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Arte & Cultura

Campinas

Centro Cultural Casarão será palco do Festival Arreuní! 2024

por Kleber Patrício

O Festival Arreuní! 2024 trará músicos, cantadores e compositores ao Centro Cultural Casarão, em Barão Geraldo, Campinas (SP) para uma série de apresentações a partir de 5 de maio (domingo), às 15h, com entrada gratuita. A proposta é divulgar as diferentes vertentes da música tradicional brasileira, reunindo artistas de culturas distintas para compartilhar a diversidade e […]

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Os piores podcasts de Clóvis de Barros Filho

São Paulo, por Kleber Patricio

Capa. Fotos: divulgação/Citadel Editora.

Projeto iniciado na reinvenção da pandemia por Clóvis de Barros Filho, o podcast “Inédita Pamonha” toma agora forma de texto em publicação pela editora Citadel. O que confere ineditismo à iniciativa é o critério adotado pelos idealizadores na seleção: o livro reúne os 10 piores entre quase 150 episódios veiculados nos últimos 30 meses.

E por quê? “Aqui tudo é mais parecido com a vida de verdade. A nossa, de carne e osso. Sobre a qual você pensa de vez em quando, com a estranha impressão de que tudo se equivale. Porque nada vale. Não em si mesmo”, afirma o jornalista e filósofo ao refutar o que classifica como “ridículas edições teatralizadas” com a lucidez e ironia que lhe são peculiares.

No podcast, o professor aborda temas do cotidiano, com reflexões semanais sobre uma ideia específica, tida ou não por filosófica. Sem entrevistas, fala apenas ele sobre as coisas da vida. “Desse modo, dispomo-nos a refletir para viver bem. Articulando pensamentos para uma vida boa. Ou, mais modestamente, para a melhor vida possível”, escreve.

“Sou meu sono, não meu dono”, “Mistérios da meia noite” e “Píton, Pitonisa e Pitel” entraram na lista dos piores episódios adaptados do conteúdo oral para os textos. “Inédita Pamonha”, o primeiro deles, não poderia ficar de fora do destaque ‘negativo’, até mesmo para que o nome pitoresco do podcast – e do livro – possa ser compreendido.

A inédita pamonha corresponde à inédita experiência de vida,

vivida na irrepetibilidade discreta dos instantes.

Vida sem volta, inclinada para um devir desconhecido,

que só se repete para percipientes grosseiros,

alienados de carteirinha ou covardes que se deixam cegar. (“Inédita Pamonha”, p. 31)

FICHA TÉCNICA

Título: Inédita Pamonha

Subtítulo: Por instantes felizes, virginais e irrepetíveis

Autor: Clóvis de Barros Filho

Editora: Citadel

ISBN/ASIN: 978-6550471989

Páginas: 224

Preço: R$49,90

Onde comprar: Amazon.

Sobre o autor | Doutor e livre-docente pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. É autor de vários livros sobre ética, felicidade, autoconhecimento e valores. Palestrante que cativa as mais diversas plateias sem o uso de aparatos tecnológicos. Recorrendo a exemplos do cotidiano e histórias divertidas, ensina conteúdos densos de maneira leve e fascinante.

(Fonte: LC Agência de Comunicação)

11º Festival Internacional SESC de Música receberá centenas de jovens bolsistas representando 19 estados brasileiros e cinco países

Pelotas, por Kleber Patricio

Alejandro Brittes e Orquestra Barroca. Foto: Eduardo Rocha.

Cerca de 350 estudantes brasileiros, argentinos, bolivianos, chilenos e uruguaios estarão entre os dias 16 e 27 de janeiro em Pelotas, compartilhando sonhos e experiências e aprendendo com educadores renomados de diversas partes do mundo no 11º Festival Internacional SESC de Música. Do Brasil, não apenas os gaúchos estarão representados, mas também jovens bolsistas vindos do Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e São Paulo. Os encontros permitem aos alunos aprimorar a técnica com os instrumentos e, ainda, abrir os horizontes sobre as diversas oportunidades que a música pode propiciar.

Prestes a participar pela primeira vez como aluna, a jovem Kethelen da Fonseca Bilhalva, 20 anos, é pelotense e nutre uma relação especial com o evento, que marcou sua vida. Hoje, graduanda da Licenciatura em Música da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a estudante tinha 15 anos quando teve o primeiro contato com o Festival. Na época, era integrante da Orquestra Estudantil da Escola do Areal, projeto social coordenado pela professora de música Lys Ferreira com os alunos da instituição de ensino, em Pelotas. Junto a outros colegas, teve a oportunidade de participar através do Eixo Sociocultural do evento que oferecia – e ainda oferece – aulas aos integrantes de sua orquestra e também da Orquestra Municipal de Pelotas. Ela ainda lembra que estava animada com a chance de aprender mais sobre o violino, instrumento pelo qual vinha se apaixonando aos poucos na escola. Mas a experiência acabou sendo muito maior que isso.

A Orquestra Sinfônica Acadêmica. Foto: Ronald Mendes.

“Querendo ou não, na orquestra da escola, nós não tínhamos muita visão do que realmente é esse mundo da música”, explica Kethelen. “Nós acabamos não vendo muito o trabalho de outros artistas, nem tendo contato com outros músicos além de nós mesmos, e o Festival gera essa proximidade. É muito inspirador participar de uma programação tão intensa como a do evento em Pelotas, onde nós nos encontramos, trocamos ideias com estudantes de outros lugares, de outras realidades, conhecemos professores e artistas consagrados e ficamos ‘Nossa, um dia eu quero tocar como eles’. O Festival mostra como é amplo esse horizonte da música”, sublinha.

Inspirada pelo que viveu e sentiu naquela e nas edições posteriores que vivenciou com a orquestra da escola, Kethelen ingressou no curso da Licenciatura em Música da UFPel. Quer ter a chance de, como aconteceu com ela, poder inspirar outros jovens a seguir carreira na área. “Eu sinto que me encontrei e eu quero, realmente, seguir na docência em Música”, confirma.

No caminho dessa apaixonada futura professora está mais uma participação no Festival Internacional SESC de Música. Desta vez, não por meio da iniciativa social que atende às orquestras locais, mas entre as centenas de alunos que participarão do Eixo Pedagógico do evento. O grupo terá aulas com 50 professores reconhecidos mundialmente em academias, conservatórios de música e orquestras com origem, além do Brasil, dos Estados Unidos, China, Chile, Itália, Portugal, Alemanha, Rússia, Bielorússia e Japão, cujos currículos podem ser conferidos aqui.

Estudante celebra oportunidade de aprender com especialistas da área

A Banda Sinfônica Acadêmica. Foto: Ronald Mendes.

Em Pelotas, a jovem Kethelen receberá aulas de violino, onde busca se especializar, mas o Festival também terá aulas de viola, violoncelo, contrabaixo, harpa, flauta, oboé (corne-inglês), clarinete, fagote, trompa, trompete, trombone tenor, trombone baixo, tuba, saxofone, eufônio, percussão, canto lírico, piano, composição e choro. Cada inscrito já definiu, ao entrar para a etapa de seleção, com qual instrumento gostaria de trabalhar.

Aguardando ansioso pelo início do evento, também está o pelotense Felipe Peres Domingues, de 23 anos, que foi selecionado para as aulas de violoncelo. Ele tocava violão desde bem mais novo e, com o incentivo da namorada, percebeu que gostaria de seguir carreira na música. Fez aulas de violão no Conservatório de Música da UFPel e, de lá, migrou para o Bacharelado especializado no instrumento pela universidade. Foi por acaso que, atuando como monitor na Orquestra Municipal, Felipe foi apresentado ao violoncelo e apaixonou-se.

“Hoje, eu já me interesso mais pelo violoncelo do que pelo violão. Eu ainda quero fazer curso de violoncelo depois que concluir a minha graduação atual”, confidencia. É por isso que a chance de participar do 11º Festival Internacional SESC de Música foi abraçada com força pelo jovem. “Hoje, em Pelotas, não tem professor de violoncelo. Para fazer o curso, depois, eu terei que ir para Santa Maria ou para Porto Alegre. Então, vai ser muito boa essa oportunidade do Festival. É maravilhoso que pessoas de várias partes do mundo virão para essa experiência”, destaca o rapaz que, até então, participou do evento apenas como parte do público.

Os alunos

– São cerca de 350 alunos bolsistas que participarão do eixo Pedagógico do Festival

– Dentre eles, cinco países estão representados: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile e Uruguai

– Os brasileiros são de 19 estados diferentes: Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e São Paulo

– Dentre os gaúchos, são 23 as cidades do Rio Grande do Sul representadas: Alvorada, Bagé, Cachoeirinha, Canguçu, Carazinho, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Esteio, Farroupilha, Imbé, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande, Santa Maria, Santo  Ângelo, Santo Antônio Da Patrulha, São Leopoldo, Sapucaia Do Sul e Taquara

– Do total, no eixo Sociocultural, 51 alunos serão recebidos das Orquestras Jovens do SESC dos estados de Pernambuco, Pará, Paraíba, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Roraima, Maranhão e Piauí; além de 40 estudantes de Pelotas das orquestras estudantis Municipal e do Areal.

Festival Internacional SESC de Música

A Orquestra São Pedro. Foto: Vitoria Proença.

Em sua 11ª edição, o evento tem como objetivo incentivar o desenvolvimento da produção musical, fomentar o intercâmbio e o desfrute de bens culturais. Promovido pelo Sistema Fecomércio-RS/SESC/Senac, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, em parceria com a Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo e tendo como diretor artístico o maestro Evandro Matté, o Festival atua em dois eixos principais: Pedagógico e Sociocultural. No plano Pedagógico, são ofertados cursos de instrumentos, composição, canto lírico, choro, prática de música de concerto e câmara, prática de orquestra e prática de banda sinfônica para estudantes e profissionais da música.

Já no Sociocultural, são realizados recitais de professores e alunos, além de uma ampla programação de espetáculos gratuitos, abertos a toda comunidade. Para este ano, o Festival conta com o patrocínio master da CMPC, do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), apoio do Grupo Panvel, apoio cultural da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Bibliotheca Pública Pelotense, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e Expresso Embaixador e apoio institucional da Prefeitura Municipal de Pelotas.

Sobre o 11º Festival Internacional SESC de Música

O que é | O Festival Internacional SESC de Música é um dos maiores da área na América Latina e tem o objetivo de incentivar o desenvolvimento da produção musical e fomentar o intercâmbio e o desfrute de bens culturais.

Data | De 16 a 27 de janeiro de 2023, em Pelotas.

Como acontece | Durante o Festival, os alunos participam das classes (cursos) e ensaios nos turnos da manhã e tarde; e apresentações que podem ocorrer pela manhã, tarde ou noite. Todas as apresentações têm entrada franca para a comunidade.

Classes de Música de Concerto: turno da manhã

Classes de Canto Lírico e Choro: manhã e tarde

Ensaios de orquestras, música de câmara: turno da tarde e vespertino

Ensaios de recitais de alunos: manhã e tarde (a combinar com o coordenador da área)

Ingressos | Entrada gratuita para todos os espetáculos, mas para as apresentações no Theatro Guarany e no Teatro Sicredi, é necessária a retirada antecipada de ingressos na Rua Lobo da Costa, 849, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h30. Há limite de um par por pessoa, conforme o cronograma: Nos dias 10, 11, 12 e 13 retiram ingressos para espetáculos de 16, 17, 18 e 19; nos dias 14, 17, 18 e 19 de janeiro são entregues para 19, 22 e 23; e 20, 21, 23 e 24 distribui ingressos para os dias 24, 25 e 26. Quem não conseguir buscar com antecedência, pode tentar uma hora antes de cada concerto na entrada dos teatros, onde haverá um número limitado de ingressos à disposição. Sugere-se a doação de 1kg de alimento não perecível por pessoa para o programa Mesa Brasil SESC.

(Fonte: Moglia Comunicação Empresarial)

Museu da Vida Marinha é opção de atração turística durante temporada de verão no Litoral Norte de SP

Ubatuba, por Kleber Patricio

O Museu da Vida Marinha está localizado na praia Perequê-Açu, em Ubatuba/SP. Fotos: divulgação/Museu da Vida arinha.

Localizado na praia Perequê-Açu, em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, o Museu da Vida Marinha é uma das opções para os turistas durante a temporada de verão. Além de contar com a remontagem da exposição “Gigantes Marinhos”, que dispõe de diversas réplicas de animais pré-históricos que habitaram os oceanos, o Museu ainda proporciona outras atrações para os visitantes: um acervo com esqueletos reais de animais da atualidade, taxidermia em tempo real que pode ser acompanhada pelos visitantes, um espaço temático de impactos que conta com uma exposição sobre os impactos da atividade humana no ambiente marinho e uma parede de ossos de animais mortos, um espaço temático com informações dos trabalhos que são realizados pelo Instituto Argonauta em prol dos ambientes costeiros e marinhos e uma casa sustentável com exemplos de energias renováveis que podem ser replicadas por qualquer um para otimizar os recursos naturais.

Segundo o oceanógrafo Hugo Gallo, diretor do Aquário de Ubatuba e presidente do Instituto Argonauta, o objetivo do museu é conectar o público ao mundo marinho. “Os visitantes poderão conhecer e aprender sobre a evolução de algumas espécies e a importância da conservação da biodiversidade marinha”.

Na exposição “Gigantes Marinhos”, o visitante fará uma viagem no tempo ao se deparar com réplicas em tamanho real de animais marinhos que habitaram os mares da América do Sul, sendo que alguns deles conviveram no mesmo período dos dinossauros ou até mesmo antes do período Jurássico. São nove animais que compõem este acervo: uma lula gigante, um exemplar do molusco Amonita, um exemplar do gigante peixe Celacanto, um Trolobita (artrópode), dois exemplares do réptil marinho Plessiossauros, um de Pliossauro, um de Dakossauro e um do réptil marinho Ictiossauro e um exemplar da gigante arcada dentária da espécie extinta de tubarão Megalodonte.

Uma das atrações do Museu é a exposição de Gigantes Marinhos, que contém réplicas de animais marinhos pré-históricos.

O acervo com esqueletos reais de animais da atualidade do Museu da Vida Marinha contém o esqueleto de uma baleia jubarte que impressiona o visitante pelo seu tamanho: aproximadamente 13 metros de comprimento do esqueleto da baleia, que ocupa a parte principal da estrutura que comporta esse acervo. Além da jubarte – uma espécie de baleia avistada com frequência na região do litoral norte de São Paulo – há ainda outros exemplares de animais da atualidade, como o crânio de uma baleia Cachalote e os esqueletos de mamíferos marinhos como toninha, golfinho e foca-caranguejeira. Há também exemplares de aves da fauna marinha, como pinguim, fragata, gaivota, biguá, pardela e albatroz, entre outros. Entre os exemplares de répteis da atualidade, há nesse acervo esqueletos de tartarugas-cabeçuda e verde, carapaças de tartaruga-verde, oliva, pente e cabeçuda.

Já a sala da taxidermia – técnica que consiste em “empalhar” um animal morto – é um espaço que pode ser visto pelos visitantes por meio de uma divisória de vidro. O procedimento é realizado por técnicos do Instituto Argonauta altamente qualificados para executá-lo e é um processo científico que tem por finalidade promover a Educação Ambiental e fomentar a pesquisa através de trabalhos científicos.

O espaço temático de impactos chama a atenção do visitante principalmente pela parede de ossos, que é composta por ossos de animais mortos resultantes dos impactos causados pela atividade humana. Nele há ainda uma exposição que tem como objetivo promover a reflexão no visitante sobre o papel individual e coletivo do ser humano na preservação da natureza e as consequências das ações antrópicas na fauna marinha, uma vez que somente após o surgimento dos homens a natureza começou a sofrer os impactos, tais como aquecimento global, pesca predatória e lixo no mar de diversas formas (plástico, esgoto, lixo industrial etc.).

Esqueleto de baleia jubarte de 13 metros de comprimento é um dos exemplares que integram o acervo com esqueletos reais de animais da atualidade.

O chamado espaço temático das soluções possibilita que o visitante conheça as ações e história do Instituto Argonauta, instituição que realiza a conservação do Meio Ambiente, em especial dos ecossistemas costeiros e marinhos. A principal atração desse espaço são as câmeras instaladas no Centro de Reabilitação e Triagem de Animais Aquáticos (Creta), que permitem que os visitantes acompanhem em tempo real os pacientes em reabilitação no Centro do Instituto Argonauta, montado em parceria com o Aquário de Ubatuba.

Por fim, o ponto final da visita é na Casa da Sustentabilidade, com aplicações sustentáveis na prática em sua estrutura, mostrando ao público visitante como cada um de nós pode reduzir sua “pegada ecológica”. Entre as aplicações sustentáveis, estão a instalação de placa solar, móveis que foram construídos a partir do reaproveitamento de materiais, móveis feitos a partir de madeira de reflorestamento, produtos reaproveitados, tinta ecológica, claraboia, e reaproveitamento de água da chuva nos banheiros.

Quem já visitou o Museu garante que é mais do que uma experiência: uma transformação. É o caso da professora aposentada Carmen Lucia dos Santos, que é de São José dos Campos, e na primeira oportunidade que teve, visitou o Museu da Vida Marinha em Ubatuba. Ela detalha como ficou encantada com as atrações. “Na visitação tive a dimensão de como a vida marinha é importante para o planeta e deve ser preservada. O que mais me chamou a atenção foram as réplicas dos animais e as atividades educativas oferecidas para as escolas. É um espaço amplo, agradável, organizado, interessante e que proporciona uma série de conhecimentos para quem visita. Meus netos ficaram impressionados com o acervo da exposição e com a quantidade de lixo que é retirada do mar”, comentou a professora, acrescentando ainda que os netos tiveram uma experiência transformadora. “As crianças também ficaram admiradas com o uso criativo do lixo reciclável para outros fins. Sem dúvida é um espaço muito educativo”, pontuou.

Parede de ossos impacta o visitante ao mostrar os resultados da atividade humana na fauna marinha.

Ao final, o público ainda pode adquirir um ecoproduto da loja do Museu da Vida Marinha. “Ao comprar o ingresso ou algum produto da loja, todo dinheiro é revertido para manutenção das atividades do Instituto Argonauta”, explica a bióloga Catherina Monteiro, que integra a equipe do Museu.

Estrutura

O Museu da Vida Marinha dispõe de um auditório multiuso e outras duas alas com os acervos que contam a história da vida no mar e no planeta Terra desde o início. Também há sanitários e espaços que contemplam inteira acessibilidade, além de salas administrativas, departamento financeiro e salas de Educação Ambiental. A sede do Museu foi projetada pela equipe de arquitetos da Terramare sob o conceito de construção sustentável, utilizando estruturas reaproveitadas de contêineres doados pela empresa Log-In Logística Intermodal e uso de madeira reflorestada e telhados verdes.

O material que compõe o acervo é proveniente dos 25 anos de funcionamento e pesquisa do Aquário de Ubatuba e do Instituto Argonauta. O Museu da Vida Marinha é um projeto criado pelo Aquário de Ubatuba para dar suporte financeiro ao Instituto Argonauta, garantindo assim a continuidade dos trabalhos praticados há anos pela organização.

O Museu estava instalado dentro do Aquário, mas foi ampliado e transferido para a base do Instituto Argonauta, em terreno cedido pela Prefeitura Municipal de Ubatuba, no bairro Perequê-Açu em Ubatuba/SP.

Serviço:

O Museu tem entrada gratuita para os moradores de Ubatuba, mediante cadastro que deve ser realizado presencialmente na bilheteria, com a apresentação dos seguintes documentos:

documento pessoal com foto, endereço de residência e comprovante de moradia fixa – no qual será aceito um dos seguintes documentos: RG de Ubatuba; Título Eleitoral de Ubatuba; CNH de Ubatuba; Carteira de trabalho ou holerite de Ubatuba; Carteira Profissional de Classe de Ubatuba; documento escolar dos filhos, como carteirinha da escola, boletim ou comprovante de matrícula.

Maiores de 60 anos e crianças até seis anos acompanhadas de um adulto pagante também terão acesso livre, mediante apresentação de documento de identidade.

Atualmente, funciona diariamente (de segunda a domingo), das 10h às 18h. O valor do ingresso é R$21,00, com meia entrada (R$10,50) para estudantes até 17 anos com carteirinha, estudantes universitários com documento, professores com carteirinha e menores de 12 anos. Para agendamento de escolas e grupos especiais entrar em contato pelo telefone (12) 3833-5789.

O Museu da Vida Marinha @museudavidamarinha está localizado na Avenida Governador Abreu Sodré, 1067 – Perequê-Açu, Ubatuba/SP.

Para saber mais consulte o site: https://institutoargonauta.org/projetos/museu-da-vida-marinha/.

Sobre o Instituto Argonauta

O @institutoargonauta foi fundado em 1998 pela Diretoria do Aquário de Ubatuba e reconhecido em 2007 como Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). O Instituto tem como objetivo a conservação do Meio Ambiente, em especial dos ecossistemas costeiros e marinhos. Para isso, apoia e desenvolve projetos de pesquisa, resgate e reabilitação da fauna marinha, educação ambiental e resíduos sólidos no ambiente marinho, dentre outras atividades.

Seja um Argonauta

Também é possível baixar gratuitamente o aplicativo Argonauta, disponível para os sistemas operacionais iOs (APP Store) e Android (Play Store). No aplicativo, o internauta pode informar ocorrências de animais marinhos debilitados ou mortos em sua região, bem como informar ainda problemas ambientais nas praias, para que a equipe do Argonauta encaminhe a denúncia para os órgãos competentes.

Conheça mais sobre esse trabalho em www.institutoargonauta.org, www.facebook.com/InstitutoArgonauta e Instagram @institutoargonauta.

(Fonte: Instituto Argonauta)

Fragmentação do território amazônico em ilhas prejudica interações vitais entre as espécies

Presidente Figueiredo, por Kleber Patricio

Foto: Raphael Alves/International Monetary Fund/Flickr.

Fragmentos florestais provocados pela ação humana na Amazônia não conseguem manter as mesmas interações ecológicas das áreas de vegetação contínua. Ou seja, a biodiversidade dessas áreas isoladas não funciona da mesma maneira como uma floresta contínua.  É o que mostra estudo publicado nesta quarta-feira (28) no periódico “Current Biology”, com a participação de pesquisadores das universidades estaduais de Campinas e de Santa Cruz, com outros pesquisadores brasileiros em instituições dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Os resultados são de uma análise da biodiversidade presente nas ilhas formadas pela inundação do reservatório da Usina Hidrelétrica Balbina, localizada em Presidente Figueiredo, no Amazonas. O estudo reanalisa um conjunto de dados obtidos pela pesquisadora Maíra Benchimol em 2012. Ela utilizou armadilhas fotográficas e percorreu trilhas dentro de 37 ilhas com remanescentes de floresta amazônica a fim de entender quais espécies ocorreram em cada local e o número de indivíduos. Assim, os autores do artigo combinaram os dados empíricos com modelos matemáticos para gerar as possíveis redes de interação entre predadores e suas presas.

“Balbina é uma hidrelétrica da década de 80. A construção foi marcada por controvérsias devido ao seu impacto social e ambiental: uma área gigantesca foi inundada. A área de mata contínua foi fragmentada pela água. Assim, surgiram ilhas artificiais”, detalha o pesquisador Mathias Pires, um dos autores. Ele informa que algumas espécies foram extintas pela falta de indivíduos suficientes nessas ilhas. Dessa forma, as interações vão sendo perdidas à medida que a área de habitat diminui e a rede de interações perde suas características.

O estudo analisou as consequências da criação de ilhas artificiais, mas a fragmentação da Amazônia também ocorre por outras formas, como pelo avanço descontrolado da agricultura e das pastagens. A coleção de pequenos fragmentos provocados pelo isolamento territorial dificulta a funcionalidade ecológica. “Pequenas ilhas não conseguem manter, por exemplo, a função dos predadores que controlam as populações de presas”, explica Pires.

As consequências para a biodiversidade são inúmeras, conforme prevê o cientista: nos locais em que os predadores não atuam muito, algumas espécies podem apresentar um aumento descontrolado em sua abundância. E esse excesso implica mudanças na vegetação. Por exemplo, as cutias favorecem algumas plantas por dispersarem suas sementes, mas podem prejudicar outras quando estão em alta densidade alterando a vegetação. Além disso, “os predadores como onças e jaguatiricas podem nadar e visitar algumas ilhas apenas para comer, assim reduzindo as populações de presas em alguns locais a níveis muito baixos”.

Os autores esperam que a divulgação do estudo mostre a importância das políticas públicas para evitar a fragmentação da Amazônia. Para Pires, as medidas precisam ir além de garantir a existência das espécies, ou seja, é necessário preservar áreas maiores de florestas que permitam um número de indivíduos suficiente para manter as interações e funções ecológicas.

(Fonte: Agência Bori)

Ficção abarca memórias de quem viu o Brasil ir à Segunda Guerra Mundial

São Paulo, por Kleber Patricio

Capa do livro. Fotos: divulgação.

Eclode a Segunda Guerra Mundial e, quando um submarino alemão afunda navios brasileiros, Getúlio Vargas envia soldados para lutar contra os nazistas na Europa. Este conturbado momento histórico guia o enredo de “Rasgando o pano”, lançamento da paulista Waléria Leme. O romance convida o leitor a mergulhar nas memórias de quem viveu intensamente as décadas de 1930 e 40, em que o Brasil vivia a ditadura no Estado Novo.

A partir do subtítulo “Uma jovem decidida”, um estudante idealista e uma guerra não escolhida, a autora contextualiza os encontros e desencontros de Maria Isabel e Otávio, protagonistas da obra. O ano é 1938 e, na capital paulista, a jovem rica e filha de um fazendeiro de café se apaixona por um estudante de direito pobre e neto de imigrantes italianos.

Para viver este amor, os dois precisarão lutar contra os preconceitos e obstáculos impostos pelo pai de Isa, que não aprova a relação. Como se não bastasse, o jovem Otávio é enviado pela Força Expedicionária Brasileira (FEB) para lutar contra os nazistas. “Rasgando o pano” é uma referência às rajadas das metralhadoras MG-42, empunhadas pelos alemães na guerra.

O distintivo brasileiro, que antes era um escudo verde, muda para um retângulo amarelo com bordas vermelhas, uma tarja azul e, no centro, uma cobra verde fumando. Os americanos, vendo aquilo, apelidam os brasileiros de “Smoking snake”. (“Rasgando o pano”, p. 305)

Além das pesquisas sobre a realidade da época, Waléria recorreu às lembranças do pai – hoje com 93 anos de idade –, que acompanhou aflito o desenrolar da guerra e relatos de familiares de pracinhas. Notas de rodapé ajudam o leitor a entender palavras e referências específicas não mais usuais.

“Rasgando o pano” abraça a realidade ao trazer temas de importante discussão na vida real, como imposições sociais, empoderamento feminino, sexualidade e representatividade LGBTQIA+. A história de Enrico, irmão do protagonista, revela uma crítica à sociedade da época, que retrata as tentativas de “cura” aos homossexuais.

FICHA TÉCNICA

Título: Rasgando o pano

Autora: Waléria Leme

ISBN/ASIN: 978-65-5899-430-5

Formato: 16×23 cm

Páginas: 324

Preço: R$84,90

Onde comprar: Amazon.

Sobre a autora | Waléria Leme é escritora, acadêmica e contadora. Nasceu em São Paulo capital, ano de 1964, início da Ditadura Militar. Formou-se em Ciências contábeis pela Universidade São Judas Tadeu e conquistou o cargo de contadora da Secretaria da Fazenda de São Paulo, onde foi responsável pelo Balanço do Estado em 1990. Posteriormente, foi auditora do Tribunal de Contas de SP, onde se aposentou. “Rasgando o pano” é seu segundo trabalho na literatura; o primeiro livro, “Adotar uma criança: eu tentei”, foi lançado em 2020 e conta uma experiência vivida pela autora.

Redes sociais:

Facebook: waleriaoleme

Instagram: @walerialeme

Tiktok: @walerialeme.

(Fonte: LC Agência de Comunicação)