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Conheça Foz do Iguaçu de verdade por meio do turismo sustentável

Foz do Iguaçu, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação/Vivalá.

Conhecemos Foz do Iguaçu (PR) pela exuberância de suas 275 quedas d’água, que formam um dos complexos naturais mais impressionantes do mundo, ou pelo Parque das Aves, que abriga cerca de 1.500 animais de mais de 130 espécies. Entretanto, para além de uma rápida visitação nas cataratas, o turismo convencional na região ficou limitado às compras no Paraguai – muitas vezes de produtos de segunda mão e sem nota fiscal –, noites na Argentina – em restaurantes nos quais tudo, do cardápio à decoração, é artificialmente montado para os turistas – e atrações de gosto, no mínimo, duvidoso e que em nada valorizam a cultura e a exuberância da natureza local – como um Museu de Cera e um Bar de Gelo.

Com o intuito de criar um turismo sustentável, naturalmente imersivo, culturalmente participativo e financeiramente inclusivo e mostrar que o Patrimônio Natural da Humanidade, de 250 mil hectares de floresta subtropical, dividido entre Brasil e Argentina (Parque Nacional Iguazú), tem muito mais a nos oferecer, a Vivalá – Turismo Sustentável no Brasil lançou sua nova experiência de turismo sustentável em Foz do Iguaçu.

Essa modalidade é perfeita para quem busca verdadeiramente conhecer e se conectar à natureza curtindo cenários belíssimos sem abrir mão do conforto e viver um roteiro criado pelos maiores especialistas da região, cujo maior diferencial é evitar atrações superlotadas e experiências massificadas, levando o viajante para uma imersão na Mata Atlântica, que vai além das Cataratas e revela belezas naturais pouco conhecidas pelo grande público.

O roteiro é de quatro dias, com três noites em um hotel quatro estrelas na cidade. A idade mínima para realizar a vivência é de seis anos, sendo que o preparo necessário é baixo. As trilhas são curtas e feitas em terreno majoritariamente plano, enquanto outros trechos serão percorridos com bicicletas. Todas as atividades que serão realizadas são de contato direto com a natureza e observação de animais.

“Busco sempre os lados surpreendentes dos roteiros que faço e, incrivelmente, Foz foi uma das minhas mais felizes e gratas experiências. Para além do óbvio e dos clichês, o roteiro da Vivalá apresenta uma visão nova e autêntica da região do Iguaçu: a imersão na riquíssima biodiversidade apoiada por guias especializados, gentis e apaixonados torna a visita a Foz inesquecível. Pude explorar trilhas pouco conhecidas em meio à Mata Atlântica, avistar animais de diferentes espécies e mergulhar na multifacetada e plural cultura dessa encantadora região do país. Esse lindo roteiro nos convida a conhecer uma Foz diferente, natural e, sobretudo, diversa”, destaca Alberto Rabelo, produtor de experiências da Vivalá.

O roteiro

O roteiro para Foz do Iguaçu foi criado a fim de proporcionar para o viajante um contato maior com as belezas naturais que a cidade oferece sem a necessidade de fazer percursos longos de carro ou ônibus ou cruzar a fronteira para comprar itens desnecessários. “Este é um dos destinos turísticos mais visitados do Brasil e, apesar de nele estar uma das sete maravilhas naturais do mundo, havia poucas opções de turismo de natureza para além da visita às Cataratas. Nosso roteiro de ecoturismo vem para suprir essa demanda de quem busca uma experiência profunda e autêntica em meio às belezas naturais de Foz do Iguaçu”, afirma Daniel Cabrera, cofundador e diretor-executivo da Vivalá – Turismo Sustentável no Brasil.

O primeiro dia inicia às 13h, com o check-in liberado no hotel. O momento é de se alimentar e descansar, pois às 16h é hora de curtir o pôr do sol numa linda atividade de SUP (stand up paddle) no Lago Itaipu. No segundo dia, após tomar um café da manhã no hotel, os viajantes partirão para a primeira aventura do dia, que é uma pedalada até o Parque Nacional para visitar as Cataratas, acompanhados de um guia. Na parte da tarde, o grupo conhecerá um biólogo que guiará todos por trilhas pouco conhecidas, mas extremamente ricas em fauna e flora.

No terceiro dia, será hora de se aventurar pela belíssima Trilha do Poço Preto, no Parque Nacional. A condução da trilha será feita pelo biólogo, que mostrará lindas áreas e paisagens preservadas. No final do dia, outra guia, Bruna, que é facilitadora Vivalá na região e anfitriã, irá levar os viajantes para um tour histórico-cultural.

O quarto e último dia não será em clima de despedida. Pela manhã, o grupo seguirá ao Quintal de Casa, uma área próxima ao parque e preservada. Lá, será feita uma sessão de yoga regenerativo e será possível aproveitar para se banhar em uma linda cachoeira. O almoço será diferente, com PANCs (plantas alimentícias não convencionais) da região. Após o almoço será hora de check-out e de se despedir, partindo rumo ao aeroporto.

Faça sua viagem com propósito

A primeira saída será dia 28 de março e ainda há vagas. Os valores iniciam em R$2.850 para o roteiro de quatro dias e podem ser parcelados em até oito vezes sem juros no cartão de crédito. O valor inclui hospedagens (hotel em Foz do Iguaçu), três café da manhã a partir do segundo dia, um lanche durante a trilha e almoço do último dia, transportes locais, todas as atrações do roteiro, seguro-viagem e time de facilitação e condução presente ao longo do roteiro. Não estão inclusas passagens aéreas até os pontos de encontro e compras pessoais. Para mais informações sobre as expedições para Foz do Iguaçu e outros destinos, acesse o link https://www.vivala.com.br/expedicoes/foz-do-iguacu.

Sobre a Vivalá

A Vivalá atua no desenvolvimento do Turismo Sustentável no Brasil promovendo experiências que buscam ressignificar a relação que as pessoas têm com o Brasil, sua biodiversidade e comunidades tradicionais. Atualmente, a Vivalá atua em 22 unidades de conservação do país, contemplando os biomas da Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, e trabalha em conjunto com mais de 700 pessoas de populações indígenas, ribeirinhas, quilombolas, sertanejas e caiçaras.

Com 14 prêmios e reconhecimentos nacionais e internacionais, a Vivalá tem a confiança da Organização Mundial do Turismo, ONU Meio Ambiente, Braztoa, Embratur, Aberta, Fundação do Grupo Boticário e Yunus & Youth, além de ter uma operação 100% carbono neutro e ser uma empresa B certificada, tendo a maior nota no turismo do Brasil e a 7ª maior em todo o setor de turismo no mundo. Até dezembro de 2023, a Vivalá já realizou mais de 250 expedições e embarcou mais de 3 mil viajantes, além de ter injetado mais de R$4 milhões em economias locais por meio da compra de serviços de base comunitária e consumo direto dos viajantes. Para mais informações, acesse www.vivala.com.br.

(Fonte: DePropósito Comunicação de Causas)

Mostra “53ª Anual de Arte FAAP” fica em cartaz até 17/3

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Fernando Silveira/FAAP.

Uma das mais tradicionais mostras coletivas de arte contemporânea do circuito paulista, a 53ª Anual de Arte FAAP fica em cartaz até 17 de março de 2024 no Salão Cultural MAB FAAP, em Higienópolis, em São Paulo.

A seleção reúne 44 trabalhos de 31 alunos e alunas do Centro Universitário Armando Alvares Penteado FAAP nas mais variadas linguagens, meios e suportes artísticos. As obras foram selecionadas por uma comissão formada pelos professores Georgia Kyriakakis, Luana Fortes, Marcos Moraes e Thiago Honório, a partir das 173 inscritas pelos estudantes. Os critérios de seleção levam em consideração a qualidade das obras, o caráter experimental, o domínio das linguagens utilizadas e a coerência com os referenciais da contemporaneidade.

Os alunos e alunas do Centro Universitário Armando Alvares Penteado FAAP selecionados são Ana Mae Kawakami, Ana Luiza Lima Sasaki, Ana Pacheco Gavião, Agnaldo Bauerman Schunck Junior, Beatriz Freitas Fernandes Távora Filgueiras, Carolina Basile Heise, Carolina Sommer Guidotti, Clara Helena Sobieski Tafner, Cora Pereira Hors, Daniela Eorendjian Torrente, Giovanna Freire Ferrante Mussolin, Isabela Martinez Vatavuk, Joana de Fátima Barreto, Juliana Fernandes Berto, Laura Garjulli Agresti, Lev Preiori Serodio Conehero, Luisa Cal Burza, Luiza Corá Buso, Manuela Julian Gontijo Alves Pinto, Marina Schmidt Kehl, Maria Tereza Thomaz Bomfim, Maria Vitória Accorsi Rausch Souto, Miguel Pongitor Galan, Nicole Ribeiro Morsa, Raquel Liberman Lopes, Rayane Gomes Borges, Rodrigo Dishchekenian Lahoud, Samanta Franco Martins, Tarsila Freire D’Abronzo, Tomás Martos Hernandez e Thomas Yassuda Braeckman.

Realizada pela primeira vez em 1965, a exposição tem por objetivo incentivar, estimular e divulgar a atividade artística como manifestação integradora da visualidade contemporânea, reunindo trabalhos em diferentes linguagens, suportes e materiais, como pinturas, desenhos, vídeos, performances, gravuras, fotografias, tridimensionais e publicações, entre outras formas de práticas e manifestações artísticas, privilegiando um caráter experimental.

Artistas convidadas

Esta edição contará com a presença de duas artistas convidadas: Isabella Beneducci e Rafaela Foz, que participaram do programa da Residência Artística FAAP – Paris. O Programa de residência da FAAP seleciona todo semestre estudantes, artistas formados pela instituição ou professores para ocupar o estúdio 1422, que a instituição mantém desde 1997 na Cité Internationale des Arts, uma residência internacional localizada às margens do Rio Sena.

O conjunto de trabalhos de Isabella Beneducci que integram a sala especial das artistas convidadas, reúne desenhos, diários, anotações visuais, registros fotográficos, amuletos e objetos pessoais. “Todos os trabalhos têm em comum um tempo específico, atravessado por episódios políticos e pessoais, como as eleições de 2022 no Brasil ou o momento de partida para a cidade de Paris. Os trabalhos transitam entre a guerra e o cuidado, o grito e o mistério, a irmandade e o inimigo. É também uma exposição-saudação às forças, presenças e lutas alicerçadas e conjugadas no feminino”, afirma Isabella.

Rafaela Foz participou, neste ano, do programa que a Residência Artística FAAP – Paris, que a Fundação mantém na Cité Internationale des Arts, em Paris, onde pesquisou a iconografia da mulher que lê, além de investigar essa produção imagética no decorrer da história, como a alfabetização da mulher, sua independência intelectual e a difusão dos romances, entre outros aspectos. Parte da produção resultante da pesquisa será apresentada na sala especial das artistas convidadas da 53ª Anual de Arte FAAP.  São trabalhos que tomaram forma a partir dessa pesquisa e da experiência de viver por oito meses na capital francesa.

A artista utiliza referências de pinturas dos séculos 17, 18 e 19 para produzir um livro de artista e objetos; utiliza, ainda, fragmentos e cenas de filmes e de arquivos para produzir obras em formatos diversos, como o livro de artista, objeto, colagem e vídeo.

Além da produção artística das convidadas, serão apresentados materiais processuais documentando a pesquisa desenvolvida pelas artistas ao longo dos seis meses em que estiveram em residência. Essa prática, convite das artistas, ocorre em todas as edições desde 2008, com uma coletiva, e desde 2009, com convidadas duplas (ou individuais em casos especiais).

Premiação

Entre os trabalhos selecionados serão distribuídos sete prêmios: três bolsas de estudo de 90%, duas bolsas de estudo de 75% e duas bolsas de estudo de 60%, válidas para o ano seguinte ao da premiação em cursos de graduação, pós-graduação e extensão. Além disso, dentre os premiados, uma comissão indicada pela Fundação, incluindo representante do MAB, escolherá trabalhos que passarão a integrar a coleção do Museu.

“O programa de exposição – já que podemos compreendê-lo nessa condição pela proposta, longevidade e atividades em que atua – pode ser entendido como forma de privilegiar o potencial experimental, criador e de valorização da diversidade, diretamente conectado com o projeto institucional da Fundação Armando Alvares Penteado como incentivadora e apoiadora da produção artística e cultural”, explica o professor Marcos Moraes, coordenador do curso de Artes Visuais da FAAP e da mostra.

53ª Anual de Arte FAAP

Período de visitação: até 17 de março de 2024

Horário: segundas, quartas, quintas e sextas das 10h às 18h – última entrada às 17h30; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h – última entrada às 17h30. Fechado todas as terças-feiras, mesmo quando feriado.

Local: Salão Cultural – MAB FAAP (Rua Alagoas, 903 – Higienópolis – São Paulo – SP)

Informações: (11) 3662-7198

Entrada gratuita

Redes sociais: Armando Alvares Penteado FAAP @nafaap | Museu de Arte Brasileira @mabfaap

(Fonte: Marmiroli Comunicação)

Casa Museu Ema Klabin traz a alegria do frevo na programação de Carnaval

São Paulo, por Kleber Patricio

Cia. Casa de Farinha. Foto: Raphael Queiroz.

No próximo dia 24 de fevereiro, às 15h, a Casa Museu Ema Klabin entra no ritmo de Carnaval com o espetáculo “A sombra e a sombrinha”, com o grupo Cia. Casa de Farinha. Integrando versos, gingados, mamulengos, cordéis e cirandas, o espetáculo celebra a história do frevo desde os tempos das ruas de Recife e Olinda até os dias atuais.

Considerada uma das principais danças tradicionais brasileiras, o frevo é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas (Unesco), com objetivo de proteger essa tradição do Nordeste brasileiro para que ela se mantenha viva.

Sobre a Cia. Casa de Farinha | A Cia. Casa de Farinha atua com artistas, educadores e brincantes utilizando a linguagem do teatro de rua, com brincadeiras, cordéis e mamulengos. O grupo é formado pelo educador e multiartista Jorge Luciano da Silva, mais conhecido como mestre Fofão; Rodrigo Cristalino (sanfona) e Robson Petezera (percussão).

Serviço:

Espetáculo de frevo com a Cia. Casa de Farinha – A Sombra e a Sombrinha

sábado, 24 de fevereiro de 2024 – 15h

100 lugares (ocupação por ordem de chegada)

Rua Portugal, 43 – Jardim Europa – São Paulo, SP

Entrada franca*

Acesse as redes sociais

Instagram: @emaklabin

Facebook: https://www.facebook.com/fundacaoemaklabin

Linkedin: https://www.linkedin.com/company/emaklabin/?originalSubdomain=br

YouTube: https://www.youtube.com/c/CasaMuseuEmaKlabin

Site: https://emaklabin.org.br

Vídeo institucional: https://www.youtube.com/watch?v=ssdKzor32fQ

Vídeo de realidade virtual: https://www.youtube.com/watch?v=kwXmssppqUU

*Como em todos os eventos gratuitos, a Casa Museu Ema Klabin convida quem aprecia e pode contribuir para a manutenção das suas atividades a apoiar com uma doação voluntária via pix: 51204196000177.

PROGRAMA

1 – Cabelo de fogo – Maestro Nunes

2 – Cordel – Rodrigo Cristalino

3 – Valentões – Jorge Fofão

4 – Cordel – Rodrigo Cristalino

5 – Marinheiro só – Clementina de Jesus

6 – Cordel – Rodrigo Cristalino

7 – Capiba – Jorge Fofão

8 – Madeira que cupim não rói – Capiba

9 – De chapéu de sol aberto – Capiba

10 – Vassourinha – Matias da Rocha

11 – Cirandas de domínio público: Praia do Janga | Cirandeiro | Minha ciranda | Achei bom bonito | Tava em Recife.

(Fonte: Mídia Brazil Comunicação Integrada)

Theatro Municipal recebe apresentação de “De Piaf a Elis: música e dança flamenca no cinema”

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

A dançarina Tatiana Bittencourt em cena. Fotos: Lucas Loureiro.

O espetáculo-filme “De Piaf a Elis: música e dança flamenca no cinema” é uma emocionante jornada que atravessa fronteiras culturais, unindo os universos da música brasileira e francesa por meio das inigualáveis interpretações das cantoras Edith Piaf e Elis Regina. Sob a idealização de Luciano Câmara, Renata Chauvière e da bailarina franco-israelense Sharon Sultan, esta produção é um convite desafiador para explorar as paixões nacionais e os ícones que simbolizam nações e povos. O filme, além de explorar caminhos sensoriais, mergulha em abordagens híbridas, incorporando o movimento com a força da música e da dança flamenca. Ciça Salles, Andressa Abrantes e Tatiana Bittencourt, artistas solistas brasileiras com experiência internacional, revelam a complexidade artística do espetáculo de modo peculiar.

Com direção de Elissandro de Aquino, a montagem teve sua estreia marcante em 2017, no Teatro Maison de France e na Sala Municipal Baden Powell – Residência Artística de João Donato – no Rio de Janeiro, com lotação esgotada. Devido ao grande sucesso, foi programada uma nova edição; porém, precisou ser readequada por conta da Pandemia. Assim, saiu do palco do teatro e foi criada uma linguagem para o cinema. Agora, a Première chega à tela grande no dia 26 de fevereiro, segunda-feira, às 21h, no Estação Net Botafogo, apenas para convidados. As sessões abertas ao público acontecerão no dia 29 de fevereiro, quinta-feira, às 13h e às 18h, na Sala Mário Tavares, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Grupo de dança “Non, Je ne Regrette Rien”.

Aquino destaca a dificuldade daquele período: “Entramos em estúdio com todas as precauções e seguranças de um período em que se relacionar poderia ser nocivo. Havia um misto de emoção: uma alegria, uma esperança de um retorno, mas ao mesmo tempo, medo. O que, de alguma forma está impresso no filme. Produção e direção partiram para reuniões virtuais e formataram o projeto. O primeiro encontro, com a equipe do Brasil, se deu no estúdio onde foi feito o registro para o cinema. A parte coreografada foi filmada no ateliê do cenógrafo e artista plástico Sergio Marimba, no Rio Comprido, no Rio. O espaço se tornou uma instalação para as performances das bailarinas que dançam as músicas: ‘Fascinação’, ‘La Vie en Rose’, ‘Me Deixas Louca’, ‘Ne me quitte pas’, ‘Atrás da Porta’, ‘L’accordeoniste’, ‘Dois pra lá Dois pra cá’, ‘Hymn a l’amour’ e ‘Non, Je ne Regrette Rien’, entre outras, e ganham versões inéditas ao assumir peculiaridades do flamenco, que em 2010 recebeu o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco”.

“O flamenco abarca em seu canto, toque e dança tanto a alegria quanto o desespero, tanto a agressividade quanto a suavidade, tanto o amor quanto a solidão. Temas igualmente presentes nas canções de Edith e de Elis. Uma novidade foi a inclusão da música ‘Onze Fitas’, canção de Fátima Guedes em diálogo com ‘Menino’, de Ronaldo Bastos e Milton Nascimento. Esse encontro incomum e inusitado abre brechas para explorar caminhos sensoriais, revisitar a pátria num projeto híbrido composto por pintura em cena aberta, cordas, acordeom, vozes e percussão, além de castanhola e sapateado flamenco”, ressalta o diretor musical Luciano Câmara.

Teaser: https://drive.google.com/drive/folders/1Sp09DgsFo3155E0ZJ5eg4di87qUSBzsh

Ficha Técnica

Idealização e Roteiro: Renata Chauvière, Luciano Câmara e Sharon Sultan

Direção Artística: Elissandro de Aquino

Direção Musical: Luciano Câmara

Direção de Fotografia: Lucas Loureiro

Direção de Arte: Margo Margot

Ateliê Instalação: Sérgio Marimba

Coreografias e baile: Tatiana Bittencourt, Ciça Salles e Andressa Abrantes

Músicos: Ciça Salles – voz | Bárbara Sut – voz | Luciano Câmara – violão | Georgia Câmara – percussão | João Bittencourt – acordeon | Maria Clara Valle – violoncelo

Edição: Clara Chroma

Som: Bruno Dalton

Mixagem e Masterização: João Ferraz

Assistente de Fotografia: Jhonatas Araújo

Logger: Giulia Donato

Design Gráfico: B Partes Studio

Assessoria de Imprensa: Alexandre Aquino e Cláudia Tisato

Direção de Produção: Elissandro de Aquino

Produtora Associada: Chamon Produções

Produção: Viramundo.

Serviço:

De Piaf a Elis: música e dança flamenca no cinema

Data: 26 de fevereiro (segunda-feira) – Première para convidados

Horário: 21h

Local: Estação Net Rio

Endereço: Rua Voluntários da Pátria, 35. Botafogo, Rio de Janeiro (RJ)

Lotação: 100 lugares

Data: 29 de fevereiro (quinta-feira) – aberto ao público

Sessões: 13h e 18h

Local: Sala Mário Tavares – anexo do Theatro Municipal

Endereço: Av. Alm. Barroso, 14/16 – Centro, Rio de Janeiro (RJ)

Lotação: 160 lugares

Ingressos: R$40 (inteira) e R$20 (meia) por meio da plataforma Sympla

Classificação: Livre.

(Fonte: Claudia Tisato Assessoria de Imprensa)

Participação brasileira destaca produção e resistência dos povos originários na 60ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia

Veneza, por Kleber Patricio

O Pavilhão do Brasil na Bienal de Veneza. Fotos: divulgação.

O Pavilhão Hãhãwpuá – como é referido o Pavilhão do Brasil nesta edição da Biennale – marca sua presença na 60ª Bienal de Veneza com a exposição intitulada “Ka’a Pûera: nós somos pássaros que andam”, com curadoria de Arissana Pataxó, Denilson Baniwa e Gustavo Caboco Wapichana. O título Ka’a Pûera faz alusão a duas interpretações interligadas: em primeiro lugar, ele se refere a espaços de roça que, após a colheita, ficam adormecidos, surgindo um lugar com vegetação baixa, revelando potencial de ressurgimento; além disso, a capoeira é também conhecida pelos Tupinambá como uma pequena ave que vive em florestas densas, camuflando-se no ambiente.

Nesta edição da Bienal italiana – dirigida pela primeira vez por um sul-americano, o brasileiro Adriano Pedrosa – o Pavilhão Hãhãwpuá destaca-se ao apresentar os povos originários e sua produção artística, em especial a resistência dos saberes e práticas dos habitantes do litoral. A exposição aborda questões de marginalização, desterritorialização e violação de direitos, convidando à reflexão sobre resistência e a essência compartilhada da humanidade, pássaros, memória e natureza. Glicéria Tupinambá, artista já anunciada, trabalha com a Comunidade Tupinambá da Serra do Padeiro e Olivença, na Bahia, para a realização de suas obras.

Glicéria Tupinambá.

Compõem também o Pavilhão obras dos artistas Olinda Tupinambá e Ziel Karapotó. “A mostra reúne a Comunidade Tupinambá e artistas pertencentes a povos do litoral – os primeiros a serem transformados em estrangeiros no seu próprio Hãhãw (território ancestral) – a fim de expressar uma outra perspectiva sobre o amplo território onde vivem mais de trezentos povos indígenas (Hãhãwpuá). O Pavilhão Hãhãwpuá narra uma história da resistência indígena no Brasil, a força do corpo presente nas retomadas de território e as adaptações frente às urgências climáticas”, afirmam os curadores.

Os Tupinambá eram considerados extintos até o ano de 2001, quando finalmente o Estado Brasileiro reconheceu que esse povo não só nunca havia sido exterminado, como está ativo na luta para reaver seu território e parte de sua cultura que fora retirada pela colonização.

Olinda Tupinambá.

“A exposição é realizada no ano em que um dos mantos tupinambá retorna ao Brasil depois de um longo período no exílio europeu, onde estava desde 1699 como um preso político. A vestimenta atravessa tempos e atualiza as problemáticas da colonização, enquanto os Tupinambá e outros povos continuam suas lutas anticoloniais em seus territórios – como Ka’a Pûera, pássaros que andam sobre florestas que ressurgem”, complementam os curadores.

Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, ressalta que “vivemos um momento de convergência entre o passado, o presente e o futuro para encontrarmos um caminho para modos de vida sustentáveis e a repactuação das relações humanas. As questões levantadas pelo trabalho dos curadores e artistas apontam para caminhos relevantes para o árduo processo que temos pela frente”.

As obras

Glicéria Tupinambá convoca os mantos de seu povo para formar a instalação “Okará Assojaba”. Okará é uma assembleia da sociedade Tupinambá cujo objetivo é criar um conselho de escuta onde se reúnem os líderes que são portadores dos mantos tupinambá: as mulheres, os pajés e os caciques. A instalação faz referência a essa assembleia ao trazer um manto tupinambá produzido por Glicéria de modo coletivo com sua família e a Comunidade Tupinambá da Serra do Padeiro, acompanhado por mantos/tarrafas (redes de pesca). A instalação ainda é composta por onze cartas escritas por Glicéria, assinadas em conjunto com a Associação dos Índios Tupinambá da Serra do Padeiro e enviadas aos museus que possuem mantos tupinambá e outras partes de sua cultura em seus acervos.

Ziel Karapotó.

Em “Dobra do tempo infinito”, uma videoinstalação com sementes, terra, redes de arrasto e jererés, Glicéria Tupinambá cria conexões entre as tramas das redes de pesca e a dos trajes tradicionais. Segundo o pensamento desse povo, os cruzamentos dos pontos das redes de pesca e das vestes também conectam os tempos: aquele que é tradicional e o presente. Na obra, a artista nos convida a conhecer os mestres da sua comunidade e a dialogar com os jovens, somando mais pontos nessa dobra temporal.

Com a videoinstalação “Equilíbrio”, Olinda Tupinambá, por sua vez, amplia a voz de Kaapora – entidade espiritual vigilante da nossa relação com o planeta e que também dá nome ao projeto de ativismo ambiental conduzido por ela na Terra Indígena Caramuru. A obra apresenta um retrato da condição humana na Terra e uma discussão crítica da relação destrutiva da civilização com o planeta do qual depende. Cuidar desse planeta, interagindo de forma respeitosa com os outros seres vivos, é a única forma de nos tornarmos realmente civilizados.

Ziel Karapotó, por fim, confronta processos coloniais em “Cardume”, uma instalação que une, com uma rede de tarrafa, maracás de cabaça e réplicas de projéteis balísticos envolvidos por uma paisagem sonora com sons de rios e torés (cantos tradicionais do povo Karapotó) que se misturam a sons de disparos de armas de fogo. “Cardume” evoca a luta pelos territórios frente aos processos de genocídio que se atualizam nos últimos 523 anos, mas sobretudo reforça a resistência indígena por meio da vida: os torés afirmam a espiritualidade; a rede de pesca representa as correntezas dos rios, mares e a fartura de peixes e, finalmente, o maracá conecta os povos indígenas à terra onde vivem.

O termo Hãhãwpuá | Nesta edição, o Pavilhão do Brasil é referido pelos curadores como Pavilhão Hãhãwpuá, simbolizando o Brasil como território indígena, com “Hãhãw” significando “terra” na língua patxohã. O nome “Hãhãwpuá” é usado pelos Pataxó para se referirem ao território que, depois da colonização, ficou conhecido como Brasil, mas que já teve e tem muitos outros nomes.

Sobre a Fundação Bienal de São Paulo | Fundada em 1962, a Fundação Bienal de São Paulo é uma instituição privada sem fins lucrativos e vinculações político-partidárias ou religiosas, cujas ações têm como objetivo democratizar o acesso à cultura e estimular o interesse pela criação artística. A Fundação realiza a cada dois anos a Bienal de São Paulo, a maior exposição do hemisfério Sul, e suas mostras itinerantes por diversas cidades do Brasil e do exterior. A instituição é também guardiã de dois patrimônios artísticos e culturais da América Latina: um arquivo histórico de arte moderna e contemporânea que é referência (Arquivo Histórico Wanda Svevo), e o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, sede da Fundação, projetado por Oscar Niemeyer e tombado pelo Patrimônio Histórico. Também é responsabilidade da Fundação Bienal de São Paulo a tarefa de idealizar e produzir as representações brasileiras nas Bienais de Veneza de arte e arquitetura, prerrogativa que lhe foi conferida há décadas pelo Governo Federal em reconhecimento à excelência de suas contribuições à cultura do Brasil.

(Fonte: Index Conectada)