Francisco promoveu o Sínodo para a Amazônia, além de outras iniciativas que priorizaram a questão ambiental


São Paulo
O espetáculo infantil ‘Uma Boneca para Menitinha’ inicia temporada no Sesc Belenzinho a partir do dia 22 de fevereiro, aos sábados e domingos às 12h. O espetáculo, inspirado na obra homônima premiada de Penélope Martins e Tiago de Melo Andrade, tem direção de Suzana Aragão (integrante dos Doutores da Alegria). A peça celebra a ancestralidade e a brasilidade.
Vencedor do Prêmio Biblioteca Nacional em 2022 e incluído no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2024, a obra traz uma reflexão sobre o Brasil profundo, suas gerações e heranças. A história de Menitinha retrata a jornada de uma menina negra em uma família que abraça a diversidade cultural e étnica e reflete a realidade de muitas famílias brasileiras, onde o amor e os laços afetivos se sobrepõem às barreiras do racismo estrutural. A narrativa evidencia a força da união e a importância da identidade, mostrando como a convivência entre diferentes culturas enriquece a experiência de vida e fortalece os vínculos familiares.
Sobre o espetáculo
No palco, o universo singelo de uma pequena comunidade ganha vida. Elementos como canto de lavadeiras no rio, cheiro de flor de laranjeira no ar e sabedoria ancestral de uma avó que cura com galho de arruda são evidenciados. A peça narra a relação entre Menitinha e sua avó, que sonha em presenteá-la com uma boneca de porcelana, algo que parece inatingível. Mas é no inesperado encontro com o rio que esse desejo se realiza, desencadeando uma série de eventos que exploram o poder do sonho, do amor familiar e das tradições populares.
Com um elenco composto por Geni Cavalcante (integrante do Núcleo Caboclinhas), João Invenção (integrante da Cia. Baitaclã) e Mawusi Tulani (integrante do Teatro da Vertigem), e a direção musical de Renato Gama, Uma Boneca para Menitinha apresenta uma narrativa que mistura fantasia e realidade, dialogando diretamente com o imaginário infantil ao mesmo tempo que sensibiliza adultos. A peça lembra que, por trás das adversidades do mundo, existem laços invisíveis que conectam as pessoas ao seu passado, às suas raízes e aos entes queridos.
Música que encanta
“Criar a parte musical de um espetáculo tão sensível como Uma Boneca para Menitinha me fez refletir sobre os caminhos da direção musical, principalmente em peças infantis”. Segundo Renato Gama, a delicadeza da direção artística de Suzana Aragão abriu várias possibilidades criativas para a composição de melodias que trouxeram frescor à encenação. “As trocas proporcionaram uma construção sonora que vai levar o espectador a cantar com o inconsciente”, comenta o diretor musical.
O processo foi marcado pela liberdade e confiança, permitindo que a criatividade fluísse de forma orgânica nas sessões de ensaio, criando um território fértil para a música dançar junto à narrativa. As composições originais de Gama reforçam a atmosfera mágica da peça, envolvendo o público em uma jornada sonora tão encantadora quanto a história.
Este espetáculo, além de divertir, alimenta a alma com suas histórias de amor, sonho e ancestralidade. Traga as crianças e venha se encantar com essa jornada de afeto e descoberta.
Ficha técnica
Autores da obra original: Penélope Martins e Tiago de Melo Andrade
Pinturas do livro: Larissa de Souza
Editora: Caixote
Direção Artística e dramaturgismo: Suzana Aragão
Atuação: Geni Cavalcante, João Invenção e Mawusi Tulani
Direção Musical e Composições originais: Renato Gama
Desenho de Luz: Danielle Meireles
Figurino e adereços: Denise Guilherme
Cenário e adereços: Bira Nogueira
Direção de palco e contrarregra: Giovanna Gonçalves
Técnicos de som: André Papi e Leandro Simões
Técnica de Luz: Stella Politti
Fotografia: Bob Sousa
Filmagem: Thiago Mendonça
Edição: Bem Ortolan do Prado
Costureira: Maria José Gomes Moreira
Cenotécnico: PalhaAssada Atêlie
Mídias Sociais: Keka Jasmim
Letra da canção de abertura: Penélope Martins
Fonoaudióloga: Andréa Gattoni
Produção Executiva: Taís Cabral
Assistência de Produção: Cristiane Urbinatti
Coordenação de Produção: Geni Cavalcante e Suzana Aragão
Design do projeto: Saulo Martin
Agradecimentos: Pele Preta Estúdio
Instagram: @umabonecaparamenitinha.
Serviço:
Espetáculo Uma Boneca Menitinha
De 22 de fevereiro a 9 de março – sábados e domingos, às 12h. Dias 3 e 4 de março (segunda e terça).
Ingressos: R$40,00 (inteira); R$20,00 (meia-entrada); R$12,00 (Credencial Plena). Crianças até 12 anos não pagam ingresso.
Vendas no portal sescsp.org.br e nas bilheterias das unidades Sesc.
Local: Teatro (374 lugares). Duração: 60 min. Classificação: Livre.
Sesc Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000, Belenzinho – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2076-9700
Estacionamento:
De terça a sábado, das 9h às 21h; domingos e feriados, das 9h às 18h
Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$8,00 a primeira hora e R$3,00 por hora adicional; não credenciados no Sesc: R$17,00 a primeira hora e R$4,00 por hora adicional
Transporte público: Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m)
Sesc Belenzinho nas redes: Facebook | Instagram | YouTube.
(Com Priscila Dias/Sesc Belenzinho)
Júlio Vieira, Metapaisagem número XV, 2024, óleo e acrílica sobre tela, 160 x 260 cm. Imagem: Renato Batata.
O ano de 2025 marca um novo ciclo para a OMA Galeria, que completa 12 anos de atuação com uma série de novidades. Além da inauguração de um novo espaço na capital, a galeria também anuncia sua estreia em feiras internacionais, com participações na SPARK Art Fair, em Viena, Áustria, e na EXPO Chicago, nos Estados Unidos, consolidando sua expansão no cenário global.
O novo endereço na Vila Mariana, localizado próximo ao Museu de Arte Contemporânea da USP e ao Pavilhão da Bienal, em um dos polos culturais mais ativos da cidade, será inaugurado em março deste ano. A mudança estratégica permitirá a ampliação do casting de artistas da OMA, abraçando tanto novos talentos quanto nomes com carreiras já bem estabelecidas.
A galeria tem uma trajetória que se iniciou em 2013 e se consolidou com a descoberta e desenvolvimento de artistas jovens e emergentes. Obras de nomes como Andrey Rossi e Giovani Caramello, que iniciaram suas carreiras na OMA, atualmente alcançam valores de venda acima dos seis dígitos. Nesta nova fase, além de contemplar novas vozes do cenário artístico e fortalecer seu trabalho com nomes consolidados, a galeria pretende expandir sua atuação no mercado secundário de arte.
Fernanda Figueiredo, Jardim que rodeia a biquinha, 2024, acrílica sobre tela, 100 x 80 cm. Imagem: Fernanda Figueiredo.
Além do crescimento no Brasil, a OMA também dá passos decisivos em sua internacionalização, mirando a participação em feiras no exterior. Em março, a galeria fará sua estreia na SPARK Art Fair Vienna, na Áustria, entre os dias 21 e 23, com um projeto solo da Fernanda Figueiredo, artista com trajetória já bem estabelecida na Europa, incluindo bienais e prêmios. Logo depois, entre 24 e 27 de abril, a galeria participa da EXPO Chicago, uma das principais feiras dos Estados Unidos, organizada pela Frieze. Na ocasião, a galeria levará para solo americano trabalhos de Andrey Rossi, Júlio Vieira e Marlene Stamm, artistas que já tiveram reconhecimento no mercado do país. “Queremos não apenas continuar elevando a carreira de nossos artistas a novos patamares, mas também fazer essa roda girar para novos nomes aqui no Brasil. Estar nesse lugar de propor novas ideias e possibilidades para a arte brasileira pelo mundo todo me anima demais”, diz o galerista Thomaz Pacheco.
Serviço:
SPARK Art Fair Vienna
Data: 21 a 23 de março de 2025
Local: Marx Halle – Viena, Áustria
EXPO Chicago
Data: 24 a 27 de abril de 2025
Local: Navy Pier – Chicago, EUA
OMA Galeria – Instagram | Site oficial.
(Com Patrícia Gil/OMA Galeria)
Mário de Andrade foi um dos principais nomes do modernismo brasileiro. Escritor, poeta e crítico literário, marcou a história da cultura nacional com obras inovadoras e sua atuação na Semana de Arte Moderna de 1922. Formado pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, iniciou sua carreira como pianista e professor. Seu primeiro livro de poemas, chamado ‘Há uma gota de sangue em cada poema’, publicado em 1917, ainda seguia a estética parnasiana. No mesmo período, aproximou-se de artistas como Oswald de Andrade e Anita Malfatti, tornando-se um dos articuladores do modernismo no Brasil.
Em 1922, lançou ‘Pauliceia Desvairada’, obra que rompeu com padrões literários da época e consolidou sua influência. Mais tarde, em 1926, publicou ‘Macunaíma’, considerado um marco da literatura nacional por sua linguagem inovadora e representação da diversidade cultural brasileira. Além da escrita, Mário teve papel essencial na criação do Departamento de Cultura de São Paulo, desenvolvendo projetos pioneiros de preservação da memória e do folclore nacional.
Sua antiga residência, a Casa Mário de Andrade, localizada na Barra Funda, é hoje um espaço cultural dedicado à preservação de sua obra. O local abriga documentos, manuscritos e objetos pessoais do modernista, além de exposições e atividades sobre literatura e cultura brasileira.
Para a historiadora Viviane Comunale, manter viva a memória do escritor é essencial para a compreensão da identidade cultural do país. “Mário não foi apenas um escritor, mas um pensador que revolucionou a forma como vemos e valorizamos nossa cultura popular”, destaca.
Mário de Andrade faleceu em 25 de fevereiro de 1945, aos 51 anos, vítima de um infarto. Seu sepultamento foi realizado no Cemitério da Consolação. Além do modernista, o local abriga os túmulos de seus colegas, Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade. O túmulo de Mário de Andrade pode ser visitado gratuitamente. A Consolare, concessionária que administra o local, organiza visitas mediadas que proporcionam uma imersão na história e na arte tumular do cemitério.
Francivaldo Gomes, conhecido como Popó e mediador das visitas semanais, explica: “Mário de Andrade não foi apenas um escritor, mas um guardião da cultura brasileira. Caminhar pelo cemitério da Consolação e saber que aqui a sua história é preservada é muito importante para a história do Brasil.”
Visitação mediada
Para quem deseja conhecer mais sobre este e outros túmulos históricos, o Cemitério da Consolação oferece visitas mediadas:
Cemitério da Consolação (R. da Consolação, 1660 – Consolação, São Paulo).
Visitas guiadas todas as segundas-feiras, às 14h, com mediação de Francivaldo Gomes (Popó), que há mais de 20 anos conduz esse passeio pelo cemitério. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados na plataforma Sympla.
Passeio noturno: ocorre uma sexta-feira por mês, incluindo uma parada no túmulo de Mário de Andrade. A visita é conduzida por Thiago de Souza, do projeto O Que Te Assombra?, e pela historiadora Viviane Comunale. As inscrições são gratuitas e divulgadas no perfil oficial do projeto no Instagram.
(Com Agatha Alves dos Santos/FSB Comunicação)
A acessibilidade é um direito humano fundamental garantido por lei, mas que ainda enfrenta muitos desafios para se tornar realidade no Brasil. Empresas, instituições e gestores têm um papel crucial na construção de ambientes inclusivos, que não só respeitem a diversidade, mas também reconheçam o valor que ela agrega à sociedade e à economia. A inclusão, porém, vai além de rampas e banheiros adaptados. Quando pensamos em pessoas com deficiência visual, é necessário considerar desde o acesso a informações em formatos acessíveis, como braille, áudio ou texto digital, até a experiência de navegação em sites e aplicativos que sigam diretrizes de acessibilidade. Muitas vezes, as barreiras mais difíceis de superar não são as físicas, mas as atitudinais, que exigem conscientização e mudança de cultura.
Nos últimos anos, o Brasil deu passos significativos na promoção da acessibilidade e inclusão. A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), sancionada em 2015, é um marco nesse sentido. Ela estabelece obrigações claras para o poder público e para a iniciativa privada, garantindo que as pessoas com deficiência tenham acesso igualitário à educação, ao trabalho, à cultura, ao transporte e a outros serviços essenciais.
Entretanto, o desafio está em transformar o que está no papel em realidade. A falta de fiscalização e de incentivos para que empresas e governos implementem medidas concretas de acessibilidade ainda é um problema e, além disso, a necessidade de formação e sensibilização das lideranças é latente. Muitos gestores ainda enxergam essas iniciativas como custo e não como investimento em um mundo mais justo e inclusivo.
Para que a inclusão aconteça na prática, é essencial que as empresas se comprometam com a acessibilidade de forma ampla. Isso significa, por exemplo, revisar processos seletivos para garantir que sejam inclusivos, oferecer treinamentos para as equipes e investir em tecnologias que promovam autonomia. Pequenas mudanças também são capazes de grandes diferenças, como a adoção de leitores de tela em sistemas internos ou a disponibilização de manuais em braile.
Porém, é preciso ir além de soluções pontuais. A construção de uma cultura inclusiva requer envolvimento genuíno e diálogo constante com pessoas com deficiência. Ouvi-las é o primeiro passo para entender suas necessidades e desenvolver iniciativas que realmente atendam às demandas.
Ainda há muito espaço para inovação na área de acessibilidade. Soluções tecnológicas, como inteligência artificial e realidade aumentada, têm o potencial de criar experiências mais inclusivas, mas sua efetividade depende de uma projeção baseada em princípios de design universal. Isso exige que profissionais de diversas áreas – tecnologia, comunicação, recursos humanos, entre outras – estejam engajados em promover uma inclusão real, e não apenas superficial.
A acessibilidade não é um benefício restrito às pessoas com deficiência – ela melhora a experiência de todos. Ambientes mais inclusivos são também mais diversos, criativos e produtivos. Empresas que abraçam essa causa tendem a se destacar não apenas por sua responsabilidade social, mas também por se tornarem mais competitivas em mercados que valorizam inovação e diversidade.
Adotar uma postura inclusiva também fortalece a reputação das empresas perante a sociedade. Consumidores e colaboradores estão cada vez mais atentos ao impacto social das organizações com as quais interagem. Empresas que investem em acessibilidade mostram, na prática, que estão alinhadas aos valores de igualdade e respeito.
É um caminho que exige compromisso e, muitas vezes, superação de preconceitos e paradigmas. Mas o resultado é transformador: uma sociedade onde todos possam viver com dignidade e igualdade de oportunidades. Cabe a cada um de nós, enquanto cidadãos e agentes de transformação, impulsionar essas mudanças e construir um futuro verdadeiramente inclusivo.
Eduardo de Oliveira é presidente do Conselho de Curadores da Fundação Dorina Nowill para Cegos.
(Com Leticia Santos/RPMA Comunicação)
A arte e a cultura impactam positivamente as populações, principalmente em momentos difíceis. É com esse objetivo que atua o Viva Perifa, projeto cultural incentivado pela Leroy Merlin Brasil, produzido pela Yabá Consultoria e coproduzido pela Aflora Cultural, com o propósito de contribuir para a ressignificação de escolas no Rio Grande do Sul, após as enchentes e tragédias vividas pela população gaúcha, em 2024.
O projeto une arte urbana e sensibilidade, levando emoção e escuta ativa às comunidades atingidas pelas águas, permitindo que toda a população sonhe com um futuro diferente. A iniciativa valoriza artistas locais, gera trabalho e renda para comerciantes e tem conexão direta com sustentabilidade, promovendo impacto social e cultural.
O projeto cria galerias de arte a céu aberto, levando a arte urbana para as comunidades. A primeira etapa do Viva Perifa já contemplou as escolas Cândido Xavier, Castro Alves e Rui Barbosa, estas com artes já finalizadas, em São Leopoldo. Foram mais de 600 m² de muros grafitados. O trabalho foi realizado por um coletivo de mulheres muralistas e gerou emoção às crianças, pais, professores e comunidade escolar. Em breve, o Projeto Viva Perifa chegará às escolas da cidade de Porto Alegre.
Além da arte urbana, o projeto realiza oficinas temáticas nas escolas, gera oportunidade de trabalho e renda para os artistas e outros profissionais e é uma iniciativa que vai impactar diretamente mais de 10 mil pessoas entre 2024 e 2025, explica Andrea Moreira, CEO da Yabá Consultoria e idealizadora do Projeto Viva Perifa. “É uma iniciativa sensível que registra as memórias da comunidade antes da tragédia e estimula sonhos e desejos para o futuro da comunidade. A arte urbana como expressão cultural foi escolhida para ser a base de conexão do projeto com as escolas públicas que, junto com artistas locais – que também foram impactados pelas chuvas – criam o desenho integrando a comunidade no processo de restauração”, explica Andrea.
O projeto, que é viabilizado por meio da Leroy Merlin via Lei Federal de Incentivo à Cultura, também prevê a realização de oficinas culturais e exposição, além da participação como voluntário dos colaboradores da empresa.
As escolas
Na periferia, a Escola Cândido Xavier, que foi inundada pelas águas, escolheu como tema para a grafitagem ancestralidade, diversidade e superação. Liderada pela muralista Marília Drago, a equipe retratou o Baobá, símbolo da ancestralidade e da árvore da vida, destacando a resistência ao fogo e capacidade de armazenar água. “A arte no muro da escola ressignifica a simbologia da água, transformando-a em pássaro como símbolo de força e esperança. No centro, um aluno que perdeu a vida ao brincar no rio está representado sentado nas raízes de um Baobá com um arco-íris saindo de seu livro, simbolizando diversidade e trazendo cor e vida aos outros alunos”, explica Marília. Ela ainda destaca que as cores inspiram a comunidade escolar, trazendo energia e renovação.
Já o muro gigante da Escola Castro Alves recebeu artes de três muralistas: Lisiane Fangueiros, Marilia Drago e Mariana Tauchen, que contaram uma história de superação, inclusão social e respeito à diversidade e Meio Ambiente. “O mural inicia com a representação de uma mulher negra simbolizando as raízes ancestrais da comunidade e a conexão com a natureza. O livro representa a educação como meio de transmitir esse conhecimento, enquanto as PANCs (plantas alimentícias não convencionais) destacam a biodiversidade e a resistência aos padrões de consumo hegemônicos”, explica a artista Lisiane Fangueiro.
No mural da escola, o João-de-Barro e o Araçá simbolizam a fauna e flora do Rio Grande do Sul, trazendo à tona a questão da moradia após a perda de casas na comunidade. A ave representa a memória desse evento doloroso, ressignificando a tragédia sem apagá-la. Já a parte final do mural retrata a noite e o sonho de novas possibilidades, com a mariposa simbolizando transformação e esperança.
Na Escola Rui Barbosa, o tema escolhido foi Educação Ambiental. A arte produzida representa o pássaro Quero-Quero, símbolo de resistência, e folhagens que representam a fauna e flora e destacam a importância do respeito ao meio ambiente. Já a menina com elementos escolares traz a importância da educação para formação de consciência cidadã e desenvolvimento da sociedade. Outras escolas de São Leopoldo serão beneficiadas com oficinas de grafitagem, desenho e outras linguagens artísticas. Além disso, escolas de Porto Alegre serão grafitadas ao longo de 2025.
O projeto Viva Perifa nasce com o objetivo de impactar as comunidades periféricas, fortalecendo a sensibilidade da comunidade com a arte e os artistas, contribuindo inclusive para a formação de novos profissionais nesta área. “Ao integrar o plano de apoio ao Rio Grande do Sul, o Viva Perifa mantém um olhar atencioso para a população oferecendo trabalhos que, de fato, estão impactando a vida das pessoas”, finaliza Andrea Moreira.
Serviço:
Escolas beneficiadas em São Leopoldo
Escola Cândido Xavier – R. Dos Hibiscos, 2-150 – Santos Dumont, São Leopoldo – RS
Escola Castro Alves- Rua Soldado – R. Henrique Lopes, 196 – Vicentina, São Leopoldo – RS
Escola Rui Barbosa – Av. João Alberto, 135 – Vicentina, São Leopoldo – RS.
(Com Fernanda Ribeiro/Digitaltrix)