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Palhaço Funil é destaque no projeto Plateias Hospitalares da Associação Doutores da Alegria

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Foto: Igor Goulart.

“O Menor Picadeiro do Mundo”, espetáculo do Palhaço Funil, carrega a cultura popular e a dramaturgia por onde passa. E a próxima parada será dentro do projeto Plateias Hospitalares da Associação Doutores da Alegria, que há treze anos leva a arte aos hospitais da cidade e do estado do Rio de Janeiro. Contemplado através do edital Oi Futuro, a apresentação acontecerá no dia 26 de novembro, às 16h, no Oi Futuro Flamengo, zona sul carioca. A entrada é gratuita.

Para ampliar o acesso, haverá também recursos de acessibilidade como tradução de libras e audiodescrição.

Palhaço Funil, personagem do ator Diego Marques desde 2016, apresenta “O Menor Picadeiro do Mundo”, um espetáculo de rua que usa as técnicas da palhaçaria clássica como mote. Durante este período, passou por inúmeras transformações, chegando, hoje, em um encontro entre a dramaturgia teatral e os números de rua. Já teve mais de 200 apresentações pelo Brasil – Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, e, em 2018, foi apresentado no Keene Theater em Michigan (USA), fruto da parceria do Programa Teatro em Comunidades, e o Programa Teatro na Prisão (Unirio) com a Universidade de Michigan. Diego foi um dos alunos convidados a atuar no Prison Creative Arts Project, projeto desenvolvido pela professora Ashley Lucas em algumas prisões do estado estadunidense.

A realização do projeto Plateias Hospitalares é do Ministério do Turismo e da Secretaria Especial da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

“O Menor Picadeiro do Mundo” – Sinopse

Foto: Josélia Frasão.

Funil é um popstar, palhaço talentoso e carismático que sai às ruas para mostrar o seu trabalho, mas o grande público ainda não sabe quem ele é e desconhece o seu potencial. O palhaço cria, recria e inventa um show que só na cabeça dele é uma superprodução. A bricolagem (montagem ou instalação de qualquer coisa, feita por pessoa não especializada) é uma costura das influências do artista Diego Marques (Funil), e uma forma de agradecer a seus mestres. Funil é a representatividade dessa linguagem da rua, dos subúrbios, das favelas, da periferia, da alegria e das tristezas do Rio. A apresentação proporciona riso garantido, e quem sabe até um tanto de emoção para os mais atentos.

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=97Rt9DfQy0k.

Sobre Diego Marques

Nascido no Rio de Janeiro e prestes a completar 17 anos de estrada, Diego Marques foi criado na casa dos avós maternos em Santa Rosa, Niterói, já que os seus pais tinham poucas condições financeiras. O artista descobriu seu dom desde criança, quando fazia shows nos encontros da família. Ficou por lá até os 18 anos, a partir daí o jovem decidiu fazer teatro e resolveu estudar – a passagem pela Escola Técnica Martins Penna abriu os caminhos artísticos.

Foto: Josélia Frasão.

A carreira profissional começou em 2005 trabalhando na Coof Cia. Teatral, em Niterói. Participou de espetáculos musicais como “Forrobodó: Um choro na cidade nova”, dirigido por André Paes Leme, fez diversos espetáculos com grupos, produções e principalmente com a Cia. Entreato. Chegando o ano de 2016, Diego passou por uma grande crise financeira e daí nasceu O Funil. “Em um curso com o Fabiano Freitas, o palhaço Piter Crash, o Fabi me deu de presente um funil para fazermos uma intervenção na rua e proteger minha cabeça. Quando vesti o funil, alguma coisa aconteceu. Na Entreato, vesti o nariz de palhaço inúmeras vezes, mas nunca havia sentido algo parecido antes de vestir o funil. Esse menino malandro me trouxe tudo o que tenho como artista e ser humano hoje”.

Com passagens pela Record e TV Globo, Diego Marques atualmente mora em Teresópolis e trabalha junto à Trupe Circônflexo. Além de se apresentar como o palhaço Funil, Diego é professor de teatro, mas agora, ele quer voar e ampliar os seus horizontes. E a próxima parada já tem destino certo: Lisboa.

O mini documentário “Funil na Estrada” traz um pouco da história de Diego Marques: https://youtu.be/y29rkgKskwc.

Curiosidades

Aos 23 anos, descobriu que seu avô paterno era um artista popular na serra de São Benedito, no Ceará. Os relatos que ouviu foram de que ele era um caçador que, no dia da Folia de Reis, encarnava os personagens e levava alegria ao povo. Seu pai contava que a sua morte precoce foi tão forte onde moravam que o caixão dele foi seguido pela cidade até o seu corpo ser enterrado. O curioso é que, aos 23, Diego já trabalhava com a cultura popular e tinha um interesse pelas linguagens regionais do Brasil. Quem despertou esse interesse no rapaz foi a Cia. Entreato, hoje criadora da Casa Torta no Bichinho, em Tiradentes, que ensinou o artista a admirar a beleza da estética da cultura popular, as histórias do nosso povo e nossos mitos. Ele também participava de um grupo de Jongo em Niterói chamado ‘Jongo Folha de Amendoeira’. “O Jongo me despertou para diversas reflexões sobre minha cor, minha ancestralidade e sobre os processos de racismo que eu vivia sem me dar conta. Essas são as influências que cito agora, mas acredito mesmo que meu saber foi feito nessa encruzilhada, nesses encontros da vida. Axé aos meus mestres e mestras”, conclui Daniel.

Sobre Doutores da Alegria | A associação introduziu a arte do palhaço no universo da saúde, intervindo, há 31 anos, junto a crianças, adolescentes e outros públicos em situação de vulnerabilidade e risco social em hospitais públicos.

Sobre o projeto Plateias Hospitalares | O projeto Plateias Hospitalares foi criado em 2009 por Doutores da Alegria com o objetivo de promover o acesso à cultura por meio de uma programação voltada a pacientes adultos e idosos, crianças e comunidades do entorno de hospitais públicos do estado do Rio de Janeiro.

Veja outras apresentações do palhaço Funil até fim do ano:

Dia 27/11 – Resta 1 – Picadeiro Móvel (SESC) em Ramos.

Dia 3/12 – O Menor Picadeiro do Mundo (SESC Nogueira, às 15h).

Ficha Técnica

“O Menor Picadeiro do Mundo”

Direção: Bruno França

Ator-Palhaço-Músico: Diego Marques

Trilha Sonora Original: Almir Chiaratti e Diego Marques

Operação de luz: Juliana Moreira

Operação de som: Hebert Said

Cenografia: Raquel Theo

Duração: 50 minutos

Classificação: a partir de 6 anos

Operação de luz: Juliana Moreira.

Serviço:

Doutores da Alegria – Plateias Hospitalares

“O Menor Picadeiro do Mundo” – Palhaço Funil

Dia: 26/11 (sábado) – 16h

Entrada franca

Ingressos: retirada de até 2 ingressos por pessoa, na bilheteria, 1h antes de cada espetáculo

Capacidade: 60 lugares

OI Futuro

Endereço: Rua Dois de Dezembro, nº 63 – Flamengo – Rio de Janeiro (RJ)

Classificação: livre

@palhacofunil.

(Fonte: Claudia Tisato Assessoria de Imprensa)

Pavão Cultural festeja quatro anos com artistas presentes em sua história

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

O Instituto Pavão Cultural abriu na sexta-feira, dia 18 de novembro, a exposição “Obra Afeto” para celebrar seus quatro anos de história. Às 19h30 aconteceu uma performance da artista Cecilia Stelini e, às 20h30, a apresentação musical “Edu Lobo”, pelo Quarteto Açu, com participação vocal de André Segolin.

O Pavão celebra a construção coletiva desse espaço de encontros, onde, segundo os responsáveis, “foi possível cultivar aquilo que nos une: os afetos”, conforme pontuaram. E os organizadores acrescentam: “Para essa exposição, foram convidados amigos e parceiros, (artistas, curadores, músicos, designers) que participaram de alguma exposição ou evento durante esses anos, para que apresentassem obras, de sua autoria ou de seu acervo pessoal, e que representassem um pouco da sua história”.

Trata-se de uma exposição coletiva, mas com um caráter diverso, pois não houve curadoria das obras; cada convidado foi curador de si mesmo, a escolha dos trabalhos foi livre, apenas com restrição de tamanho para que o material coubesse no espaço.

A expografia, executada pela equipe do Pavão, “buscou costurar uma trama de histórias generosamente compartilhadas”, na qual a equipe espera que os visitantes também se sintam representados.

Participam de “Obra Afeto” Alessandra Ribeiro, Ana André, Ana Angelica Costa, Beá Meira, Carriero, Cecilia Stelini, Coletivo NuDesenhos, Gal de Sordi, Hellen Audrey, João Bosco, José Renato Braga, Julia Pupim, Laura Andare, Luciana Bertarelli, Marcio Elias Santos, Mario Braga, Olivia Niemeyer, Rafa Carvalho, Regina Garbelini, Sergio Niculitcheff, Silvia Matos, Simone Peixoto e Teresa Mas.

Serviço:

Exposição “Obra Afeto”

Período expositivo: até 17/12

Local: Instituto Pavão Cultural | Rua Maria Tereza Dias da Silva 708 | Cidade Universitária | Barão Geraldo | Campinas | SP

Entrada franca.

(Fonte: Prefeitura de Campinas)

“Noite de terror” é tema de concerto da Sinfônica da Unicamp no dia 22 de novembro

Campinas, por Kleber Patricio

Imagem: Ciddic/Unicamp.

A Orquestra Sinfônica da Unicamp (OSU) apresenta dia 22, terça-feira, o concerto temático “Noite do terror”, performance que une temas populares do horror a obras sinfônicas inspiradas ou que conectam-se a histórias de terror. A apresentação visa celebrar o Dia do Músico de modo inusitado e inovador.

Sob regência da maestrina da OSU, Cinthia Alireti, e com participação especial de Leandro Cavini, barítono, a apresentação gratuita ocorre no Teatro de Arena da Unicamp a partir das 19h e tem como objetivo expor ao público um passeio lúdico com toques de teatro, tendo como pano de fundo temas do horror popular.

A ideia do concerto, segundo Alireti, é “apresentar, neste Dia do Músico, um concerto informal, descontraído, com inspiração em temas assustadores, para mostrar as capacidades sonoras e expressivas da orquestra sinfônica”, comenta a maestrina.

No repertório, destaque para obras de Bach, Brahms, Saint-Saëns e Mozart, entre outros. O concerto temático faz parte de um rol de apresentações especiais em comemoração aos 40 anos de atividades da Sinfônica, completados neste ano.

Serviço:

Noite de terror

22 de novembro, terça-feira, 19h

Local: Teatro de Arena da Unicamp

Rua Elis Regina – Cidade Universitária, Campinas – SP

Entrada franca. Não há retirada de ingressos. Acesso ao concerto por ordem de chegada.

(Fonte: Ciddic/Unicamp)

Funssol realiza Drive Thru Solidário de Natal no dia 3 de dezembro

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Imagem: Prefeitura de Indaiatuba.

O Funssol (Fundo Social de Solidariedade) de Indaiatuba realiza um Drive Thru Solidário de Natal no dia 3 de dezembro, das 8h às 17h, no Paço Municipal. O objetivo é arrecadar alimentos não perecíveis, doces, balas, itens de higiene pessoal e brinquedos. As doações serão repassadas para famílias que estão em vulnerabilidade social, OSCs e projetos sociais assistidos pelo Fundo Social. A finalidade é trazer a essência do natal para as pessoas que não têm condição de realizar uma ceia.

Segundo a presidente do Funssol, Maria das Graças Araújo Mássimo, a expectativa é de que as arrecadações sejam maiores que o ano passado. “Essa ação é uma tradição que estamos fazendo já há alguns anos e que têm dado certo. Por isso, quem puder contribuir, com certeza vai ajudar a trazer a magia do natal para as pessoas que precisam. Toda doação é bem-vinda”, pontua.

Serviço:

Drive Thru Solidário de Natal

Data: 3/12/2022

Horário: 8h às 17h

Local: Prefeitura de Indaiatuba (Av. Eng. Fábio Roberto Barnabé, 2800)

Arrecadação: doces, balas, itens de higiene pessoal e brinquedos.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Degradação climática da Amazônia ameaça populações de rãs da Mata Atlântica

Mata Atlântica, por Kleber Patricio

Foto: Ariovaldo Giaretta/Wikimedia Commons – licença CC BY-SA 2.5.

Mesmo a quilômetros de distância, os fatores climáticos da Amazônia influenciam a biodiversidade e a morfologia das espécies da Mata Atlântica. Um estudo pioneiro demonstrou que o desmatamento na maior floresta tropical do mundo ocasiona uma perda massiva de biodiversidade em outras regiões do Brasil, e o tempo de adaptação das espécies é menor que o ritmo das mudanças climáticas. Com autoria de pesquisadores do  Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e colaboradores, o artigo contendo os resultados foi publicado na revista “Conservation Biology” neste mês.

A pesquisa foi feita por meio do rastreamento do fluxo de chuvas de quatro locais no sudeste do Brasil: Campinas (SP), Caldas, Poços de Caldas e Areado (MG). Os cientistas identificaram, por meio de imagens de satélites da NASA, que a Amazônia é origem de parte das chuvas dessas regiões. Isso acontece graças ao fenômeno dos rios voadores, pelo qual há transporte de umidade da Amazônia até as regiões Sul e Sudeste do Brasil.

“Estamos vendo o processo de uma espécie evoluindo para se adaptar às mudanças climáticas que estamos causando”, afirma Lucas Ferrante, biólogo que desenvolveu a pesquisa pelo INPA. O autor constatou que as populações de uma espécie de rã, Hylodes sazimai, apresentaram mudanças na própria morfologia – como os mecanismos naturais de preservação da água corporal – de acordo com as diferenças do clima das quatro localidades, o que significa que as variações climáticas decorrentes do desmatamento da Amazônia forçam essa adaptação.

Esse resultado é importante para demonstrar que a degradação do ciclo hidrológico da Amazônia tem consequências na biodiversidade de outros locais que dependem da umidade trazida pela floresta. O monitoramento das rãs mostrou haver declínio populacional preocupante e o especialista alerta que, se as condições ambientais continuarem, a extinção poderá acontecer a curto prazo. “A velocidade em que estamos degradando a Amazônia e acelerando as mudanças climáticas é superior ao tempo necessário para que a espécie se adapte”, explica.

Ferrante informa que é urgente adotar políticas públicas para redução do desmatamento na Amazônia. Essa medida protege a biodiversidade das rãs da Mata Atlântica e até mesmo setores estratégicos da economia, como a agricultura. “O atual nível de degradação da Amazônia foi alcançado em parte pelos altos níveis de desmatamento no atual governo. Zerar o desmatamento deve ser uma prioridade já no primeiro ano do governo Lula. Precisamos restaurar a eficiência climática da Amazônia”, conclui o pesquisador.

(Fonte: Agência Bori)