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Cannabis Medicinal: uma esperança para os autistas

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Recentemente, o Conselho Federal de Medicina (CFM) restringiu a prescrição de Canabidiol para tratar apenas alguns quadros de epilepsia, excluindo o transtorno do espectro do autismo (TEA) desta lista, por exemplo, entre outros. Vale destacar que há poucos dias a decisão foi suspensa pelas autoridades, considerado uma vitória por parte da sociedade civil e ressaltando a importância desse tratamento para milhares de casos.

Desde 2016, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou norma que permite registro de produto à base de canabidiol. Desde lá, vários pacientes são beneficiados com o tratamento por meio da substância, incluindo casos específicos dentro do espectro autista. Se a restrição de prescrição não fosse suspensa, muitas crianças, famílias e cuidadores seriam impactados.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que em todo o mundo, uma em cada 160 crianças conviva com o transtorno do espectro autista (TEA). Com base em estudos epidemiológicos realizados nos últimos 50 anos, o número de diagnósticos de TEA estão aumentando globalmente e, automaticamente, a ciência e a conscientização sobre o tema têm expandido e acompanhado o ritmo com critérios mais rigorosos para identificação dos casos.

O TEA é um transtorno do neuro desenvolvimento que afeta o desenvolvimento cognitivo, o comportamento, a comunicação social e as habilidades motoras. Na maioria dos casos, o diagnóstico se dá durante os primeiros cinco anos de vida e o uso de canabidiol para tratamento do autismo vem sendo buscado por muitas famílias que enxergam no CBD uma possibilidade para melhorar situações de agressividade e interação social, entre pessoas no espectro.

Há evidências científicas de disfunção do sistema endocanabinoide (receptores humanos aos compostos da Cannabis) em pacientes portadores de TEA e estudos animadores em relação ao alívio da ansiedade, irritabilidade, insônia e agressividade. Além disso, a Cannabis promove ganhos importantes na fala e na interação social.

Estudo clínico realizado por um centro de saúde localizado em Jerusalém avaliou a tolerância e a eficácia da administração de um produto de cannabis rico em CBD na forma de extrato oleoso com absorção sublingual, administrado de modo complementar ao tratamento farmacoterapêutico já realizado por cada paciente. Participaram ao todo do estudo 60 crianças com idade média de 12 anos, diagnóstico de TEA e problemas comportamentais graves e refratários.

Destes, 83% eram meninos e a eficácia do tratamento foi avaliada por meio da escala clínica Caregiver Global Impression of Change. Os resultados mostraram que houve melhora no comportamento de 61% dos pacientes por meio da prescrição do Canabidiol.

A cannabis medicinal como tratamento para pacientes com transtornos do espectro do autismo vem sendo fundamental, segura e eficaz para aliviar os sintomas, principalmente na parte comportamental, sociabilização, sono, ansiedade – e com poucos efeitos colaterais.

O impacto positivo no bem-estar e qualidade de vida das crianças autistas e seus cuidadores são indiscutíveis e os estudos não podem parar.

Rubens Wajnztejn é neurologista infantil e presidente da APMC. Graduado em Medicina pela USP –Universidade de São Paulo. Especialização em Neurologia Infantil na Clínica Neurológica do HCFMUSP – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Mestrado pela Unifesp – Universidade Federal de São Paulo. Doutorado pela Faculdade de Medicina do ABC. Professor Assistente da Disciplina de Neurologia, coordenador do Programa de Residência Médica em Neurologia Infantil e orientador permanente do Programa de pós-graduação da Faculdade de Medicina do ABC. Diretor da SBNI – Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil e atual presidente da Associação Pan-Americana de Medicina Canabinóide.

(Fonte: XCom)

Espetáculo itinerante, imersivo e interativo “Personagens em busca de um autor” leva o público a circular por diversas áreas do Theatro Municipal

São Paulo, por Kleber Patricio

Gizelle Menon e Leticia Alves. Foto: Hernani Rocha.

O texto “Seis personagens à procura de um autor”, de Luigi Pirandello (1867-1936), estreou na Itália em 1921 e, desde então, tornou-se um clássico. O texto conta a história de um ensaio teatral que é invadido por personagens que, depois de terem sido rejeitados pelo autor que os criou, tentam convencer o diretor da companhia a encenar sua história de vida. No início o diretor se irrita com a interrupção do ensaio, mas, aos poucos, começa a demonstrar interesse pela história dos personagens e decide encenar seu drama, utilizando-se, para isso, dos atores da companhia. Os personagens, entretanto, não aceitam a maneira como sua história está sendo apresentada e procuram assumir, eles mesmos, seus papéis em sua tragédia pessoal.

A peça discute questões metalinguísticas, dentre as quais as diferentes formas de fazer teatro, a representação, a ilusão e o embate entre ficção e realidade, pessoas e personagens, verdade e verossimilhança, por meio de um enredo extremamente cativante que mistura duas histórias: a história do ensaio interrompido pelos personagens e a tragédia que os personagens querem contar.

Gizelle Menon e Leticia Alves. Foto: Hernani Rocha.

Nessa montagem do Núcleo Teatro de Imersão, as histórias são apresentadas de forma imersiva, interativa e itinerante. O Theatro Municipal é agora não somente um teatro que abriga um espetáculo, mas o próprio local em que se passa a ação ficcional, inteiramente remodelada para acontecer neste emblemático espaço. Imerso nesse cenário, o público interage desde sua chegada com o elenco, sendo convidado a opinar sobre as escolhas de direção, a ajudar a montar o cenário, a responder questões colocadas pela diretora e pelos personagens. Na tentativa de apresentar a tragédia trazida pelos personagens, estes, acompanhados pelos espectadores e pelos atores, circulam por diversos ambientes da casa: palco, plateia, corredores, salão das autoridades, salão nobre, foyer e até as coxias, área que habitualmente não pode ser acessada pelo público frequentador. Nesses deslocamentos, o público terá a oportunidade de determinar sua própria perspectiva de visualização e escuta da cena, aproximando-se ou afastando-se de determinando elemento ou personagem. Por tudo isso, a produção recomenda que os espectadores usem calçados confortáveis.

Este é o primeiro projeto do Núcleo Teatro de Imersão apresentado num teatro. A companhia, especializada em teatro imersivo, atua desde 2017, tendo apresentado seus espetáculos anteriores em diversos casarões paulistanos, como a Casa das Rosas, o Casarão da Vila Guilherme e a Oficina Cultural Oswald de Andrade. “Sempre escolhemos espaços específicos para a trama”, conta a diretora Adriana Câmara. “As histórias dos nossos espetáculos anteriores aconteciam em antigas casas de família; por isso, circulávamos com as peças entre os diversos cômodos dos casarões históricos que nos abrigavam, cenografados realisticamente como salas de jantar, salas de estar, quartos e escritórios. Pela primeira vez, estamos encenando uma trama que realmente acontece num teatro. Por isso, adaptamos o texto para que os espectadores possam vivenciar esse espaço em toda a sua complexidade: das áreas abertas ao público aos bastidores restritos às equipes técnicas e artísticas”.

Leticia Alves,Glau GurgelGizelle Menon e Adriana Camara. Foto: Hernani Rocha.

O espetáculo fará 10 apresentações no Theatro Municipal de São Paulo de 28 de janeiro a 26 de fevereiro de 2023 nos seguintes dias: sábados, 28/1 e 4/2, às 11h; sábados, 11/2 e 25/2, às 11h e às 15h; domingos 12/2 e 26/2 às 11h e às 15h.

Depois desta temporada, o Núcleo Teatro de Imersão pretende adaptar o espetáculo para realizar novas temporadas, ainda em 2023, em outros teatros paulistanos. “Nosso objetivo é realizar, no mínimo, 20 apresentações do espetáculo em 2023”, conta a diretora.

Este projeto foi contemplado pelo Edital de Residência Artística e Mediação Cultural do Complexo Theatro Municipal, coordenado pelo Núcleo de Educação.

Sobre o Theatro Municipal de São Paulo

Gizelle Menon e Leticia Alves. Foto: Hernani Rocha.

O Theatro Municipal de São Paulo é um equipamento da Prefeitura da Cidade de São Paulo ligado à Secretaria Municipal de Cultura e à Fundação Theatro Municipal de São Paulo.

O edifício do Theatro Municipal de São Paulo, assinado pelo escritório Ramos de Azevedo em colaboração com os italianos Claudio Rossi e Domiziano Rossi, foi inaugurado em 12 de setembro de 1911. Trata-se de um edifício histórico, patrimônio tombado, intrinsecamente ligado ao aperfeiçoamento da música, da dança e da ópera no Brasil.

O Theatro Municipal de São Paulo abrange um importante patrimônio arquitetônico, corpos artísticos permanentes e é vocacionado à ópera, à música sinfônica orquestral e coral, à dança contemporânea e aberto a múltiplas linguagens conectadas com o mundo atual (teatro, cinema, literatura, música contemporânea, moda, música popular, outras linguagens do corpo, dentre outras). Oferece diversidade de programação e busca atrair um público variado.

Sobre o Núcleo Teatro de Imersão

Glau Gurgel, Gizelle Menon e Leticia Alves. Foto: Hernani Rocha.

O Núcleo Teatro de Imersão é um grupo teatral de São Paulo, SP, que pesquisa e monta espetáculos de teatro imersivo em locais alternativos, específicos para a trama a ser contada. A companhia propõe novas relações entre ator e espectador ao inserir o público no espaço da representação, em meio à cena representada, e ao fazê-lo circular pelo espaço ficcional, sem separação entre palco e plateia e cercado pelos personagens, pelo cenário, pelas sonoridades e aromas da cena. O objetivo do Núcleo Teatro de Imersão é fazer com que o espectador envolva-se com os personagens e emocione-se com a história como se estivesse testemunhando eventos reais, e não uma encenação.

A companhia iniciou suas pesquisas em 2014 e, no ano de 2017, estreou seu primeiro espetáculo imersivo, “Tio Ivan”, adaptação para a peça teatral “O Tio Vania”, de Anton Tchekhov, em cartaz por três temporadas na Oficina Cultural Oswald de Andrade e na Casa das Rosas, em São Paulo, em 2017, 2018 e 2019. A montagem foi premiada como Melhor Espetáculo de Grupo de 2018 do Prêmio Aplauso Brasil (júri popular).

Em 2020, o Núcleo Teatro de Imersão estreou “As Palavras da Nossa Casa”, encenação imersiva inspirada em obras de Ingmar Bergman, em cartaz na Casa das Rosas, em São Paulo, de janeiro a março. O espetáculo obteve lotação máxima em todas as sessões de sua temporada e, com a chegada da pandemia de COVID-19, ganhou versão online e ainda imersiva, realizada ao vivo, pelo Zoom, em duas temporadas (2020 e 2021), além de apresentação pela Conexão Casas de Cultura, nas redes sociais da Casa de Cultura de Santo Amaro, e pela Virada Cultural da Cidade de São Paulo. Em novembro de 2022, com a pandemia atenuada, o espetáculo voltou a ser apresentado presencialmente no Casarão da Vila Guilherme, novamente com ingressos esgotados.

Adriana Camara, Elmar Bradey e Amanda Policarpo. Foto: Hernani Rocha.

Sinopse | Tragicomédia imersiva, itinerante e interativa. Os espectadores são convidados a opinar sobre um espetáculo em construção quando o ensaio é interrompido pela chegada de três personagens cujo drama não terminou de ser escrito. Na tentativa de contar esse drama, os personagens, o elenco e os espectadores circulam por diversos ambientes do Theatro Municipal.

FICHA TÉCNICA

Realização: Núcleo Teatro de Imersão

Direção: Adriana Câmara

Texto: Luigi Pirandello (“Seis personagens à procura de um autor”)

Adaptação do texto: Adriana Câmara

Cenografia: Hernani Rocha

Figurino: Samantha Paz

Produção executiva: Adriana Câmara

Elenco: Adriana Câmara (Diretora), Amanda Policarpo (Primeira Atriz), Elmar Bradley (Primeiro Ator), Gizelle Menon (Mãe), Glau Gurgel (Pai), Letícia Alves (Filha), Pat Albuquerque (Madame Paz)

Programação visual: Hernani Rocha

Confecção do figurino: Ateliê Paz (Samantha Paz e Liduina Paz)

Fotografias: Hernani Rocha

Produção: Menina dos Olhos do Brasil

Projeto contemplado pelo Edital de Residência Artística e Mediação Cultural do Complexo Theatro Municipal. Coordenação: Núcleo de Educação

Serviço:

Personagens em busca de um autor, do Núcleo Teatro de Imersão

Local: Theatro Municipal – Praça Ramos de Azevedo, s/n – República, São Paulo — SP

Apresentações:

Sábado, 28/1/2023, às 11h

Sábado, 4/2/2023, às 11h

Sábado, 11/2/2023 às 11h e às 15h

Domingo, 12/2/2023 às 11h e às 15h

Sábado, 25/2/2023 às 11h e às 15h

Domingo, 26/2/2023 às 11h e às 15h

Ingressos: gratuitos

Reservas

Classificação: 18 anos

Duração: 120 minutos

Capacidade: 30 lugares

Gênero: Tragicomédia imersiva, itinerante e interativa

Site da companhia

Redes sociais: @nucleoteatrodeimersao.

(Fonte: Theatro Municipal de São Paulo)

11º Festival Internacional SESC de Música divulga programação

Pelotas, por Kleber Patricio

Alejandro Brittes e Orquestra Barroca. Foto: Eduardo Rocha.

Com entrada gratuita para todas as apresentações, a programação do 11º Festival Internacional SESC de Música está disponível em detalhes no site www.sesc-rs.com.br/festival e também pode ser conferida abaixo. Entre os dias 16 e 27 de janeiro de 2023, o Theatro Guarany (Rua Lobo da Costa, 849), o Teatro Sicredi (Avenida Dom Joaquim, 1087), o Conservatório de Música da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) (Rua Félix Xavier da Cunha, 651), a Bibliotheca Pública Pelotense (Pr. Cel. Pedro Osório, 103) e outros locais na cidade serão palco para concertos, recitais e outras atrações musicais deste que é um dos maiores eventos de música de concerto da América Latina.

Entre os destaques da edição, que oferecerá cursos de violino, viola, violoncelo, contrabaixo, harpa, flauta, oboé (corne-inglês), clarinete, fagote, trompa, trompete, trombone tenor, trombone baixo, tuba, saxofone, eufônio, percussão, canto lírico, piano, composição e choro (violão, sopros, acordeom, bandolim, percussão e cavaquinho), estão o concerto “(L) Este”, com Alejandro Brittes & Orquestra Barroca, Orquestra Mundana Refugi, Ópera Cavalleria Rusticana, Orquestra de Câmara Theatro São Pedro e Vitor Ramil, Banda Sinfônica, Orquestra Acadêmica e muito mais.

Orquestra Mundana Refugi. Foto: Daniel Kerseys.

Para as apresentações no Theatro Guarany e no Teatro Sicredi, é necessária a retirada antecipada de ingressos na Rua Lobo da Costa 849, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h30. Há limite de um par por pessoa, conforme o cronograma: nos dias 10, 11, 12 e 13, retiram-se ingressos para espetáculos de 16, 17, 18 e 19; nos dias 14, 17, 18 e 19 de janeiro, são entregues para 19, 22 e 23; e 20, 21 e 24 distribui ingressos para os dias 24, 25 e 26. Quem não conseguir buscar com antecedência, pode tentar uma hora antes de cada concerto na entrada dos teatros. Sugere-se a doação de 1kg de alimento não perecível por pessoa para o programa Mesa Brasil SESC.

A partir de mais de 840 inscrições, a comissão avaliadora do Festival Internacional SESC de Música selecionou cerca de 350 alunos, que terão contato com 50 professores do Brasil, Estados Unidos, Chile, China, Itália, Portugal, Rússia, Bielorússia, Japão e Argentina. O credenciamento dos estudantes será feito no dia 15 de janeiro das 9h às 18h mediante apresentação de documento com foto, na Faculdade Senac de Pelotas (Rua Gonçalves Chaves, 602). Todos os que completarem os cursos receberão certificados, disponibilizados on-line a partir de 13 de fevereiro.

Sobre o Festival Internacional SESC de Música

Cavalleria Rusticana. Foto: Vitor Ceolin.

Em sua 11ª edição, o evento tem como objetivo incentivar o desenvolvimento da produção musical, fomentar o intercâmbio e o desfrute de bens culturais. Promovido pelo Sistema Fecomércio-RS/SESC/Senac por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, em parceria com a Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo e tendo como diretor artístico o maestro Evandro Matté, o Festival atua em dois eixos principais: Pedagógico e Sociocultural. No plano Pedagógico, são ofertados cursos de instrumentos, composição, canto lírico, choro, prática de música de concerto e câmara, prática de orquestra e prática de banda sinfônica para estudantes e profissionais da música. Já no Sociocultural, são realizados recitais de professores e alunos, além de uma ampla programação de espetáculos gratuitos e abertos a toda comunidade. Para este ano, o Festival conta com o patrocínio master do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), apoio da Panvel Farmácias, apoio cultural da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Bibliotheca Pública Pelotense, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) e Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e apoio institucional da Prefeitura Municipal de Pelotas.

Sobre o 11º Festival Internacional SESC de Música | O Festival Internacional SESC de Música é um dos maiores da área na América Latina e tem o objetivo de incentivar o desenvolvimento da produção musical e fomentar o intercâmbio e o desfrute de bens culturais.

Data: de 16 a 27 de janeiro de 2023, em Pelotas

Como acontece | Durante o Festival, os alunos participam das classes (cursos) e ensaios nos turnos da manhã e tarde; e apresentações que podem ocorrer pela manhã, tarde ou noite. Todas as apresentações têm entrada franca para a comunidade.

Classes de Música de Concerto: turno da manhã

Classes de Canto Lírico e Choro: manhã e tarde

Ensaios de orquestras, música de câmara: turno da tarde e vespertino

Ensaios de recitais de alunos: manhã e tarde (a combinar com o coordenador da área).

(Fonte: Moglia Comunicação)

Cine Casal Museu da República apresenta o evento ‘Joias de Natal’ no dia 22 de dezembro

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Frame de “A felicidade não se compra”. (Divulgação)

Vem chegando o Natal e o Cine Casal Museu da República oferece ao público da região do Catete – e adjacências – um dia especial com o evento Joias de Natal para comemorar antecipadamente a data. Será exibido o filme “A felicidade não se compra” (It’s a Wonderful Life), de Frank Capra, no dia 22 de dezembro às 19h. Ao final da exibição serão oferecidos rabanada e vinho aos cinéfilos presentes. A entrada custa R$13.

O filme é estrelado por James Stewart como George Bailey, um homem que desistiu de seus sonhos para ajudar os outros e cujo suicídio iminente na véspera de Natal provoca a intervenção de seu anjo da guarda, Clarence Odbody (Henry Travers). Clarence mostra a George todas as vidas que ele tocou e como a vida seria diferente para sua esposa Mary e sua comunidade de Bedford Falls se ele nunca tivesse nascido.

O longa é apontado como o maior clássico de natal do cinema por várias publicações internacionais; entre elas, o jornal New York Times e a revista francesa Cahiers du Cinema.

“Essa sessão é um presente de natal para todos os cinéfilos que não puderam ir ao cinema durante a pandemia. Por isso merece uma comemoração com um clássico atemporal, desfrutando de rabanadas e brindando com vinho”, diz o crítico de cinema e jornalista Mário Abbade, que assina a parceria do evento com o Cine Casal Museu da República.

Sinopse – “A felicidade não se compra” – 130 minutos

Em Bedford Falls, no Natal, George Bailey (James Stewart), que sempre ajudou a todos, pensa em se suicidar saltando de uma ponte, em razão das maquinações de Henry Potter (Lionel Barrymore), o homem mais rico da região. Mas tantas pessoas oram por ele que Clarence (Henry Travers), um anjo que espera há 220 anos para ganhar asas, é mandado à Terra para tentar fazer George mudar de ideia, demonstrando sua importância por meio de flashbacks.

Serviço:

Joias de Natal – Cine Casal Museu da República

Rua do Catete, 153 – Catete (ao lado do metrô)

Jóias de Natal – 22 de dezembro às 19h

Livre

Exibição do filme “A felicidade não se compra” com oferecimento de rabanada e vinho ao público presente após a exibição

Ingressos à venda na bilheteria do cinema: R$13.

(Fonte: PR Comunique-se)

Conservatório de Tatuí recebe obra de Denilson Baniwa

Tatuí, por Kleber Patricio

Foto: Bruno Ducatti.

O Conservatório de Tatuí contará com uma obra do artista visual Denilson Baniwa, responsável por pintar quatro faces de empenas do prédio da Unidade 2, que fica na Rua São Bento. Baniwa cria seus trabalhos a partir de referências de seu povo assim como de outras cosmologias indígenas da América do Sul. Mescla referências tradicionais e contemporâneas destas culturas, além de suas lutas. Para o Conservatório de Tatuí, Denilson criou a pintura “Constelações”, uma resposta à obra da naturalista e ilustradora científica Maria Sibylla Merian, de Frankfurt.

Denilson diz que “as obras de Merian retratam a metamorfose dos animais seguindo vários estágios da vida de insetos, aracnídeos e outros em uma relação direta com plantas, rochas e solo. Seu trabalho é muito importante para pensarmos sobre as relações de troca e mudança que tornam possível a continuidade da vida. Ao contrário da maioria dos artistas de seu tempo, ela estava preocupada em documentar a vida em transformação, nos estágios de mudança dos seres. Em contraste com Maria Sibylla Merian, o meu trabalho pretende dar um vislumbre de uma relação diferente com a vida, compreendendo o visível e o invisível. Na cosmologia Baniwa, os seres que se transformam e mudam de forma são importantes para a continuidade da vida na Terra”. Em 2021 Denilson criou a obra “Autorretrato” para a empena de incríveis 30 metros de altura no Condomínio Edifício Rosemarie, localizado no coração do centro de São Paulo, no Elevado Costa e Silva, conhecido como Minhocão. A pintura fala sobre um jovem Baniwa que chega na cidade e descobre novos mundos para explorar. “Trazer a cosmologia Baniwa para o mural é para que esses seres possam aparecer e cumprir seu propósito de polinizar memórias e transformar florestas; significa compartilhar um pouco de mundos indígenas e sua cosmologia”, complementa.

A obra faz parte da ação do Conservatório de Tatuí de convidar artistas visuais para criarem e executarem murais artísticos nas empenas da Sede e Unidade 2. De acordo com Antonio Salvador, gerente artístico e pedagógico de artes cênicas, ações como esta contribuem para a democratização da arte, além de destacar a arte brasileira. “A presença de artistas como o Denilson Baniwa é um grande passo na direção de alinhar a escola com criações e discussões contemporâneas e urgentes na arte e na vida brasileira e mundial. Neste caso, não é só a presença, a passagem dele; é o Conservatório criando condições para que um artista desta importância possa criar uma obra na Escola, transformando a arquitetura da Unidade 2 do Conservatório e de seu entorno. É um chamado à responsabilidade de repensarmos o quê, de fato, no Brasil de hoje, um Conservatório deve preservar. Já é visível que a energia do lugar é outra; desde o início da pintura, as pessoas que passam não param de fotografar, perguntar e se emocionarem. Tatuí ganhou uma grande obra de arte a céu aberto, um pouco do céu Baniwa hoje também está em Tatuí”, reforça.

Denilson é dos mais importantes artistas visuais brasileiros da atualidade, com reconhecimento internacional que, a partir do Movimento Indígena Amazônico, transita pelo universo não indígena e seus processos artísticos. Em sua trajetória, consolida-se como referência, rompendo paradigmas e abrindo caminhos ao protagonismo dos indígenas no território nacional. No Brasil já expôs no MASP – Museu de Arte de São Paulo, MAR – Museu de Arte do Rio, Centro Cultural Banco do Brasil e Pinacoteca do Estado de São Paulo e participou de algumas Bienais, com destaque para a 34ª com o Pavilhão Indígena, entre outros espaços. Em 2022 foi curador da exposição “Nakaoda”, no MAM Rio. Nos últimos anos, Denilson tem ocupado espaços que vão de exposições a residências artísticas em vários lugares do mundo como Canadá, Estados Unidos, França e Austrália. Entre as premiações, venceu duas vezes o Prêmio Pipa (2019 e 2021), a maior condecoração da arte contemporânea do Brasil e, em 2014, como ilustrador, recebeu o Prêmio Festival Festas de Lisboa.

Além de Baniwa, o Teatro Procópio Ferreira receberá a pintura de Diego Dedablio, artista plástico de Tatuí e região. As pinturas já se iniciaram e ficarão prontas em breve.

(Fonte: Máquina Cohn & Wolfe)