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Instituto Ampara Animal apresenta campanha que expõe influência das mídias digitais sobre o tráfico de animais selvagens

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagens: divulgação.

O Instituto Ampara Animal, organização dedicada à proteção e conservação dos animais, está liderando uma campanha revolucionária para trazer à tona os impactos dos followers no engajamento de conteúdos que utilizam a imagem de animais silvestres como pets para se promover nas mídias digitais, sobre o bem-estar animal, o tráfico de animais selvagens e a conservação da biodiversidade. A campanha visa auxiliar no combate à retirada de animais silvestres da natureza e seu comércio, por meio da reinicialização massiva dos algoritmos do Instagram e do despertar da mudança de comportamento da sociedade.

Em uma época em que as redes sociais desempenham um papel significativo na promoção de comportamentos e causas, o Instituto Ampara Animal está tomando medidas ousadas para desencorajar a participação involuntária no tráfico de animais selvagens. Por trás de um vídeo “fofo” de um animal silvestre sendo humanizado ou interagindo com pessoas está um cenário de privação de comportamentos naturais, maus-tratos e muitas vezes a retirada do animal da natureza. Esse tipo de conteúdo, que traz uma visão superficial e romantizada de se ter um silvestre como pet, também influencia cada vez mais no desejo de compra e, dessa forma, fomenta um ciclo que coloca em risco toda a biodiversidade. A iniciativa visa diminuir curtidas e compartilhamentos de postagens de animais selvagens sendo tratados como pets, evidenciando a responsabilidade de cada indivíduo ao engajar em conteúdos como estes, desafiando a norma e promovendo uma conscientização generalizada.

A força dos conteúdos que promovem a exibição de silvestres como pets é real, perigosa e desconhecida para a sociedade: aproximadamente 37% das buscas por compra de macacos são geradas diretamente por conteúdos do Instagram. Até animais considerados “não tão fofos assim”, como as cobras e serpentes, têm 18% de suas compras impulsionadas por conteúdos do aplicativo.

A peça central desta campanha é o reset do algoritmo de uma das maiores plataformas de mídias digitais atualmente, o Instagram. A campanha se iniciará com a exposição “Alg*ritmo Selvagem (Reset)”, que ocorrerá no Conjunto Nacional da Cidade de São Paulo, localizado na Avenida Paulista 2073, a partir do dia 3 de março às 11h (data que marca o Dia Mundial da Vida Selvagem pela ONU), encerrando-se no dia 3 de abril, quando a exposição será redirecionada para outros locais rotativos. Nesta intervenção, o Instituto Ampara Animal utilizará expressões artísticas de impacto visual para sensibilizar e convocar a comunidade a participar deste movimento crucial. A exposição visa despertar esta problemática, educar e inspirar, destacando os perigos da influência de conteúdos que exploram a fauna, na manutenção e ampliação do tráfico de animais selvagens e como a simples ação de curtir ou compartilhar certos conteúdos pode inadvertidamente apoiar essa prática prejudicial.

A exposição será um chamariz e uma preparação para o “Dia da Reinicialização dos Algoritmos” (“Reset Day”), 14 de março, uma data especial que marca o Dia Nacional dos Animais, na qual cada indivíduo poderá contribuir diretamente para a causa promovendo a conscientização e a mudança de comportamento. Neste dia, o Instituto Ampara Animal convoca a comunidade a reiniciar seus algoritmos pessoais, esclarecendo-se das consequências de suas interações online e buscando uma relação mais harmônica e que valorize a biodiversidade em seu ambiente natural exercendo seus comportamentos selvagens.

Portanto, a campanha não se limita à exposição física, pois a organização estenderá a mensagem para as plataformas de mídia social. Publicações de impacto envolventes e esclarecedoras serão compartilhadas incentivando os seguidores a refletirem sobre a influência de suas interações online, a participarem ativamente da reinicialização dos algoritmos e a estabelecerem interações positivas com a fauna. “Estamos comprometidos em combater o tráfico de animais selvagens de maneira inovadora, sensível e eficaz. Acreditamos que ao resetar os algoritmos do Instagram e despertar o olhar da sociedade para esta problemática, podemos desencorajar indiretamente a promoção dessa prática criminosa”, afirma Juliana Camargo, fundadora do Representante do Instituto Ampara Animal.

O Instituto Ampara Animal convida todos a se juntarem a eles nesta jornada para criar um ambiente online mais consciente e responsável onde as interações digitais não contribuam inadvertidamente para a exploração de animais selvagens.

Sobre o Instituto Ampara Animal | O Instituto Ampara Animal é uma organização dedicada à proteção e defesa dos animais no Brasil. Com um compromisso ético priorizando o bem-estar animal e a conservação da biodiversidade, o Instituto trabalha em diversas frentes para garantir os direitos dos animais e formar uma sociedade mais justa e sustentável, em que os animais sejam tratados com respeito e coexistam com a espécie humana em um sistema equilibrado e harmônico.

(Fonte: Index)

Pinacoteca de São Paulo inaugura programação de exposições de 2024 com mostra panorâmica de Lygia Clark

São Paulo, por Kleber Patricio

“Bicho – Relógio de sol”,1960. Foto: divulgação.

A Pinacoteca de São Paulo apresenta “Lygia Clark: Projeto para um planeta”, exposição panorâmica de uma das artistas brasileiras mais relevantes do século XX. A mostra ocupa as sete galerias expositivas da Pinacoteca Luz com mais de 150 obras que demonstram o legado dos mais de 30 anos de carreira da artista. Com curadoria de Ana Maria Maia e Pollyana Quintella, a exposição comemora o centenário de Lygia Clark apresentando obras como ‘Projeto para um planeta’ (1960) – da série Bichos, que dá nome à exposição, a instalação ‘A casa é o corpo’, feita para a Bienal de Veneza de 1968, e ‘Maquete para interior nº 3’, reproduzida em grande escala especialmente para a Pinacoteca.

Lygia Clark foi uma das artistas responsáveis por reestruturar o vocabulário artístico brasileiro a partir da década de 1960, desafiando as fronteiras entre o papel do artista e do público e propondo uma nova relação entre corpo e objeto. Na Pinacoteca, a exposição estabelece uma conexão entre as diferentes fases da carreira de Clark, apresentando suas pinturas iniciais, a passagem pelo movimento neoconcreto, proposições participativas e projetos arquitetônicos. A mostra reúne uma grande seleção de obras históricas vistas poucas vezes nos últimos anos. “Lygia Clark tem um lugar fundamental na formação de repertório sobre formas de produzir e experimentar arte. Passados 18 anos desde a última mostra dedicada à artista no museu, é preciso assegurar que públicos das mais variadas origens e idades, sobretudo estudantes, possam não apenas ler sobre as obras e proposições da artista, mas acessá-las e vivenciá-las presencialmente”, contam as curadoras.

Sobre a exposição  

A mostra começa a partir de uma proposição fundamental para a artista: a participação do público. Um tablado com réplicas da série Bichos, uma das mais famosas produzidas por Clark a partir de 1960, fica disponível para o manuseio do visitante no centro da galeria expositiva. Ao redor, algumas pinturas da fase inicial e trabalhos importantes da carreira da artista exibidos em 1965 na galeria Signals, em Londres. As séries Superfícies Moduladas e Composições também fazem parte do conjunto de trabalhos exibidos nesta sala.

Na segunda sala, vinte Bichos originais são reunidos pela primeira vez em mais de uma década. Entre eles estão ‘Relógio de Sol’ (1960), adquirida pela Pinacoteca a propósito da mostra Projeto Construtivo Brasileiro, organizada por Aracy Amaral no museu em 1977, e a obra ‘Projeto para um planeta’ (1960). A terceira sala da mostra dá sequência aos desdobramentos da pesquisa de Lygia Clark no campo tridimensional, quando os Bichos dão lugar às ‘Obras moles’ (1964) e aos ‘Trepantes’ (1964-65). Na sala também está a obra ‘Caminhando’ (1964), trabalho que representa um momento crucial da carreira de Clark, quando a artista rompe com a noção de autoria convidando o público, a partir de uma série de instruções, a cortar uma tira de papel em formato de uma fita de Moebius, levando-nos a considerar a obra como “puro ato”.

A quarta sala da mostra se concentra sobre o que a artista chamou de linha orgânica, já interessada nos limites entre arte e vida, ao observar uma linha de espaço que se formava no encontro entre dois materiais distintos. A partir da sua “quebra da moldura”, que passa a ser integrada à pintura, Clark buscou abandonar o espaço metafórico da representação em direção à conquista do espaço real, sem dissociar a obra do mundo. Na galeria estão presentes trabalhos fundamentais dessa fase, como ‘Quebra da moldura’ (1954) e ‘Descoberta da linha orgânica’ (1954).

Foi a partir da descoberta da linha orgânica que se deu a aproximação de Clark com a arquitetura. Pensando formas funcionais e olhando para o espaço cotidiano, a artista passa a desenvolver propostas arquitetônicas interessadas em permitir que o usuário pudesse transformar a estrutura física do espaço. A obra ‘Maquete para interior nº 3’ (1955), foi remontada em grande escala especialmente para a Pinacoteca. Outros trabalhos em maquete, composições, ‘Estruturas de caixas de fósforos’ (1964) e a série ‘Escadas’ (1948-51), parte importante do seu estudo de linhas e planos, complementam a sala.

Com a superação do objeto artístico conquistada com a obra ‘Caminhando’, Lygia passa a apostar numa experimentação mais profunda do corpo. A partir de meados da década de 1960, a artista realiza seus “Objetos relacionais”, feitos de material simples e ordinário em busca de um reencontro sensorial entre sujeito e mundo. As duas últimas salas da exposição apresentam trechos de filmes, fotos e documentos que exibem as propostas individuais e agenciamentos coletivos de Clark – estes últimos, frutos das experiências da artista em Paris, onde morou entre 1970 e 1976, ministrando um curso na Universidade Sorbonne. A mostra traz obras como ‘Pedra e ar’ (1966), primeiro objeto relacional desenvolvido pela artista, a instalação ‘A Casa é o corpo’, criada para a Bienal de Veneza de 1968, além de registros do seu método terapêutico ‘Estruturação do Self’.

Complementando a exposição, a nova sala de vídeo do museu, inaugurada em 2023, recebe o filme “O mundo de Lygia Clark” (1973), de Eduardo Clark, que apresenta uma série de proposições da artista como ‘Canibalismo’, ‘Rede de Elástico’  e ‘Diálogo de óculos’, entre outras.

A exposição será acompanhada por um catálogo publicado em edição bilíngue (português e inglês), reproduzindo as obras da mostra, ensaios escritos por Ana Maria Maia e Pollyana Quintella, Irene V. Small, Tania Rivera, Sabrina Fontenele e Bruna Bonfim Guimarães, bem como uma fortuna crítica republicando textos históricos de Guy Brett, Ferreira Gullar, Mário Pedrosa, Paulo Herkenhoff e Suely Rolnik. (Brochura, 28 x 23 cm, 265 páginas).

A exposição Lygia Clark: Projeto para um planeta tem patrocínio da B3 – A Bolsa do Brasil e Livelo (cota Platinum), Ternium, Usiminas e Mattos Filho (cota Ouro), UBS e Verde Asset Management (cota Prata).

Sobre a artista | Lygia Clark (Belo Horizonte, Minas Gerais, 1920 – Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1988) é um dos mais importantes nomes da arte brasileira contemporânea, parte de uma geração responsável por ampliar as linguagens, estabelecer vínculos com as questões socioculturais e engajar todas as pessoas, sendo artistas ou não, na experiência transformadora de criar. Gradualmente seu trabalho passa do suporte bidimensional a experiências tridimensionais e processuais. Na Pinacoteca, destaca-se a presença da artista na coletiva Projeto construtivo na arte Brasileira (1977) e na individual Da obra ao acontecimento (2005-2006). A última exposição institucional da artista no Brasil, “Lygia Clark: uma retrospectiva”, aconteceu em 2012 no Itaú Cultural.

Sobre a Pinacoteca de São Paulo | A Pinacoteca de São Paulo é um museu de artes visuais com ênfase na produção brasileira do século XIX até a contemporaneidade e em diálogo com as culturas do mundo. Museu de arte mais antigo da cidade, fundado em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, vem realizando mostras de sua renomada coleção de arte brasileira e exposições temporárias de artistas nacionais e internacionais. A Pina também elabora e apresenta projetos públicos multidisciplinares, além de abrigar um programa educativo abrangente e inclusivo.

Serviço:

Lygia Clark: Projeto para um planeta

Período: 2/3 a 4/8/2024

Curadoria: Pollyana Quintella e Ana Maria Maia

Pinacoteca Luz (7 salas)

De quarta a segunda, das 10h às 18h (entrada até 17h)

Gratuitos aos sábados – R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia-entrada), ingresso único com acesso aos três edifícios válido somente para o dia marcado no ingresso | quintas-feiras com horário estendido B3 na Pina Luz, das 10h às 20h (gratuito a partir das 18h)

Programação de abertura:

2/3, sábado

10h – Abertura pública

11h – Ativação Rede de Elástico (Octógono)

14h – Ativação Corpo Coletivo (Octógono)

15h – Conversa com Gina Ferreira e Lula Wanderley (Auditório Pina Luz)

11h às 12h e das 14h às 15h – Caminhando

3/3, domingo

11h – Ativação Rede de Elástico (Octógono)

14h – Ativação Corpo Coletivo (Octógono)

15h – Conversa com Suely Rolnik e Paulo Sérgio Duarte (Auditório da Luz)

11h às 12h e das 14h às 15h – Caminhando (Octógono)

9/3, sábado

11h – Ativação Rede de Elástico (Octógono)

14h – Ativação Canibalismo (Octógono)

11h às 12h e das 14h às 15h – Caminhando (Octógono)

10/3, domingo

11h – Ativação Rede de Elástico (Octógono)

14h – Ativação Canibalismo (Octógono).

(Fonte: Pinacoteca de São Paulo)

Municipal do Rio recebe estreia de “De Piaf a Elis: música e dança flamenca no cinema”

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Fotos: Lucas Loureiro.

O espetáculo-filme “De Piaf a Elis: música e dança flamenca” no cinema é uma emocionante jornada que atravessa fronteiras culturais, unindo os universos da música brasileira e francesa por meio das inigualáveis interpretações das cantoras Edith Piaf e Elis Regina. Sob a idealização de Luciano Câmara, Renata Chauvière e da bailarina franco-israelense Sharon Sultan, esta produção é um convite desafiador para explorar as paixões nacionais e os ícones que simbolizam nações e povos.

O filme, além de explorar caminhos sensoriais, mergulha em abordagens híbridas, incorporando o movimento com a força da música e da dança flamenca. Ciça Salles, Andressa Abrantes e Tatiana Bittencourt, artistas solistas brasileiras com experiência internacional, revelam a complexidade artística do espetáculo de modo peculiar.

A dançarina Tatiana Bittencourt em cena.

Com direção de Elissandro de Aquino, a montagem teve sua estreia marcante em 2017, no Teatro Maison de France e na Sala Municipal Baden Powell – Residência Artística de João Donato – no Rio de Janeiro, com lotação esgotada. Devido ao grande sucesso, foi programada uma nova edição, porém precisou ser readequada por conta da Pandemia. Assim, saiu do palco do teatro e foi criada uma linguagem para o cinema. Agora, o média-metragem chega à tela grande, no dia 29 de fevereiro, quinta-feira, às 13h e às 18h, na Sala Mário Tavares, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Ingressos disponíveis pela plataforma Sympla.

Aquino destaca a dificuldade daquele período: “Entramos em estúdio com todas as precauções e seguranças de um período em que se relacionar poderia ser nocivo. Havia um misto de emoção: uma alegria, uma esperança de um retorno, mas ao mesmo tempo, medo. O que, de alguma forma está impresso no filme. Produção e direção partiram para reuniões virtuais e formataram o projeto. O primeiro encontro, com a equipe do Brasil, se deu no estúdio onde foi feito o registro para o cinema. A parte coreografada foi filmada no ateliê do cenógrafo e artista plástico Sergio Marimba, no Rio Comprido, no Rio. O espaço se tornou uma instalação para as performances das bailarinas que dançam as músicas: ‘Fascinação’, ‘La Vie en Rose’, ‘Me Deixas Louca’, ‘Ne me quitte pas’, ‘Atrás da Porta’, ‘L’accordeoniste’, ‘Dois pra lá Dois pra cá’, ‘Hymn a l’amour’ e ‘Non, Je ne Regrette Rien’, entre outras, e ganham versões inéditas ao assumir peculiaridades do flamenco, que em 2010 recebeu o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco”.

Solo de Andressa Abrantes em “Ne me quitte pas”.

“O flamenco abarca em seu canto, toque e dança tanto a alegria quanto o desespero, tanto a agressividade quanto a suavidade, tanto o amor quanto a solidão. Temas igualmente presentes nas canções de Edith e de Elis. Uma novidade foi a inclusão da música ‘Onze Fitas’, canção de Fátima Guedes em diálogo com ‘Menino’ de Ronaldo Bastos e Milton Nascimento. Esse encontro incomum e inusitado abre brechas para explorar caminhos sensoriais, revisitar a pátria num projeto híbrido composto por pintura em cena aberta, cordas, acordeom, vozes e percussão, além de castanhola e sapateado flamenco”, ressalta o diretor musical Luciano Câmara.

Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro apresenta De Piaf a Elis: música e dança flamenca no cinema – Estreia

Um filme que transcende fronteiras culturais, unindo as vozes icônicas de duas divas da música em uma expressão artística única

Dia 29 de fevereiro, às 13h e às 18h, na Sala Mário Tavares, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Ingressos na plataforma Sympla

Ficha técnica:

Idealização e Roteiro: Renata Chauvière, Luciano Câmara e Sharon Sultan

Direção Artística: Elissandro de Aquino

Direção Musical: Luciano Câmara

Direção de Fotografia: Lucas Loureiro

Direção de Arte: Margo Margot

Ateliê Instalação: Sérgio Marimba

Coreografias e baile: Tatiana Bittencourt, Ciça Salles e Andressa Abrantes

Músicos: Ciça Salles – voz | Bárbara Sut – voz | Luciano Câmara – violão | Georgia Câmara – percussão | João Bittencourt – acordeom | Maria Clara Valle – violoncelo

Edição: Clara Chroma

Som: Bruno Dalton

Mixagem e Masterização: João Ferraz

Assistente de Fotografia: Jhonatas Araújo

Logger: Giulia Donato

Design Gráfico: B Partes Studio

Assessoria de Imprensa: Alexandre Aquino e Cláudia Tisato

Direção de Produção: Elissandro de Aquino

Produtora Associada: Chamon Produções

Produção: Viramundo

Média-Metragem: 52 minutos

Distribuição: Independente.

Serviço:

De Piaf a Elis: música e dança flamenca no cinema

Data: 29 de fevereiro (quinta-feira)

Sessões: 13h e 18h

Local: Sala Mário Tavares – anexo do Theatro Municipal

Endereço: Av. Alm. Barroso, 14/16 – Centro, Rio de Janeiro

Lotação: 160 lugares

Classificação: Livre

Ingressos: R$40 (inteira) e R$20 (meia) pela plataforma Sympla

Sessão 13h: https://www.sympla.com.br/de-piaf-a-elis-musica-e-danca-flamenca__2335811

Sessão 18h: https://www.sympla.com.br/de-piaf-a-elis-musica-e-danca-flamenca__2338241.

(Fonte: Claudia Tisato Assessoria de Imprensa)

Projeto prevê reinserção da palmeira Juçara, nativa da Mata Atlântica, através de sistema agroflorestal que alimenta população rural e indígena em Araquari/SC

Araquari, por Kleber Patricio

Muda de palmeira Juçara. Fotos: Acervo Instituto Muhda.

O Projeto Raízes Agroecológicas, realizado pelo Espaço Flor de Hibisco e pelo Instituto Muhda, em parceria com a Agroindústria Familiar Barbacuá, financiado pelo Fundo Casa Socioambiental, melhorará um sistema agroflorestal (SAF) para reinserir uma espécie nativa endêmica da Mata Atlântica, a palmeira Juçara. Como resultado esperado, o projeto prevê, já no primeiro ano, a doação de mais de um milhão de sementes para futuro plantio em terras indígenas Guarani M’bya, do norte de Santa Catarina, que já compõem a rede de parcerias e apoios do Espaço Flor de Hibisco e do Instituto Muhda.

Realizado no assentamento agroecológico Justino Draszevski, onde se situa o Flor de Hibisco, o projeto visa a melhoria de um sistema agroflorestal de 10.000m², existente há 3 anos e que já alimenta cerca de 50 famílias de agricultores e indígenas Guarani M’bya da região (Araquari/SC, São Francisco do Sul/SC, Garuva/SC e Balneário Barra do Sul/SC).

O início das atividades foi em 1º de outubro de 2023: o plantio de outras espécies nativas e endêmicas, além do açaí Juçara, como o milho e o repolho, com mutirões de implantação, plantio e colheita junto às comunidades Guarani. Além disso, 50% da produção resultante do SAF será destinada ao povo M’bya, que participará das atividades, e a outra metade será reservada aos agricultores familiares assentados, principais executores do projeto.

Espaço Flor de Hibisco, em Araquari (SC). 

O desenho do sistema agroflorestal incorpora novos alimentos de base biodiversa e espécies com potencial tintorial para aplicação nas artes naturais, estimulando a prática florestal do bioma Mata Atlântica em conjunto com a valorização de hábitos e culturas tradicionais ancestrais, como o tingimento natural e o cultivo de plantas nativas.

Assim, para as comunidades indígenas Guarani M’bya beneficiadas, o projeto fomentará a criação de redes de suprimentos da matéria-prima pelas sementes de Juçara, utilizadas na produção do artesanato, e também a produção de tinturaria natural a partir das espécies com potencial tintório que integrarão o SAF.

A palmeira Juçara

Por meio de seus frutos e sementes, a palmeira Juçara simboliza hábitos culturais de alimentação, artesanato e cosmovisão de povos tradicionais de diferentes territórios catarinenses. Na dimensão técnico-ambiental, o benefício do projeto passa pela otimização da cadeia produtiva de colheita, beneficiamento, ressignificação do resíduo agroindustrial, que passa a ser reutilizado como matéria-prima para práticas artísticas tradicionais, como o artesanato de povos ancestrais e originários.

A implantação de um modelo agroflorestal de Juçara, com espécies de potencial tintório, gerará diversos benefícios transversais, como o estímulo à geração de renda dos parceiros produtores e extrativistas de Juçara na região sul do Brasil, assim como a doação de sementes e mudas para matéria-prima de artesanato e a manutenção da saúde e soberania alimentar das comunidades beneficiadas.

Sobre o Instituto Muhda

Frutos de palmeira Juçara.

O Instituto Muhda é uma associação civil sem fins lucrativos sediada em Florianópolis (SC) que busca conquistar autonomias com resiliência e determinação, comungando sonhos e trabalhando em união. Enquanto movimento, os caminhos são orientados a partir de diretrizes que, como bússolas, norteiam as intenções do corpo coletivo do Muhda. São elas: soberania alimentar, saúde, educação, apoio às populações vulnerabilizadas, sustentabilidade e estímulo à arte e à cultura.

Na organização do Instituto, uma rede integrada se esforça para catalisar mudanças transformadoras a favor da vida liderando iniciativas socioambientais que promovem diversas formas de autonomia. No coração da entidade, está um quadro de colaboradores e parceiros adeptos com um coletivo de especialistas que abrangem vários campos do conhecimento. Para cada projeto distinto, são selecionados profissionais cujas habilidades se harmonizam e se complementam, alimentando uma visão integrada de suporte e ação impactante nos territórios tocados.

Sobre a Agroindústria Familiar Barbacuá

A Agroindústria Familiar Barbacuá está localizada no município de Praia Grande (SC) e tem como filosofia é a regeneração da Mata Atlântica a partir da conservação da espécie de palmeira Juçara. O estímulo ao plantio das Juçaras promove uma economia circular na medida em que as mudas doadas aos pequenos agricultores permitem o fornecimento de posteriores frutos às famílias produtoras de açaí. Já a presença da Juçara nas áreas agroflorestais permite a disponibilidade de alimentos para animais e humanos, contribuindo para um ecossistema equilibrado.

Em 7 anos de história, o movimento Barbacuá já beneficiou mais de 30 toneladas de frutos e distribuiu 10 milhões de sementes. Cerca de 50 famílias de agricultores foram impactadas durante esse período. A atuação desta rede também se dá pela educação ambiental, no desenvolvimento de práticas e oficinas de conscientização sobre a importância ecológica da palmeira Juçara, o desenvolvimento sustentável, a soberania alimentar e o empreendedorismo agroecológico. Hoje, a rede Barbacuá já integra os municípios de Praia Grande, Mampituba, Morro Grande e Jacinto Machado, em Santa Catarina, além de Itati e Maquiné, no Rio Grande do Sul.

Sobre o Fundo Casa Socioambiental

O Fundo Casa Socioambiental é uma organização que busca promover a conservação e a sustentabilidade ambiental, a democracia, o respeito aos direitos socioambientais e a justiça social por meio do apoio financeiro e fortalecimento de capacidades de iniciativas da sociedade civil na América do Sul.

Para isso, desenvolve uma poderosa rede de apoio a pequenas iniciativas da sociedade civil. Uma rede que mobiliza recursos, fornece suporte e fortalece as suas capacidades, garantindo uma autonomia cada vez maior para esses grupos que estão espalhados por toda a América do Sul. Acredita que a transformação parte da escuta e por isso ouve os verdadeiros protagonistas de cada causa que abraça: aqueles que têm suas vidas diretamente afetadas por qualquer alteração no território que ocupam.

(Fonte: Agência NB Comunicação)

Por que as pessoas enlouquecem em grupos?

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Ao longo da história, narrativas convincentes persuadiram grupos a adotarem comportamentos que desafiam a razão. Estimuladas por promessas de benefícios materiais ou espirituais, as pessoas arriscam suas economias e até as próprias vidas em nome de projetos insanos, com consequências desastrosas. Em “Os Delírios das Multidões”, lançamento da Alta Cult, o neurologista e historiador William J. Bernstein analisa a natureza contagiosa da irracionalidade humana a partir de episódios de ilusões de massa financeiras e religiosas nos últimos 500 anos. São casos como a Loucura Anabatista de 1530, nos Países Baixos, e bolhas de investimento pontocom que estouram desde a virada do milênio.

Inspirado no clássico de George Mackay “A História das Ilusões e Loucuras das Massas”, o livro de Bernstein apresenta uma visão atualizada destes fenômenos.  A partir da combinação de elementos da psicologia, economia, religião e história, o autor fornece uma estrutura psicológica para entender por que o pensamento em grupo falha e o que acontece quando os fatos cedem lugar a irracionalidade.

Quanto mais as pessoas ao nosso redor compartilham a mesma ilusão, mais provavelmente acreditamos nela e, portanto, mais provável que as pessoas ao nosso redor também acreditem, um círculo vicioso para o qual não temos um freio de emergência analítico. Na presença de contágio delirante para o qual não existem defesas eficazes, as manias de fuga ganham cada vez mais força até que finalmente se chocam contra a parede de tijolos da realidade.

(Os Delírios das Multidões, p. 359)

Segundo o historiador, apesar das diferenças aparentes, as histerias financeiras e religiosas partem de um ponto comum: o desejo de melhorar o bem-estar nesta vida ou na próxima. A chave para entender o contágio destes fenômenos está na propensão humana a imitar, fabricar e consumir narrativas persuasivas e buscar status.

Compreender os mecanismos por trás dos delírios coletivos ajuda a decifrar importantes questões sociais contemporâneas. É o caso das crenças apocalípticas que, paradoxalmente, motivam tanto o Estado Islâmico no Oriente Médio quanto a polarização política nos Estados Unidos, com repercussões mundiais, inclusive no Brasi.

Ficha técnica

Título: Os Delírios das Multidões

Subtítulo: Por que as pessoas enlouquecem em grupos

Autor: William J. Bernstein

Editora: Alta Cult

Preço: R$118,90

ISBN: 978-65-5520-563-3

Edição: 1ª

Dimensões: 16 X 23 cm

Número de páginas: 464

Onde comprar: Amazon.

Foto: Jane Gigler.

Sobre o autor | William J. Bernstein é neurologista, teórico financeiro e historiador cujos livros incluem “Uma Troca Esplêndida”, Masters of the Word”, “Uma Breve História da Riqueza” e “The Four Pillars of Investing”. É cofundador da empresa de gestão de investimentos Efficient Frontier Advisors. Foi o vencedor do Prêmio James R. Vertin 2017 do CFA Institute. Atualmente Bernstein mora no Oregon, Estados Unidos.

Sobre o Grupo Alta Books | Com mais de 20 anos de atuação, a casa busca se reinventar e investir no que há de mais relevante e inovador no mercado literário. Consolidada como referência na publicação de obras sobre economia, finanças, informática, idiomas e empreendedorismo, o grupo expande constantemente seu catálogo e áreas de atuação distribuídas atualmente em 11 selos e segmentos editoriais, incluindo Alta Books, Alta Cult, Alta Life, Alta Novel, Alta Geek, Alaúde, Tordesilhas, Faria e Silva, HQueria, Camaleão e M.Books.

(Fonte: LC Agência de Comunicação)