra a conexão entre a música caipira e a guarani. Ivan, um dos maiores nomes da cena da viola caipira, e Tainara no violão com afinação de viola, evidenciando a fusão das sonoridades das duas culturas. Tainara é uma artista da etnia Mbyá Guarani.
Jaime Alem e Nair Cândia: Reeditando a dupla, apresentam um mosaico de canções populares com a viola caipira como protagonista. Jaime foi diretor musical de Maria Bethânia por 28 anos. Nair Cândia lançou álbuns de grande sucesso.
Duo Marcelo Lopes e Ramon Araújo: Explora as potencialidades da música brasileira em transcrições e arranjos de obras de grandes compositores, com destaque para a viola e o violão de sete cordas como instrumentos solistas.
Massapê Samba de Viola: Encontro de viola machete, canto, dança, violão e percussão para reverenciar a cultura do samba de roda do Recôncavo Baiano.
Marcus Ferrer: Compositor, Violeiro, Violonista e Artista sonoro. Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Finalizou seu Pós-doutorado sobre composições para a Viola brasileira. Primeiro violeiro no Brasil a ter esse título acadêmico.
Os Caiçaras: Há 30 anos preservam e apresentam a tradicional Ciranda de Paraty, além de outras danças populares da região, como caranguejo, arara, cana verde de mão e canoas.
Show Rio de Violas: Aborda o universo das violas brasileiras, mostrando o trabalho de 10 artistas residentes no Rio de Janeiro, com direção musical de Andréa Carneiro. Com Andréa Carneiro, Bruno Reis, Du Machado, Henrique Bonna, Babi Asturiano, Jander Ribeiro, Marcus Ferrer, Almir Côrtes, Miguel Bezerra, Ednaldo Santos.
Yassir Chediak: Apresenta o show inédito ‘Viola do Rio’, celebrando a viola caipira e sua versatilidade. Mestre da viola caipira, cantor e compositor, com repertório autoral e releituras.
Bruno Reis: Musicólogo, musicoterapeuta e tangedor de viola, com vasta experiência acadêmica e profissional. Atuou como professor de Música Brasileira e História da Música na UFRJ e como musicoterapeuta em diversas instituições.
Serviço:
Evento: Rio de Violas 7ª Edição – Encontro de Violeiros do Rio de Janeiro
Data: 28 de abril a 4 de maio de 2025
Local: Centro da Música Carioca Artur da Távola – Rua Conde de Bonfim, 824 – Tijuca, Rio de Janeiro – RJ
Entrada: Gratuita
Realização: Rio de Violas e Maracujá Cultural Produções Artísticas
Apresentação: Governo Federal, Ministério da Cultura, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura
Instagram: @riodeviolas.
(Com Alexandre Aquino/Assessoria de imprensa Mais e Melhores)
Mais da metade das votações relevantes analisadas foram favoráveis a propostas emissoras de CO2. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados.
Um estudo inédito mostra que o Congresso Nacional teve papel decisivo no agravamento da crise ambiental no governo Bolsonaro. A pesquisa, conduzida pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Representação e Legitimidade Democrática (INCT-ReDem), criou o CO2-Index, um índice que mensura o quanto cada deputado federal contribuiu para aumentar ou mitigar (ou seja, reduzir) a emissão de gases de efeito estufa no Brasil, com base em suas votações, discursos e projetos de lei. Os resultados mostram que 93 das 165 votações relevantes analisadas foram favoráveis a propostas emissoras.
Uma das principais conclusões é a correlação entre ideologia partidária e impacto ambiental: deputados de direita apresentaram, em média, índices mais altos de emissão que os de esquerda. O ranking individual mostra o deputado Paulo Ganime (NOVO-RJ) como o mais emissor, e Nilto Tatto (PT-SP), como o mais mitigador.
O índice atribui pontuações a cada parlamentar da 56ª legislatura (2019-2022) a partir da relação entre suas ações e os setores da economia mais emissores de gases, como agropecuária, energia, mineração e indústria. Para construir o índice, os pesquisadores analisaram 617 votações nominais, 370 proposições legislativas e 2.453 projetos de lei, identificando quais ações favoreciam ou contrariavam a emissão de gases poluentes. Os dados foram normalizados e interpretados com apoio de um painel de especialistas. Os dados da pesquisa estão disponíveis na plataforma Harvard Dataverse.
Considerando uma pontuação positiva como ‘emissora’ e uma negativa como ‘mitigadora’, mais da metade dos deputados pontuaram acima de 0,75, revelando comportamento pró-emissões. Para se ter ideia, a pontuação de Ganime foi de +8,9, enquanto a de Tatto foi de -20,6. A pesquisa também encontrou uma correlação de 72% (0,72 no índice) entre posições antiambientais e ideologia de direita.
Outro achado central é o protagonismo do agronegócio nas disputas ambientais. O estudo identificou que é significativamente estatístico estar na Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e ser emissor. Por exemplo, o deputado Kim Kataguiri (UNIÃO), integrante da FPA e com pontuação +5,5 no CO2-Index, aparece como o terceiro parlamentar mais emissor no índice. Além disso, boa parte das votações e dos projetos emissores analisados estão associados ao setor de agropecuária. Fora o setor agro, a Frente Parlamentar da Mineração (FPMin) também teve significância estatística com as decisões contrárias ao meio ambiente em plenário. “Isso nos mostra que o setor de extrativismo primário é o eixo da discussão ambiental no parlamento”, afirma o autor Mateus de Albuquerque, pesquisador do INCT-ReDem e doutor em Ciência Política pela Universidade Federal do Paraná.
De acordo com o pesquisador, o indicador reforça o papel do legislativo no combate às mudanças climáticas. “O índice mostra como as decisões do legislativo brasileiro podem impactar o futuro do planeta e coloca o parlamentar enquanto um agente emissor ou mitigador, podendo ser responsabilizado pelo atual estado da crise planetária”. No futuro, a equipe de pesquisa pretende aprofundar o entendimento do comportamento do Congresso brasileiro em questões ambientais a partir de conexões sociais dos parlamentares com setores econômicos e influências do Governo Federal vigente nas tomadas de decisão.
(Fonte: Agência Bori)
Há 33 anos a Laramara – Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual transforma a vida de crianças, adolescentes e suas famílias por meio de um atendimento especializado, gratuito e de excelência. O Programa de Atendimento Especializado à Criança e ao Adolescente com Deficiência Visual está com novo ciclo aprovado pelo Fumcad (Fundo Municipal da Criança e do Adolescente) e apto a receber doações via Imposto de Renda tanto de pessoas físicas quanto jurídicas.
Com duração de 12 meses, a iniciativa beneficia diretamente 180 crianças e adolescentes com deficiência visual de 0 a 17 anos e 11 meses e suas famílias. O objetivo principal é garantir o direito ao atendimento especializado o mais cedo possível, promovendo o desenvolvimento integral, a autonomia, a inclusão escolar e o fortalecimento da rede de apoio familiar.
Atendimento completo e interdisciplinar
Os atendimentos são semanais e realizados em grupo, com atividades que estimulam capacidades perceptivas, psicomotoras, cognitivas, sociais e emocionais dos participantes. O plano de intervenção é pensado para cada faixa etária e contexto, trabalhando aspectos como orientação e mobilidade, uso funcional de resíduos visuais, acesso ao Braille, Soroban, atividades de vida autônoma e tecnologias assistivas. Todo o processo conta com registros detalhados da evolução de cada atendido e reuniões interdisciplinares que envolvem educadores, especialistas e os próprios familiares. O acolhimento às famílias é parte fundamental da proposta, com apoio psicossocial, rodas de conversa e elaboração conjunta do plano individual de atenção.
Além da sala de referência, as atividades acontecem em ambientes especialmente planejados para estimular o desenvolvimento e a inclusão, como piscina, brinquedoteca, ateliê de artes, trilha sensorial, Laraparque e a ‘casinha de AVA’ – um espaço lúdico para práticas de vida autônoma.
Inclusão escolar e capacitação de educadores
Para ampliar o impacto da iniciativa, o programa mantém diálogo constante com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo e com as escolas frequentadas pelos atendidos. O objetivo é garantir um acompanhamento contínuo do progresso escolar e contribuir ativamente para a construção de uma educação inclusiva.
Educadores e demais profissionais da rede pública também recebem capacitações gratuitas sobre deficiência visual, uso de tecnologias assistivas e estratégias pedagógicas adaptadas. Essa formação é essencial para que a inclusão aconteça de forma eficaz e respeitosa dentro das salas de aula.
Como doar via Imposto de Renda
A continuidade desse serviço essencial depende do engajamento de novos parceiros e do apoio da sociedade. Por estar aprovado no Fumcad, o programa pode receber doações via Imposto de Renda:
– Pessoa Física: quem faz a declaração completa pode destinar até 3% do IR devido diretamente na declaração. As instruções completas para doação estão disponíveis no site https://laramara.org.br/ajude/doacao-via-incentivo-fiscal.
– Pessoa Jurídica: empresas que apuram o IR com base no Lucro Real podem doar até 1% do IR. Mais informações pelo e-mail: projetos@laramara.org.br.
“As doações via Imposto de Renda são fundamentais para a continuidade do nosso trabalho e não geram custo adicional ao doador; trata-se de um redirecionamento do imposto devido, que iria para o governo, à instituição”, afirma Eliane Silva Pinto, analista de projetos da Laramara.
Sobre a Laramara | A Laramara (Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual) promove o desenvolvimento integral de pessoas com deficiência visual, por meio de atendimento direto. Ao longo de sua atuação, a associação já auxiliou mais de 13.000 famílias por meio de seus programas, capacitações externas e doações, realizando, em média, 2.000 atendimentos mensais. Motivados pela experiência educacional junto à sua filha mais nova, que ficou cega devido à retinopatia da prematuridade, o casal Victor e Mara Siaulys fundou a instituição para ser um centro de referência na pesquisa da deficiência visual e para oferecer serviços que atendam à pessoa com deficiência de acordo com o que as mudanças sociais exigem, buscando uma gestão transetorial, compartilhada, coordenada e coerente.
Site: www.laramara.org.br
Telefone: (11) 3660-6400
E-mail: projetos@laramara.org.br.
(Com Bruno Neves/Comunicare Assessoria de Imprensa)
O prato preferido do ex-presidente e fundador de Brasília: frango grelhado acompanhado de farofa de pão refogado na manteiga com quiabo, canjiquinha com queijo Minas, quiabo grelhado e demi glace de cachaça. Ao lado e acima, a sobremesa: tartelette de crema de queijo Minas com geleia de jabuticaba. Fotos: Divulgação.
Para comemorar os 65 anos de Brasília, a tradicional padaria e bistrô La Boulangerie preparou um cardápio especial em homenagem ao fundador da capital, o presidente Juscelino Kubitschek. A casa vai oferecer, do dia 21 ao dia 30 de abril, um menu exclusivo que remete aos sabores preferidos de JK. As sugestões foram construídas a partir de conversas com Anna Christina Kubitschek, neta do ex-presidente.
O Menu do JK é composto por três etapas: de entrada, torresmo com mandioca frita; como prato principal, frango grelhado acompanhado de farofa de pão refogado na manteiga com quiabo, canjiquinha com queijo Minas, quiabo grelhado e demi glace de cachaça. Para a sobremesa, a casa serve uma tartelette de crema de queijo Minas com geleia de jabuticaba.
A proposta nasceu do desejo de unir memória, afeto e história no mês de aniversário da cidade. “Reviver as preferências gastronômicas de JK é uma forma de resgatar suas raízes e lembrar a importância de Brasília como símbolo de um Brasil moderno e visionário”, explica Guillaume Petitgas, proprietário e chef da La Boulangerie. A escolha dos pratos também reforça a conexão afetiva de Juscelino com a comida simples e brasileira, que acompanhou sua trajetória desde Diamantina até a construção da nova capital.
“Servir esses pratos é a nossa forma de prestar homenagem a esse grande homem que foi JK e à própria Brasília, que completa 65 anos com tanta história para contar”, acrescenta Petitgas. Ele destaca que o cardápio comemorativo celebra não só os sabores da infância de JK, mas também o espírito sonhador que deu origem à cidade.
O menu completo será servido por R$ 65, em referência ao aniversário da capital, na unidade da La Boulangerie, na 306 sul.
(Com Tainan Pimentel/Conexão Press)
O centenário de Rubem Fonseca, comemorado este ano, será celebrado pela Nova Fronteira com o lançamento de uma edição definitiva de sua obra contística no mês de maio. O box especial vai reunir todos os contos publicados pelo autor, além de dois inéditos recentemente descobertos por sua filha, Bia Corrêa do Lago.
Reconhecido por sua escrita direta, cortes cinematográficos e retratos urbanos intensos, Rubem Fonseca marcou a literatura brasileira com narrativas impactantes que exploram a violência e as desigualdades do país. Considerado por críticos como ‘o mestre do conto’, sua obra exerceu influência decisiva no gênero, combinando originalidade, vigor e um olhar afiado sobre a sociedade.
A coleção apresentada pela Nova Fronteira contemplará todos os 17 livros já publicados pelo autor, incluindo clássicos como Feliz Ano Novo, O Cobrador e Lúcia McCartney, além dos contos inéditos, ‘Natal’ e ‘Arinda’, do jovem Fonseca, escritos 15 anos antes de seu primeiro lançamento oficial.
O box especial não apenas compila toda a produção de Rubem Fonseca, mas também apresenta a versão revisada conforme suas próprias anotações. Isso porque a família do escritor, que apoiou este novo projeto, cedeu textos inéditos e forneceu anotações e correções feitas pelo próprio autor em seus exemplares pessoais.
A edição especial será composta por três volumes, cada um com um prefácio assinado por renomado estudioso da obra fonsequiana. Vera Lúcia Follain de Figueiredo (UFF) analisa os textos iniciais e os contos inéditos em ‘A palavra como arma’, já Maria Antonieta Pereira (FALE/UFMG) apresenta ‘Em si mesmadas’, um estudo sobre a produção das décadas de 1990 e 2000. Por fim, Miguel Sanches Neto (UEPG) contribui com ‘Variações Fonseca’, uma leitura instigante sobre o estilo do autor em seus últimos anos. Além desses ensaios, a caixa que abriga os volumes conta com um texto especial de Silviano Santiago, que oferece uma análise crítica aprofundada sobre a importância da contística de Rubem Fonseca para a literatura brasileira.
Sobre o autor | Rubem Fonseca nasceu em 1925 e faleceu em 2020, pouco antes de completar 95 anos, deixando uma contundente obra com trinta livros, entre os quais romances, novelas, coletâneas de contos e ‘O romance morreu’, que reúne crônicas publicadas no Portal Literal. Entre seus principais títulos estão ‘Lúcia McCartney’ (1969), ‘O caso Morel’ (1973), ‘Feliz Ano Novo’ (1975), ‘O Cobrador’ (1979), ‘A grande arte’ (1983) e ‘Agosto’ (1990). Em 2013 publicou, pela Nova Fronteira, ‘Amálgama’, vencedor do prêmio Jabuti de sua categoria. Ainda recebeu outras cinco vezes o Jabuti; em 2003, os prêmios Juan Rulfo e Camões, e, em 2015, o Machado de Assis, concedido pela ABL pelo conjunto da obra. Seu último livro publicado em vida foi a antologia de contos ‘Carne crua’, de 2018.
(Com Marco Marin/MNiemeyer Assessoria de Comunicação)