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Uma das menores espécies de gênero de morcego é descoberta por cientistas brasileiros e mexicanos

México, por Kleber Patricio

Morcego descrito em artigo é um dos menores frugívoros já descobertos no mundo: pesa 8 gramas e mede 50 milímetros. Foto: Giovani Hernández Canchola/Arquivo pesquisadores.

Uma das menores espécies de morcegos que comem frutas acaba de ser descoberta pela ciência. Batizada de Vampyressa villai, a espécie, encontrada no sudoeste do México, foi descrita por pesquisadores brasileiros das universidades federais de Viçosa (UFV) e da Paraíba (UFPB), com colaboração de cientistas da Universidad Nacional Autónoma de México (Unam), em artigo publicado na revista científica “Journal of Mammalogy” na quinta (29).

A Vampyressa villai tem pelagem amarela, pesa cerca de oito gramas e é do tamanho de um beija-flor, com 50 milímetros. Ela é parecida com as espécies brasileiras Vampyressa pusilla e Vampyressa thyone, suas parentes próximas, e habita florestas tropicais dos estados mexicanos de Oaxaca, Guerrero e, possivelmente, Veracruz. O animal faz parte do gênero Vampyressa, que se distribui do sudoeste do México até países da América do Sul, incluindo a Bolívia, a Argentina e o Brasil.

Essa ampla distribuição geográfica, inclusive, prejudicou o estudo de morcegos do gênero, pois era difícil montar uma estratégia de coleta de animais em diferentes territórios, segundo pontua o estudo. Para descrever a nova espécie, a equipe de pesquisadores visitou 15 museus ao redor do mundo em busca dos poucos indivíduos de morcegos coletados – entre eles, o Museu Americano de História Natural, em Nova York, o Museu de História Natural, em Londres, a coleção nacional de mamíferos da Universidade Autônoma do México e, no Brasil, o Museu de Zoologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A espécie Vampyressa villai havia sido identificada, inicialmente, como Vampyressa thyone, uma espécie de morcego descoberta em 1909 — e os primeiros espécimes da espécie nova foram registrados em 1965. Dados de DNA e análises de características do crânio e da pelagem de 261 morcegos adultos do gênero Vampyressa permitiram diferenciar o villai de outras espécies e questionar essa classificação anterior.

O pesquisador da UFV Guilherme Garbino, coautor do estudo, explica que a descoberta de uma nova espécie de mamífero é surpreendente. “Como os mamíferos são o grupo de vertebrados mais conhecido, espera-se um número relativamente menor de espécies novas se comparado, por exemplo, a peixes e anfíbios”.

O fato de ser um morcego do grupo de espécies Vampyressa também surpreendeu os pesquisadores, já que as últimas espécies haviam sido descobertas em 1909 pelo britânico Oldfield Thomas (a espécie Vampyressa thyone) e, antes disso, em 1843 pelo alemão Johann Andreas Wagner (a espécie Vampyressa pusilla). “Em 2014 e 2021 houve novas espécies de Vampyressa, mas eram de outro grupo, de montanhas”, comenta Garbino. Com essa nova descoberta, agora o Vampyressa tem seis espécies conhecidas pela ciência.

A região em que a Vampyressa villai ocorre é bastante restrita: uma faixa no oeste do México que virou destino turístico nos últimos anos, como é o caso da cidade de Acapulco. Por isso, Garbino ressalta a necessidade de estratégias de conservação na região. “Apesar de ser bem menor do que o Brasil, o México é um dos países com mais mamíferos no mundo, o que o consolida como hotspot da biodiversidade”, destaca o pesquisador.

Agora, os estudiosos querem investigar se existem outras espécies de morcegos “escondidas” em espécies já descritas e, também, explorar a presença do gênero Vampyressa em áreas do Brasil, coletando dados destes animais.

(Fonte: Agência Bori)

Associação Vaga Lume celebra 22 anos de fomento à leitura como ferramenta de cidadania e fortalecimento dos povos da floresta

Amazônia, por Kleber Patricio

Sylvia, Laís e Fofa. Fotos: Divulgação/Vaga Lume.

Belezas são coisas acesas por dentro. Há 22 anos, a Associação Vaga Lume faz da leitura um instrumento para empoderar corações de crianças na Amazônia, território continental na qual a ONG atua. Essa trajetória começou em uma data simbólica: 8 de março de 2002, Dia Internacional da Mulher, movida pelo sonho de três jovens amigas, que juntas iniciaram uma expedição pelo Norte do país. De lá para cá, mais de 80 bibliotecas comunitárias foram semeadas em comunidades ribeirinhas, beiradeiras, rurais, quilombolas e indígenas em 22 municípios, em um trabalho coletivo que faz da instituição uma das mais premiadas do Brasil. E há tanto pela frente.

Em 2024, mais de 14 mil livros serão distribuídos para os espaços de leitura implantados e apoiados pelo projeto, que trabalha para o fortalecimento da cidadania por meio do incentivo à leitura na Amazônia Legal, que possui apenas 13% das bibliotecas públicas brasileiras. Gigante, a região cobre 58,9% do Brasil e é o lar de 28,1 milhões de brasileiros. Dentro desse território, fundamental para a vida, está a maior floresta tropical do mundo e, também, a maior provedora de água doce do planeta. Ao mesmo tempo, concentra grandes desafios. Os dez municípios com os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) estão na região Norte e 20% de sua população é analfabeta funcional.

“A Amazônia é uma região com desafios gigantes, alvo de muitas tensões sociais e ambientais, e que atrai grupos que a veem como campo de exploração e não propõem soluções. Nessa mesma região, há pessoas com potencial de transformação, de absorver as oportunidades, de criar e reinventar as coisas. É um paradoxo? É, mas eu continuo apostando. Acredito que as pessoas da região são as únicas que vão conseguir realmente equacionar essa solução para todos nós”, diz Sylvia Guimarães, cofundadora e presidente da Vaga Lume.

Em mais de duas décadas de trabalho, a ONG já distribuiu 163 mil livros, implantou 95 bibliotecas e formou mais de 5 mil mediadores de leitura, voluntários que leem para as comunidades – trabalho esse que já impactou a vida de 109 mil crianças e jovens. O seu propósito é incentivar, por meio da leitura, a formação de pessoas mais engajadas na transformação de suas realidades.

Para este ano, além de milhares de livros distribuídos, uma série de outras iniciativas está prevista, como a abertura de quatro bibliotecas; a doação de mais de 20 estantes, mobílias e esteiras para os espaços de leitura; a realização de cursos de formação presenciais para novas bibliotecas comunitárias e oficinas de produção de livros artesanais; e a promoção de intercâmbios com outo escolas e organizações sociais de São Paulo e oito comunidades com bibliotecas da Vaga Lume. O trabalho coletivo irá impactar cerca de 14 mil crianças e adolescentes.

Sonhadoras

Mulheres movidas a sonhos. Onde eles as podem levar? No desejo de conhecer o Brasil para além das cidades, as amigas Sylvia Guimarães, Laís Fleury e Maria Teresa “Fofa” Meinberg saíram de São Paulo rumo à maior região do Brasil, a Amazônia. Jovens educadoras, elas tinham o propósito de aprender e compartilhar e foi aí que tiveram a ideia de levar livros e formar mediadores de leitura pelos lugares onde passassem. Então, em 2001, partiram para implementar um projeto piloto em municípios do Pará. A ação foi tão bem aceita pelas comunidades que, em 2002, elas fizeram uma viagem de nove meses por todos os estados da Amazônia Legal brasileira, levando livros e formações por 53 comunidades rurais.

Quando voltaram para São Paulo, onde ficava a pequena sala que haviam alugado para ser o escritório do projeto, elas encontraram muitas cartas pedindo para que voltassem, pois havia muitas outras comunidades querendo bibliotecas e pessoas querendo formações. Assim nasceu a Vaga Lume. “A ONG começou como um sonho, como uma aposta na promoção da leitura como essa estratégia de transformação social. A educação é um investimento de longo prazo. É muito gratificante ver que a gente plantou sementes; as comunidades cuidaram, regaram e hoje a gente tem árvores que dão frutos, que são os mediadores de leitura, que antes eram crianças das bibliotecas, cresceram com esses espaços de leitura e hoje estão à frente dos trabalhos das bibliotecas e também ocupando outros espaços, indo para o ensino superior e atuando na vida acadêmica”, diz Sylvia Guimarães uma das fundadoras e presidente da Vaga Lume.

Sobre a Vaga Lume

Criada há 22 anos, a Vaga Lume está presente em 22 municípios da Amazônia Legal com 95 bibliotecas comunitárias. Desde 2001 já doou 163 mil livros e formou mais de 5 mil mediadores de leitura e voluntários que leem para as crianças, trabalho esse que já impactou a vida de 109 mil crianças e jovens. O seu propósito é empoderar crianças e jovens de comunidades rurais da Amazônia por meio da leitura e da gestão de bibliotecas comunitárias, promovendo intercâmbios culturais com a leitura, a escrita e a oralidade para ajudar a formar pessoas mais engajadas na transformação de suas realidades.

Em 2023, a Associação Vaga Lume foi eleita pela terceira vez, sendo duas consecutivas, a Melhor ONG de Educação do Brasil pelo Prêmio Melhores ONGs do Instituto Doar. No mesmo ano, foi contemplada pelo novo prêmio United Earth Amazônia, na categoria ESG, da sigla em inglês Environmental, Social, and Corporate Governance (Ambiental, Social e Governança) e, também, foi uma das organizações selecionadas em todo o mundo para receber uma doação da filantropa MacKenzie Scott. Em 2022 foi vencedora do Prêmio Jabuti na categoria Fomento à Leitura. Conheça o mini documentário Vaga Lume no YouTube e acesse o site da associação.

(Fonte: 2PRÓ Comunicação)

Lua de mel na Ilha da Madeira: conheça cinco experiências para vivenciar a dois

Ilha da Madeira, por Kleber Patricio

Arquipélago é destino perfeito para casais graças aos hotéis charmosos, restaurantes românticos e atrações perfeitas para curtir a sós. Fotos: divulgação.

Maio é considerado o mês das noivas no Brasil e, por isso, muitos casamentos são realizados no país nesta época. Logo depois, vem a tão esperada viagem romântica, a lua de mel. A Ilha da Madeira, famoso arquipélago português, vem se tornando um destino cada vez mais buscado pelos pombinhos que desejam curtir dias tranquilos em um destino surpreendente.

Com lindas paisagens, hotéis de alto padrão e passeios românticos, a Madeira é uma verdadeira joia rara para iniciar a vida a dois. Além disso, o destino também conta com temperaturas amenas durante todo o ano, praias lindas, florestas subtropicais e uma gastronomia de dar água na boca. Conheça cinco experiências imperdíveis para fazer a dois na Madeira durante a lua de mel ou em qualquer outra época do ano.

O Jardim Botânico. Foto: Francisco Correia.

Jardim Botânico | Vale a pena reservar algumas horinhas para fazer um delicioso passeio de mãos dadas pelo Jardim Botânico da Madeira, localizado na Quinta do Bom Sucesso, a três quilômetros de distância de Funchal, capital da ilha. O local abriga mais de duas mil plantas exóticas vindas de todos os continentes – algumas até já se encontram em extinção em seus locais de origem. O Jardim Botânico é o cenário perfeito para garantir lindas fotos da viagem e ainda ter a vista de diversos ângulos da cidade.

Passeio de barco | A Madeira é cercada pelo Oceano Atlântico e uma das melhores formas de se conectar com o mar é por meio de um passeio de barco, que pode ser feito em grupo ou de forma privativa. Os casais que buscam mais exclusividade podem contratar um iate ou veleiro. Há saídas para passeios de barco em várias partes da ilha, como Funchal, Calheta e Machico. É só escolher o destino e se aventurar em alto mar.

Foto: divulgação.

Jantar romântico em um dos restaurantes com estrelas Michelin | A gastronomia da Ilha da Madeira é um show à parte. Os casais irão encontrar muitos pratos à base de frutos do mar e ingredientes locais e frescos, além de vinhos perfeitos para harmonizar com cada prato. O destino conta com dois estabelecimentos premiados com estrelas Michelin: o Il Gallo D’Oro e o Restaurante William. Em ambos os restaurantes é possível desfrutar de um jantar romântico e de uma verdadeira experiência gastronômica de alto padrão.

Brindar a viagem com o vinho Madeira | Seja em algum restaurante, no hotel ou durante um passeio, o famoso vinho Madeira é a bebida perfeita para brindar a nova fase de vida a dois. O destino é reconhecido mundialmente pelos seus vinhos, que são de altíssima qualidade e aromas intensos. Uma das formas de apreciar de perto o vinho é fazendo um tour guiado no Blandy’s Wine Lodge, localizado em Funchal, capital da ilha, que conta com mais de 600 barris da bebida, além de uma loja com várias opções de vinhos para levar na mala.

O Belmond Reid’s Palace.

Desfrutar de um dia incrível no hotel | Outro ponto forte na Ilha da Madeira é o setor hoteleiro. De hotéis de ultra luxo a opções mais acessíveis, a hospitalidade está presente em todos os meios de hospedagens. O madeirense sabe receber os hóspedes como ninguém – e adora fazer isso. No destino há várias opções de hotéis quatro e cinco estrelas com quartos espaçosos, ambiente exclusivo ideal para um pouco de romance e serviço de alta qualidade. Além disso, muitos hotéis também oferecem serviços especiais para casais como forma de tornar a estada ainda mais agradável e inesquecível, incluindo tratamentos e massagens nos spas. Na Madeira há excelentes spas dentro dos hotéis que oferecem desde massagens e tratamentos corporais a reflexologia, aromaterapia, terapia de pedras e muito mais.

Sobre a Ilha da Madeira | Considerado o melhor destino insular do mundo, a Madeira é um pequeno paraíso português situado em meio à imensidão do Oceano Atlântico. De origem vulcânica, sua localização privilegiada proporciona clima ameno e mar com temperatura agradável o ano inteiro, além de impressionantes cenários de montanhas, vales e penhascos, todos cobertos pela exuberante vegetação Laurissilva, nomeada Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco. O arquipélago é formado por um conjunto de ilhas, sendo Madeira e Porto Santo as principais e únicas habitadas. Há excelentes opções em balneários, monumentos históricos e ótimos hotéis e restaurantes onde se pode provar a deliciosa gastronomia e os premiados vinhos madeirenses. Para mais informações acesse www.madeiraallyear.com.

(Fonte: AFT Comunicação Digital)

Liceu de Artes e Ofícios prorroga exposição retrospectiva em celebração aos seus 150 anos

São Paulo, por Kleber Patricio

Escrivaninha, século XX. Coleção Santander Brasil, São Paulo. Fotos: Liceu de Artes e Ofícios.

A mostra “Oficina+ Escola Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo Mobiliário Atemporal”, em cartaz no Liceu de Artes e Ofícios, foi prorrogada para o dia 13 de abril. Além da nova data de encerramento, a exposição traz novos itens de mobiliário original histórico e mais documentação digital e impressa do acervo. Em comemoração aos seus 150 anos, a grande exposição retrospectiva mistura momentos históricos da instituição com a formação industrial da cidade de São Paulo, além de rever décadas de pioneirismo na educação e na promoção das artes brasileiras.

A exposição mostra como a instituição conseguiu unir práticas pedagógicas com saberes manuais, tornando-se referência no mobiliário brasileiro com peças feitas a partir de experiências coletivas derivadas do Arts & Crafts, movimento do artista têxtil William Morris que valorizava o trabalho manual de artesãos para a indústria. O método foi trazido da Europa e adaptado aqui por diversos mestres do Liceu; entre eles, o arquiteto Ramos de Azevedo (1851–1928), fundador da Escola Politécnica da USP, que dirigiu a instituição a partir da década de 1890.

Com curadoria do arquiteto e professor Guilherme Wisnik, a mostra no Centro Cultural do Liceu de Artes é dividida em três eixos. O primeiro deles traz o contexto urbanístico e social da cidade de São Paulo no ano de 1873, quando a instituição foi fundada pelo advogado e político Carlos Leôncio da Silva Carvalho com apoio da burguesia da época – cafeicultores, maçons e comerciantes. Ao longo dos anos, o Liceu contribuiu para a formação de nomes como os artistas Victor Brecheret, Antonio Borsoi, Conrado Sorgenicht e contou colaboradores como Almeida Junior, Amadeo Zani e John Graz.

Escrivaninha, século XX. Coleção Santander Brasil, São Paulo.

“O Liceu logo se tornou uma oficina respeitada, conhecida pelo potencial das artes e ofícios que ali eram feitos. A intenção era, sobretudo, formar mão-de-obra especializada para o comércio, a indústria e a lavoura”, explica Wisnik. Nesta primeira parte, ‘São Paulo– 1873’, a curadoria traça paralelos com momentos cruciais da história do Brasil e da instituição, remontando, inclusive, o período que sucedeu à abolição da escravidão no país, no ano de 1888. Foi quando o Liceu passou a instruir mão de obra especializada, sobretudo filhos de imigrantes europeus recém-chegados ao país.

Com recursos fotográficos e audiovisuais, a mostra traz um panorama de como o Liceu antecipou a onda de intensa produção de bens duráveis que ocorreu no país a partir do século 20, como o crescimento urbano pautava os interesses da elite. Esse recorte social é aprofundado na mostra a partir de trechos selecionados de uma entrevista com Ana Belluzzo, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, a FAU, autora da primeira tese relevante sobre o assunto.

No segundo núcleo, ao focar nas atividades para a produção industrial, com início na gestão de Ramos de Azevedo, a exposição mostra como o Liceu incorporou em suas oficinas o método do trabalho coletivo. Ao longo das décadas, essa forma de trabalho pautou debates estéticos e produtivos, como as discussões relacionadas à substituição dos estilos ecléticos e revivalistas pelo modernismo, caracterizado pela simplificação da ornamentação e pela busca por formas mais econômicas.

Para ilustrar episódios marcantes, a mostra traz uma história polêmica de dois ícones da cidade de São Paulo da época, os escritores Mário e Oswald de Andrade, que chegaram a discutir se as casas modernistas deveriam ou não ser mobiliadas com móveis no estilo Luiz XVI, um dos estilos mais reproduzidos nas oficinas da instituição à época, destaque do segundo eixo ‘Oficina-Escola’.

Cadeira da Sala do Juri, Cama e Mesa de encosto. Acervo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Segundo Fernanda Carvalho, cocredora da mostra, um dos objetivos é trazer personagens que ficaram no anonimato ao longo da história do Liceu. “É uma experiência que vai colocar em evidência vários registros presentes nas fichas de admissão de alunos e funcionários existentes nos arquivos do Liceu”, conta Carvalho.

Peças históricas compõem o terceiro e principal núcleo da exposição, conjuntos clássicos, como o mobiliário Savonarola, vão ser apresentados ao lado de peças modernistas, como o mobiliário da década de 1950. Uma parceria longeva do Liceu com a Galeria Teo apresenta peças construídas a partir de madeiras nobres, como imbuia e jacarandá, destacando os detalhes da construção em detrimento do ornamento.

Por meio de praticáveis coloridos com tons berrantes de textura lisa, os móveis ficarão suspensos para que os visitantes possam observar aspectos minuciosos dos objetos. Segundo Kiko Farkas, responsável pela expografia, a ambientação foi um tema discutido desde a concepção da mostra, para tornar o percurso mais dinâmico e interativo.

Cama. Acervo Histórico do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.

“A gente imaginou um projeto que tirasse os móveis de seus lugares habituais, onde eles são vistos de forma utilitária pelas pessoas. Ao colocar as estruturas, vamos utilizar duas luzes, uma mais incisiva na parte inferior, para que os visitantes possam ver os detalhes das peças. Já na parte superior, há uma luz mais intimista, baixa. Cria-se assim uma atmosfera teatral e, se tratando do acervo do Liceu, uma proposta para sair da zona de conforto”, resume Farkas.

“Oficina+ Escola Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo Mobiliário Atemporal” resgata documentos da época, como folhetos, catálogos de montagem e desenhos de projeto relacionados às peças modernistas, entre móveis, bronzes e esculturas. Considerando a mudança do trabalho manual para a fabricação digital, a curadoria criou uma área de FabLab na parte final da exposição. Neste espaço, serão destacadas tecnologias como a impressão e modelagem 3D e a Robótica e seus recursos de manipulação e operação a laser, dando ênfase a produtos produzidos por essas tecnologias, remetendo obras do passado aos dias atuais, convidando o público a acompanhar esse processo criativo.

Essa seção da exposição visa promover a reflexão nos visitantes sobre o significado da “Instrução Popular” atualmente. Embora seu perfil tenha se adaptado à modernidade ao longo dos anos, o Liceu de Artes e Ofícios conservou algumas de suas características elementares, como a formação de estudantes por meio de cursos técnicos ligados à tecnologia, inovação e às artes.

Sobre o Centro Cultural Liceu de Artes e Ofícios | O CCLAO encontra-se anexo ao Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, uma das instituições de ensino mais tradicionais do país, com 150 anos de história e relevantes serviços prestados à cidade e à sociedade paulistana, na produção de propriedades industriais e bens culturais. Trata-se de um espaço de eventos lindo, moderno, elegante e multiuso, com 1.630 metros quadrados nos dois pisos, situado no tradicional bairro da Luz, bem no centro da capital paulista.

Serviço:

Oficina+ Escola Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo Mobiliário Atemporal

Local: Centro Cultural Liceu de Artes e Ofícios

Endereço: R. Cantareira, 1351 – Luz, São Paulo – SP

Visitação: terça a sábado, 12h às 17h – domingos (para grupos previamente agendados)

Período: até 13 de abril

Entrada: gratuita

Contato: (11) 2155-3300

Site: https://cclao.com.br/.

(Fonte: A4&Holofote Comunicação)

Cortella e Rossandro Klinjey participam de bate-papo e lançamento de livro em Campinas

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação. Fotomontagem: KPO.

O Teatro Oficina do Estudante recebe no dia 13 de março de 2024, quarta-feira, às 19h30, Mario Sergio Cortella e Rossandro Klinjey para um bate-papo e lançamento do livro “As quatro estações da alma”. O teatro fica no Shopping Iguatemi Campinas, 3º piso. Na compra de um exemplar dessa obra na Livraria da Vila (1º piso do shopping) a partir das 10h do dia 2 de março, o cliente ganha um ingresso para participar do bate-papo com os autores.

Saber nomear e entender a própria dor é fundamental para conseguirmos organizar nossos sentimentos e escolher o rumo que queremos seguir. Em “As quatro estações da alma: Da angústia à esperança” (7 Mares, 160 pp., R$59,90), o filósofo Mario Sergio Cortella e o psicólogo Rossandro Klinjey – unindo seus conhecimentos e suas vivências – falam sobre os desertos que atravessamos no inverno da alma e a importância de acolhermos as angústias que nos afligem e lidarmos com elas.

Capa do livro.

Para os autores, é muito importante que possamos olhar para dentro de nós mesmos e enfrentar – por que não contemplar? – aqueles momentos em que tudo parece mais difícil. “Quando nos conformamos com algo, assimilamos aquela forma. Ficamos conformados. E, conformados, perdemos nossa identidade e nossa capacidade ativa”, afirma Cortella. “Não pular etapas da vida, não fugir da dor, mas enfrentá-la e aceitá-la é o que nos permite crescer e evoluir. Cada etapa, cada dor enfrentada é uma oportunidade para amadurecer e se transformar”, ressalta Rossandro.

Apesar de vivermos um momento de muitas informações, dados e tecnologias, o futuro continua sendo uma incerteza. Isso acaba gerando “uma angústia coletiva, um sentimento de estar à deriva em um oceano de possibilidades desconhecidas”, pontua Rossandro. Segundo o autor, “é assim que a ansiedade e o medo frequentemente nos retêm, fazendo-nos temer o fracasso e a incerteza do desconhecido. Em vez de nos lançarmos em novas experiências, optamos pela hesitação ou pela comodidade dos caminhos já trilhados”.

O livro traz também uma reflexão sobre as redes sociais, que querem ditar uma vida de festa e eterna felicidade. Os autores lembram que existe uma diferença entre ilusão e mentira, pois a dor também existe e é necessário reconhecê-la para não sermos por ela dominados e não perdermos nossa capacidade de ter esperança. “Seja mesmo como estação do ano, seja como símbolo, há momentos invernais que não são momentos infernais. Isto é, o inverno como percepção de algum recolhimento, de um voltar-se um pouco mais para dentro, ele não é negativo à medida que favorece o autoconhecimento, a reflexão”, finaliza Cortella.

Sobre os autores

Mario Sergio Cortella é filósofo, escritor e palestrante, com mestrado e doutorado em Educação pela PUC-SP, onde atuou como professor titular por 35 anos (1977-2012). Foi secretário municipal de Educação de São Paulo (1991-1992), tendo antes sido assessor especial e chefe de gabinete do professor Paulo Freire. É autor de diversos livros nas áreas de educação, filosofia, teologia e motivação e carreira, como “Nos labirintos da moral”, com Yves de La Taille, “Ética e vergonha na cara!”, com Clóvis de Barros Filho, “Nem anjos nem demônios: A humana escolha entre virtudes e vícios”, com Monja Coen, e “Viver, a que se destina?”, com Leandro Karnal, todos publicados pela Papirus 7 Mares.

Rossandro Klinjey é psicólogo, professor, palestrante, consultor em Educação e Desenvolvimento Humano. Fundador do Instituto RK e da Educa, empresa de educação socioemocional, atua também como professor convidado do curso de Felicidade da Unicamp e do mestrado em Psicologia Organizacional da PUCRS. Por traduzir a Psicologia para uma linguagem de fácil compreensão, consolidou-se como um dos dez maiores palestrantes em aperfeiçoamento pessoal do Brasil. Seu olhar humanista e sua narrativa convidativa resultaram em best-sellers como “Help! Me eduque”, “Autoperdão”, “O aprendizado necessário”, “Eu escolho ser feliz”, “As cinco faces do perdão” e “O tempo do autoencontro”. Colunista da rádio CBN Brasil com os quadros semanais “O divã de todos nós” e “Saúde integral” e à frente do podcast “Cuidando da alma”, tem intensificado a discussão sobre autoconhecimento e bem-estar. Esses temas atraíram mais de 17 mil alunos ao seu programa de desenvolvimento pessoal “Aprender a se amar e parar de se sabotar”.

Ficha técnica:

Título: As quatro estações da alma: da angústia à esperança

Autores: Mario Sergio Cortella e Rossandro Klinjey

Páginas: 160

Coleção: Papirus Debates

Preço de capa: R$59,90.

Serviço:

Bate-papo e lançamento de livro

Data: 13 de março de 2024, quarta-feira

Horário: 19h30

Local:  Teatro Oficina do Estudante, no 3º piso do Shopping Iguatemi Campinas

Na compra do livro ganhe um ingresso para o bate-papo. Válido para os 495 primeiros exemplares adquiridos, a partir das 10h do dia 2/3, na Livraria da Vila. Limite de dois livros por CPF. Para mais informações, www.iguatemicampinas.com.br.

(Fonte: FSB Comunicação)