Apresentação será realizada no dia 5 de julho na Expo Dom Pedro


Campinas
Documento alerta para riscos do desmatamento, dadegradação florestal e de grandes projetos que geram conflitos. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.
Parar o desmatamento, prevenir a degradação florestal e investir em novas infraestruturas conectadas às demandas da população amazônida são algumas das principais medidas para combater o agravamento de crises sociais e ambientais na Amazônia. É o que apontam pesquisadores brasileiros e estrangeiros que compõem o Painel Científico para a Amazônia (SPA, na sigla em inglês) em cinco policy briefs lançados no último dia 9. Os documentos com recomendações a tomadores de decisão foram divulgados durante a 28ª Conferência das Partes realizada pela Organização das Nações Unidas, a COP28, nos Emirados Árabes Unidos. Os cientistas alertam que as mudanças no clima e no uso do solo reduzem a resiliência de regiões centrais e periféricas da Amazônia, aumentando o risco de o bioma chegar a um ponto de não retorno.
Além de frear as emissões, investir em programa de armazenamento de carbono e priorizar as soluções locais e sustentáveis nos projetos de desenvolvimento regional, os especialistas mencionam outros dois eixos de prioridades: coibir ilegalidades, sobretudo a apropriação de terras públicas florestadas, e assegurar a recuperação das reservas de madeira, investindo em alternativas como o manejo florestal de base comunitária, que pode garantir renda e direito legal à terra para a população local.
Os documentos mencionam a importância de ações como a regeneração natural e o reflorestamento em grande escala. Medidas políticas de valorização dos arranjos locais da Amazônia também são citadas, como a governança voltada ao fortalecimento de órgãos ambientais e indígenas, assim como de lideranças de povos e comunidades tradicionais da região.
Em relação à infraestrutura, os pesquisadores recomendam priorizar o transporte com baixa emissão de carbono, principalmente barcos e pequenos aviões elétricos. Também é importante evitar a dependência do transporte por rodovias, visto que a construção de novas estradas pode estimular o desmatamento e a degradação florestal.
Todos os projetos devem considerar as diferentes realidades da Amazônia, avalia Ana Carolina Fiorini, pesquisadora vinculada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e uma das autoras do policy brief sobre o tema. “A infraestrutura deve ser planejada e implementada por e pelos amazônidas”, diz a cientista.
Já as soluções energéticas devem ser baseadas em recursos renováveis e evitar grandes projetos como barragens, que geram conflitos socioambientais. “Soluções energéticas para as comunidades que não têm acesso à eletricidade, por exemplo, devem ser descentralizadas de pequena escala com fontes renováveis locais, como o uso da solar fotovoltaica ou de resíduos locais”, explica Fiorini. A pesquisadora acrescenta: “A Amazônia já sente o efeito das mudanças climáticas, então toda infraestrutura deve ser pensada para ser resiliente a essas mudanças, além de ser adaptada para a variação sazonal da região”.
O investimento em saneamento básico em toda a região amazônica é outra medida fundamental para preservar a saúde das populações humanas e a biota aquática, cita o documento. “Características e necessidades específicas de cada comunidade devem ser levadas em consideração, e a população local deve ser empoderada para participar do desenvolvimento de novos projetos”, frisam os pesquisadores.
(Fonte: Agência Bori)
Algoritmos estão presentes na rotina da sociedade, do entretenimento a serviços de transporte, o que permite entendê-lo como uma instituição social. Foto: Azamat E/Unsplash.
Os algoritmos estão presentes em decisões cotidianas da vida das pessoas, seja no uso individual de um aplicativo de transporte ou em tomadas de decisão coletivas para definir quem deve ter acesso a uma política social específica ou prioridade na fila de transplantes. Em livro lançado pela editora Oxford University Press no último dia 11, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal de Goiás (UFG) propõem pensar nos algoritmos como instituições emergentes das sociedades contemporâneas, como mídia e política.
As reflexões da publicação “Algorithmic Institutionalism: the changing rules of social and political life” (“Institucionalismo Algorítmico: as mudanças nas regras da vida social e política”, em tradução livre) levam em conta os impactos sociais e políticos dos algoritmos na sociedade. Eles são um conjunto de regras que ajudam a estruturar normas e contextos em que seres humanos e máquinas agem e, por isso, influenciam comportamentos individuais e impactam áreas diversas, da segurança pública às estruturas de governo.
O pesquisador Virgílio Almeida, vencedor do Prêmio de Ciência da Fundação Conrado Wessel em 2023, comenta que, no livro, os pesquisadores exploram o algoritmo como instituição nas suas mais diversas faces. “O algoritmo surge para mediar o conhecimento e influenciar o comportamento dos cidadãos e consumidores em processos complexos”.
Os autores argumentam que, assim como outras instituições complexas foram democratizadas no passado, é preciso pensar como algoritmos podem ser democratizados de modo a controlar os riscos que representam para a sociedade contemporânea. Ricardo Mendonça, um dos autores, explica que “o livro supre uma lacuna importante ao oferecer um olhar mais amplo sobre um problema complexo e que traz muitos desafios políticos no contemporâneo”.
Os algoritmos, incluindo os de inteligência artificial, se popularizaram porque oferecem uma solução para um determinado problema a partir de uma sequência de ações. Esse é o caso de aplicativos de transporte, de relacionamentos e outros, que prometem soluções ágeis e personalizadas ao seu usuário a partir de grandes volumes de dados.
No entanto, o livro também aborda o fato deles reforçarem “bolhas políticas” na internet, que levam à polarização social, preconceitos e injustiças. Diversos estudos mostram, por exemplo, que os algoritmos têm reforçado, em diferentes áreas, decisões e visões racistas, o que se convencionou chamar de racismo algorítmico. Para Fernando Filgueiras, professor e um dos autores do livro, “algoritmos são novas e intrigantes instituições que requerem avanços da teoria institucional para compreendê-las”.
(Fonte: Agência Bori)
Celebrando seis décadas da icônica personagem Mônica, a Mauricio de Sousa Produções, em parceria com a Casa das Rosas, prepara mais uma emocionante ação – desta vez, uma imersão completa na história da garota forte e amada por milhões ao redor do mundo. A aguardada exposição “Sempre Fui Forte” na Casa das Rosas, localizada no coração de São Paulo, acontece até 20 de fevereiro e, durante as férias escolares, será uma programação imperdível para toda a família.
O museu vai trazer essa celebração – que teve início em março de 2023, data em que a personagem fez sua primeira aparição nas tirinhas dos jornais há exatos 60 anos – convidando pessoas de todas as idades a embarcarem no percurso que transformou a Mônica em uma das personagens mais amadas do Brasil. Esta exposição é fruto de uma parceria entre a MSP, o Ministério da Cultura, o Governo do Estado de São Paulo – por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Poiesis e a Casa das Rosas –, Fenix Cultural e o patrocínio do Bradesco, da farmacêutica Sanofi e o apoio da BIC e SkyFix.
A mostra, composta por 12 salas, trará a trajetória completa da Mônica, desde sua estreia marcante em 1963 até se tornar um ícone cultural. Apresenta momentos emblemáticos, como a primeira tira publicada na Folha de SP, fotos representativas e objetos históricos, incluindo o coelho original da Mônica. Não poderiam ficar de fora projetos atuais como a premiada série para crianças em idade pré-escolar “Vamos Brincar com a Turma da Mônica” e uma seção dedicada aos longas live-action, acompanhada por uma linha do tempo desse segmento, incluindo a bicicleta usada no filme “Laços”. Outros artefatos também ganham destaque; entre eles, uma caricatura especial do criador da Turminha Mauricio de Sousa saudando os visitantes. No espaço, os visitantes poderão conhecer ainda os bastidores dos processos de criação das capas dos quadrinhos e se encantar com miniaturas colecionáveis, como os brinquedos Toy e outros originais exclusivos. “Pensamos em tudo com muito carinho para retribuir a dedicação dos que acompanharam a trajetória da personagem, que conta com anos de sucesso. Estamos muito animados para estarmos com vocês nessa exposição e temos a certeza que os visitantes irão se encantar com essa imersão no universo MSP! Os fãs não perdem por esperar”, destaca Mônica Sousa, diretora-executiva da Mauricio de Sousa Produções.
“A Casa das Rosas vive um momento importante ao oferecer a seu público a exposição sobre a mais famosa personagem de histórias em quadrinhos do país. Criada por Mauricio de Sousa há 60 anos, Mônica tem feito parte da vida de pessoas de diferentes gerações, conquistando um lugar marcante em nosso imaginário coletivo. Esta é uma oportunidade muito especial de crianças e adultos se aproximarem ao compartilhar, no Museu, uma experiência estimulante a ambos os universos”, afirma Marcelo Tápia, diretor da Casa das Rosas.
A exposição oferece atrações em todos os espaços da Casa das Rosas. As atividades interativas, especialmente elaboradas para o público infantil, incluirão um espaço de leitura, com os famosos quadrinhos da Turminha e o Monicolorindo com desenhos para colorir e oficina de artes. Os visitantes terão ainda a oportunidade de se deparar com obras inéditas de Mauricio de Sousa, surpresas que serão reveladas durante a visita. “Receber esta exposição tão representativa celebrando os 60 anos da Mônica nos deixa muito animados. Mônica fez parte da infância de gerações e agora vamos contar um pouco desta história tão rica neste local tão marcante na Avenida Paulista que é a Casa das Rosas”, ressaltou Marília Marton, secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.
Serviço:
Exposição “Sempre Fui Forte”
Data: até 20 de fevereiro de 2024
Horário: de terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h)
Local: Casa das Rosas, Av. Paulista, 37 (Próximo à estação Brigadeiro do Metrô)
Faixa etária: Sem restrições
Ingresso: Gratuito
Organização e curadoria: Jacqueline Mouradian
Realização: Mauricio de Sousa Produções, Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Poiesis, Casa das Rosas e Fenix Cultural
Patrocínio: Bradesco e Sanofi
Apoio: SkyFix e BIC.
(Fonte: Máquina Cohn&Wolfe)
Clássico da literatura brasileira de Nelson Rodrigues, “A Vida Como Ela É…” está de volta, agora em uma nova coletânea, com 25 histórias inéditas lançadas pela editora Nova Fronteira. O exemplar apresenta contos do autor publicados há cerca de 50 anos, na década de 1950, nas páginas dos jornais Última Hora e Diário da Noite, com uma breve retomada, em 1966, no Jornal do Sports. A pesquisa para este novo livro foi feita em 2012, no centenário do autor, quando a editora lançou cem novas histórias. Esta seleção especial, que conta com prefácio de Paulo Werneck, apresenta histórias com temas como ciúme, obsessão, dilemas morais, inveja, desejos desgovernados, adultério e morte.
As publicações de “A Vida Como Ela É…” começaram com uma coluna escrita por Nelson Rodrigues em jornais entre os anos de 1951 e 1962. As histórias rapidamente se tornaram um sucesso e tiveram diversas formas de publicação, incluindo a narração na Rádio Club, por Procópio Ferreira, e uma versão em revista com ilustrações. O jornal A Última Hora também viu um aumento significativo de circulação enquanto publicava as histórias. Mais tarde, a coluna se transferiu para o Diário da Noite, onde continuou a arrebatar os leitores.
A pesquisa realizada para chegar nessa nova edição envolveu um minucioso levantamento das crônicas já publicadas em coletâneas organizadas pelas editoras Nova Fronteira, Companhia das Letras e Ozon Editor. Além disso, cerca de 180 novos textos foram selecionados, incluindo os 25 que compõem esta nova coletânea.
Durante o trabalho de análise dos textos, a equipe teve que lidar com a peculiaridade do trabalho de Nelson Rodrigues, que, frequentemente, publicava seus textos às vezes sob títulos diferentes. Paulo Werneck exalta que a leitura dos novos textos será ótima para escritores e tradutores de ficção pela forma como Nelson brinca com as palavras. Além disso, ele fala sobre como os temas do autor parecem atemporais e pertinentes para a sociedade brasileira. “Além das tramas magnéticas, a coragem de quebrar tabus à luz do dia também é uma das forças da obra de Nelson Rodrigues, particularmente do ciclo ‘A vida como ela é…’, que desde o título anuncia a que veio. Essa lição continua valendo. Afinal, o Brasil de seis décadas atrás talvez não fosse muito mais moralista do que o de nossos dias”, afirma Werneck.
“A Vida Como Ela É…” costuma ser descrito pela crítica como um tesouro literário que continua a cativar gerações. Esta nova coletânea é uma oportunidade imperdível para os fãs do autor e para aqueles que desejam conhecer a obra de Nelson Rodrigues em sua forma mais autêntica.
Sobre o autor | Nelson Rodrigues (1912–1980) nasceu no Recife, mas se consagrou por produzir textos que têm como cenário o Rio de Janeiro. Ainda adolescente, começou a exercer o jornalismo, área em que se destacou como cronista e comentarista esportivo. Escreveu dezessete peças de teatro, além de contos e romances. Muitos de seus textos em prosa foram adaptados para cinema e televisão, o que reforça a vitalidade de sua obra e o interesse que ela desperta há várias gerações.
Detalhes do livro
Editora: Nova Fronteira – 1ª edição
Idioma: Português
Capa brochura: 160 páginas
ISBN-10: 6556407197
ISBN-13: 9786556407197
Dimensões: 23 x 1 x 15,5 cm
(Fonte: MNiemeyer Assessoria de Comunicação)
De 7 a 28 de janeiro, estará em cartaz no auditório do Sesc Pinheiros a peça infantil “Clara cor de um silêncio azul”. O espetáculo, da Trupe Teatro de Torneado, se inspirou no conto da autora brasileira de teatro infantil Maria Clara Machado. A escritora de “Pluft, o Fantasminha”, “A Bruxinha que era boa” e “O Cavalinho Azul” teve suas peças encenadas dentro e fora do Brasil.
“Clara cor de um silêncio azul” conta a estória de uma criança que adorava ir ao Rio de Janeiro assistir às peças do Teatro Tablado. Mas um dia, depois de assistir a uma sessão, a menina sofre um acidente em frente ao teatro, passando dias internada em um hospital. Ali, em coma, ela revive do seu jeito, em sua imaginação, histórias e personagens do Tablado.
Este é o décimo primeiro espetáculo da Trupe que, desde 2005, vem tornando à sua maneira ficções que permitem ao público vivenciar experiências sensíveis a partir de temas atemporais e presentes na sociedade. O dramaturgo William Costa Lima e sua companhia envolvem o público com a delicadeza que o tema merece, mesclando narrativa e música como elementos importantes dentro do espetáculo. Sob a direção musical de Gustavo Kurlat, o espetáculo é um convite para que o publique adentre o pensamento da personagem principal em coma, mostrando o quanto a imaginação é importante para mantê-la viva.
Teatro de Torneado | É uma trupe de artistas das artes cênicas concebida por William Costa Lima em 2005. Desde então, a trupe tem construído uma trajetória de caráter itinerante, circulando por diversas instituições públicas e privadas, centrais e periféricas da cidade de São Paulo e de sua região metropolitana. A trupe possui onze espetáculos em sua trajetória: “Menina de Louça” (2006), “Primavera” (2008), “Dias de Campo Belo” (2009), “Refugo” (2009) com texto de Abi Morgan, “O Girador” (2012), “Peter em Fúria” (2014), “Celofane” (2015), “Palpitação” (2016), “Do Ensaio para o Baile” (2017), “Incandescente” (2019) e “Clara Cor de um silêncio azul” (2021). O Teatro de Torneado já recebeu várias premiações em importantes festivais e tem sido contemplado em diversos editais (ProACs e Prêmio Zé Renato), sendo indicado também para o Prêmio Shell de Teatro 2015 na categoria Inovação e ao Prêmio Aplauso Brasil de melhor espetáculo para infância e juventude.
Ficha Técnica
Dramaturgia, direção, músicas: William Costa Lima
Produção Executiva: Jefferson Silva
Artistas criadores e elenco: Alexya Manente, De La Manncha, Letícia Carmona, Maira Sera, Marina Yohara, Sandro Dornelles e Thiago Andrade
Direção musical: Gustavo Kurlat
Criação musical e arranjos: Com Cervantes (Sandro Dornelles e De La Manncha).
Cenário: Alexya Manente e William Costa Lima
Iluminação: Letícia Carmona e William Costa Lima
Figurinos: Maira Sera
Designer de adereços e maquiagem: Lucas Gomes.
(Fonte: Sesc SP)