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Cidade de Cunha (SP) realiza mais uma edição de seu Festival do Pinhão

Cunha, por Kleber Patricio

Foto: Daniel Dan outsideclick/Pixabay.

A cidade de Cunha (SP), localizada entre as Serras do Mar e da Bocaina, a 220 km da capital paulista e a 270 km da fluminense, realiza até 5 de maio a 22ª edição de seu tradicional Festival do Pinhão. Durante os quatro finais de semana a programação acontece na Praça da Igreja Matriz com atrações musicais e barracas gastronômicas onde o ingrediente principal será o pinhão.

Alguns hotéis, restaurantes e bares também participarão da ação oferecendo pratos à base do fruto em seus menus; entre eles, risotos, sopas e tortas.

O evento, realizado pela Secretaria de Turismo e Cultura, também visa valorizar a cultura local, o turismo sustentável e o desenvolvimento econômico da cidade, contribuindo para a preservação das tradições e do patrimônio natural.

Programação

2ª semana

19/4 (sexta) – 21h Rodrigo Zanc

20/4 (sábado) – 15h Melissa Moraes e Arnaldo Freitas | 21h Daniel Franciscão

21/4 (domingo) – 15h Trinca Brasil | 21h Gabriel Violeiro e Ricardo Fernandes

3ª semana

26/4 (sexta) – 21h Grupo Violado

27/4 (sábado) – 15h Música de Interior | 21h Mazinho Quevedo

28/4 (domingo) – 15h Sales e Santos | 21h Fábio Satim

4º semana

3/5 (sexta) – 21h Duo Aduar

4/5 (sábado) – 15h Cícero Gonçalves e Tavinho Limma | 21h Yassir Chediak

5/5 (domingo) – 15h Robert Junior e André Viola | 21h Ramon e Rozado.

Serviço:

22° Festival de Pinhão

Praça da Matriz de Cunha – SP

Entrada gratuita

De 12 de abril a 5 de maio de 2024.

(Fonte: AD Comunicação)

Coletivos Janacek System e Coromim se encontram no projeto ‘Cuidando de Quem Cuida’

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: Divulgação.

O projeto ‘Cuidando de Quem Cuida’, coordenado pelo Coletivo e Espaço Cultural Janacek System em parceria com o Coromim, coral formado por pais, professores e amigos da Escola Curumim, volta a se apresentar no Centro Cultural CIS Guanabara no dia 22 de abril, segunda-feira, às 10h, com entrada gratuita. O espetáculo mescla música, dança, instalação cênica, textos e performance. No repertório, obras de Adoniram Barbosa, Caetano Veloso, Beatles, Roberto Carlos, Cantos dos índios Kraôs, Rita Lee e Jackson do Pandeiro, entre outros sons universais.

Dirigido pelo regente, arranjador e multiartista Coré Valente, o Coletivo Janacek, que trabalha desde 2015 com pesquisa continuada na fusão de linguagens de vídeo/performance/música/dança, propõe ações artísticas que ampliem as percepções mais humanizadas dos espaços e convivência social, valorizando a arte para a terceira idade, para os trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência (PCDs), estudantes e público em geral.

Para melhor atender sua proposta, conta com a orientação da pedagoga Keyla Ferrari Lopes, que faz a interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais) das apresentações. Keyla é especialista em educação especial e Libras, mestre e doutora em atividade motora adaptada, autora de livros e artigos sobre o tema inclusão.

O espetáculo ‘Cuidando de Quem Cuida’ conta com o talento e performance da cantora e dançarina Iara Medeiros, a arte do coro cênico Coral Coromim, uma trupe de 17 pessoas acima de sessenta anos, e a participação especial do grupo de forró Xote do Peixe comandando o bailinho ao final da apresentação. Para além da leveza do poema cênico, o projeto busca despertar a dimensão do “cuidado” e do “afeto” para pessoas de todas as idades.

No total, estão previstas cinco apresentações até julho. A primeira ocorreu em 25 de março e reuniu em torno de 70 pessoas, entre PCDs, cuidadores, profissionais de saúde, idosos e estudantes do ensino médio. As apresentações do espetáculo ‘Cuidando de Quem Cuida’ são gratuitas. A próxima será dia 22 de abril, às 10h, no CIS Guanabara (Rua Mario Siqueira, 839, Botafogo, Campinas). Estacionamento interno gratuito. Para a apresentação do dia 22, já estão confirmados idosos da Creche Mãe Maria Rosa e PCDs de Centro de Apoio e Integração do Surdocego e múltiplo deficiente (CAIS).  As demais apresentações serão realizadas dias 24 de maio e 7 de junho, às 20h, e 1º de julho, às 10h.

(Fonte: Delma Medeiros)

Brasil alcança a marca de 5 mil Pontos de Cultura

Brasília, por Kleber Patricio

Cortejo do Boi Felicidade da Rabiola. Foto: Yuri Albuquerque.

A retomada da Política Nacional de Cultura Viva (PNCV) já traz resultados. O Ministério da Cultura (MinC) alcançou a marca de cinco mil Pontos de Cultura certificados na Plataforma Rede Cultura Viva em mais de 1.400 municípios distribuídos em todas as Unidades da Federação. O número representa um aumento aproximado de 15% em relação a janeiro de 2023, quando ocorreu a recriação do MinC. Até esta data, contabilizavam-se 4.329 pontos certificados. De acordo com linha histórica da plataforma, a rede Cultura Viva cresceu, em apenas 16 meses, 180% a mais do que o total registrado entre 2019 e 2022, considerando que, no acumulado desse período, foram certificados somente 373 Pontos de Cultura.

Segundo a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, Márcia Rollemberg, os editais, lançados em 2023, marcaram a reativação da PNCV, que completará 20 anos no mês de julho, e destinaram R$67 milhões para potencializar a rede e fazer o reconhecimento de iniciativas culturais em todas as regiões, com foco nas culturas populares, tradicionais, de matriz africana, indígenas, mas também no Hip-Hop e na ampla diversidade cultural brasileira. Foi um investimento histórico da Pasta. “A cultura passou por um período difícil. Os Pontos de Cultura não contavam com fontes de financiamento desde 2019. Agora, estamos vivendo esse novo momento em que cultura de base comunitária volta a ter protagonismo. A nossa expectativa é de que a vinculação dos recursos da PNAB na Cultura Viva possa dar ainda mais potência aos nossos Pontos de Cultura. Certamente teremos uma ampliação ainda maior do mapa nacional dos Pontos e Pontões de Cultura nos próximos meses”, afirmou Márcia.

Além dos editais, a Política Nacional de Cultura Viva passou a contar com investimentos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), que destina aos estados e municípios R$3 bilhões por ano para investimento nos projetos e ações culturais. Os municípios que receberem mais de R$360 mil da PNAB deverão reservar 25% deste valor para a PNCV. Para os recursos dos estados e do DF, o percentual de reserva será de 10%. Isso significa a destinação aproximada de R$400 milhões da Política Nacional Aldir Blanc à Política Nacional de Cultura Viva somente neste ano. Considerando os cinco anos previstos para implementação da PNAB, o Ministério da Cultura deverá repassar, no mínimo, R$1,6 bilhão para a PNCV. Os recursos da LPG também trouxeram alívio para os fazedores de cultura.

Foto: Divulgação/Grupo Samba de Maragogó (BA).

“Após longos anos de desvalorização, desmonte e sucateamento do setor cultural, pudemos finalmente vislumbrar possibilidades de avanço e crescimento na arte e na cultura. As políticas culturais, como a Lei Paulo Gustavo e a Lei Aldir Blanc, chegaram como um alívio e a garantia de repasses para a Cultura Viva fez com que a esperança se renovasse. Nosso ponto de cultura Rabiola, com menos de um ano de certificação, conseguiu através de editais e premiações garantir as atividades essenciais para 2024, o que não era uma realidade nos anos anteriores”, explicou Camila Amy, artista visual, educadora e produtora cultural no Ponto de Cultura Rabiola, localizado na zona norte de Belo Horizonte (MG).

Certificado como Ponto de Cultura no segundo semestre de 2023, o espaço Rabiola promove atividades culturais diversas, como apresentações artísticas, oficinas de música, artes visuais, literatura, brincar e patrimônio cultural, atendendo atualmente centenas de crianças, adolescentes, idosos e suas famílias na capital mineira. “Os pontos de cultura existem e resistem por todos os cantos do país, feitos por gente que acredita na transformação e na preservação da cultura em seus territórios. A certificação é o reconhecimento mais que merecido do trabalho de pontos, pontões e agentes que sustentam a cultura de um país”, completou Camila.

Para o diretor da Política Nacional de Cultura Viva, João Pontes, o Brasil está dando início à quinta geração da Cultura Viva, que completará no mês de julho 20 anos. “É um salto histórico na direção de uma escala, capilaridade e relevância nunca antes vistas, contribuindo de forma decisiva para os desafios que se apresentam ao país. Novamente, seremos referência internacional: agora, em relação ao papel estratégico que a política de base comunitária assumirá. A Cultura Viva e os Pontos de Cultura vão reinventar o Brasil – e o futuro é ancestral”, completou o diretor da Política Nacional de Cultura Viva, João Pontes.

Pontos de Cultura

Criada em 2004, a PNCV é a política de base comunitária do Sistema Nacional de Cultura (SNC) e tem como objetivo reconhecer os grupos e agentes culturais já existentes nos territórios e comunidades. O principal ativo desta política são os Pontos de Cultura, definidos como grupos culturais da sociedade civil que promovem o acesso da população aos bens e aos serviços culturais nos locais onde atuam.

Já os Pontões de Cultura são entidades que desenvolvem, acompanham e articulam atividades culturais em parceria com as redes regionais, identitárias e/ou temáticas de Pontos de Cultura e outras redes. Em 2024, mais de 40 Pontões de Cultura atuarão em todo o país contribuindo de forma decisiva no grande movimento de reconstrução da Cultura Viva, unindo sociedade civil, Pontos de Cultura, Ministério da Cultura, governos estaduais/distrital, municipais, universidades e parlamentos.

Editais Cultura Viva

Em 2023, foram lançados editais para potencializar a PNCV. O primeiro deles foi o Cultura Viva de Fomento a Pontões de Cultura, com seleção de 42 pontões de articulação das redes nos territórios, sendo 27 para atuação estadual e distrital e 15 temáticos, que abrangem, por exemplo, culturas indígenas, povos e comunidades tradicionais de matriz africana, cultura digital, patrimônio e memória, cultura da infância, entre outros temas. Cada Pontão contará com a participação de Agentes Cultura Viva e de um Comitê Gestor composto com outras entidades, a fim de realizar ações de mobilização, articulação, formação, mapeamento, registro e ampliação da Rede Cultura Viva. As iniciativas selecionadas receberão um repasse de R$400 a R$800 mil para a execução de ações culturais em um período de 12 meses. O valor total investido neste edital é de R$28 milhões.

Já o Edital Cultura Viva Sérgio Mamberti potencializa a PNCV e valoriza as culturas populares, tradicionais e indígenas; além da diversidade brasileira e dos Pontos e Pontões de Cultura, com a premiação de 1.117 iniciativas culturais em todas as Unidades da Federação, somando um investimento de R$33 milhões.

Por fim, temos o Edital de Prêmio Cultura Viva – Construção Nacional do Hip-Hop. Com esse instrumento, será feito o reconhecimento de agentes culturais que promovem a preservação, a difusão e a valorização das expressões culturais da linguagem no Brasil. Serão premiadas 200 pessoas físicas, 75 grupos, coletivos ou crews (equipe de dança) e 50 instituições privadas sem fins lucrativos. O valor destinado a este edital é de R$6 milhões.

(Fonte: MinC)

[Artigo] Mulheres indígenas e suas lutas para mudar a história

São Paulo, por Kleber Patricio

Crédito da foto: Fabi Guedes.

O Brasil vivia a Era Vargas quando 19 de abril foi eleito o Dia do Índio – uma data criada no bojo de uma política cujo objetivo pode ser resumido à assimilação dos povos originários à sociedade não indígena. Desde lá, muito aconteceu e, nesse processo, o movimento indígena é um forte exemplo do protagonismo e da resistência desses povos.

Quase 80 anos mais tarde, em junho de 2022, foi instituído o Dia dos Povos Indígenas. É importante entender esta mudança: o termo ‘indígena’ é considerado mais adequado, pois ressalta a diversidade étnica e cultural dos povos originários, já ‘índio’ é um termo genérico, que não considera as especificidades que existem entre os povos. O projeto que deu origem a Lei 14.402/22 foi de autoria da primeira mulher indígena a ser eleita deputada federal: Joenia Wapichana, atual presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), cargo onde repete o pioneirismo.

É nos detalhes que observamos as mudanças: Sônia Guajajara, candidata à vice-presidência da República nas eleições de 2018, é hoje a ministra do Ministério dos Povos Indígenas. É a primeira vez que temos um ministério chefiado por uma liderança indígena. Sônia é uma das vozes contra as ações que ameaçam a vida dos povos originários e prejudicam o meio ambiente.

Mas ainda falta muito. O Brasil, país multiétnico e multirracial, historicamente, tem as suas instâncias de poder e de decisão carentes de representatividade de grande parte da população brasileira, incluindo, nesse conjunto, os povos originários. Será que esta realidade está a mudar? Uma educação e uma sociedade antirracistas devem considerar a seriedade desta informação histórica e a pertinência desta pergunta.

Eu era uma menina quando ocorreu a eleição do primeiro deputado federal indígena (1983–87), o cacique Mário Juruna. Sua presença, sempre acompanhada de seu gravador, assim como a sua atuação nos espaços da Assembleia Nacional Constituinte de 1987–88, a mim, dizia muito mais que as páginas dos livros.

A Carta Magna, em relação aos povos originários, abandonou a concepção tutelar e integracionista e assegurou, por exemplo, o direito à terra e à preservação de suas culturas. Apesar disso, as conquistas gravadas ainda não foram suficientes para solucionar as questões indígenas. Hoje yanomamis e mundurukus comprovam o desrespeito ao documento quando denunciam casos sistemáticos de sofrimento, violência e desnutrição, além de evidenciar sobre o descaso público e social.

Mas acredito na força dos movimentos e ações, principalmente, de mulheres indígenas, de diferentes etnias, em diferentes espaços sociais, políticos e culturais. Hoje, a Câmara dos Deputados conta com quatro parlamentares indígenas, sendo três mulheres.

Cabe a nós abraçarmos a causa, nos informarmos, refletirmos sobre as pautas indígenas e continuarmos as discussões. Importa conhecermos as histórias e as culturas dos povos originários e entender que essas histórias, a partir de 1500, compõem a história brasileira. Não são um capítulo à parte. Que história queremos legar?

*Patrícia Rodrigues Augusto Carra é doutora em Educação, psicopedagoga, historiadora, pesquisadora e fundadora da revista digital Histori-se. É autora do livro infantil ‘Maion – ancestralidade e história’, que narra a trajetória de resistência de uma família indígena no Brasil.

(Fonte: LC Agência de Comunicação)

Livro conta trajetória de Maria Inês Toledo de Azevedo Carvalho, fundadora da Gabriel

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Maria Inês Toledo de Azevedo Carvalho. Fotos: Divulgação.

No próximo dia 24 de abril, será lançado o livro ‘Gabrielle, sementes de esperança’, de autoria de Maria Inês Toledo de Azevedo Carvalho, paulistana de 67 anos que teve sua vida impactada ao tentar doar os órgãos de sua filha Gabrielle, nascida com anencefalia em 24 de maio de 1998. Ela e seu marido Valdir de Carvalho enfrentaram um drama pessoal, que se tornou púbico por terem sido o primeiro casal no país a formalizar um pedido de autorização de doação de órgãos de um bebê nascido sem cérebro.

A legislação no país exige que a doação de órgãos seja realizada após o fechamento do protocolo de morte encefálica, o que seria impossível para quem nasce sem cérebro. Essa informação passada pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo, que poderia ter sido recebida pelo casal como conclusiva, não foi. Na verdade, ela se tornou o passo inicial para uma saga que o casal Inês e Valdir teve que percorrer para entender o que estava acontecendo e por que sua vontade em ajudar crianças recém-nascidas em lista de espera por transplante não pudesse ser realizada.

Essa trajetória se iniciou com pedido de parecer ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo e se estendeu durante toda gestação da pequena Gabrielle e além.

Quando esse assunto chegou à mídia, após publicação em primeira página no jornal Folha de São Paulo, o assunto viralizou e se tornou pauta de todos os jornais e telejornais do país. A história do casal também foi matéria em programas de TV como Fantástico e Você decide, da Rede Globo de Televisão, assim como em outras emissoras. No Fantástico, além da matéria comandada pela brilhante jornalista recém falecida Eliane de Grammont, também foi pauta do Painel do Fantástico, onde o apresentador Pedro Bial anunciou o resultado da população sendo a favor da doação pelo casal. Logo o casal se envolveu com a normatização da doação de órgãos de anencéfalos até que finalmente foi criada uma portaria em 2007 pelo Ministério da Saúde.

Isso foi só o início para que todos os obstáculos sofridos pelo casal se transformassem em ações positivas. Assim nasceu o Instituto GABRIEL – Grupo de atuação Brasileiro para Realização de Transplantes Infantis e Estudos do Tubo Neural fundado pelo casal Inês e Valdir e que atua há 24 anos no incentivo à doação de órgãos e tecidos e prevenção em saúde por meio da informação.

Quem quiser conhecer mais sobre esse assunto, pode participar do lançamento do livro, que acontecerá na Reconceito Casa em Indaiatuba – SP.

Mais informações poderão ser obtidas em (19) 98700-046 e pelo e-mail info@gabriel.org.br.

Serviço:

Lançamento do livro ‘Gabrielle, sementes de esperança’

Data: 24 de abril de 2024

Horário: das 18h às 21h

Local: Reconceito Casa – Rua 5 de Julho, 591 – Centro – Indaiatuba – SP.

(Fonte: Instituto Gabriel)