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Inhotim apresenta exposições de Grada Kilomba e Paulo Nazareth

Brumadinho, por Kleber Patricio

Grada Kilomba, ‘O Barco / The Boat’ (2021), performance e instalação no MAAT, Lisboa, BoCA, 2021. Foto: Bruno Simão/cortesia da artista.

O Instituto Inhotim, maior museu a céu aberto da América Latina e Jardim Botânico, recebe duas exposições individuais de renomados artistas contemporâneos e uma mostra coletiva, a partir de 13 de abril de 2024. Grada Kilomba apresenta pela primeira vez no Brasil a sua aclamada obra “O Barco | The Boat” (2021), enquanto Paulo Nazareth nos coloca em contato com “Esconjuro” (2024), exposição monográfica com trabalhos inéditos, novos arranjos e releituras de suas obras. Já a exposição coletiva “Ensaios sobre paisagem” (2024) conta com trabalhos de Aislan Pankararu, Ana Cláudia Almeida, Castiel Vitorino Brasileiro e Zé Carlos Garcia. As mostras individuais acontecem nos espaços da Galeria Galpão e da Galeria Praça, respectivamente, enquanto a coletiva é realizada na Galeria Lago.

Desde sua origem, o Inhotim se posiciona como uma instituição museológica e cultural que, além de trabalhar na difusão e na preservação de acervos e produções artísticas contemporâneas, também traz para o centro de sua atuação a instância de criação ao desenvolver, junto a artistas, obras e projetos únicos. Há, no cerne do programa curatorial do Inhotim, um caráter de experimentação em múltiplas linguagens artísticas, dedicando seus espaços expositivos a projetos solo de importantes nomes da atualidade em mostras de longa duração que se relacionam diretamente com o acervo instalado. As novas exposições de Grada Kilomba e de Paulo Nazareth estão incluídas neste projeto contínuo.

“A singularidade da instituição reside no encontro entre arte e natureza, a partir de uma especificidade de criação que proporciona experiências que só são possíveis de serem realizadas no Inhotim, seja pela relação com o espaço físico e jardim botânico; pelo contexto cultural, social e histórico em que se inserem, sendo um museu no interior do Brasil, fora de centros urbanos; seja pela possibilidade de desenvolver obras numa temporalidade mais distendida, ousando gestos experimentais que contam com o suporte de equipes de profissionais de curadoria, arquitetura, produção, além de ateliês com especialistas em montagem de projetos de alta complexidade”, conta Júlia Rebouças, Diretora artística da instituição.

O Barco | The Boat (2021)

Grada Kilomba (Lisboa, 1968), artista baseada em Berlim cujo trabalho se foca na memória, trauma e pós-colonialismo. Recorrendo à performance, leitura cénica, vídeo, instalações escultóricas e sónicas de grande escala, a artista interroga conceitos de conhecimento, violência e repetição. O trabalho de Kilomba é particularmente conhecido pela prática subversiva de contar histórias e pelas suas imagens imersivas e poéticas, nas quais a artista dá corpo, voz, forma e movimento aos seus próprios escritos, projetando-a como uma das mais importantes vozes de seu tempo.

Apresentada pela primeira vez no Brasil, “O Barco | The Boat” (2021) é uma obra escultórica, performática e poética de Grada Kilomba que dispõe 134 blocos de madeira queimada em uma área de mais de 220m², estendendo-se por 32 metros de comprimento. A peça desenha minuciosamente a silhueta do fundo de uma grande embarcação, revelando a arqueologia do espaço criado no fundo dos barcos para acomodar os corpos de milhões de pessoas africanas escravizadas. Descansando sobre 18 blocos de madeira ritualmente queimada sobre o fogo, jaz gravado em dourado um poema escrito por Kilomba e traduzido para iorubá, kimbundu, crioulo cabo-verdiano, português, inglês e árabe da Síria. No Inhotim, o trabalho ocupa o espaço da Galeria Galpão, antes ocupado por artistas como William Kentridge, Janet Cardiff e George Bures Miller

A instalação escultórica é acompanhada, ainda, de uma performance dirigida por Grada Kilomba que se desdobra no Inhotim em três atos, ao longo do período em que estará exposta no museu. O primeiro ato conta com um ensemble de cantores de Gospel e Ópera, bailarinos clássicos e percussionistas baseados em Lisboa que chegam ao Brasil para realizar a performance na data da inauguração da exposição, no dia 13 de abril, para convidados, e no dia 14 de abril, domingo, para o público geral. Nos atos seguintes, Kilomba irá reencenar a performance com um grupo formado por artistas locais de Brumadinho e região, dando seguimento ao trabalho. A mostra conta com a Vale como mantenedora master e com o patrocínio master da B3 e da Shell por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Esconjuro   

Partindo das relações entre história, território e deslocamentos, Paulo Nazareth traz ao Inhotim a exposição monográfica “Esconjuro” (2024), na qual tempo-espaço são alargados e conjugados em quatro estações: outono e primavera em 2024 e verão e inverno no ano de 2025, confirmando a obra do artista como uma presença viva e dinâmica ao longo de 18 meses no Instituto Inhotim. A partir da Galeria Praça e ocupando também outros espaços do Inhotim, a primeira configuração de Esconjuro é composta por obras que apontam diversas maneiras de se relacionar com a terra, seus ciclos e as transformações que suscitam no meio ambiente. Mas também indicam as práticas de exploração e disputa historicamente conhecidas no território.

Ao longo dos seus meses a exposição será modificada três vezes em ações chamadas reformas. Cada uma dessas reformas será baseada na troca e no reposicionamento de obras na galeria, assim como a inclusão de trabalhos nas áreas externas do Inhotim. Essas reformas vão resultar em quatro versões diferentes da mesma exposição, sendo cada uma delas relacionada a uma estação do ano. A exposição abre ao público no outono de 2024 e será reconfigurada na primavera de 2024, no verão e no inverno de 2025.

“Casa de Exu” (2015-2024), instalada nos arredores da Galeria Praça, foi a primeira obra construída no contexto de “Esconjuro”. Importante símbolo da chegada do artista ao Inhotim, ela comunica uma presença e um processo de criação que visa se desenvolver no decurso do tempo propondo uma nova relação entre tempo e espaço. A obra pode ser interpretada como oferenda, proteção, mas também busca confundir quem se aproxima da encruzilhada que antecipa a galeria graças ao cheiro da aguardente da cana-de-açúcar que atinge o olfato antes dos outros sentidos.

Para “Esconjuro”, Paulo Nazareth deu início à formação de um bananal, localizado em uma das fronteiras físicas da instituição. A banana é uma fruta constante em todas as estações do ano, muito frequente nos quintais de casas e sítios de periferias e subúrbios. “Bananal” (2024), enquanto obra de Nazareth, se configura a partir de uma espécie de fruta que há anos habita o território antes mesmo do Inhotim, alimentando trabalhadores da região e suas famílias. No centro dessa obra-plantação, ancorada abaixo do solo, está uma bananeira fundida em bronze.

Na obra comissionada “Sambaki II” (2024), o artista propõe simulacros de banana prata de concreto confeccionados nos ateliês de produção do Inhotim agrupados em formato de um grande monte e ladeado por duas escoras em madeira onde dois alto-falantes reproduzem o som de uma conversa no idioma crioulo. Registrada por Nazareth, na Vila Perus, em São Paulo, o áudio traz um diálogo com trabalhadores imigrantes da Guiné-Bissau que o auxiliavam na produção das primeiras bananas de concreto, em 2013. Em “Sambaki I”, o artista combina simulacros de bananas confeccionados em madeira e simulacros de bananas de dinamite. Se a madeira foi a primeira riqueza extraída do território brasileiro, a prática da mineração, que dá nome ao território de Minas Gerais, permanece em plena atividade, configurando as poucas instâncias do país com permissão na utilização da dinamite. O acúmulo, monumento e ruína, resultados dos diferentes ciclos de exploração, resultam em experiências e memórias que permanecem cravadas na terra.

Somam-se a esses trabalhos séries de pinturas de Paulo Nazareth, como “Caramuru, Vuadora Arruasza, Briga de rua” (2019-2022); a série de lambes “Bandeira” (2022); obras externas, como “Pato [Pago ou Pato feio]”, 2024; os vídeos “Allégorie d’une Révolution” (2018-2024); “Hasta que se puede andar sobre el água” (2013) e “Agudah” (2013); peças e instalações “Gameleira” (2024); “Alguidar” (2024); “Marco Temporal” e “Iemanjá” (2023-2033); além de uma série de imagens de sua mãe, Ana Gonçalves da Silva, representada em diferentes suportes e linguagens – reunidas como Centro de Cultura, Memória e Lembramento. É assim que o trabalho de Paulo Nazareth convoca Inhotim e suas equipes para um outro modo de fazer, outras maneiras de negociar, planejar, construir, celebrar e colher seus frutos num amplo e generoso gesto de reinvenção. “Esconjuro” conta com a Vale como mantenedora master e com o patrocínio master da Shell por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Paulo Nazareth, Minha mãe, Palmital, São Benedito, 2013. Foto: PNAC/Ltda.

Para Paulo Nazareth, “Esconjuro” é uma mostra em expansão que ocupa não somente o lugar do visual, mas também o vínculo com outros sentidos. “Meu desejo, mais do que tudo, é que exista uma conversa com o público, com os funcionários, com a comunidade local. O desejo é que essa mostra seja viva, algo que esteja acontecendo sempre. É uma abertura que precede outras aberturas dentro de si mesma”, comenta o artista. Paulo Nazareth complementa: “A mostra é tanto para humanos, quanto para não humanos ou para diferentes formas de humanidade, como apontam os kaiowás e os boruns. Encher a Casa de Exu com aguardente, por exemplo, precede a abertura no dia 13 de abril. Para mim, esse trabalho transita entre os seres viventes e não viventes. Interessa o espaço da exposição no antes, durante e no depois, que é também o tempo do Bananal, a possibilidade desse trabalho servir a diferentes formas de vida, que os pássaros, os micos e outros bichos venham habitar o Bananal ou comer das bananas que aí cresçam”.

Ensaios sobre paisagem

A relação entre arte e natureza está no âmago da criação do Inhotim. Museu de Arte Contemporânea e Jardim Botânico, o instituto está situado em meio aos biomas da Mata Atlântica e do Cerrado. Essa junção faz do espaço um lugar de características únicas inserido na paisagem mineira, muitas vezes tema de obras que esmiúçam essa linguagem enquanto categoria clássica da história da arte brasileira.

“Ensaios sobre paisagem” apresenta artistas que amplificam as discussões sobre a natureza em suas diversas práticas artísticas. Aislan Pankararu, Ana Cláudia Almeida, Castiel Vitorino Brasileiro e Zé Carlos Garcia investigam, assim, esses enunciados de distintas maneiras e materialidades. Engajada em uma pauta global que tem se dedicado, cada vez mais, às discussões, à pesquisa e aos efeitos das mudanças climáticas que se mostram irreversíveis, a arte ressignifica a paisagem em obras que lidam com essas questões de modo expansivo.

Aislan Pankararu, sem título, da série Rastros, 2022. Foto: Ding Musa/Cortesia do artista.

A produção de Aislan Pankararu se dá na junção de três eixos: a ciência, presente na sua primeira formação em medicina, o bioma de Petrolândia, onde o artista nasceu, e a ancestralidade, que surgem da relação tecida com seu povo Pankararu. Ana Cláudia Almeida, por sua vez, examina a linguagem pictórica e o desenho, repensando as ideias de natureza, bem como os significados de artificialidade e normatividade. Sua pintura experimenta elementos como o tempo, a ação e a própria paisagem. Castiel Vitorino lida com um conceito de transmutação e metamorfose. Nas séries fotográficas, a artista cartografa um processo de mutação da natureza como imagens de cura. Por fim, Zé Carlos Garcia realiza uma obra na qual os materiais e os elementos orgânicos são a base de esculturas totêmicas. A paisagem nordestina e seus vínculos arqueológicas servem de mote para as formas híbridas esculpidas na madeira de manejo florestal. Ensaios sobre paisagem conta com o apoio da Vale como mantenedora master, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

SOBRE OS ARTISTAS  

Grada Kilomba (Lisboa, Portugal, 1968). Grada Kilomba, nascida em Lisboa, é uma artista portuguesa baseada em Berlim cujo trabalho se foca na memória, trauma e pós-colonialismo. Recorrendo à performance, leitura cénica, vídeo e instalação de grande escala, escultura e peças sónicas, a artista interdisciplinar interroga conceitos de conhecimento, violência e repetição. Kilomba é particularmente conhecida pelas suas imagens poéticas e imersivas e pela sua prática subversiva de contar histórias nas quais a artista dá corpo, voz, forma e movimento aos seus próprios escritos. O trabalho de Kilomba é aclamado internacionalmente, tendo sido mostrado em grandes exposições como a 32ª Bienal de São Paulo, Documenta 14 ou a 10ª Bienal de Berlim, assim como em museus proeminentes como Palais de Tokyo, em Paris; Pinacoteca de São Paulo ou Somerset House, em Londres. As suas obras fazem parte de grandes coleções como de Tate Modern, em Londres, e Calouste Gulbenkian, em Lisboa, entre outras. Kilomba tem um doutorado em Filosofia da Freie Universität Berlin, onde deu aulas por vários anos, assim como em outras universidades na Europa. Em 2023, foi-lhe atribuído um Doutoramento Honoris Causa, pela Universidade ISPA, em Lisboa, em reconhecimento da sua contribuição artistica e intelectual. Este ano, a artista é a recipiente do Angela Davis Guest Professorship de 2024, na Universidade Goethe, em Frankfurt. Foi co-curadora da 35ª Bienal de São Paulo (2023) e autora do best-seller “Memórias da Plantação: Episódios do Racismo Cotidiano” (2008).

Paulo Nazareth (Vive e trabalha pelo mundo. Homem velho, Borun Nak [Vale do Rio Doce]/Pindorama [BR]). Paulo Nazareth tem sua produção marcada pelas experiências do deslocamento, a disposição para o encontro e para o reconhecimento e a desconstrução dos elementos que se reúnem para moldar identidades. Em seus percursos, Nazareth revela e transpõe fronteiras geográficas, sociais e culturais, sobretudo na América Latina, coleta e coleciona objetos e imagens, registros materiais da experiência vivida e, sobretudo, compartilhada. O artista recebeu, em 2012, o Prêmio MASP de Artes Visuais, na categoria Talento Emergente. Participou de diversas exposições no Brasil e no exterior; entre elas, as bienais de Veneza (2013 e 2015) e São Paulo (2021). Em Belo Horizonte, realizou a mostra individual “Faca cega” no Museu de Arte da Pampulha em 2018. Em 2021, abriu a exposição “Melee” no Instituto de Arte Contemporânea de Miami e, no seguinte, a mostra “Stroke” na The Power Plant Art Gallery, em Toronto.

Aislan Pankararu (Petrolândia, PE, 1990. Vive e trabalha em São Paulo, SP). Aislan Pankararu, um artista plástico indígena contemporâneo, nasceu em Petrolândia, Pernambuco, Brasil, em 1990. Originário do povo Pankararu, Aislan mudou-se para Brasília, onde se formou em medicina. Em 2019, retomou a prática de desenho e pintura como autodidata e decidiu se dedicar à carreira artística. Utilizando elementos pictóricos tradicionais da pintura corporal de seu povo, Aislan produz desenhos e pinturas sobre papel kraft e tela. Suas obras são dotadas de movimento e constituídas pela mistura de tintas e cores, evocando a riqueza visual e simbólica dos Pankararu a fim de ressaltar a luta e resistência de seu povo. Participou das exposições individuais “Yeposanóng, Memorial de Povos Indígenas”, Brasília (2021), e “Ab’A PuKuá”, Hospital Universitário de Brasília – HUB – UnB, Brasília (2020), e coletivas; entre elas, “Brasil do Futuro: as formas de democracia”, Museu Nacional da república Brasília (2023), “Um século de agora”, Itaú Cultural, São Paulo (2022), e “Por um sopro de fúria e esperança: uma declaração de emergência climática”, MuBE, São Paulo (2021), entre outras.

Ana Cláudia Almeida (Rio de Janeiro, RJ, 1993. Vive e trabalha no Rio de Janeiro). Trabalha elementos como tempo, ação e paisagem imbricados na construção de um espaço subjetivo em suas pinturas e desenhos. Formada em Desenho Industrial com graduação sanduíche pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Virginia Commonwealth University. Cofundadora do coletivo Trovoa. Participou das residências Pivô Pesquisa, Valongo Festival Internacional e C.M.A. Hélio Oiticica. Foi indicada ao Prêmio Pipa em 2020 e finalista do Prêmio EDP das Artes em 2018. Já expôs em diversas instituições como Fundação de Arte de Niterói e, dentre as principais coletivas das quais participou, estão instituições como MAM-RJ, Instituto Tomie Ohtake, Paço Imperial do Rio de Janeiro, Museu da República, Galpão Bela Maré e Solar dos Abacaxis. Ainda em 2021, a artista tem um dos seus trabalhos em grande formato inserido no acervo do Museu de Arte do Rio (MAR – RJ), apresenta “Buracos, Crateras e Abraços”, exposição individual na Quadra, participa da coletiva “Electric Dreams” na Galeria Nara Roesler, com curadoria de Raphael Fonseca, e assina um projeto site specific premiado pelo edital Piscina, no espaço Auroras (SP), ao lado da artista Carla Santana.

Castiel Vitorino Brasileiro (Vitória, ES, 1996). Artista plástica, escritora e psicóloga clínica formada pela Universidade Federal do Espírito Santo. Mestra em psicologia clínica pela PUC-SP. Em sua prática multidisciplinar, Castiel estuda o mistério entre vida e morte, a chamada Transmutação, e as formas de se locomover entre essas zonas existenciais. Seu pertencimento familiar na diáspora Bantu-brasileira é o fundamento articulado em suas pesquisas sobre medicinas e espiritualidade interespecífica (entre formas de vidas diferentes). Castiel é autora do livro “Quando o sol aqui não mais brilhar: a falência da negritude” (2022) e participou de exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior. Sua mais recente exposição individual, “Relembre-se de Quando Conversamos sobre o nosso Reencontro”, foi realizada em Nova York, na galeria Mendes Wood. Foi uma das artistas participantes da 35ª Bienal de São Paulo. E, atualmente, realiza seu projeto de longa duração “Kalunga: a origem das espécies”.

Zé Carlos Garcia (Aracaju, SE, 1973. Vive e trabalha no Rio de Janeiro). Artista visual, Zé Carlos Garcia estudou escultura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro e frequentou a Escola de Artes Visuais do Parque Laje. Suas esculturas se apresentam como entes insólitos que podem tomar a forma de insetos imaginários, uma vez que resultam de uma combinação de membros de diferentes espécies, ou ainda da mescla de plumas e partes de mobiliário de madeira. Participou de exposições coletivas em instituições como Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro e Brasília (2022, 2021); Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro (2022); Goethe Institut, Salvador, Brasil (2019); Fondazione Prada, Milão, Itália (2018); Ujazdowski Castle Centre for Contemporary Art, Varsóvia, Polônia (2017), e eventos como Bienal do Barro, Caruaru, Brasil (2019); Busan Biennale, Coreia do Sul (2018) e Frestas Trienal de Artes, Sorocaba, Brasil (2017). Vive no Rio de Janeiro.

Serviço:

A partir de 13 de abril, sábado, no Instituto Inhotim

Grada Kilomba, O Barco | The Boat (2021)

Galeria Galpão

Curadoria de Júlia Rebouças, Diretora artística do Inhotim, e Marília Loureiro, Curadora do Instituto Inhotim

Paulo Nazareth, Esconjuro (2024)

Galeria Praça

Curadoria de Beatriz Lemos, Curadora coordenadora do Inhotim, e Lucas Menezes, Curador assistente do Inhotim

Ensaios sobre paisagem (2024)

Exposição coletiva com trabalhos de Aislan Pankararu, Ana Cláudia Almeida, Castiel Vitorino Brasileiro e Zé Carlos Garcia

Galeria Lago

Curadoria de Douglas de Freitas, Curador coordenador do Inhotim, e Deri Andrade, Curador assistente do Inhotim.

INFORMAÇÕES GERAIS 

Horários de visitação 

De quarta a sexta-feira, das 9h30 às 16h30, e aos sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30 | Nos meses de janeiro e julho, o Inhotim abre também às terças-feiras.

Entrada 

Inteira: R$50,00 | Meia-entrada*: R$25,00

*Veja as regras de meia-entrada no site: www.inhotim.org.br/visite/ingressos/.

Entrada gratuita

Inhotim Gratuito: acesse o guia especial sobre a gratuidade no Inhotim

Quarta Gratuita Inhotim: todas as quartas-feiras são gratuitas; Domingo Gratuito Inhotim B3: último domingo do mês é gratuito; moradores e moradoras de Brumadinho cadastrados no programa Nosso Inhotim; Amigos do Inhotim; Crianças de 0 a 5 anos.

Localização

O Inhotim está localizado no município de Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte (aproximadamente 1h15 de viagem). Acesso pelo km 500 da BR-381 – sentido BH/SP. Também é possível chegar ao Inhotim pela BR-040 (aproximadamente 1h30 de viagem). Acesso pela BR-040 – sentido BH/Rio, na entrada para o Retiro do Chalé.

Inhotim Loja Design | A loja do Inhotim, localizada na entrada do parque, oferece itens de decoração, utilitários, livros, brinquedos, peças de cerâmica, vasos, plantas e produtos da culinária típica regional. É possível adquirir os produtos também na loja online.

GASTRONOMIA 

O Inhotim oferece aos visitantes diferentes opções para alimentação. No tradicional Restaurante Tamboril, o público encontra um ambiente integrado aos jardins e ao acervo de arte contemporânea, com um cardápio a preço fixo, extensa carta de vinhos, além de uma mesa de sobremesas com doces diversos. Já o Restaurante Oiticica, localizado próximo à obra “Invenção da cor, penetrável Magic Square #5, De Luxe” (1977), de Hélio Oiticica, traz refeições self-service a quilo, com menu que inclui saladas e opções de caçarolas quentes. O Café das Flores, situado próximo à recepção do Inhotim, oferece em seu cardápio o clássico pão de queijo mineiro, além de opções de lanches, bolos e café. Mais opções de cafés, lanches rápidos, hambúrgueres e sobremesas são servidas nas imediações da Galeria True Rouge pelo OOP Café, na Galeria Miguel Rio Branco pelo Bayo, e na Galeria Galpão com a hamburgueria Hack. Completam as opções de alimentação no Inhotim a Casa de Sucos e a Pizzaria do Teatro.

O Inhotim tem a Vale como mantenedora master; a Cemig como parceira estratégica; Shell, Itaú e B3 como patrocinadores master e conta com o patrocínio ouro do Santander, da Volvo e da CBMM. Os patrocínios são viabilizados por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

(Fonte: Instituto Inhotim)