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[Palestra] Afetividade e Planejamento no Ensino

Campinas, por Kleber Patricio

O Grupo do Afeto da Faculdade de Educação da Unicamp, criado pelo Prof. Sérgio Leite ao final dos anos 90 e vinculado ao grupo ALLE/AULA, é composto por graduandos, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos que se reúnem periodicamente em torno de discussões sobre a atuação docente. No início, os trabalhos e pesquisas dedicavam-se com especial interesse à questão da Alfabetização e do Letramento; porém, novas demandas de interesse surgiram com o intuito de compreender a constituição do leitor autônomo e as relações desenvolvidas com as práticas sociais de leitura, o que demandou novas reflexões teóricas e metodológicas.

Na busca por investigar os movimentos de aproximação ou afastamento das pessoas com relação às práticas de leitura, o Grupo passou a abordar a questão da dimensão afetiva no processo de constituição do sujeito, que se constituiu como um dos objetos de estudo. Atualmente, empenha-se em estudar os impactos afetivos que se estabelecem entre o sujeito/aluno e o objeto/conteúdos escolares a partir da mediação pedagógica do professor, demonstrando que o processo ensino-aprendizagem vai além da dimensão cognitiva. Nesta perspectiva, a mediação ocupa um papel de destaque no trabalho desenvolvido pelo Grupo, que tem como base teórica as ideias de autores como Espinosa, Vigotski e Wallon. Compreende que o trabalho pedagógico desenvolvido em sala de aula envolve inevitavelmente a dimensão afetiva e, por meio de sua produção, dá destaque a esta dimensão que, até meados do século passado, era vista como o lado sombrio e inacessível do ser humano. Os trabalhos desenvolvidos pelo Grupo fundamentam-se na abordagem qualitativa e os procedimentos metodológicos mais utilizados são observação, entrevista e autoscopia.

Ao longo dos anos, muitas pesquisas foram desenvolvidas no âmbito do Grupo do Afeto que possibilitaram identificar as características do Professor Inesquecível, aquele docente que, por meio de sua prática, promove condições para que os estudantes apropriem-se do conhecimento e desenvolvam, simultaneamente, uma relação afetiva de aproximação com o mesmo. Além disso, promoveu reflexões acerca das decisões pedagógicas assumidas por tais docentes, identificando os impactos afetivos na relação desenvolvida entre sujeito e objeto de conhecimento.

O processo de ensino-aprendizagem envolve as dimensões cognitiva e afetiva, coerente com a concepção monista de ser humano, assumida pelo Grupo. As pesquisas buscam compreender a importância da dimensão afetiva presente em cada decisão assumida pelo professor e como afeta os estudantes. Com a intenção de discutir mais sobre o tema e divulgar os resultados das pesquisas que o Grupo do Afeto vem realizando, foi lançado, em 2023, o quarto livro intitulado “Afetividade e planejamento do ensino”, uma produção que reúne as mais recentes pesquisas sobre o tema produzidas pelo Grupo. Esta produção tem o objetivo de divulgar para os professores dos diversos níveis de ensino os resultados das pesquisas realizadas com o intuito de contribuir com o trabalho pedagógico em sala de aula, enfocando, de forma especial, a importância do planejamento de ensino.

(Fonte: Prof. Dr. Adriano Caetano Rolindo)

2ª edição da Festa da Uva e do Vinho acontece de 26 a 28 de abril

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: Rodrigo Abreu/Unsplash.

No próximo dia 26 de abril, das 17h às 22h, e nos dias 27 e 28 de abril, das 10h às 22h, acontecerá a 2ª edição da Festa da Uva e do Vinho, no bairro Videiras, em Indaiatuba – município da Região Metropolitana de Campinas (SP). A Associação Amigos do Bairro das Videiras, organizadora da festa, pede a doação espontânea de 1kg de alimentos não perecíveis, fralda ou produtos de limpeza, que serão repassados para o Fundo Social de Solidariedade (Funssol). O evento conta com o apoio da Prefeitura de Indaiatuba por meio da Secretaria de Cultura e do Departamento de Turismo.

O objetivo da festa é integrar a comunidade do bairro Videiras – ou seja, produtores rurais – com os moradores da cidade e turistas. Deste modo, visa fomentar a economia agrícola local e o desenvolvimento sustentável da região. A festa passa a integrar o Circuito das Frutas que contempla dez cidades, dentre elas o município de Indaiatuba.

Sobre o Circuito das Frutas | Formado pelos municípios de Atibaia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira, Morungaba, Valinhos e Vinhedo, o Circuito das Frutas destaca-se pela realização do turismo rural nas diversas propriedades existentes, aproveitando o potencial de produção de frutas historicamente presente na região.

Serviço:

2ª Festa da Uva e do Vinho

Dias e horários:

26 de abril – das 17h às 22h

27 de abril – das 10h às 22h

28 de abril – das 10h às 22h

Local:  Rodovia José Boldrini, 4340 – Bairro Videiras – Indaiatuba (SP)

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Mostra “Tramas que o tempo não desfia”, da artista visual Alexandra Ungern, na Casa Contemporânea, questiona movimentos migratórios

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Divulgação.

A artista visual Alexandra Ungern apresenta a mostra “Tramas que o tempo não desfia” na Casa Contemporânea, na Vila Mariana, em São Paulo. Com curadoria de Marcelo Salles, a exposição traz sua produção mais recente, onde a sua busca pela ancestralidade encontra acolhida em objetos, tecidos, imagens e desenhos.

A busca, mesmo que individual – sua família migrou da Hungria para o Brasil após a II Guerra Mundial – torna-se em escala coletiva quando trata de migrações, em que relatos, ausências e imagens antigas versam sobre a desterritorialização, o deslocamento e o despertencimento.

Parceria | Paralelamente à exposição, a artista visual Marcia Gadioli apresenta a mostra “Rua Um” no Alê Espaço de Arte, no Brooklin, em São Paulo, com curadoria de Isabel Villalba. Parceiros desde 2018, é a primeira vez que os espaços Alê Espaço de Arte, no Brooklin, e a Casa Contemporânea, na Vila Mariana, realizam uma ação desta natureza.

Sobre a artista | Alexandra Ungern, nascida em Recife-PE em 1967, é uma residente vitalícia de São Paulo, contribuindo ativamente para a cena artística local. Em 2012, ela fundou o Alê Espaço de Arte para promover artistas emergentes e aprimorar a cultura visual na zona sul de São Paulo. Sua jornada educacional inclui a obtenção de um Bacharelado em Culturas Visuais pela Webster University em Viena, Áustria, em 2011, complementada por um certificado em curadoria. Além disso, concluiu o Curso de Artes Visuais na Escola Panamericana de Artes em São Paulo, em 2004. Engajando-se com artistas e curadores renomados como Carlos Fajardo, Artur Lescher, Nino Cais e Carla Chaim, Ungern participou de inúmeros seminários e workshops. Suas obras de arte já foram expostas em exposições nacionais e internacionais, desde MAB SC, MUNA-MG, MAG-GO, MIS SC, no Brasil, até a Galeria Rienoessl, na Áustria, e o Museu Savaria, na Hungria. Reconhecida por seu talento, ela recebeu a bolsa da Galeria Fernanda Milani, em Jundiaí, SP, em 2015, e foi finalista no Concurso de Fotografia Insights, da National Geographic, em 2007. Além disso, ela enriqueceu sua jornada artística por meio de residências: Wresidency RP-São Paulo, D’Clinic na Hungria e Projeto ACE (online), na Argentina. https://alexandraungern.com

Sobre o curador | Marcelo Oliveira Salles formou-se em arquitetura e urbanismo pela Universidade Mackenzie em 1993. A partir daí desenvolve pesquisas de forma autônoma em teoria da arquitetura, artes visuais e curadoria. Coordena e organiza projetos próprios ou propostos por outros artistas, curadores e críticos, além de acompanhamentos individuais de artistas, orientação de grupos de estudos e/ou produção. Curador de várias exposições individuais e coletivas, criou e dirige, desde 2009, em parceria com a artista Marcia Gadioli, o espaço independente Casa Contemporânea voltado para exposições, cursos e ateliê. Nasceu em São Paulo onde vive e trabalha.

Sobre o espaço | Há 15 anos, a Casa Contemporânea é um espaço multidisciplinar que realiza exposições, encontros e debates sobre arte e assuntos correlatos. Idealizado por Marcia Gadioli, artista visual e por Marcelo Salles, arquiteto e curador, está instalada em um sobrado da década de 40 que, com adaptações pontuais, transformou-se em galeria para exposições de arte contemporânea e comercialização, além de atelier voltado à grupos de discussão e de estudos, propiciando a complementação da formação de artistas visuais. O conceito que os orientou foi o crossover típico da contemporaneidade em um ambiente aconchegante e despojado onde as pessoas sintam-se em casa. É uma casa que acolhe novos artistas com interesse e produção em arte contemporânea e áreas afins – um local para discutir, ver e pensar. https://casacontemporanea370.com/

Serviço:

Exposição “Tramas que o tempo não desfia” de Alexandra Ungern

Curadoria: Marcelo Salles

O quê: objetos, tecidos, imagens e desenhos

Visitação: até 27 de abril de 2024

Terça a sexta, das 14h às 19h; sábado, das 11h às 17h

Local: Casa Contemporânea

Rua Capitão Macedo, 370 – Vila Mariana – São Paulo – SP

Entrada gratuita

contato@casacontemporanea370.com | https://casacontemporanea370.com/

Redes sociais:

Alexandra Ungern @aleungern

Marcelo Salles @marcelosalles_cc

Casa Contemporânea @casacontemporanea370.

(Fonte: Marmiroli Comunicação)

Grupo Galpão apresenta ‘Cabaré Coragem’, com direção de Júlio Maciel, no Sesc Belenzinho

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Mateus Lustosa.

O Grupo Galpão apresenta ‘Cabaré Coragem’ em São Paulo, no Sesc Belenzinho, depois de fazer apresentações em Belo Horizonte, Salvador, Aracaju, Natal, Fortaleza, Recife, Brasília, Niterói e Rio de Janeiro, sempre com ingressos esgotados. Ao mesclar um repertório de músicas interpretadas ao vivo com números de variedades e danças, fragmentos de textos da obra de Brecht e cenas de dramaturgia própria, o ‘Cabaré Coragem’ convida o público a uma viagem sonora e visual. Fiel às suas origens de teatro popular e de rua, o Grupo Galpão busca, no novo espetáculo, romper, uma vez mais, com a relação entre palco e plateia e convida o público a compartilhar da encenação. As apresentações são de 4 de abril a 5 de maio, de quinta a sábado, às 20h30, e aos domingos, às 18h30, no Sesc Belenzinho. Os ingressos, a R$50 (inteira), R$25 (meia) e R$15 (credencial plena), serão vendidos nas bilheterias das unidades, pelo app Credencial Sesc SP ou pelo Portal SescSP.

‘Cabaré Coragem’ é viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Petrobras, do Instituto Cultural Vale e da Cemig. A temporada paulistana também conta com a realização do Sesc São Paulo. Com direção de um de seus integrantes, o ator e diretor Júlio Maciel, o espetáculo conta com direção musical, trilha e arranjos de Luiz Rocha, dramaturgia coletiva com supervisão de Vinicius de Souza, cenários e figurinos de Márcio Medina, iluminação de Rodrigo Marçal e, no elenco, os atores Antonio Edson, Eduardo Moreira, Inês Peixoto, Luiz Rocha, Lydia del Picchia, Simone Ordones e Teuda Bara.

Júlio Maciel, ator do Grupo Galpão e diretor do espetáculo, conta: “Ficamos imersos na leitura de Bertolt Brecht durante a pandemia. Em uma dessas reuniões, a palavra ‘Cabaré’ foi mencionada, gerando várias perguntas sobre que tipo de Cabaré queríamos: Brechtiano, brasileiro, clássico, jovem, contemporâneo, político, feroz, drag, vedete, teatro de revista? E o teatro em si? O que o diferencia do Cabaré? Surgiram ideias como um Cabaré de Beira de Estrada, um Inferninho com tipos excêntricos, ou um show para nos reconectar com o público”.

Como o período de pandemia recomendava o afastamento físico, o grupo queria agora estar com pessoas, havia uma fome de encontros. A partir da escolha da pesquisa e dos desejos pessoais de cada um, foram criados canções e números de variedades. “Reativamos nossa banda e convidamos muitos amigos criadores, que, corajosamente, aceitaram embarcar nessa nau para o desconhecido”, diz Júlio. Tais artistas levaram o Grupo por diversas rotas, de forma a que conhecessem várias paisagens. Em junho de 2023, a companhia estreou no Galpão Cine Horto, em Belo Horizonte, e depois seguiram na estrada para Salvador, Aracaju, Natal, Fortaleza, Recife, Brasília, Niterói e Rio de Janeiro, sempre com muita receptividade do público, com casas lotadas.

Responsável pela supervisão dramatúrgica, Vinicius de Souza explica que ‘Cabaré Coragem’ – cujo nome faz menção à icônica personagem de Brecht, Mãe Coragem – é um espetáculo que, por meio da música e do humor, permite que as pessoas pensem no velho sistema em que vivem, no qual alguns poucos levam uma vida de privilégios, enquanto a maioria sente fome. “O espetáculo nasceu de uma série de experimentos cênicos realizados pelo Grupo Galpão nos últimos meses. Eles se deram a partir de pesquisa sobre a linguagem do cabaré – que mistura música, teatro, dança – e a obra poética e musical de Bertold Brecht, o famoso diretor teatral alemão”, destaca.

A mistura de experimentos resultou em um divertido e irônico show de variedades. Os atores e atrizes encarnam figuras de um decadente cabaré onde apresentam números de canto, dança, acrobacia e outros entretenimentos. “Todos eles misturados à plateia, que também é convidada a beber e a cantar. No entanto, ao modo das personagens de Brecht, as figuras desse cabaré são extremamente carentes, vítimas da guerra e da exploração, esquecidas ou marginalizadas, mas cheias de sonhos e pulsões de vida”, conta Vinicius.

Para a atriz Inês Peixoto, “‘Cabaré Coragem’ tem muitos motivos para ser festejada. Esse foi o nosso primeiro processo de criação presencial após a pandemia. Um processo que teve várias etapas de compartilhamento com o público, nos colocando num jogo vivo para borrar as fronteiras entre ator e espectador. Minha personagem, num certo momento da peça, diz: ‘Sejam bem-vindxs ao Cabaré Coragem, este buraco quente onde nossas paixões e nossos tormentos são colocados sobre a mesa temperados no caldo da ironia, do deboche, do delírio e da música. Ninguém sairá ileso daqui’. Está feito o convite. Esperamos vocês!”, reforça Inês.

Sinopse | É mais uma noite no Cabaré Coragem. Numa atmosfera engraçada e delirante, os artistas dançam, cantam e fazem números de variedades, enquanto estranhas contradições daquele lugar vão despontando no palco.

Patrocinadores: Instituto Cultural Vale, Petrobras e Cemig.

Sobre o Grupo Galpão

Criado por cinco atores, em 1982, a partir do espetáculo “A alma boa de Setsuan”, montagem conduzida por diretores do “Teatro Livre de Munique”, da Alemanha, o Galpão se valeu dessa rica experiência para se lançar numa proposta de construção de um teatro de grupo, de pesquisa e com raízes profundamente populares – ligada à tradição do teatro popular e de rua. Com 12 integrantes no elenco, o Grupo é formado por Antonio Edson, Arildo de Barros, Beto Franco, Chico Pelúcio, Eduardo Moreira, Fernanda Vianna, Inês Peixoto, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia, Paulo André, Simone Ordones e Teuda Bara.

Há mais de 40 anos, o Galpão desenvolve um teatro que alia rigor, pesquisa e investigação de linguagens, com montagem de peças com grande poder de comunicação com o público. Formado por atores que trabalham e trabalharam com diferentes diretores convidados – como Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo José, Yara de Novaes e Marcio Abreu (além dos próprios integrantes, que também já dirigiram espetáculos do Grupo) – o grupo formou sua linguagem artística a partir desses encontros diversos, criando um teatro que dialoga com o popular e o erudito, a tradição e a contemporaneidade, o teatro de rua e o palco, o universal e o regional brasileiro.

FICHA TÉCNICA

Direção: Júlio Maciel

Direção musical, arranjos e trilha sonora: Luiz Rocha

Diretor Assistente: David Maurity

Cenografia e figurino: Márcio Medina

Dramaturgia: Coletiva

Supervisão de dramaturgia: Vinícius de Souza

Direção de cena e coreografia: Rafael Bacelar

Iluminação: Rodrigo Marçal

Adereços e pintura de arte: Marney Heitmann

Preparação corporal e do gesto: Fernanda Vianna

Preparação vocal: Babaya

Assistência de figurino: Paulo André e Gilma Oliveira

Assistência de cenografia: Vinícius de Andrade

Assessoria de iluminação: Marina Arthuzzi

Direção de Experimentos Cênicos: Ernani Maletta,

Luiz Rocha e Cida Moreira

Colaboração artística: Paulo André e João Santos

Maquiagem e perucaria: Gabriela Dominguez

Assistente de maquiagem e perucaria: Ana Rosa Oliveira

Construção cenário: Artes Cênica Produções

Confecção de figurinos: Taires Scatolin

Técnico de palco: William Bililiu

Instalação de luminárias cênicas: Wellington Santos

Assistente técnico: William Teles

Operação de luz: Rodrigo Marçal

Sonorização e operação de som: Fábio Santos

Assessoria de Imprensa: Polliane Eliziário (Personal Press)

Comunicação on-line : Rizoma Comunicação & Arte

Fotos: Mateus Lustosa

Registro e cobertura audiovisual: Alicate

Projeto gráfico: Filipe Lampejo e Rita Davis

Assistente de produção: Idylla Silmarovi

Produção Executiva: Beatriz Radicchi

Direção de Produção: Gilma Oliveira

Produção: Grupo Galpão

São Paulo:

Produção local: Mariana Mantovani

Assistente de produção: Laura La Padula

Assessoria de imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques, Daniele Valério e Flávia Fontes Oliveira

*Músicas Alabama Song, Moritat, Singapura e Tango dos Açougueiros Felizes a partir dos arranjos musicais de Ernani Maletta.

* Fragmento do texto “Discurso sobre Nada” de Marcio Abreu.

GRUPO GALPÃO

Atores

Antonio Edson – Arildo de Barros

Beto Franco – Chico Pelúcio

Eduardo Moreira – Fernanda Vianna

Inês Peixoto – Júlio Maciel

Lydia Del Picchia – Paulo André

Simone Ordones – Teuda Bara

Equipe

Conselho Executivo: Beto Franco, Eduardo Moreira, Fernando Lara, Gilma Oliveira e Lydia Del Picchia

Equipe Grupo Galpão:

Gerente Executivo – Fernando Lara

Coordenadora de Produção – Gilma Oliveira

Coordenadora Administrativa – Wanilda D’Artagnan

Coordenadora de Planejamento – Alba Martinez

Coordenadora de Comunicação – Letícia Leiva

Coordenador Técnico e Técnico de luz – Rodrigo Marçal

Produtora Executiva – Beatriz Radicchi

Técnico de Som – Fábio Santos

Assistente Financeiro – Cláudio Augusto

Assistente de Planejamento – Júlia Castro

Assistente de Comunicação – Fernanda Lara

Assistente Administrativo – Caroline Martins

Assistente Técnico – William Teles

Serviços Gerais – Danielle Rodrigues

Identidade Visual – Filipe Lampejo, Vinícius de Souza e Rita Davis

Design gráfico – Cintia Marques

Assessoria de Imprensa – Polliane Eliziário – Personal Press

Comunicação on-line – Rizoma Comunicação & Arte

Assessor Contábil – Wellington D’Artagnan

Gestor Financeiro de Projetos – Artmanagers.

Serviço:

Cabaré Coragem

Direção: Júlio Maciel

Estreia: 2023 | Duração: 100 minutos | Gênero: musical | Classificação: 16 anos

4 de abril a 5 de maio de 2024 – quinta a sábado – 20h30; domingos – 18h30

Sesc Belenzinho (R. Padre Adelino, 1.000 – Belenzinho, São Paulo – SP)

Ingressos à venda nas bilheterias das unidades, pelo app Credencial Sesc SP ou pelo Portal SescSP

Dias 5, 6, 12 e 13 de abril – sessões com interpretação em Libras

Informações.

(Fonte: Canal Aberto Comunicação)

Inhotim apresenta exposições de Grada Kilomba e Paulo Nazareth

Brumadinho, por Kleber Patricio

Grada Kilomba, ‘O Barco / The Boat’ (2021), performance e instalação no MAAT, Lisboa, BoCA, 2021. Foto: Bruno Simão/cortesia da artista.

O Instituto Inhotim, maior museu a céu aberto da América Latina e Jardim Botânico, recebe duas exposições individuais de renomados artistas contemporâneos e uma mostra coletiva, a partir de 13 de abril de 2024. Grada Kilomba apresenta pela primeira vez no Brasil a sua aclamada obra “O Barco | The Boat” (2021), enquanto Paulo Nazareth nos coloca em contato com “Esconjuro” (2024), exposição monográfica com trabalhos inéditos, novos arranjos e releituras de suas obras. Já a exposição coletiva “Ensaios sobre paisagem” (2024) conta com trabalhos de Aislan Pankararu, Ana Cláudia Almeida, Castiel Vitorino Brasileiro e Zé Carlos Garcia. As mostras individuais acontecem nos espaços da Galeria Galpão e da Galeria Praça, respectivamente, enquanto a coletiva é realizada na Galeria Lago.

Desde sua origem, o Inhotim se posiciona como uma instituição museológica e cultural que, além de trabalhar na difusão e na preservação de acervos e produções artísticas contemporâneas, também traz para o centro de sua atuação a instância de criação ao desenvolver, junto a artistas, obras e projetos únicos. Há, no cerne do programa curatorial do Inhotim, um caráter de experimentação em múltiplas linguagens artísticas, dedicando seus espaços expositivos a projetos solo de importantes nomes da atualidade em mostras de longa duração que se relacionam diretamente com o acervo instalado. As novas exposições de Grada Kilomba e de Paulo Nazareth estão incluídas neste projeto contínuo.

“A singularidade da instituição reside no encontro entre arte e natureza, a partir de uma especificidade de criação que proporciona experiências que só são possíveis de serem realizadas no Inhotim, seja pela relação com o espaço físico e jardim botânico; pelo contexto cultural, social e histórico em que se inserem, sendo um museu no interior do Brasil, fora de centros urbanos; seja pela possibilidade de desenvolver obras numa temporalidade mais distendida, ousando gestos experimentais que contam com o suporte de equipes de profissionais de curadoria, arquitetura, produção, além de ateliês com especialistas em montagem de projetos de alta complexidade”, conta Júlia Rebouças, Diretora artística da instituição.

O Barco | The Boat (2021)

Grada Kilomba (Lisboa, 1968), artista baseada em Berlim cujo trabalho se foca na memória, trauma e pós-colonialismo. Recorrendo à performance, leitura cénica, vídeo, instalações escultóricas e sónicas de grande escala, a artista interroga conceitos de conhecimento, violência e repetição. O trabalho de Kilomba é particularmente conhecido pela prática subversiva de contar histórias e pelas suas imagens imersivas e poéticas, nas quais a artista dá corpo, voz, forma e movimento aos seus próprios escritos, projetando-a como uma das mais importantes vozes de seu tempo.

Apresentada pela primeira vez no Brasil, “O Barco | The Boat” (2021) é uma obra escultórica, performática e poética de Grada Kilomba que dispõe 134 blocos de madeira queimada em uma área de mais de 220m², estendendo-se por 32 metros de comprimento. A peça desenha minuciosamente a silhueta do fundo de uma grande embarcação, revelando a arqueologia do espaço criado no fundo dos barcos para acomodar os corpos de milhões de pessoas africanas escravizadas. Descansando sobre 18 blocos de madeira ritualmente queimada sobre o fogo, jaz gravado em dourado um poema escrito por Kilomba e traduzido para iorubá, kimbundu, crioulo cabo-verdiano, português, inglês e árabe da Síria. No Inhotim, o trabalho ocupa o espaço da Galeria Galpão, antes ocupado por artistas como William Kentridge, Janet Cardiff e George Bures Miller

A instalação escultórica é acompanhada, ainda, de uma performance dirigida por Grada Kilomba que se desdobra no Inhotim em três atos, ao longo do período em que estará exposta no museu. O primeiro ato conta com um ensemble de cantores de Gospel e Ópera, bailarinos clássicos e percussionistas baseados em Lisboa que chegam ao Brasil para realizar a performance na data da inauguração da exposição, no dia 13 de abril, para convidados, e no dia 14 de abril, domingo, para o público geral. Nos atos seguintes, Kilomba irá reencenar a performance com um grupo formado por artistas locais de Brumadinho e região, dando seguimento ao trabalho. A mostra conta com a Vale como mantenedora master e com o patrocínio master da B3 e da Shell por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Esconjuro   

Partindo das relações entre história, território e deslocamentos, Paulo Nazareth traz ao Inhotim a exposição monográfica “Esconjuro” (2024), na qual tempo-espaço são alargados e conjugados em quatro estações: outono e primavera em 2024 e verão e inverno no ano de 2025, confirmando a obra do artista como uma presença viva e dinâmica ao longo de 18 meses no Instituto Inhotim. A partir da Galeria Praça e ocupando também outros espaços do Inhotim, a primeira configuração de Esconjuro é composta por obras que apontam diversas maneiras de se relacionar com a terra, seus ciclos e as transformações que suscitam no meio ambiente. Mas também indicam as práticas de exploração e disputa historicamente conhecidas no território.

Ao longo dos seus meses a exposição será modificada três vezes em ações chamadas reformas. Cada uma dessas reformas será baseada na troca e no reposicionamento de obras na galeria, assim como a inclusão de trabalhos nas áreas externas do Inhotim. Essas reformas vão resultar em quatro versões diferentes da mesma exposição, sendo cada uma delas relacionada a uma estação do ano. A exposição abre ao público no outono de 2024 e será reconfigurada na primavera de 2024, no verão e no inverno de 2025.

“Casa de Exu” (2015-2024), instalada nos arredores da Galeria Praça, foi a primeira obra construída no contexto de “Esconjuro”. Importante símbolo da chegada do artista ao Inhotim, ela comunica uma presença e um processo de criação que visa se desenvolver no decurso do tempo propondo uma nova relação entre tempo e espaço. A obra pode ser interpretada como oferenda, proteção, mas também busca confundir quem se aproxima da encruzilhada que antecipa a galeria graças ao cheiro da aguardente da cana-de-açúcar que atinge o olfato antes dos outros sentidos.

Para “Esconjuro”, Paulo Nazareth deu início à formação de um bananal, localizado em uma das fronteiras físicas da instituição. A banana é uma fruta constante em todas as estações do ano, muito frequente nos quintais de casas e sítios de periferias e subúrbios. “Bananal” (2024), enquanto obra de Nazareth, se configura a partir de uma espécie de fruta que há anos habita o território antes mesmo do Inhotim, alimentando trabalhadores da região e suas famílias. No centro dessa obra-plantação, ancorada abaixo do solo, está uma bananeira fundida em bronze.

Na obra comissionada “Sambaki II” (2024), o artista propõe simulacros de banana prata de concreto confeccionados nos ateliês de produção do Inhotim agrupados em formato de um grande monte e ladeado por duas escoras em madeira onde dois alto-falantes reproduzem o som de uma conversa no idioma crioulo. Registrada por Nazareth, na Vila Perus, em São Paulo, o áudio traz um diálogo com trabalhadores imigrantes da Guiné-Bissau que o auxiliavam na produção das primeiras bananas de concreto, em 2013. Em “Sambaki I”, o artista combina simulacros de bananas confeccionados em madeira e simulacros de bananas de dinamite. Se a madeira foi a primeira riqueza extraída do território brasileiro, a prática da mineração, que dá nome ao território de Minas Gerais, permanece em plena atividade, configurando as poucas instâncias do país com permissão na utilização da dinamite. O acúmulo, monumento e ruína, resultados dos diferentes ciclos de exploração, resultam em experiências e memórias que permanecem cravadas na terra.

Somam-se a esses trabalhos séries de pinturas de Paulo Nazareth, como “Caramuru, Vuadora Arruasza, Briga de rua” (2019-2022); a série de lambes “Bandeira” (2022); obras externas, como “Pato [Pago ou Pato feio]”, 2024; os vídeos “Allégorie d’une Révolution” (2018-2024); “Hasta que se puede andar sobre el água” (2013) e “Agudah” (2013); peças e instalações “Gameleira” (2024); “Alguidar” (2024); “Marco Temporal” e “Iemanjá” (2023-2033); além de uma série de imagens de sua mãe, Ana Gonçalves da Silva, representada em diferentes suportes e linguagens – reunidas como Centro de Cultura, Memória e Lembramento. É assim que o trabalho de Paulo Nazareth convoca Inhotim e suas equipes para um outro modo de fazer, outras maneiras de negociar, planejar, construir, celebrar e colher seus frutos num amplo e generoso gesto de reinvenção. “Esconjuro” conta com a Vale como mantenedora master e com o patrocínio master da Shell por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Paulo Nazareth, Minha mãe, Palmital, São Benedito, 2013. Foto: PNAC/Ltda.

Para Paulo Nazareth, “Esconjuro” é uma mostra em expansão que ocupa não somente o lugar do visual, mas também o vínculo com outros sentidos. “Meu desejo, mais do que tudo, é que exista uma conversa com o público, com os funcionários, com a comunidade local. O desejo é que essa mostra seja viva, algo que esteja acontecendo sempre. É uma abertura que precede outras aberturas dentro de si mesma”, comenta o artista. Paulo Nazareth complementa: “A mostra é tanto para humanos, quanto para não humanos ou para diferentes formas de humanidade, como apontam os kaiowás e os boruns. Encher a Casa de Exu com aguardente, por exemplo, precede a abertura no dia 13 de abril. Para mim, esse trabalho transita entre os seres viventes e não viventes. Interessa o espaço da exposição no antes, durante e no depois, que é também o tempo do Bananal, a possibilidade desse trabalho servir a diferentes formas de vida, que os pássaros, os micos e outros bichos venham habitar o Bananal ou comer das bananas que aí cresçam”.

Ensaios sobre paisagem

A relação entre arte e natureza está no âmago da criação do Inhotim. Museu de Arte Contemporânea e Jardim Botânico, o instituto está situado em meio aos biomas da Mata Atlântica e do Cerrado. Essa junção faz do espaço um lugar de características únicas inserido na paisagem mineira, muitas vezes tema de obras que esmiúçam essa linguagem enquanto categoria clássica da história da arte brasileira.

“Ensaios sobre paisagem” apresenta artistas que amplificam as discussões sobre a natureza em suas diversas práticas artísticas. Aislan Pankararu, Ana Cláudia Almeida, Castiel Vitorino Brasileiro e Zé Carlos Garcia investigam, assim, esses enunciados de distintas maneiras e materialidades. Engajada em uma pauta global que tem se dedicado, cada vez mais, às discussões, à pesquisa e aos efeitos das mudanças climáticas que se mostram irreversíveis, a arte ressignifica a paisagem em obras que lidam com essas questões de modo expansivo.

Aislan Pankararu, sem título, da série Rastros, 2022. Foto: Ding Musa/Cortesia do artista.

A produção de Aislan Pankararu se dá na junção de três eixos: a ciência, presente na sua primeira formação em medicina, o bioma de Petrolândia, onde o artista nasceu, e a ancestralidade, que surgem da relação tecida com seu povo Pankararu. Ana Cláudia Almeida, por sua vez, examina a linguagem pictórica e o desenho, repensando as ideias de natureza, bem como os significados de artificialidade e normatividade. Sua pintura experimenta elementos como o tempo, a ação e a própria paisagem. Castiel Vitorino lida com um conceito de transmutação e metamorfose. Nas séries fotográficas, a artista cartografa um processo de mutação da natureza como imagens de cura. Por fim, Zé Carlos Garcia realiza uma obra na qual os materiais e os elementos orgânicos são a base de esculturas totêmicas. A paisagem nordestina e seus vínculos arqueológicas servem de mote para as formas híbridas esculpidas na madeira de manejo florestal. Ensaios sobre paisagem conta com o apoio da Vale como mantenedora master, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

SOBRE OS ARTISTAS  

Grada Kilomba (Lisboa, Portugal, 1968). Grada Kilomba, nascida em Lisboa, é uma artista portuguesa baseada em Berlim cujo trabalho se foca na memória, trauma e pós-colonialismo. Recorrendo à performance, leitura cénica, vídeo e instalação de grande escala, escultura e peças sónicas, a artista interdisciplinar interroga conceitos de conhecimento, violência e repetição. Kilomba é particularmente conhecida pelas suas imagens poéticas e imersivas e pela sua prática subversiva de contar histórias nas quais a artista dá corpo, voz, forma e movimento aos seus próprios escritos. O trabalho de Kilomba é aclamado internacionalmente, tendo sido mostrado em grandes exposições como a 32ª Bienal de São Paulo, Documenta 14 ou a 10ª Bienal de Berlim, assim como em museus proeminentes como Palais de Tokyo, em Paris; Pinacoteca de São Paulo ou Somerset House, em Londres. As suas obras fazem parte de grandes coleções como de Tate Modern, em Londres, e Calouste Gulbenkian, em Lisboa, entre outras. Kilomba tem um doutorado em Filosofia da Freie Universität Berlin, onde deu aulas por vários anos, assim como em outras universidades na Europa. Em 2023, foi-lhe atribuído um Doutoramento Honoris Causa, pela Universidade ISPA, em Lisboa, em reconhecimento da sua contribuição artistica e intelectual. Este ano, a artista é a recipiente do Angela Davis Guest Professorship de 2024, na Universidade Goethe, em Frankfurt. Foi co-curadora da 35ª Bienal de São Paulo (2023) e autora do best-seller “Memórias da Plantação: Episódios do Racismo Cotidiano” (2008).

Paulo Nazareth (Vive e trabalha pelo mundo. Homem velho, Borun Nak [Vale do Rio Doce]/Pindorama [BR]). Paulo Nazareth tem sua produção marcada pelas experiências do deslocamento, a disposição para o encontro e para o reconhecimento e a desconstrução dos elementos que se reúnem para moldar identidades. Em seus percursos, Nazareth revela e transpõe fronteiras geográficas, sociais e culturais, sobretudo na América Latina, coleta e coleciona objetos e imagens, registros materiais da experiência vivida e, sobretudo, compartilhada. O artista recebeu, em 2012, o Prêmio MASP de Artes Visuais, na categoria Talento Emergente. Participou de diversas exposições no Brasil e no exterior; entre elas, as bienais de Veneza (2013 e 2015) e São Paulo (2021). Em Belo Horizonte, realizou a mostra individual “Faca cega” no Museu de Arte da Pampulha em 2018. Em 2021, abriu a exposição “Melee” no Instituto de Arte Contemporânea de Miami e, no seguinte, a mostra “Stroke” na The Power Plant Art Gallery, em Toronto.

Aislan Pankararu (Petrolândia, PE, 1990. Vive e trabalha em São Paulo, SP). Aislan Pankararu, um artista plástico indígena contemporâneo, nasceu em Petrolândia, Pernambuco, Brasil, em 1990. Originário do povo Pankararu, Aislan mudou-se para Brasília, onde se formou em medicina. Em 2019, retomou a prática de desenho e pintura como autodidata e decidiu se dedicar à carreira artística. Utilizando elementos pictóricos tradicionais da pintura corporal de seu povo, Aislan produz desenhos e pinturas sobre papel kraft e tela. Suas obras são dotadas de movimento e constituídas pela mistura de tintas e cores, evocando a riqueza visual e simbólica dos Pankararu a fim de ressaltar a luta e resistência de seu povo. Participou das exposições individuais “Yeposanóng, Memorial de Povos Indígenas”, Brasília (2021), e “Ab’A PuKuá”, Hospital Universitário de Brasília – HUB – UnB, Brasília (2020), e coletivas; entre elas, “Brasil do Futuro: as formas de democracia”, Museu Nacional da república Brasília (2023), “Um século de agora”, Itaú Cultural, São Paulo (2022), e “Por um sopro de fúria e esperança: uma declaração de emergência climática”, MuBE, São Paulo (2021), entre outras.

Ana Cláudia Almeida (Rio de Janeiro, RJ, 1993. Vive e trabalha no Rio de Janeiro). Trabalha elementos como tempo, ação e paisagem imbricados na construção de um espaço subjetivo em suas pinturas e desenhos. Formada em Desenho Industrial com graduação sanduíche pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Virginia Commonwealth University. Cofundadora do coletivo Trovoa. Participou das residências Pivô Pesquisa, Valongo Festival Internacional e C.M.A. Hélio Oiticica. Foi indicada ao Prêmio Pipa em 2020 e finalista do Prêmio EDP das Artes em 2018. Já expôs em diversas instituições como Fundação de Arte de Niterói e, dentre as principais coletivas das quais participou, estão instituições como MAM-RJ, Instituto Tomie Ohtake, Paço Imperial do Rio de Janeiro, Museu da República, Galpão Bela Maré e Solar dos Abacaxis. Ainda em 2021, a artista tem um dos seus trabalhos em grande formato inserido no acervo do Museu de Arte do Rio (MAR – RJ), apresenta “Buracos, Crateras e Abraços”, exposição individual na Quadra, participa da coletiva “Electric Dreams” na Galeria Nara Roesler, com curadoria de Raphael Fonseca, e assina um projeto site specific premiado pelo edital Piscina, no espaço Auroras (SP), ao lado da artista Carla Santana.

Castiel Vitorino Brasileiro (Vitória, ES, 1996). Artista plástica, escritora e psicóloga clínica formada pela Universidade Federal do Espírito Santo. Mestra em psicologia clínica pela PUC-SP. Em sua prática multidisciplinar, Castiel estuda o mistério entre vida e morte, a chamada Transmutação, e as formas de se locomover entre essas zonas existenciais. Seu pertencimento familiar na diáspora Bantu-brasileira é o fundamento articulado em suas pesquisas sobre medicinas e espiritualidade interespecífica (entre formas de vidas diferentes). Castiel é autora do livro “Quando o sol aqui não mais brilhar: a falência da negritude” (2022) e participou de exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior. Sua mais recente exposição individual, “Relembre-se de Quando Conversamos sobre o nosso Reencontro”, foi realizada em Nova York, na galeria Mendes Wood. Foi uma das artistas participantes da 35ª Bienal de São Paulo. E, atualmente, realiza seu projeto de longa duração “Kalunga: a origem das espécies”.

Zé Carlos Garcia (Aracaju, SE, 1973. Vive e trabalha no Rio de Janeiro). Artista visual, Zé Carlos Garcia estudou escultura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro e frequentou a Escola de Artes Visuais do Parque Laje. Suas esculturas se apresentam como entes insólitos que podem tomar a forma de insetos imaginários, uma vez que resultam de uma combinação de membros de diferentes espécies, ou ainda da mescla de plumas e partes de mobiliário de madeira. Participou de exposições coletivas em instituições como Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro e Brasília (2022, 2021); Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro (2022); Goethe Institut, Salvador, Brasil (2019); Fondazione Prada, Milão, Itália (2018); Ujazdowski Castle Centre for Contemporary Art, Varsóvia, Polônia (2017), e eventos como Bienal do Barro, Caruaru, Brasil (2019); Busan Biennale, Coreia do Sul (2018) e Frestas Trienal de Artes, Sorocaba, Brasil (2017). Vive no Rio de Janeiro.

Serviço:

A partir de 13 de abril, sábado, no Instituto Inhotim

Grada Kilomba, O Barco | The Boat (2021)

Galeria Galpão

Curadoria de Júlia Rebouças, Diretora artística do Inhotim, e Marília Loureiro, Curadora do Instituto Inhotim

Paulo Nazareth, Esconjuro (2024)

Galeria Praça

Curadoria de Beatriz Lemos, Curadora coordenadora do Inhotim, e Lucas Menezes, Curador assistente do Inhotim

Ensaios sobre paisagem (2024)

Exposição coletiva com trabalhos de Aislan Pankararu, Ana Cláudia Almeida, Castiel Vitorino Brasileiro e Zé Carlos Garcia

Galeria Lago

Curadoria de Douglas de Freitas, Curador coordenador do Inhotim, e Deri Andrade, Curador assistente do Inhotim.

INFORMAÇÕES GERAIS 

Horários de visitação 

De quarta a sexta-feira, das 9h30 às 16h30, e aos sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30 | Nos meses de janeiro e julho, o Inhotim abre também às terças-feiras.

Entrada 

Inteira: R$50,00 | Meia-entrada*: R$25,00

*Veja as regras de meia-entrada no site: www.inhotim.org.br/visite/ingressos/.

Entrada gratuita

Inhotim Gratuito: acesse o guia especial sobre a gratuidade no Inhotim

Quarta Gratuita Inhotim: todas as quartas-feiras são gratuitas; Domingo Gratuito Inhotim B3: último domingo do mês é gratuito; moradores e moradoras de Brumadinho cadastrados no programa Nosso Inhotim; Amigos do Inhotim; Crianças de 0 a 5 anos.

Localização

O Inhotim está localizado no município de Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte (aproximadamente 1h15 de viagem). Acesso pelo km 500 da BR-381 – sentido BH/SP. Também é possível chegar ao Inhotim pela BR-040 (aproximadamente 1h30 de viagem). Acesso pela BR-040 – sentido BH/Rio, na entrada para o Retiro do Chalé.

Inhotim Loja Design | A loja do Inhotim, localizada na entrada do parque, oferece itens de decoração, utilitários, livros, brinquedos, peças de cerâmica, vasos, plantas e produtos da culinária típica regional. É possível adquirir os produtos também na loja online.

GASTRONOMIA 

O Inhotim oferece aos visitantes diferentes opções para alimentação. No tradicional Restaurante Tamboril, o público encontra um ambiente integrado aos jardins e ao acervo de arte contemporânea, com um cardápio a preço fixo, extensa carta de vinhos, além de uma mesa de sobremesas com doces diversos. Já o Restaurante Oiticica, localizado próximo à obra “Invenção da cor, penetrável Magic Square #5, De Luxe” (1977), de Hélio Oiticica, traz refeições self-service a quilo, com menu que inclui saladas e opções de caçarolas quentes. O Café das Flores, situado próximo à recepção do Inhotim, oferece em seu cardápio o clássico pão de queijo mineiro, além de opções de lanches, bolos e café. Mais opções de cafés, lanches rápidos, hambúrgueres e sobremesas são servidas nas imediações da Galeria True Rouge pelo OOP Café, na Galeria Miguel Rio Branco pelo Bayo, e na Galeria Galpão com a hamburgueria Hack. Completam as opções de alimentação no Inhotim a Casa de Sucos e a Pizzaria do Teatro.

O Inhotim tem a Vale como mantenedora master; a Cemig como parceira estratégica; Shell, Itaú e B3 como patrocinadores master e conta com o patrocínio ouro do Santander, da Volvo e da CBMM. Os patrocínios são viabilizados por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

(Fonte: Instituto Inhotim)