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Renan Marcondes desafia convenções da performance em exposição no CCSP

São Paulo, por Kleber Patricio

Frame do vídeo “Solo”, de Renan Marcondes. Imagem: Cacá Bernardes.

No dia 16 de março, o Centro Cultural São Paulo inaugura a 33ª edição de seu tradicional programa de exposições. Todos os anos, o projeto seleciona nomes representativos da arte contemporânea para apresentar mostras individuais no espaço. O edital é um dos principais validadores do mundo artístico, indicando nomes nos quais vale a pena prestar atenção: os artistas selecionados em edições anteriores frequentemente são contemplados com importantes prêmios, como o PIPA, e participam de eventos como bienais e exposições institucionais. É o caso da mineira Luana Vitra, selecionada pelo edital em 2020. Em 2023, a artista recebeu o prêmio PIPA e foi um dos destaques da 35ª Bienal com a instalação “Pulmão da Mina”. Neste ano, o edital do CCSP contempla 24 artistas de todo o Brasil que trabalham com mídias como pintura, instalação, vídeo e escultura. Ao lado de nomes como Érica Storer (PR), Dyana Santos (MG), Felipe Rezende (BA) e soupixo (CE), Renan Marcondes (ABC) apresenta a exposição “Solo”.

O projeto apresenta registro em vídeo da performance que faz parte da série “Teatro” e recebe o mesmo nome da mostra. Em “Solo”, realizada durante uma residência do artista no Sesc Avenida Paulista em 2018, vê-se uma pessoa em uma grande sala de vidro que tenta incansavelmente completar a palavra “desejar” escrita em um dos painéis.

Espaço onde a performance acontece é tomado por uma névoa que atrapalha a visibilidade do público.

A sala é envolta por uma fumaça que constantemente se acumula no ambiente, dificultando a ação da performer, a leitura das frases e a visibilidade por parte do público. Através do obscurecimento, a performance joga com os conceitos de presença e ausência do artista e sua relação com o público.

Renan Marcondes é artista e pesquisador da arte da performance e da dança. Doutor em Artes pela ECA USP, investiga as apropriações neoliberais sobre o conceito de “presença”. Tendo como principais temas o corpo e seus limites, desenvolve ações de longa duração que desafiam as convenções tradicionais de uma performance bem-sucedida. Sua tese de doutorado foi contemplada em 2022 Prêmio Tese Destaque USP e publicada em livro pela editora Annablume. Suas obras já participaram de diversas edições da mostra VERBO de performance arte e da Bienal Sesc de Dança, entre outros. Possui trabalhos nos acervos de instituições como Museu de Arte do Rio, Museu Nacional de Belas Artes, Museu de Arte do Espírito Santo, Museu de Arte Contemporânea de Ribeirão Preto e a Pinacoteca de São Bernardo do Campo.

Solo

Visitação: até 16/6/2024 –  terça – sexta-feira: 10h às 20h e sábado, domingo e feriados: 10h às 18h

Local: Centro Cultural São Paulo – Rua Vergueiro, 1000 – Liberdade, São Paulo – SP

Entrada gratuita.

(Fonte: Patricia Gil Assessoria de Imprensa)

Bar do Nelson é point dos amantes da eterna boêmia paulistana

São Paulo, por Kleber Patricio

O cantor Nando Gonçalves e a empresária Lilian Gonçalves. Fotos: Divulgação.

Em uma homenagem póstuma ao icônico cantor Nelson Gonçalves, sua filha, a empresária Lilian Gonçalves, inaugurou em meados de 2007 o Bar do Nelson, um espaço que celebra a vida e a obra do eterno “Rei da Boemia”. Localizado no coração do bairro de Santa Cecília, em São Paulo, o bar é um santuário para os amantes da boa música. O ambiente proporciona aos frequentadores uma imersão na vida e obra de Nelson Gonçalves. O bar conta com uma decoração que remete época de ouro da música brasileira, decorada com fotos e discos de vinil que traçam a linha do tempo da carreira do artista.

Além da ambientação nostálgica, o Bar do Nelson oferece uma programação musical com apresentação de música ao vivo de segunda a sábado, com casting de cantores da noite paulistana com o melhor da música brasileira. Dentre os destaques, está o intérprete de Nelson Gonçalves, o cantor Nando Gonçalves, que emociona o público com sua interpretação única e emocionante que traz à vida as melodias que marcaram gerações.

Outro atrativo especial do local é a gastronomia, com cardápio que aguça os mais diversos paladares. O Picadinho do Boêmio, prato predileto do memorável artista, que conquista pelo sabor autêntico e marcante. Além disso, o local oferece uma variedade de porções, drinques e outras delícias gastronômicas que proporcionam uma experiência completa para os amantes da boa comida e da boa música.

O Bar do Nelson é mais do que um simples bar: é um espaço de celebração, memória e cultura que mantém viva a essência e o legado de Nelson Gonçalves, o eterno Rei da Boêmia.

Serviço:

Bar do Nelson – Rua Canuto do Val, 83 – Santa Cecília – São Paulo (SP)

Aberto de segunda-feira a sábado: das 20h às 4h, com apresentações musicais ao vivo

Reservas e informações: (11) 3224-0586 ou pelo WhatsApp (11) 98840-7424.

(Fonte: Lucia Furlan Assessoria de Imprensa)

Simply Red apresenta turnê comemorativa de 40 anos na Rioarena

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Foto: Divulgação.

Poucas bandas desfrutam do sucesso e da longevidade do Simply Red. Em 2025, o grupo inglês formado em 1985 completa 40 anos de uma trajetória considerada uma das mais bem-sucedidas da música mundial. Para comemorar, o grupo anuncia a turnê Simply Red – 40th Anniversary Tour 2025, que se apresenta no dia 12 de março de 2025 na Rioarena. Os ingressos já estão à venda.

O Simply Red foi formado no Reino Unido pelo vocalista Mick Hucknallse e logo no início chamou a atenção do público. O single “Money’s Too Tight to Mention”, parte do álbum de estreia Picture Book, virou um hit instantâneo e conquistou uma indicação na respeitada premiação Brit Award. Na sequência, Stars, de 1991, foi o álbum mais vendido por dois anos consecutivos na Grã-Bretanha e na Europa. Em seus 40 anos de estrada, o Simply Red lançou 13 álbuns, todos eles sempre incluídos entre os melhores do Reino Unido. Inclusive, o último lançamento, Time, de 2023.

A última vez que o Simply Red esteve no Brasil foi em 2012 e os integrantes estão empolgados para esse retorno ao país, depois de 13 anos. “Simply Red está completando 40 anos! Estamos ansiosos para compartilhar esse marco especial nos shows da nossa turnê mundial de 2025. Os fãs poderão ouvir todas as suas faixas favoritas de 1985 até hoje e desfrutar de uma noite memorável celebrando a incrível jornada em que estivemos juntos nas últimas quatro décadas”, promete o vocalista e fundador da banda, Mick Hucknall.

A turnê Simply Red – 40th Anniversary Tour 2025 tem produção da 30e e patrocínio do Santander Brasil.  A pré-venda de ingressos para clientes Santander acontece de 13 de dezembro, às 10h, até as 9h59 de sexta-feira, dia 15 de dezembro, com possibilidade de parcelamento em até 3x pelo cartão do Banco e desconto de 10% (sujeito à disponibilidade). As vendas para o público em geral começam a partir das 10h de sexta-feira, dia 15 de dezembro.

(Fonte: Danthi Comunicação)

Novas interações entre animais marinhos identificadas no Nordeste brasileiro atestam importância da conservação ambiental

Ceará, por Kleber Patricio

Exemplar de esponja da espécie Callyspongia (Cladochalina) aculeata da coleção de porifera do Museu Nacional do Rio de Janeiro (MNRJ) estudada por pesquisadoras. Foto: Arquivo pesquisadores.

As interações entre animais marinhos contribuem para o equilíbrio e a manutenção da diversidade no oceano. Oito associações inéditas entre ofiúros e esponjas, dois grupos de animais que fazem parte do ecossistema marinho, foram encontradas na costa Nordeste do Brasil. Dessas, sete foram observadas em áreas importantes de conservação da biodiversidade: o Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio e o Canal das Arabaianas, ambos em Fortaleza. As descobertas reforçam a relevância das áreas de conservação ambiental para estudos sobre a biodiversidade brasileira. O achado está descrito em estudo publicado na segunda (18), na revista científica “Ocean and Coastal Research”, por pesquisadoras da Universidade Federal do Ceará (UFC), do Instituto Federal de Brasília (IFB) e da Universidade de Brasília (UnB).

Os ofiúros, ou ofiuróides, são conhecidos como serpentes-do-mar e são parentes próximos das estrelas-do-mar. Eles atuam na reciclagem de matéria orgânica dos oceanos. Já as esponjas, também conhecidas como poríferos, desempenham um papel fundamental na formação e manutenção do ecossistema marinho. Muitas vezes, animais como os ofiúros se aproveitam da estrutura das esponjas para obter alimentos, para se proteger contra predadores ou para se abrigar. Ao mesmo tempo, esses animais fazem a limpeza dos canais de água das esponjas, que se alimentam filtrando a água do mar.

Para investigar as relações ecológicas entre ofiúros e esponjas, as pesquisadoras analisaram coleções científicas da UFC e do Museu Nacional do Rio de Janeiro, que abrigam exemplares desses dois grupos de animais. Os animais estudados foram coletados na costa do estado do Ceará, nordeste do Brasil, entre julho de 2009 e outubro de 2021. No total, foram encontrados registros de 14 interações entre quatro espécies de ofiúros e 11 espécies de esponjas. Dessas, oito foram documentadas pela primeira vez nesse artigo. “Os animais foram coletados e analisados em laboratório”, explica Mariany Oliveira Arruda, coautora do artigo. Dessa forma, as pesquisadoras conseguiram registrar as associações existentes entre as espécies.

Segundo Oliveira, investigar as relações que acontecem entre diferentes grupos marinhos é uma maneira de entender melhor o funcionamento dos ecossistemas. Isso pode proporcionar o estabelecimento de medidas de conservação mais efetivas dos oceanos. “Os oceanos são os principais reguladores da temperatura do nosso planeta, permitindo que possamos viver adequadamente. Se cuidamos do mar, estamos cuidando de todas as relações ecológicas existentes, que são essenciais para a nossa sobrevivência no planeta Terra”, explica a autora.

Além disso, a pesquisadora enfatiza que os impactos ambientais, derivados de atividades como a pesca industrial, prejudicam as interações ecológicas e afetam o equilíbrio dos oceanos: “Semelhante aos desmatamentos em massa das florestas terrestres, as esponjas acabam sendo retiradas e isso atrapalha a relação ecológica desempenhada por esses animais. E tal qual como ocorre nos biomas terrestres, essas grandes devastações geram um desequilíbrio em cadeia no funcionamento do ecossistema marinho”.

A pesquisa também enfatiza a importância das coleções biológicas de museus e universidades para estudos de biodiversidade e para a elaboração de planos de conservação, por exemplo. Para Oliveira, o estudo “reforça a importância de investigar o ambiente marinho a partir de coleções científicas, locais onde os componentes da biota são depositados. Elas funcionam como importantes fontes de dados para estudos de biodiversidade”.

(Fonte: Agência Bori)

Mortalidade e desnutrição infantil são menores em áreas rurais de Minas Gerais, indica pesquisa

Minas Gerais, por Kleber Patricio

Municípios rurais de Minas Gerais têm menores taxas de mortalidade e desnutrição infantil, mas IDH mais baixo que municípios urbanos. Foto: Cecília Bastos/USP Imagens.

Com cerca de 98% da população coberta por programas da Estratégia Saúde da Família (ESF), municípios rurais de Minas Gerais apresentam taxas de mortalidade e de desnutrição infantil menores que as regiões urbanas do estado. Menos de uma morte a cada mil crianças com até um ano de idade acontece nesses municípios, enquanto a média estadual é de 11 mortes a cada mil crianças nesta faixa etária. É o que revela pesquisa publicada na segunda (18), na revista científica “Saúde em Debate”.

O estudo, resultado de uma colaboração entre a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG), aponta para resultados positivos da estratégia liderada pelo Ministério da Saúde e traz dados importantes para a análise e gestão do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado.

Para investigar as características socioeconômicas e de saúde dos municípios do estado de Minas Gerais e explorar possíveis associações com os indicadores de desenvolvimento humano e de saúde, o grupo de pesquisadores coletou dados de 2021 de todos os 853 municípios mineiros a partir de fontes oficiais acessíveis ao público. A análise estatística e comparativa englobou 15 variáveis relacionadas com a localização geográfica do município, indicadores sociais e de saúde, bem como sua classificação como rural ou urbano, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Aproximadamente 65% dos municípios mineiros são classificados na tipologia rural do IBGE”, comenta João Alves Pereira, especialista em Políticas e Gestão em Saúde da SES/MG. “No geral, são municípios pequenos, com até 20 mil habitantes, com baixo IDH, forte desigualdade na distribuição de renda, grandes distâncias entre cidades e baixa densidade demográfica”, completa o autor. Mesmo nesse contexto, foram as áreas rurais que apresentaram as melhores taxas de mortalidade infantil do estado. Outro dado relevante mostrado pelo estudo é que o número de crianças mineiras de até dois anos, em zonas rurais, que enfrentam a desnutrição é de 4,35% — menor do que a meta definida pelo estado, de 4,82%.

A alta cobertura de regiões rurais pela ESF pode ser um dos fatores responsáveis por esses resultados positivos. A cobertura de quase 100% desses serviços em áreas rurais de MG também pode ter colaborado para a distribuição uniforme da cobertura vacinal identificada pelo estudo, que pode ter gerado uma proteção mais eficaz da população contra diversas doenças.

O estudo mostra, por outro lado, que as médias de IDH ainda são mais altas em municípios urbanos. Os municípios rurais apresentam as maiores taxas de analfabetismo e de baixa renda do estado de Minas. Isso acende um alerta para a necessidade de se direcionar atenção para a educação e renda nestes municípios. “É preciso estabelecer uma agenda intersetorial para investimento em estratégias de desenvolvimento social e econômico, incluindo o acesso à renda, o investimento em alfabetização e em infraestrutura básica”, defende Pereira.

O pesquisador revela que o próximo passo da pesquisa envolve expandir a avaliação dos indicadores estudados para o nível nacional, abrangendo todos os municípios brasileiros. “A associação de indicadores contextuais e indicadores de saúde ainda é pouco explorada no Brasil e poderia trazer informações importantes para mudar a vida dos brasileiros de forma prática”, finaliza.

(Fonte: Agência Bori)