Coquetel de lançamento do livro “A Arte de Viver”, no dia 18 de junho, integra programação


São Paulo
Brasília (DF) – Fachada do Ministério da Cultura e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.
O Ministério da Cultura (Minc), por meio da Secretaria de Formação Cultural, Livro e Leitura (SEFLI), lançou no dia 9 de agosto, na Fundação Bienal de São Paulo, o Programa Olhos d’água – Edital Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura. A iniciativa tem o objetivo de firmar parcerias com organizações da sociedade civil (OSCs). Serão selecionados 70 projetos de formação continuada em arte, cultura e pensamento com investimento total de R$20 milhões.
O chamamento irá escolher 60 organizações com, no mínimo, um ano de experiência em atividades de formação no campo cultural, em que o valor do incentivo é de R$250 mil, e 10 organizações com, no mínimo, cinco anos de experiência com valor de R$500 mil. As inscrições ficam abertas até 11 de setembro e devem ser feitas na página do Transferegov. A previsão é de que o resultado definitivo seja divulgado em outubro.
Podem participar OSCs definidas como entidades privadas sem fins lucrativos (associação ou fundação), sociedades cooperativas e organizações religiosas que tenham como base a democratização do acesso aos processos educativos em artes e cultura, como dimensões vitais para inserção social, acessibilidade, promoção da cidadania e diversidade cultural e estejam habilitadas no Transferegov.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, que esteve no lançamento, ressaltou que o edital visa reconhecer as iniciativas de organizações da sociedade e potencializar o que elas já realizam no campo da formação, através do fomento e da criação de uma Rede Nacional de Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura. que visa reconhecer, fomentar e apoiar iniciativas de formação artística e cultural em distintos territórios e experiências formativas da sociedade civil.
Programa Olhos D’Água
O Programa Olhos D’Água visa estimular e promover a descentralização dos processos de formação no campo artístico-cultural no território nacional e vai fomentar atividades formativas realizadas por espaços de educação não formais e aquelas propostas por artistas independentes, coletivos e grupos da sociedade civil, considerando a possibilidade de ampliação de repertórios e oferta de formação no campo artístico-cultural.
O secretário de Formação Cultural, Livro e Leitura, Fabiano Piúba, explica que não existe modelo único e totalizante para formação e para a formação artística e cultural. “Compreendemos que existe em nosso país um número expressivo de instituições culturais da sociedade civil que atuam com formação nas mais diversas linguagens e segmentos culturais. São instituições que desenvolvem tecnologias socioculturais e educativas com conceitos, metodologias, experiências e práticas que atuam diretamente na vida de crianças e jovens com artes, criando repertórios culturais, estéticos, técnicos, gerando impactos sociais nos territórios que atuam. São companhias, grupos e coletivos de teatro, dança, circo, literatura, audiovisual e de culturas indígenas e afro-brasileiras – instituições vitais para a cultura brasileira. Esta rede será uma instância que fará conexões entre essas experiências e instituições de nosso país, realizadoras também de políticas públicas”, detalhou.
O edital também prevê a atuação em rede, por duas ou mais organizações, o que, segundo a diretora de Educação e Formação artística, Naine Terena, possibilita que instituições que não atendam todos os pré-requisitos possam se juntar em propostas apresentadas por OSCs habilitadas no Sistema de Convênios (Siconv) e, assim, desenvolvam ações conjuntas de fortalecimento coletivo. Ainda dentro do Programa, está previsto o lançamento de um edital específico para Pessoas Físicas e Microempreendedor Individual (MEI), de forma que diferentes agentes de produção cultural sejam beneficiados com os recursos do Programa.
Seleção
De acordo com o chamamento, espaços educativos de formação em arte e cultura são aqueles em que se promovem ambientes plurais de convivências, de encontros e trocas de saberes em torno da construção de conhecimentos, ofícios, técnicas e competências profissionais, bem como espaços de criação, fruição, reflexão artística e sociocultural em rede, com relevância na elaboração de pensamento, produção estética, promoção de cidadania cultural e direitos humanos.
As linhas de atuação incluem artes visuais, teatro, dança, circo, literatura, música, audiovisual, jogos eletrônicos, artesanato, culturas afro-brasileiras, culturas populares, cultura indígenas, cultura do campo, design, moda, gastronomia/alimentação. Também estão previstas áreas técnicas (cenografia, figuração, iluminação, sonorização, expografia, montagem, contra-regra e outras) e integradas.
As propostas devem trazer informações sobre objetivo, ações, metas e indicadores de execução, prazos, valor global, plano de curso e formulário de acessibilidade, aspectos que também serão avaliados pela Comissão Julgadora. Também serão levados em conta itens como o potencial de impacto nos campos artístico e cultural e efeito multiplicador, capacidade técnico-operacional da instituição, qualidade, relevância e inovação do projeto.
O edital prevê ainda pontuação para projetos que promovam a acessibilidade e acesso, que tenham estratégias para beneficiar segmentos submetidos a processos históricos de vulnerabilização, desproteção social e desfavorecimento em torno de marcadores sociais como renda/classe, raça/cor/etnia e gênero.
Olhos D’Água
A diretora de Educação e Formação artística, Naine Terena, explica de onde parte o nome do Programa. “Olho d´agua é onde nasce a água e as Escolas de Cultura são olhos d ‘água espalhados pelo Brasil, que brotam do fundo do chão dessa terra e se espalham. Crescem. Multiplicam. Com gotículas de pessoas e essas pessoas são pequenos olhinhos d’água”.
(Fonte: Ministério da Cultura / Assessoria Especial de Comunicação Social)
Mostra é composta por uma série de retratos da premiada Sirli Freitas e uma instalação multimídia em collab com as trançadeiras haitianas Lutania Charles e Sophonia Elysee. Foto: Sirli Freitas.
O Museu da Imigração (MI) inaugurou no dia 12 de agosto a exposição temporária “Chegança: Um lugar ao sol e um lugar ao sul” com entrada gratuita. A mostra coloca lado a lado uma série fotográfica de Sirli Freitas, vencedora do XVI Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia, e uma instalação multimídia em collab com as trançadeiras haitianas Lutania Charles e Sophonia Elysee.
O diálogo entre as obras pretende trazer percepções sobre a realidade de haitianos que migraram para o sul do Brasil em busca de oportunidades de trabalho e de uma vida melhor. Na produção, o público pode entrar em contato com nuances do tema e navegar por referências de nostalgia, memória, denúncia e esperança.
Na primeira parte, a obra “Os Iletrados” reflete, em uma série de retratos, recortes da realidade e do imaginário da comunidade de mais de 15 mil haitianos que vivem na cidade de Chapecó, no interior do estado de Santa Catarina. Em tons frios, as imagens são uma lente de aumento para a desumanização desses imigrantes, submetidos a repetidos abusos de poder, desde os meandros do processo migratório até as condições de vida e de trabalho na agroindústria local.
Em seguida, o espaço multimídia da exposição conta com fotografias, vídeo-cartas e uma instalação feita de tranças. Na collab “Trançando Caminhos”, os visitantes são conduzidos por símbolos que remetem à memória, à afetividade e à dignidade, em uma composição artística que aponta caminhos para a construção da identidade desses imigrantes no novo território que ocupam. Espiritualidade, alimento e beleza são a tríade de resistência e humanização retratada nessa iniciativa.
Sirli Freitas | Fotógrafa e jornalista, Sirli Freitas traz, na fotografia documental e de retratos, a identidade do seu trabalho autoral. Contemplada pelo Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia em 2021, integrou, no mesmo ano, a 1ª Coleção Minizines Só Edições, que destacou a pesquisa de dez fotógrafos brasileiros. O seu trabalho e a sua pesquisa fotográfica são um mergulho em culturas que estão às margens da sociedade e estão diretamente ligados às comunidades indígenas de Chapecó – Toldo Chimbangue e Aldeia Condá – e aos imigrantes haitianos, abordando temáticas como cultura, ancestralidade, resistência e gênero. É uma das idealizadoras do primeiro Museu Multimídia Kaingang de Santa Catarina, reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na 35ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, e do projeto “A casa é um mar cheio de porto”, no qual registra o processo de migração a partir de diferentes eixos.
Serviço:
Exposição temporária “Chegança: Um lugar ao sol e um lugar ao sul”
Local: Sala de Exposições Temporárias (varanda)
Em cartaz: até 3 de dezembro
Museu da Imigração
Rua Visconde de Parnaíba, 1.316 – Mooca – São Paulo/SP
Tel.: (11) 2692-1866
Funcionamento: de terça a sábado, das 9h às 18h, e domingo, das 10h às 18h (fechamento da bilheteria às 17h)
R$10 e meia-entrada para estudantes e pessoas acima de 60 anos | Grátis aos sábados e, todos os dias, para as crianças até 7 anos
Acessibilidade no local – Bicicletário na calçada da instituição – Não possui estacionamento
(Fonte: Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativa do Estado de São Paulo)
Mesmo quem nunca foi a Paris é capaz de citar os principais pontos turísticos da capital francesa. Todos conhecem a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo, a Catedral Notre Dame e, claro, o Museu do Louvre. Afinal, é lá onde estão expostas algumas das obras de arte mais famosas e valiosas da história da humanidade, sendo parada obrigatória em qualquer roteiro de quem vai à Cidade Luz.
Com o intuito de proporcionar a oportunidade de apreciar e aprender sobre obras de arte icônicas, a Editora Senac São Paulo lança o livro “Meu Louvre – 21 obras para emoldurar”. Com textos de Charles Delaville no verso de cada obra, a publicação reúne uma seleção especial de pinturas de gênero, retratos e paisagens que fazem parte da coleção do museu. O prefácio do livro é de Dominique de Font-Réaulx, diretora de interpretação e de programas culturais no Louvre.
O grande diferencial de ‘Meu Louvre’ é que suas páginas, impressas em folhas de alta qualidade, podem ser destacadas, emolduradas e expostas. Em outras palavras, o livro possibilita tanto a contemplação e aquisição de conhecimento sobre as obras, como também permite que elas sejam emolduradas, formando coleções e exposições particulares na casa de cada leitor.
São, ao todo, 21 impressões com obras de mestres como Eugène Delacroix, Sandro Botticelli, Hieronymus Bosch, Caravaggio, Jean-Auguste Dominique Ingres e Jacques-Louis David. É claro que ele não poderia faltar com a pintura mais conhecida do mundo: Leonardo da Vinci e a sua “Mona Lisa” também estão presentes no livro.
Com este lançamento, a Editora Senac São Paulo contempla os apaixonados pela fruição artística e busca conquistar novos fãs desse tipo de expressão, além de reafirmar seu compromisso com a educação pela arte.
Ficha técnica
Meu Louvre – 21 obras para emoldurar
Autor: Charles Delaville
Páginas: 48
Preço: R$80
Onde comprar: Editora Senac São Paulo.
(Fonte: Senac São Paulo – In Press Porter Novelli)
SAAE destaca a importância da colaboração de todos para o uso consciente da água. Fotos: divulgação/SAAE.
Indaiatuba – município da Região Metropolitana de Campinas (SP) – está há mais de 50 dias sem chuvas expressivas. Com isso, o SAAE alerta a população sobre a importância do uso consciente e sem desperdícios da água para manter a qualidade e volume dos cursos hídricos utilizados para tratamento.
Os dados do pluviômetro instalado na Estação de Tratamento de Água, ETA III, l no bairro Pimenta, registrou que o mês de julho teve uma precipitação de apenas 9,00 mm. A análise da somatória de janeiro a julho de 2023 revela um índice de precipitação baixa, totalizando 747,60 mm.
Ainda que o cenário aponte uma melhoria em comparação com o mesmo período de 2022 (625,90 mm), a autarquia ressalta a conscientização de todos sobre a importância da economia de água.
Indaiatuba possui um sistema de abastecimento bem estruturado; porém, nesse período, os mananciais enfrentam uma redução em sua vazão, sendo necessárias medidas adicionais no tratamento de água para manter os parâmetros de qualidade dentro dos limites exigidos pela legislação, garantindo a potabilidade da água distribuída, e possui em seu Laboratório de Águas a certificação pelo Inmetro da ISO 17025, que é um sistema de gestão com o objetivo de promover a confiança na operação e atestar a competência técnica do laboratório na precisão, confiabilidade e alta qualidade nos resultados das análises.
Nesse contexto, é importante ressaltar o uso consciente da água por parte da população, que faz reduzir a captação de água bruta nos rios, tornando possível a diminuição da necessidade de recorrer a maiores quantidades de produtos químicos no processo de tratamento.
O Engenheiro Pedro Claudio Salla, superintendente da autarquia, lembra da importância da economia de água por parte de todos. Salla destaca que a conscientização sobre o consumo responsável garante um abastecimento contínuo para a população e reforça que a água distribuída pelo SAAE é potável e própria para o consumo humano.
Dicas para economizar água | O SAAE incentiva a adoção de práticas que economizem água, como, por exemplo, o uso de vassoura para limpar áreas externas, fechar torneiras ao escovar os dentes, evitar descargas desnecessárias e utilizar o vaso sanitário adequadamente. Além disso, tomar banhos mais curtos e eficientes, regar as plantas nos horários de menor evaporação, praticar a lavagem de louça conscientemente e consertar vazamentos são medidas essenciais para reduzir o consumo de água no cotidiano.
(Fonte: Departamento de Comunicação Social/SAAE)
Crianças de famílias de baixa renda e que moram em regiões que não estimulam hábitos saudáveis, como boa alimentação e prática de exercícios físicos, têm o dobro de chance de desenvolver obesidade quando comparadas a crianças que não vivem nesses ambientes. A constatação é de estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) publicado nesta segunda (14) na revista científica “Cadernos de Saúde Pública”.
O estudo realizou entrevistas com 717 alunos do quarto ano do ensino fundamental em escolas municipais de Belo Horizonte entre 2014 e 2015 para descobrir quais fatores podem influenciar o desenvolvimento de obesidade em crianças. Além das conversas individuais sobre hábitos alimentares, foram levantados dados de peso e altura para determinar o Índice de Massa Corpórea (IMC) dos estudantes, que é o indicativo mais utilizado para determinar sobrepeso e obesidade. Também foram apuradas informações sobre renda e sobre o ambiente que as crianças vivem, como número de espaços públicos para realizar atividades físicas na vizinhança e de comércio que vende alimentos saudáveis e ultraprocessados, além de índices de criminalidade e de acidentes de trânsito.
Na amostra estudada, cerca de 12% das crianças apresentaram obesidade e uma em cada três estava com excesso de peso. Morar perto de estabelecimentos que vendem alimentos ultraprocessados e em bairros com altas taxas de criminalidade e de acidentes de trânsito apareceram como fatores que estimulam a obesidade.
Segundo a pesquisadora Ariene Silva do Carmo, coautora do estudo, a associação da obesidade com as características da região em que as crianças moram, como altas taxas de criminalidade e de acidentes de trânsito, só foi encontrada analisando dados de crianças de baixa renda. “Uma das explicações para isso é que famílias de baixa renda são mais dependentes do entorno e, consequentemente, sofrem maior influência dos ambientes obesogênicos, que são ambientes facilitadores de escolhas alimentares não saudáveis”, explica a pesquisadora do Grupo de Estudo, Pesquisa e Práticas em Ambiente Alimentar e Saúde (Geppaas) e do Núcleo de Estudos em Alimentação e Nutrição nos Ciclos da Vida (Neanc), ambos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
As chances de obesidade diminuem quando as crianças moram em bairros com acesso a locais públicos para fazer atividade física, como uma praça ou um parque, mas isso acontece apenas em bairros seguros. “Não adianta ter os espaços se as crianças não frequentam por motivos de segurança”, aponta Carmo. Como a obesidade é um problema multifatorial, o local onde a pessoa vive não é totalmente determinante, mas pode ter grande influência, segundo a nutricionista. “O ambiente obesogênico é um fator muito importante, talvez seja o principal causador de obesidade nas últimas quatro décadas”, reflete.
Em seu grupo de pesquisa na UFMG, Carmo estuda os fatores ambientais da obesidade infantil. Para ela, além de desenvolver ações educativas e de conscientização com as crianças e suas famílias para a prevenção da doença, é preciso promover políticas públicas intersetoriais. “Os poucos países que conseguiram reduzir a obesidade infantil adotaram leis estruturantes e medidas regulatórias, como a tributação de alimentos não saudáveis”, diz a cientista. “Fica difícil ter escolhas saudáveis em um ambiente que não as facilite. É preciso políticas estruturantes para combater a criminalidade, mais espaços para atividade física, proibição de alimentos ultraprocessados nas escolas e políticas que tornem os alimentos saudáveis mais baratos e acessíveis”, afirma.
(Fonte: Agência Bori)