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Novo álbum da Osesp pelo selo Naxos traz Thierry Fischer e Guido Sant’Anna

São Paulo, por Kleber Patricio

Capa do álbum Violin Concertos. Foto: Cauê Diniz/Naxos.

Está disponível em todas as plataformas digitais desde o dia 14 de março o novo lançamento da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp pelo selo Naxos. Gravado na Sala São Paulo em julho de 2023 e com produção, engenharia e edição de Ulrich Schneider, o álbum Mendelssohn – Tchaikovsky | Violin Concertos traz duas obras arrebatadoras interpretadas pela Osesp ao lado do prodígio brasileiro do violino Guido Sant’Anna, sob a batuta do diretor musical e regente titular da Orquestra, Thierry Fischer: o Concerto para violino e orquestra em mi menor, Op. 64, do alemão Felix Mendelssohn, e o Concerto para violino e orquestra em Ré maior, Op. 35, do russo Piotr Ilitch Tchaikovsky.

Mendelssohn concebeu o Concerto para violino em mi menor para seu amigo de infância, Ferdinand David, que era spalla da Orquestra do Gewandhaus de Leipzig, na Alemanha, embora o compositor tenha levado anos para aperfeiçoá-lo. Este Concerto continua sendo uma das obras mais significativas do gênero – sereno, lírico e luminoso.

O Concerto para violino em Ré maior de Tchaikovsky é também um dos maiores desse formato do século XIX, escrito para o aluno favorito do compositor, Iosif Kotek, e uma obra de grande beleza e repleta de desafios virtuosos. Neste álbum eles são interpretados pelo brilhante Guido Sant’Anna, o primeiro violinista sul-americano a vencer o prestigiado Fritz Kreisler International Competition, em 2022.

Mendelssohn – Tchaikovsky | Violin Concertos pode ser encontrado em edição física na Loja Clássicos, que está localizada dentro da Sala São Paulo (piso térreo), e em edição digital nas mais diversas plataformas de streaming.

Faixa a faixa:

Felix MENDELSSOHN (1809-1847)

Violin Concerto in E minor, Op. 64, MWV O14 (1844)        28:52

  1. Allegro molto appassionato          13:04
  2. Andante                                         9:00
  3. III Allegro molto vivace                  6:48

Piotr Ilitch TCHAIKOVSKY (1840-1893)

Violin Concerto in D major, Op. 35 (1878)                           36:55

  1. Allegro moderato                          19:17
  2. Canzonetta: Andante                     6:46
  3. III Finale: Allegro vivacissimo       10:39

Textos de Luiz Marques sobre o álbum:

Concertos para Violino

Felix Mendelssohn (1809–1847)

Concerto para violino em mi menor, Op. 64 (1844)

Felix Mendelssohn-Bartholdy (1809–1847) está entre os criadores da ideia de uma tradição musical essencialmente alemã, tal como ainda hoje a entendemos: de Bach, cuja proeminência o próprio Mendelssohn revelou ao mundo, entre 1827 e 1829, a Brahms, seu sucessor (segundo declara Eduard Marxsen, em 1847), passando por Haydn, Mozart, Beethoven e Schumann. Compositor dotado de um personalíssimo senso melódico, capaz de dominar com inata elegância todos os aspectos da linguagem musical, Mendelssohn foi também pianista, organista, violinista e regente, além de criador e diretor de um renomado conservatório em Leipzig, que ele transformou em capital da tradição clássica.

Mendelssohn foi também um verdadeiro polímata. O valor artístico de seus desenhos e paisagens em aquarela foi reconhecido por Richard Wagner, que, como se sabe, não se inscreve entre os admiradores incondicionais de sua obra musical. Poliglota e versado em línguas clássicas, Mendelssohn foi amigo próximo e discípulo do grande historiador da Antiguidade, Johann Gustav Droysen (1808–1884), e ainda foi prosador admirável, rivalizando com Berlioz e Schumann em argúcia crítica, em especial em sua vasta correspondência com grandes personalidades da cultura alemã. Como seu pai, o banqueiro Abraham, converteu-se ao protestantismo (acrescentando ao nome judaico Mendelssohn o protestante Bartholdy). O compositor era estudioso de teologia, adaptando os libretos de seus oratórios Paulus e Elias, e assíduo ouvinte dos sermões berlinenses do teólogo e filósofo Friedrich Schleiermacher (1768–1834), com quem compartilhava o entusiasmo por Platão e o mesmo gênero de sentimento religioso romântico.

O fenômeno Mendelssohn só pode ser entendido de fato se devidamente situado numa das mais felizes constelações da cultura alemã da primeira metade do século XIX. Basta dizer que, em 1821, ele foi levado a Weimar por seu professor de composição, Carl Friedrich Zelter (1758–1832), e foi apresentado a Goethe. Entabulou-se então uma singular amizade entre o menino de 12 anos e o olímpico patriarca de 72, que o reteve um mês em sua casa, cativado por seu gênio e sua precocidade intelectual.

Concebido desde 1838 para o amigo de infância de Mendelssohn, Ferdinand David (1810–1873), nomeado spalla da Orquestra do Gewandhaus de Leipzig pelo compositor, que se tornara seu regente em 1835, o Concerto para violino em mi menor teve sua estreia apenas em 1845. Ao lado de Sonho de uma noite de verão, Op. 61, é talvez a mais conhecida das peças orquestrais de Mendelssohn, e um dos mais universalmente aclamados concertos de violino do século XIX, junto aos de Beethoven, Brahms e Tchaikovsky.

Anos a fio, o primeiro tema do primeiro movimento — um angustiante lamento — “não dava paz” ao compositor, conforme escreveu ao amigo. Introduzido pelas madeiras, o segundo tema, em Sol maior, traz um senso de serenidade que dialoga com o primeiro tema até o final. A pureza e o vibrante lirismo da linha melódica do ’Andante’ permanecem inigualados por qualquer outro compositor de seu tempo e, talvez, pelo próprio Mendelssohn. A seção central de sua forma ternária tinge-se de acentos mais dramáticos, sem, contudo, perder a delicadeza e a elegância supremas do compositor. O terceiro movimento, por fim, traz de volta o frescor e a luminosidade juvenis da abertura concertante Sonho de uma noite de verão, Op. 21.

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840–1893)

Concerto para violino e orquestra em Ré maior, Op. 35 (1878)

O Concerto para violino e orquestra em Ré maior, Op. 35, de Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840–1893), está entre os mais universalmente amados concertos para violino do século XIX. O primeiro movimento, ‘Allegro moderato’, introduz um primeiro tema, magnificamente melancólico, que é dos mais conhecidos de toda a música deste compositor. Uma cadenza introduz o segundo tema, que rivaliza com o primeiro em beleza e confirma as dificuldades técnicas imensas que permeiam o primeiro e o terceiro movimentos, e que fizeram seus primeiros intérpretes desistir de enfrentá-las. A reexposição do primeiro tema pela orquestra, agora com a expressividade de uma marcha heroica, dá mostra da habilidade singular de Tchaikovsky de reelaborar a mesma melodia em registros emocionais contrastantes. Trata-se de um dos momentos mais emocionantes desse movimento. Seu desenvolvimento sucessivo alterna dramaticidade superlativa e longas passagens de divagação introspectiva que introduzem uma segunda cadenza, a qual se resolve em variações líricas sobre o tema famoso.

O segundo movimento, ‘Canzonetta: Andante’, é um curto intermezzo entre os dois movimentos maiores. Seu primeiro tema é um lamento; o segundo é mais distendido e mais lírico e faz perfeitamente jus ao título canzonetta, de caráter mais leve. Após um diálogo murmurado entre solista e orquestra (flauta e clarineta), o movimento se conclui com uma meditação belíssima comandada sobretudo pelas madeiras.

O terceiro movimento, ‘Allegro vivacissimo’, se inicia sem pausa (attacca subito) e traz em si, como poucos, a energia arrebatadora da música russa. É difícil lembrar de outra peça do repertório romântico a que se aplique tão bem o adjetivo expressivo vivacissimo. Passagens de profunda melancolia, imersas novamente em belos diálogos com as madeiras, dão lugar a explosões de frenética vibração rítmica das escalas, onde o violino chega ao limite de suas potencialidades expressivas e mesmo percussivas. Eduard Hanslick (1825–1904), um crítico musical que passou à história como guardião da ortodoxia clássica germânica, rebelou-se sobretudo contra esse terceiro movimento, que ultrapassava em muito os limites do que sua tradição podia compreender e admitir.

O Concerto de Tchaikovsky completa uma espécie de tetrarquia de concertos para violino, ao lado dos de Beethoven, Mendelssohn e Brahms, e foi composto no mesmo ano de 1878 em que Brahms compunha o seu. O contraste entre ambos é óbvio. Brahms e Tchaikovsky encontraram-se em 1888 em Leipzig e novamente em 1890 em Hamburgo, na ocasião em que este regeu sua Quinta Sinfonia na presença de Brahms. Cordialidades à parte, seus universos musicais não se interpenetram. O caráter profundamente russo da música de Tchaikovsky é evidente e foi tal o entusiasmo suscitado por sua celebérrima Abertura-Fantasia, Romeu e Julieta (1869–1870), que Vladimir Stasov, maître à penser do Grupo do Cinco (Balakirev, Mussorgski, César Cui, Rimsky-Korsakov e Borodin), escreveu: “Vocês eram cinco, agora são seis!”.

Ocorre que Tchaikovsky, embora admirador de Balakirev e de Rimsky-Korsakov, que ele muito ajudou e encorajou, não se vê nesta sexta posição. Tchaikovsky não é um ‘eslavófilo’, um nacionalista stricto sensu. É um aristocrata graduado no recém-criado Conservatório de São Petersburgo (1862), onde reinavam músicos formados no âmbito da tradição germânica, como Nikolai Zaremba e Anton Rubinstein. Professor, em seguida, no Conservatório de Moscou, ele pouco ou nada compartilha com o ideal programático desse famoso Grupo dos Cinco, músicos de sua geração, nascidos todos entre 1833 e 1844, de classe média e sem formação acadêmica.

O Opus 35 foi composto em Clarens, na Suíça, onde Tchaikovsky se refugiara após o naufrágio de seu casamento. Tem a seu lado Iosif Kotek (1855–1885), violinista exímio, amigo íntimo e discípulo predileto que colaborou intensamente na composição dessa obra, sobretudo no que se refere às dificuldades específicas da escritura para o violino. Tchaikovsky nutre uma forte admiração pela música francesa, por Bizet, Gounod, Massenet e Édouard Lalo. Em Clarens, ele e seu discípulo executam com grande entusiasmo uma versão para piano e violino da Sinfonia espanhola de Édouard Lalo (1874), que terá sido uma forte inspiração para a composição de seu concerto. Em uma carta, Tchaikovsky afirma que Lalo, assim como Bizet, “pensa mais na beleza musical do que em observar as tradições estabelecidas, como fazem os alemães”. Nesse sentido, Tchaikovsky não é apenas um gênio absoluto da música de todos os tempos, mas também aquele que foi capaz de criar uma mediação entre a música de seu país e a música ocidental como um todo.

[Luiz Marques é professor do Departamento de História da Unicamp e coordenador do Mare — Museu de Arte para a Pesquisa e Educação]

Sobre a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
Desde seu primeiro concerto, em 1954, a Osesp tornou-se parte indissociável da cultura paulista e brasileira, promovendo transformações culturais e sociais profundas. A cada ano, a Osesp realiza em média 130 concertos para cerca de 150 mil pessoas. Thierry Fischer tornou-se diretor musical e regente titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Além da Orquestra, há um coro profissional, grupos de câmara, uma editora de partituras e uma vibrante plataforma educacional. A Osesp já realizou turnês em diversos estados do Brasil e também pela América Latina, Estados Unidos, Europa e China, apresentando-se em alguns dos mais importantes festivais da música clássica, como o BBC Proms, e em salas de concerto como o Concertgebouw de Amsterdam, a Philharmonie de Berlim e o Carnegie Hall em Nova York. Mantém, desde 2008, o projeto Osesp Itinerante, promovendo concertos, oficinas e cursos de apreciação musical pelo interior do estado de São Paulo. É administrada pela Fundação Osesp desde 2005.

Sobre Thierry Fischer regente

Desde 2020, Thierry Fischer é diretor musical da Osesp, cargo que também assumiu em setembro de 2022 na Orquestra Sinfônica de Castilla y León, na Espanha. De 2009 a junho de 2023, atuou como diretor artístico da Sinfônica de Utah, da qual se tornou diretor artístico emérito. Foi principal regente convidado da Filarmônica de Seul [2017-20] e regente titular (agora convidado honorário) da Filarmônica de Nagoya [2008-11]. Já regeu orquestras como a Royal Philharmonic, a Filarmônica de Londres, as Sinfônicas da BBC, de Boston e Cincinnatti e a Orchestre de la Suisse Romande. Também esteve à frente de grupos como a Orquestra de Câmara da Europa, a London Sinfonietta e o Ensemble intercontemporain. Thierry Fischer iniciou a carreira como Primeira Flauta em Hamburgo e na Ópera de Zurique. Gravou com a Sinfônica de Utah, pelo selo Hyperion, Des canyons aux étoiles [Dos cânions às estrelas], de Olivier Messiaen, selecionado pelo prêmio Gramophone 2023, na categoria orquestral. Na Temporada 2024, embarcou junto à Osesp para a turnê internacional em comemoração aos 70 anos da Orquestra.

Sobre Guido Sant’Anna violino

Natural de São Paulo, SP, o violinista fez sua primeira apresentação solo com orquestra aos sete anos de idade e no ano seguinte foi finalista do Concurso Prelúdio (TV Cultura). Em 2018, então com 12 anos, tornou-se o primeiro sul-americano a ser selecionado para a Menuhin Competition, em Genebra (Suíça), recebendo o Prêmio Música de Câmara e de Público, além do apoio da Caris Foundation, com o empréstimo de um violino de Vicenzo Iorio, de 1833. Integrou o Perlman Music Program (EUA) de 2019 a 2021, ano em que venceu o Concurso Jovens Solistas da Osesp. Venceu, em 2022, o 10º Concurso Internacional de Violino Fritz Kreisler (Viena), feito inédito para um brasileiro. Em 2023, iniciou contrato com a agência KD Schmid e recebeu bolsa integral para estudar na prestigiada Kronberg Academy, na Alemanha. Atualmente é bolsista do Cultura Artística e toca em um violino Jean Baptiste Vuillaume [1798-1875], gentilmente cedido pelo Luthier Marcel Richters, de Viena.

A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

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(Com Fabio Rigobelo/Fundação Osesp)

Biblioteca Nacional sedia lançamento do livro ‘Cerrado: Caixa-d’água do Brasil’

Brasília, por Kleber Patricio

Capa do livro.

Um mergulho na essência do Cerrado, suas águas e biodiversidade. Assim pode ser definido o livro ‘Cerrado: Caixa-d’água do Brasil’, uma obra que transcende o registro documental e convida o leitor a entender a importância de um dos biomas mais ricos e ameaçados do planeta. O livro reúne especialistas e fotógrafos em uma verdadeira jornada ambiental, celebrando as riquezas naturais e refletindo sobre os desafios da conservação.

A caixa-d’água do Brasil

Mais do que paisagens exuberantes, o Cerrado é o coração das principais bacias hidrográficas do país. Seus rios abastecem milhões de pessoas e sustentam a biodiversidade de um bioma que cobre aproximadamente 25% do território nacional. Entretanto, o avanço do desmatamento – que já devastou mais de 712 mil hectares somente em 2024 – torna urgente a conscientização.

“Não é apenas um registro, mas um chamado à ação, forte e urgente”, destaca Atanagildo Brandolt, presidente do Instituto Latinoamerica e coordenador-geral da obra. “Esta publicação tem como objetivo educar e sensibilizar sobre a importância do Cerrado para a sobrevivência das atuais e futuras gerações.”

Uma jornada visual e científica

Fotos: Luiz Ávila e Cuba Cambará.

Organizado por Caco Schmitt, o livro alia ciência, história e sensibilidade ambiental, apresentando análises detalhadas e imagens que encantam e informam. O trabalho de campo percorreu nascentes e áreas emblemáticas do bioma, com o olhar atento dos fotógrafos Luiz Ávila e Cuba Cambará, cujas lentes capturam a essência única do Cerrado.

“As fotos não são apenas registros, mas narrativas que traduzem a alma do bioma”, ressalta Schmitt. Além disso, o livro conta com contribuições de pesquisadores renomados, como Altair Sales Barbosa, José Eloi Guimarães Campos e Braulio Ferreira de Souza Dias, entre outros, que aprofundam a compreensão sobre a riqueza e os desafios do Cerrado.

Um convite à ação

Com apoio da Lei Rouanet e patrocínio do Atacadão Dia a Dia, Cerrado: Caixa-d’água do Brasil é uma obra necessária em tempos de crise climática. Mais do que um livro, é um manifesto pela preservação. “Queremos inspirar práticas sustentáveis que protejam este patrimônio natural inestimável”, afirma Brandolt.

(Com Barbara de Alencar)

Maranhense Carla Nazaré Reis é vencedora do concurso ‘Embaixadora por um Dia’, organizado pela Embaixada do Reino Unido

Maranhão, por Kleber Patricio

Foto: clifford debattista/Unsplash.

Recém-formada em Administração pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Carla Nazaré Reis é a vencedora do concurso Embaixadora por um Dia, promovido pela Embaixada do Reino Unido no Brasil. A iniciativa busca incentivar a liderança feminina e aproximar jovens brasileiras da diplomacia e da política. Como parte da premiação, Carla vai embarcar para Londres, onde vai passar três dias ao lado de deputadas e lideranças políticas do Brasil e do Reino Unido.

Carla também terá a oportunidade de acompanhar os compromissos da Embaixadora Britânica, Stephanie Al-Qaq, em Brasília, vendo de perto o dia a dia e os desafios da diplomacia. “Estamos comprometidos em promover a liderança feminina e em oferecer oportunidades para que jovens talentosas como Carla ampliem o poder de alcance das suas vozes. A trajetória dela é inspiradora, e acreditamos que essa experiência fortalecerá ainda mais seu potencial transformador”, afirma Al-Qaq.

Carla Nazaré Reis sempre demonstrou paixão por causas sociais e pelo empoderamento feminino. Como universitária, ela participou de projetos voltados para a inclusão e desenvolvimento comunitário. Sobre seus sonhos, ela compartilha: “Desejo ser parte de uma corrente que inspire outras pessoas a acreditarem que suas jornadas podem ser transformadoras, não apenas para si mesmas, mas para o mundo. Parafraseando Maria Firmina dos Reis, mulher negra, maranhense e primeira romancista do Brasil, espero que este bom acolhimento sirva de incentivo para outras, mostrando que é possível transformar sonhos em realidade.”

Carla Nazaré Reis, ganhadora do concurso Embaixadora por um Dia.

A iniciativa Embaixadora por um Dia reforça o compromisso da Embaixada do Reino Unido de promover a igualdade de gênero e capacitar jovens líderes brasileiras oferecendo-lhes ferramentas e experiências que possam ser replicadas em suas comunidades e carreiras futuras.

(Com Mariana Luz/Embaixada do Reino Unido)

Conheça alguns dos melhores cruzeiros pelos rios da Europa

Europa, por Kleber Patricio

Navegar pelas artérias fluviais da Europa representa uma oportunidade única de explorar novos destinos de uma perspectiva diferente. A história do Velho Continente está profundamente ligada aos seus grandes rios. Do Douro ao Danúbio, passando pelo Sena, o Meno e o Moldava, navegar por essas águas é embarcar em uma viagem fascinante ao passado e às belezas naturais e arquitetônicas da Europa. Pensando nisso, apresentamos com a Civitatis uma seleção de experiências inesquecíveis pelos rios mais icônicos de Portugal, França, Alemanha, República Tcheca e Hungria. Descubra e apaixone-se pelos rios mais encantadores da Europa:

Cruzeiros pelo Douro: as pontes históricas de Porto

Fotos: Divulgação.

O rio Douro, que nasce na Espanha e termina seu curso em Portugal, deságua no Atlântico na altura do Porto. Além de sua importância histórica e cultural, o Douro é famoso por suas pontes icônicas, que ligam as margens da cidade e servem como testemunhas silenciosas de sua história. Entre todas, a mais famosa é a Ponte Dom Luís I, uma impressionante estrutura metálica que se tornou um dos símbolos do Porto. O Cruzeiro das seis pontes proporciona uma visão única desta cidade encantadora, passando sob suas imponentes pontes e oferecendo um novo olhar sobre suas colinas e ruelas pitorescas.

Encanto à beira do Sena

O Museu d’Orsay, o Louvre, a Catedral de Notre-Dame e a Torre Eiffel têm algo em comum: todos se erguem às margens do Rio Sena. Mais do que um curso d’água, o Sena é uma das joias de Paris e desempenha um papel fundamental na história da capital francesa. Fazer um Passeio de barco pelo Sena significa admirar a Cidade Luz por uma perspectiva única, navegando entre seus monumentos mais famosos, enquanto a magia de Paris se revela a cada curva do rio e entre as árvores que acompanham seu curso.

Navegando pelo rio Meno

A Alemanha tem uma conexão profunda com seus grandes rios, incluindo o Reno, o Elba e o Danúbio. Em Frankfurt, é o Meno que caracteriza a paisagem urbana e desempenha um papel crucial como via de comunicação e centro comercial, por onde circula diariamente uma grande quantidade de mercadorias. No entanto, esse curso d’água não é apenas um elemento estratégico para a economia, mas também oferece uma oportunidade única para conhecer a cidade de um novo ponto de vista.

A magia do Moldava

Se há uma cidade da Europa Central onde a magia e o mistério fazem parte integrante da história, essa cidade é, sem dúvida, Praga. Durante anos, a capital tcheca foi conhecida como a cidade dos alquimistas, cujas lendas estão intimamente ligadas ao rio Moldava. Reza a lenda que os antigos alquimistas jogavam suas poções no rio para aumentar seu poder ou para escapar de perseguições. Um Passeio de barco pelo rio Moldava oferece uma vista espetacular e privilegiada do icônico Castelo de Praga e da Ponte Carlos, alguns dos lugares mais emblemáticos da cidade.

Cruzeiro pelo Danúbio, o rei dos rios europeus

O Danúbio, um dos rios mais longos e históricos da Europa, foi testemunha de acontecimentos que moldaram o destino do continente. De batalhas do Império Romano até os conflitos que moldaram os Bálcãs nos anos 90, suas águas carregam memórias de séculos de história, e cidades icônicas como Viena, Bratislava, Budapeste e Belgrado se desenvolveram às suas margens. Um passeio pelo Danúbio revela paisagens deslumbrantes e permite contemplar a grandiosidade de algumas das capitais mais elegantes da Europa Central. Destacamos o espetáculo visual proporcionado pelo Passeio de barco ao anoitecer quando as margens e os monumentos de Budapeste se iluminam e refletem magicamente nas águas do rio.
Seja em um pôr do sol romântico em Budapeste, sob as pontes históricas do Porto, ou navegando pela icônica Paris, as águas dos rios europeus guardam segredos, histórias e cenários inesquecíveis. Embarque com a Civitatis e descubra a magia dos grandes rios da Europa.

Sobre a Civitatis | A Civitatis é a empresa líder na venda de visitas guiadas e excursões em português ao redor do mundo, com mais de 90 mil atividades em 4 mil destinos de 160 países. Desde sua fundação em 2008, mais de 40 milhões de pessoas completaram suas viagens com a curadoria de passeios da Civitatis.

(Com Ananda Saori/Civitatis Brasil)

Pimentas’, obra de Rubem Alves, retorna às livrarias em nova edição

São Paulo, por Kleber Patricio

Capa do livro. (Divulgação)

“Sei que não me resta muito tempo. Já é crepúsculo. Não tenho medo da morte. O que sinto é tristeza. O mundo é muito bonito! Gostaria de ficar por aqui… Escrever é o meu jeito de ficar por aqui” (Rubem Alves)

Parte de um imenso legado literário, a obra ‘Pimentas’, do escritor e psicanalista brasileiro Rubem Alves, ganha nova edição. Com mais de 400 mil exemplares vendidos, o livro retorna ao mercado com projeto gráfico repaginado e conteúdo revisto. Importante nome nas áreas de educação, teologia e psicanálise, o autor é um dos pensadores contemporâneos mais celebrados e já conquistou o 2º lugar na categoria Contos e Crônicas no Prêmio Jabuti de 2009 com a obra ‘Ostra feliz não faz pérola’.

A obra é composta por crônicas que buscam iluminar as simplicidades e complexidades do cotidiano. Com um olhar sensível e espirituoso, o autor é capaz de transformar momentos corriqueiros em faíscas de sabedoria e encanto, como quem compartilha histórias em uma roda de amigos. Os textos transitam por temas como infância, saudade, família, religião, literatura, música, ciência e morte com uma abordagem leve e profunda, característica de Rubem Alves.

Ao longo das páginas, o autor propõe um diálogo sincero que conforta, ensina e transforma. Para ele, pimentas são frutinhas coloridas que têm poder para provocar incêndios na boca, e as ideias se assemelham às pimentas: elas podem provocar incêndios nos pensamentos. É por meio das palavras que o cronista procura estimular o que chama um pensamento-pimenta, aquela única brasa capaz de provocar um incêndio de ideias.

Atemporais, as obras de Rubens Alves provocam quem as leem a refletirem sobre a condição humana, o papel transformador de uma educação libertadora, o amor e, até mesmo, o conceito de Deus. Mesmo após 10 anos do próprio encantamento – como ele preferia chamar a morte –, os ensinamentos do escritor continuam inspirando. O legado literário de Rubem Alves conecta a essência da humanidade com a sabedoria que apenas os grandes mestres sabem oferecer.

FICHA TÉCNICA

Título: Pimentas

Autor: Rubem Alves

ISBN: 978-85-422-3001-7

224 páginas

R$66,90

Editora Planeta | Selo Paidós.

Sobre o autor:

Rubem Alves (1933–2014) foi um pedagogo, educador, poeta, cronista, contador de histórias, ensaísta, teólogo, acadêmico, escritor e psicanalista brasileiro. Querido e celebrado por seus escritos, deixou um imenso legado literário. Dentre suas obras, foram publicadas pelo selo Paidós, da Editora Planeta: Rubem Alves essencial – 300 pílulas de sabedoria, Ao professor, com carinho e Ostra feliz não faz pérola; esta última, tendo conquistado o 2º lugar na categoria Contos e Crônicas no Prêmio Jabuti de 2009.

Sobre a editora

Criado na Argentina em 1945, quando dois professores universitários decidiram publicar Carl Gustav Jung pela primeira vez no país, o selo Paidós passou a integrar o Grupo Planeta em 2003, chegando ao Brasil em 2020. Hoje conta com mais de 2 mil títulos lançados na Espanha e em países da América Latina. De origem grega, a palavra ‘paidós’ significa ‘criança’ e, assim como o espírito questionador dos pequenos, o selo tem como objetivo discutir e buscar perguntas certeiras para algumas das principais questões da humanidade com base em obras de psicologia, psicanálise, psiquiatria, neurociência e outras áreas de ciências humanas para o público geral. No Brasil, o selo conta com nomes como Christian Dunker, Contardo Calligaris, Ana Suy, Alexandre Coimbra Amaral, Geni Núñez, Alexandre Patricio, Rubem Alves, Irvin D. Yalom, Erich Fromm e Silvia Ons.

(Fonte: Editora Planeta)