Apresentação será realizada no dia 5 de julho na Expo Dom Pedro


Campinas
Em 2024, o Instituto Moreira Salles exibirá, em sua sede de São Paulo, exposições de figuras centrais da fotografia e do cinema: o tcheco Josef Koudelka (1938), um dos principais nomes da fotografia humanista e poética mundial, o cineasta, roteirista e fotógrafo Jorge Bodanzky (1942), a fotógrafa Stefania Bril (1922–1992), consagrada também por sua atuação como crítica e curadora, e Thomaz Farkas (1924–2011), fotógrafo e cineasta que teve atuação marcante no cenário cultural brasileiro.
Depois de passar por obras de restauro e modernização, o IMS Poços reabre ao público em 13 de janeiro com uma exposição inédita sobre o fotoclubismo em Poços de Caldas e outra de fotografias de Madalena Schwartz, já apresentada no IMS Paulista, no Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (Malba) e no Museo Nacional de Arte de La Paz. No segundo semestre, o IMS Poços receberá a exposição “Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito” (em cartaz até 31 de março no Museu de Arte Moderna da Bahia).
O IMS Poços reabre com mais acessibilidade e conforto. Foram instalados elevadores entre os dois andares e novos banheiros acessíveis a todos os visitantes. A sala de cinema, que também funciona como auditório para shows e concertos, foi totalmente renovada – ganhou poltronas mais confortáveis e um projetor de última geração.
O IMS Rio continua fechado para obras de restauro e reforma de sua sede na Gávea, mas estabelecerá parcerias na cidade, como fez ao longo de 2023. Inaugurada em dezembro de 2023, a exposição “Iole de Freitas, anos 1970 – Imagem como presença” segue em cartaz até 24 de março no Paço Imperial. Ela reúne uma série de trabalhos – principalmente fotos e filmes em super-8 e 16 mm – que a artista produziu na década de 1970, pouco vistos pelo público brasileiro; alguns deles, inéditos.
Exposições realizadas pelo instituto continuam suas itinerâncias no exterior. “Claudia Andujar – A luta Yanomami” fica em cartaz até 4 de março no Museu Amparo, no México, e de lá segue para o Museo de Arte Miguel Urrutia, em Bogotá, Colômbia, onde será inaugurada em 25 de maio. Exibida pela primeira vez no IMS Paulista, em 2018, a mostra já passou por Rio, Paris, Milão, Barcelona, Londres, Winterthur (Suíça) e Cidade do México. Já “Daido Moriyama – Uma retrospectiva” termina em 11 de fevereiro a temporada londrina, na The Photographers’ Gallery, e segue para o The Finnish Museum of Photography, em Helsinque (de 7/3 a 2/6), para terminar o ano na Photo Elysée, em Lausanne, Suíça (de 6/9/2024 a 12/1/2025).
No Cinema, destaque para duas mostras exibidas no IMS Paulista: a que homenageia a obra de Jorge Bodanzky, paulistano que elegeu a Floresta Amazônica como foco principal de seu trabalho, e a da cineasta nascida em Guadalupe Sarah Maldoror (1929–2020), cuja obra revela grande comprometimento com as lutas de libertação na África. Uma programação especial está sendo pensada também para a nova sala de cinema no IMS Poços – ao lado de produções selecionadas do circuito comercial, a coordenadoria de Cinema do IMS, liderada por Kleber Mendonça Filho, privilegiará o trabalho de cineastas locais. Além disso, uma mostra de filmes tendo salas de cinema como pano de fundo se estenderá ao longo do ano.
Na área de Educação, há vários projetos previstos para 2024. Entre eles, um curso para professores da rede pública interessados em cultura visual e expressões artísticas, em formato virtual e com 20 horas de duração. No Rio de Janeiro, o Escola Escuta, focado em formação com e para agentes culturais periféricos na cidade, se desenvolve em seis módulos: produção de exposições; elaboração de projetos culturais; cultura, corpo e cidade; montagem de portfólio; encontros sobre fotografia contemporânea; e a residência Laboratório de Imagens. As ações serão realizadas em três territórios: Maré, Rocinha e Honório Gurgel (Parque Madureira).
Em São Paulo, o IMS continua a parceria iniciada em 2022 com a Ocupação Penha Pietra’s, recebendo grupos de famílias da ocupação para visitas mediadas às exposições e oferecendo oficinas para crianças e adultos. E, em Poços de Caldas, o centro cultural prossegue com o Projeto Escola Perto, uma parceria com escolas da cidade tendo como objetivo conhecer a instituição, suas exposições e seus acervos, articulando interesses dos estudantes e professores. Confira abaixo as sinopses de exposições e mostras de cinema previstas para 2024:
São Paulo (SP)
IMS Paulista
A câmera de Jorge Bodanzky: conflito e resistência durante a ditadura brasileira, 1964–1985 (título provisório) – de 23 de março a 28 de julho de 2024
Exposição em homenagem à carreira do cineasta e fotógrafo Jorge Bodanzky (1942) com foco na produção realizada durante a ditadura militar brasileira (1964–1985). O período engloba a jovem produção fotográfica, as experimentações em super-8, as reportagens para tevês alemãs e alguns dos principais longas-metragens, como “Iracema” (1974), “Gitirana” (1975), “Os Mucker” (1978), “Jari” (1979), “Terceiro milênio” (1980) e “Igreja dos oprimidos” (1985). Com equipe enxuta e ideias abundantes, Bodanzky renovou o cinema brasileiro ao mesclar documentário e ficção para abordar os conflitos sociais e políticos do período em que o manto desenvolvimentista recobriu o país de violência e opressão. Nos 60 anos do golpe militar que calou o Brasil, a produção de Bodanzky é um convite urgente e atual para repensar a democratização do país e a renovação do cinema político. Curadoria de Thyago Nogueira. Curadora-assistente: Horrana Santoz. Pesquisa de Ângelo Manjabosco e Mariana Baumgartner. Em uma parceria entre áreas do IMS, o Cinema IMS organiza uma ampla retrospectiva da obra de Jorge Bodanzky (veja mais na rubrica Cinema).
Josef Koudelka – de 18 de maio a 15 de setembro de 2024
Com curadoria do próprio fotógrafo tcheco, a exposição reunirá duas séries famosas de Josef Koudelka, um dos grandes nomes da tradição da fotografia humanista: Ciganos e Exílios. Iniciadas respectivamente nas décadas de 1960 e 1970, as duas séries são apresentadas integralmente, com ampliações produzidas nas décadas de 1980 e 1990 sob a supervisão do artista.
Stefania Bril: desobediência pelo afeto – de 24 de agosto de 2024 a 26 de janeiro de 2025
Primeira exposição individual depois de quase cinco décadas da última mostra organizada com o trabalho da fotógrafa polonesa que emigrou para o Brasil nos anos subsequentes ao fim da Segunda Guerra. Stefania Bril (1922–1992) desenvolveu sua obra principalmente nos anos 1970 e teve importante atuação como crítica e curadora, trabalhando ativamente na construção de um circuito cultural para a fotografia no Brasil no contexto da abertura democrática. Com novas ampliações de suas fotos, muitas delas inéditas, além de vintages e materiais de arquivo, a exposição ressalta a particularidade de seu olhar fotográfico – que se dá em chave feminina, calcado no afeto e na desobediência às lógicas dominantes – e seu compromisso pedagógico de difusão da arte fotográfica. A curadoria é de Ileana Pradilla e Miguel Del Castillo, com assistência de curadoria de Pamela de Oliveira.
Centenário Thomaz Farkas (título provisório) – de 19 de outubro de 2024 a 9 de março de 2025
No ano do centenário de nascimento de Thomaz Farkas (1924–2011), o IMS apresenta uma grande retrospectiva que percorre de forma abrangente as principais vertentes da vida e da obra do fotógrafo húngaro, que chegou ao Brasil aos 6 anos e aqui atuou em diversas frentes no campo das artes e da cultura: fotografia, cinema e gestão e difusão cultural. A exposição articula três principais conjuntos de obras de Farkas: a produção fotográfica de juventude, representada pelo material que produziu para a sua exposição no Museu de Arte Moderna de São Paulo em 1949, já indicativa dos caminhos que trilharia a seguir, além de sua produção em cores do período; a produção integral cinematográfica da Caravana Farkas, mergulho na territorialidade do país através do cinema documental dos anos 1960 e 1970; e o legado da coleção Thomaz Farkas/Galeria Fotoptica, formada entre 1979 e 1995 por mais de 750 obras de 150 fotógrafas e fotógrafos do país. Curadoria de Sergio Burgi, Rosely Nakagawa e Juliano Gomes, com assistência de curadoria de Alessandra Coutinho. Supervisão de João Fernandes.
IMS Paulista – Avenida Paulista, 2424 – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 2842-9120
Horário de funcionamento: terça a domingo e feriados (exceto segundas), das 10h às 20h.
Entrada gratuita.
Poços de Caldas (MG)
IMS Poços
Fotoclubismo em Poços de Caldas – Vestígios de uma história – de 13 de janeiro a 9 de junho de 2024
A exposição apresenta imagens de fotoclubes nacionais e estrangeiros encontradas no acervo do fotógrafo poços-caldense Limercy Forlin. Membro diretor do Foto Cine Clube de Poços de Caldas, Forlin guardou um conjunto significativo de ampliações que teriam sido parte do terceiro e último salão internacional, organizado em 1970 pelo Foto Cine Clube Poços-Caldense de Fotografia Pictorial. A mostra reúne mais de 100 fotografias dessa coleção, com destaque para a produção fotoclubista em Poços de Caldas, que teve como atores principais Roberto Thomas Arruda, Don Duane Williams, Vera Ferreira, Antônio Jayro Mota, Célio Barbosa, Dorival Pereira, José Asdrúbal Amaral Roberto de Andrade, Limercy e Zizi Forlin. A curadoria é de Teodoro Stein Carvalho Dias, com assistência de curadoria de Beatriz Matuck.
Madalena Schwartz: as metamorfoses – Travestis e transformistas na SP dos anos 70 – de 13 de janeiro a 9 de junho de 2024
Nascida em Budapeste, a fotógrafa Madalena Schwartz (1921–1993) teve atuação de destaque no meio cultural de São Paulo, onde se radicou em 1960. Dedicou seu primeiro ensaio de fôlego às personagens que conheceu na noite paulistana: artistas transformistas, andrógenos e travestis, num arco em que surgem desde nomes essenciais da época, como Ney Matogrosso e os Dzi Croquettes, até figuras hoje quase esquecidas. A curadoria é de Gonzalo Aguilar e de Samuel Titan Jr.
Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito – de 29 de junho a 17 de novembro de 2024
Ao longo de mais de sete décadas, Walter Firmo (1937) documentou inúmeras regiões do país enaltecendo seus personagens, sobretudo os negros, e múltiplas manifestações culturais e religiosas, além de retratos icônicos de grandes nomes da música popular, como Pixinguinha e Cartola. Fotografou em cor e preto e branco, produzindo, segundo suas próprias palavras, “um inventário da sociedade brasileira”. Grande e atraente amostragem do trabalho de Firmo, a exposição com curadoria de Sergio Burgi e curadoria adjunta de Janaina Damaceno chega a Poços de Caldas depois de passar pelo IMS Paulista, pelas unidades do CCBB de Rio, Brasília e Belo Horizonte e pelo Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador, onde fica em cartaz até 31/3. O catálogo da mostra acaba de vencer o prêmio Jabuti deste ano, na categoria Artes.
IMS Poços – Rua Teresópolis, 90 – Poços de Caldas, MG, Brasil
(35) 3722-2776
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 13h às 19h; sábados, domingos e feriados, das 9h às 19h
Entrada gratuita
Rio de Janeiro (RJ)
Paço Imperial
Iole de Freitas, 1970 – Imagem como presença – de 2 de dezembro de 2023 a 24 de março de 2024
Inaugurada no fim de 2023 no Paço, a exposição reúne uma série de trabalhos que Iole de Freitas produziu na década de 1970 pouco vistos pelo público brasileiro e alguns inéditos. São fotos e filmes em super-8 e 16mm dos tempos em que a artista viveu em Milão e Nova York, num momento em que era parte ativa, na Itália, de um ambiente político de grande efervescência política e cultural. Há também instalações que a artista realizou no período, como as que apresentou em Milão, no Studio Marconi, e em Paris, na Bienal Jovem de 1975. São os primeiros trabalhos de uma artista, então na casa dos 20 anos, apresentados ao público brasileiro num conjunto abrangente e representativo da produção de Iole naquela década. Curadoria de Sônia Salzstein; assistência de curadoria de Leonardo Nones.
Paço Imperial – Praça XV de Novembro, 48, Centro – Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Horário de funcionamento: terça a domingo, das 12h às 18h
Entrada gratuita
Cinema
Projeto Jorge Bodanzky no IMS | IMS Paulista – em março de 2024
Em homenagem à carreira e às oito décadas do cineasta Jorge Bodanzky, o IMS apresenta uma retrospectiva completa de filmes de sua autoria como diretor, conjugada a algumas das obras em que trabalhou como fotógrafo e às suas experimentações em super-8. Estas últimas foram organizadas em novas montagens sob o comando do pesquisador Ewerton Belico e do montador Luiz Pretti, com eixos que se costuram pelas temáticas extraídas de seu arquivo em super-8: Um realizador viajante, curtas em diálogo destacado com outros cineastas, como Hector Babenco, Wolf Gauer e Klaus Brugger; Retrato em branco e preto, parte dos arquivos de viagens de Bodanzky alinhados com registros familiares e pessoais diversos dos anos 1970; Bodanzky repórter, articulação de materiais que se avizinham da reportagem documental, em especial produtos realizados para a televisão alemã; e Modos de ver, materiais relativos a artistas visuais como Emanoel Araujo, Donato Ferrari, Geraldo Orthof e Soho Suzuki, em linguagem mais próxima ao cinema experimental. Em uma parceria entre áreas do IMS, a fotografia contemporânea prepara uma exposição no mesmo período (leia acima).
Retrospectiva Sarah Maldoror | IMS Paulista – em dezembro de 2024
Cineasta nascida em Guadalupe, Sarah Maldoror foi uma das grandes contribuições às culturas cinematográficas de Angola e Moçambique, com frequência focando no papel da mulher nas lutas de libertação em seus territórios. Estudou cinema na ex-União Soviética, tendo iniciado a carreira durante as lutas de independência da África – seus filmes revelam um profundo comprometimento com a história das lutas de libertação. O longa “Sambizanga” (1972) trata da participação das mulheres nessas lutas através da jornada da protagonista. Antes, dirigiu na Argélia o curta “Monangambé” (1968), exibido em 1971 na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. Também atuou no teatro – foi uma das fundadoras da companhia de teatro negra Les Griots, em Paris, em 1956.
Abertura da nova sala de cinema de Poços de Caldas – a partir de 13 de janeiro de 2024
Uma enxuta, mas substanciosa programação do circuito comercial está sendo especialmente pensada para Poços. A curadoria da nova sala, em um diálogo iniciado em janeiro de 2023 com agentes culturais, cineastas, gestores e produtores culturais, movimento hip-hop, movimento negro e congada caldense, entre outros, estabeleceu a cidade como o lugar de novidades, de estreias, de novas mostras e não apenas um reflexo do que acontece nos cinemas do eixo São Paulo-Rio. No fim de semana inaugural, dois importantes nomes estarão presentes com seus filmes: a sessão especial antes da estreia do filme “O dia que te conheci”, do cineasta mineiro André Novais (Filmes de Plástico), e a caldense Glenda Nicácio, com seu primeiro longa, “Café com canela”, junto a seu parceiro de direção Ary Rosa (da produtora Rozsa Filmes). Glenda Nicácio e Ary Rosa foram os homenageados da edição de 2023 da Mostra de Cinema de Tiradentes, uma das mais importantes mostras de cinema brasileiro contemporâneo do país. No entanto, a dupla, sobretudo Glenda, não é conhecida ou mesmo reconhecida em sua própria cidade, embora tenham uma profícua produção de filmes e de reescreverem os modos de roteiro, direção e produção de suas obras, num contexto especial dentro do Recôncavo Baiano. Ainda no fim de semana inaugural, curtas caldenses serão exibidos abrindo as sessões de longas, com apresentação de seus realizadores. Na programação estendida, uma mostra de filmes que tenham a sala de cinema como pano de fundo será apresentada ao longo do ano de 2024.
(Fonte: Instituto Moreira Salles)
O Museu da Imagem e do Som de Campinas (MIS) sediou no dia 19 de dezembro o evento de lançamento e entrega do livro “Campinas e o Palácio dos Azulejos – de Solar a Museu”. Os autores do livro são Alexandre Sonego, Ana Villanueva e Hélia Brito.
O Palácio dos Azulejos, que atualmente abriga o MIS, foi o patrimônio escolhido para ser representado no livro da Coleção Conhecer Para Cuidar, considerada uma das mais importantes e inovadoras iniciativas de educação patrimonial e de estímulo ao turismo cultural sustentável do Brasil. Já representou 34 patrimônios culturais de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais por meio de maquetes de papel.
O coordenador de Extensão Cultural, Douglas Menezes, responsável pela gestão de todos os museus municipais, afirma que o livro é uma obra notável, representando um projeto consolidado de grande relevância. “Com distribuição gratuita, o livro do projeto Conhecer para Cuidar, destaca-se por valorizar o rico patrimônio cultural da edificação e da cidade de Campinas, oferecendo aos visitantes uma imersão educativa por intermédio de seu conteúdo descrito e pela surpreendente maquete do Palácio dos Azulejos disponível no livro para ser montada. Recomendo a leitura e apreciação do material que pude acompanhar a elaboração e desenvolvimento do projeto”.
Alexandre Sonego, um dos autores, sente-se lisonjeado pelo convite, mas com a responsabilidade e desafio de aproximar este importante equipamento cultural campineiro, o Palácio dos Azulejos e MIS – Museu da Imagem do Som do público infanto-juvenil, que terão acesso a este material. “Considerei a iniciativa da Asas Produções louvável por desenvolver este projeto em diferentes lugares do Brasil e principalmente por garantir a distribuição gratuita dos livros. Tenho uma premissa, parafraseando Santo Agostinho, que diz que ‘não se ama o que não se conhece’; dessa forma, projetos como este permitem que nossas crianças e adolescentes, bem como suas famílias, possam ter contato com a História e Patrimônio Nacional”.
Montagem de maquetes
Em cada cidade por onde a edição do projeto Conhecer Para Cuidar passa, é realizada uma programação. Em Campinas, serão quatro dias de atividades. Esse é um dos momentos de entrega do Projeto à comunidade. A programação engloba a realização das “Vivências Conhecer Para Cuidar”. Nelas, os participantes realizarão a montagem de maquetes em miniatura de papel do Palácio dos Azulejos. Essa interação promove a aproximação do público com o patrimônio representado, propiciando uma ligação afetiva e despertando a atenção para a importância da preservação dos bens públicos.
Já durante as “Interações Digitais Colaborativas”, os participantes utilizam o “Aplicativo Digital Conhecer Para Cuidar” para acesso às informações adicionais (sobre o Palácio dos Azulejos e o MIS-Campinas) a partir de cartas de interação. O aplicativo instalado nos tablets do projeto “lê” as cartas interativas e disponibiliza, de forma lúdica e consistente, interações inovadoras. As atividades de entrega atingem, durante os quatro dias, aproximadamente 1.280 pessoas de forma direta. Serão realizadas quatro “Vivências” e “Interações Digitais” por dia. Cada horário tem duração de 105 minutos e vaga para até 80 participantes. As atividades são gratuitas.
O Projeto Conhecer Para Cuidar conta com o patrocínio da Empresa Gontijo de Transportes, o apoio institucional da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Campinas, do Museu da Imagem e do Som (MIS-Campinas), é executado por meio do Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo (ProAC ICMS e ProAC Direto) e realizado pela Asas Empreendimentos Culturais.
Conheça os autores:
Alexandre Sonego de Carvalho é escritor, pesquisador, professor, filmmaker, gestor cultural e educacional. Possui graduação em Pedagogia – Unesp (2005) e Letras pela Unitoledo (2011), Especialista em Artes Visuais, Intermeios e Educação, pela Unicamp e em Ética, Valores e Cidadania na Escola pela USP. Mestre em Educação pela PUC-Campinas e Doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie-SP/University of Leeds-UK tendo como objeto de pesquisa o MIS de Campinas.
Ana Villanueva é arquiteta, professora, pesquisadora, escritora e sócia proprietária da empresa Pátina Arquitetura e Consultoria. Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela PUC-Campinas (1987), Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela USP (1997) e Doutora em História pela Unicamp (2010). Possui publicações nacionais e internacionais. Coordenou o Setor de Patrimônio Cultural de Campinas com destaque para projetos de restauro; dentre eles, o restauro do Palácio dos Azulejos. Servidora pública aposentada da Prefeitura Municipal de Campinas, tendo atuado como arquiteta na Coordenadoria do Patrimônio Cultural, no Museu da Imagem e do Som e no Departamento de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, é autora do livro Arquitetura Neoclássica em Campinas. Recentemente concluiu pesquisa de Pós Doutorado em História na Unicamp.
Hélia Brito é analista pedagógica de História, produtora de Conteúdo Pedagógico e autora de livros didáticos. Atua desde 2017 no ramo editorial e possui conhecimento de toda a cadeia de produção de materiais didáticos. Licenciada em História (Unibh – 2016) e especialista em Gestão Estratégica de Escolas (PUC Minas – 2021).
Mais informações: contato@conhecerparacuidar.com.br.
(Fonte: Prefeitura de Campinas)
Estudo identificou perda de 34 km de manguezais; No detalhe, manguezais em Florianópolis (SC) próximo aos grandes centros comerciais. Foto: Pedro Walfir Souza-Filho/Arquivo pesquisadores.
Estudo realizado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), o Instituto Tecnológico Vale (ITV) e a empresa Soluções em Geoinformação (Solved) a partir de sensoriamento remoto revela que os manguezais das regiões Sul e Sudeste do Brasil perderam 34 quilômetros quadrados de sua extensão em apenas 8 anos. Essa redução representa 4% da cobertura total desse bioma na área em questão e pode ser um alerta para ampliar os cuidados com o ecossistema. Os resultados estão descritos em artigo científico publicado na sexta (22) na revista “Anais da Academia Brasileira de Ciências”.
Os pesquisadores submeteram imagens de satélites radares e ópticos e dados coletados em campo a uma Análise Baseada em Objetos Geográficos (GEOBIA), método que classifica as imagens nas seguintes categorias: corpos d’água, terra firme e manguezais. Segundo um dos autores do estudo, Pedro Walfir Souza-Filho, da UFPA e do ITV, a técnica escolhida é mais precisa do que aquelas baseadas apenas em imagens de satélites ópticos. “Ela reúne pixels semelhantes baseadas na classificação do conteúdo. Assim, ela forma uma visualização mais integrada”, explica o cientista.
Os resultados revelaram a perda de 34 quilômetros quadrados de manguezais nas regiões Sul e Sudeste entre 2008 a 2016; ou seja, a cobertura total passou de 823 para 789 quilômetros quadrados em oito anos. A diminuição foi observada em todos os cinco estados do Sul e Sudeste banhados pelo mar, com exceção do Rio de Janeiro. “Os manguezais têm um papel importante na proteção costeira em resposta a eventos extremos, na conservação de habitats marinhos e da vida selvagem, além de capturar grandes quantidades de carbono da atmosfera”, destaca Souza-Filho.
Em comparação com outras regiões do Brasil, o Sul e o Sudeste foram os mais afetados pela perda de manguezais no período estudado. No Nordeste, as áreas cobertas por esse bioma permaneceram estáveis entre 2008 a 2016, enquanto, no Norte, elas cresceram cerca de 10%. Baseados em observações e análises, os pesquisadores levantaram hipóteses para explicar essa diferença e atribuíram a redução na cobertura principalmente à ocupação da zona costeira com aumento de urbanização e de atividades portuárias.
Para os pesquisadores, o método utilizado no estudo é uma ferramenta eficaz para o monitoramento dos manguezais e os dados podem colaborar para uma proteção mais acentuada desse ecossistema. “Os resultados podem ser utilizados como referência para o estabelecimento de políticas de conservação, principalmente em função do mapeamento das áreas de manguezais estáveis”, salienta Souza-Filho.
Os cientistas pretendem seguir estudando o tema para contribuir com a compreensão e a preservação das áreas de mangue no Brasil. “Continuamos desenvolvendo pesquisas na região estudada e atualizando o mapeamento anualmente para que possamos observar as tendências atuais”.
(Fonte: Agência Bori – Coleção Ressoa Oceano)
Por ocasião da assinatura da cessão do imóvel, houve uma celebração de Natal para catadores, catadoras e população em situação de rua com a presença presidente Lula. Foto: divulgação.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) pôs fim a uma insegurança vivida por mais de duas décadas pela Associação de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis e Reutilizáveis do Cerrado. Com foco na política de democratização do patrimônio da União, a ministra Esther Dweck assinou na sexta-feira (22/12) a cessão de um imóvel da União de área de 2.5 mil km², localizado no Setor de Indústria e Abastecimento (SAAN), no Distrito Federal, que é ocupado pela associação há 23 anos. O imóvel tem valor avaliado de cerca de R$8 milhões.
A iniciativa faz parte do Programa de Democratização dos Imóveis da União, liderado pela da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) do MGI, e será formalizada no início de 2024 por meio de Decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O normativo trará disposições acerca da destinação de imóveis para diversas funções sociais.
Desde o início do ano, o MGI tem tido a missão de gerir o patrimônio da União com um objetivo diferente do que vinha sendo feito nos últimos anos. “Acabamos com a lógica de vender tudo e passamos a trabalhar na elaboração de um grande programa de democratização dos imóveis da União. Vamos trabalhar juntos, para que o esse patrimônio seja destinado à política socioambiental, prioritariamente para habitação, regularização fundiária e projetos pactuados com estados e municípios, no âmbito do PAC”, destaca a ministra Esther Dweck.
A ministra ressalta a importância da ação para a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) e destaca a relevância da participação dos catadores nesse processo de reciclagem. “Sabemos que esse desafio de inclusão foi interrompido nos últimos seis anos. O programa pró-catador foi criado em 2010, mas extinto em 2020. Agora, em 2023, estamos retomando esse projeto, que é o Programa Diogo de Sant’Ana Pró-Catadoras e Pró-Catadores para a Reciclagem Popular. Esse Programa integra e articula ações, projetos e programas das esferas públicas voltados à promoção e defesa dos direitos dos profissionais que trabalham com materiais reutilizáveis e recicláveis”, afirmou a ministra.
A iniciativa beneficiará 120 famílias, que poderão construir seus sonhos com trabalho e com dignidade. “Esperamos que, com essa cessão, os catadores e catadoras do Noroeste possam construir um espaço para realizar seu trabalho de reciclagem, com segurança e dignidade”, disse.
A assinatura da cessão do imóvel foi realizada em Brasília na sexta-feira (22/12) e contou com a participação da presidente da Associação de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis e Reutilizáveis do Cerrado (Joelma) Raimunda Nonata de Souza e Silva. A solenidade faz parte da cerimônia de encerramento da 10ª edição da Expocatadores. Na ocasião, houve uma celebração de Natal para catadores, catadoras e população em situação de rua com a presença presidente Lula.
(Fonte: Governo Federal)
O verão começa no próximo dia 22 de dezembro, mas as ondas de calor que começaram já em novembro comprovam que a estação promete. Portanto, os destinos litorâneos, com certeza, são a pedida ideal para essas férias. No Litoral Norte de São Paulo, por exemplo, o visitante encontra mais de 200 quilômetros de praias paradisíacas e muita natureza nos entornos.
Isso porque a Região Turística, que é integrada pelo Circuito Litoral Norte e composta pelas cidades de Bertioga, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba, conta com a exuberância da Mata Atlântica preservada. E, unindo o verde com o mar de águas em diversos tons de verde, o cenário não poderia ser outro: um oásis para os turistas de todos os tipos.
Em meio a essa diversidade, o Litoral Norte de São Paulo surge como um paraíso para todos os tipos de turistas, desde famílias em busca de tranquilidade para desfrutar com crianças até grupos de amigos em busca de diversão efervescente e surfistas em busca das ondas perfeitas.
“O turismo de sol e praia é responsável por uma grande parcela dos visitantes que buscam o Litoral Norte para lazer e não é à toa. A região conta com belíssimas praias nas cinco cidades e tem opções para todos os gostos. Um importante atrativo que movimenta toda a cadeia produtiva do turismo, aquecendo a economia e a geração de empregos nos municípios”, afirma o presidente do Circuito Litoral Norte de São Paulo, Caio Matheus.
E, para ajudar os viajantes que ainda não escolheram sua faixa de areia preferida para essa temporada de férias, o consórcio turístico reuniu, a seguir, um verdadeiro guia de praias. São 20 opções de praias para escolher de acordo com o gosto de cada um. Confira:
Para famílias com crianças
Praia de Guaratuba, Bertioga | Localizada entre os rios Guaratuba e Itaguaré, a praia oferece um mar aberto com águas calmas e cristalinas. A cerca de 20 quilômetros do centro da cidade, tem um ambiente tranquilo e uma extensa faixa de areia de oito quilômetros.
Praia da Tabatinga, Caraguatatuba | Tabatinga, no extremo norte da cidade, oferece quase 2 km de orla em uma enseada tranquila cercada pelo verde da Mata Atlântica. Com areia clara e mar calmo, é ideal para famílias e atrai praticantes de caiaque, esqui aquático e windsurf.
Praia do Julião, Ilhabela | Com 250 metros de orla tranquila, a praia oferece areia branca, vegetação de Mata Atlântica e um mar com pedras e ilhotas. Ideal para mergulho livre, possui piscinas naturais e peixes ornamentais.
Praia de Guaecá, São Sebastião | A praia oferece mar calmo, sendo perfeita para banho e famílias com crianças, principalmente no meio e canto esquerdo. A praia não é de tombo e apenas o canto direito tem algumas ondas.
Praia de Maranduba, Ubatuba | No litoral sul de Ubatuba, a faixa de areia é ideal tanto para esportes quanto para famílias com crianças, devido ao mar calmo. A orla conta com quiosques, e a praia ainda oferece entretenimentos como banana boat e um toboágua aquático.
Para surfar
Boraceia, Bertioga | Na divisa entre Bertioga e São Sebastião, é a porta de entrada para o Litoral Norte de São Paulo, com ondas manobráveis em seus cinco quilômetros de extensão.
Praia de Massaguaçú, Caraguatatuba | A 8km do centro, a praia destaca-se pelas ondas fortes e correnteza, sendo ideal para surfe e bodyboard. Além disso, é reconhecida como a melhor para pesca de arremesso em São Paulo.
Praia do Bonete, Ilhabela | A praia, listada entre as dez mais bonitas do Brasil, é um paraíso para surfistas, com areias macias, águas claras, e ondas de até três metros de altura.
Camburi, São Sebastião | Localizada na costa sul da cidade, Camburi é agitada e procurada principalmente pelos surfistas por suas boas ondas. A praia tem boa estrutura de serviços à beira-mar.
Itamambuca, Ubatuba | Com extensa faixa de areia branca, mar com ondulação forte e boas ondas, é sede de grandes campeonatos de surf.
Para badalar
Riviera de São Lourenço, Bertioga | A Riviera de São Lourenço destaca-se como uma das praias mais populares, oferecendo a maior infraestrutura da região, com diversas lojas, bares, restaurantes e hotéis. Além disso, apresenta belas faixas de areia e uma natureza preservada.
Praia de Martim de Sá, Caraguatatuba | A praia destaca-se pela urbanização e excelente estrutura, incluindo quiosques, bares e restaurantes. Com um calçadão com ciclovia, oferece atividades como aluguel de caiaques e pranchas de surf. Durante a temporada, é point dos jovens à noite.
Praia do Curral, Ilhabela | A badalada praia se destaca por sua extensão de 566 metros e público animado. Com diversos bares e restaurantes, oferece diversão garantida com atividades náuticas e uma infraestrutura completa com quiosques, banheiros e parquinho.
Maresias, São Sebastião | Uma das praias mais conhecidas da região, oferece estrutura restaurantes e locações de equipamentos. É ideal para futevôlei, stand-up paddle e caminhadas, famosa pelo surf e atrai o público jovem com suas casas noturnas e bares.
Praia Grande, Ubatuba | Bastante urbanizada, é o destino mais popular de Ubatuba, frequentado por turistas em busca de agito. Com 1,6 km de extensão, a praia conta com ampla oferta de hospedagem, alimentação, compras e diversos quiosques, além de vendedores ambulantes.
Para ficar longe do agito
Itaguaré, Bertioga | A 20 km do centro de Bertioga, a praia é integrada ao Parque Estadual da Restinga, proporcionando uma paisagem única. Tem 3 quilômetros de extensão e oferece atrações como o encontro do mar com o rio e trilhas para restaurantes.
Praia da Mococa, Caraguatatuba | A cerca de 14 km do centro de Caraguatatuba, a faixa de areia é ideal para mergulho livre, pesca esportiva e caiaque, com mar calmo para banhistas. Destaca-se pela areia monazítica e serve como saída para a Ilha do Tamanduá.
Praia da Pacuíba, Ilhabela | Com acesso por estrada de terra e trilha, a praia oferece isolamento, águas claras para mergulho livre e boas condições para kitesurfe e windsurfe. Quase deserta, não possui estrutura, proporcionando um ambiente tranquilo.
Barra do Una, São Sebastião | Barra do Una encanta com trilhas na mata atlântica, rio que deságua no mar e águas cristalinas. Destaque para a “península” de areia, onde o rio Una encontra o mar, e atividades como stand up paddle, caiaque e passeios de barco.
Praia do Cedro, Ubatuba | Considerada deserta, a Praia do Cedro possui apenas um quiosque que atende a faixa de areia inteira por ser pequena. Além disso, tem areia branca, rochas e é usada para o cultivo de mexilhões.
Sobre o Circuito Litoral Norte
O Consórcio Intermunicipal Turístico Circuito Litoral Norte de São Paulo vem se consolidando como referência neste segmento para o Estado, apresentando uma gestão integrada e focada no desenvolvimento conjunto das cidades participantes (Bertioga, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba).
O Circuito soma atrativos, equipamentos e serviços turísticos das cinco cidades integrantes, com o objetivo de enriquecer a oferta turística, ampliar as opções de visita e a satisfação do turista, com consequente aumento do fluxo e da permanência dos visitantes na região do Litoral Norte de São Paulo, assim como a geração de trabalho, renda e qualidade de vida.
Nos últimos quatro anos, o consórcio vem realizando importantes parcerias com a Secretaria de Turismo e Viagens do Estado e Ministério do Turismo, entre outras entidades, para garantir o retorno das atividades turísticas de forma segura e apoiar o trade regional a se restabelecer da melhor forma. Para viver o melhor da Região Turística, acesse o guia de fornecedores locais:
https://circuitolitoralnorte.tur.br/guiageral.
(Fonte: Assimptur)