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Fernando Catatau, Ava Rocha, Curumin, Jasper e Bruno Berle se apresentam no Sesc Pinheiros

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Divulgação.

Em apresentação inédita no dia 30 de março, o Teatro Paulo Autran do Sesc Pinheiros recebe o show “Pra falar de amor”, com os artistas Catatau, Ava Rocha, Curumim, Jasper e Bruno Berle. O projeto, concebido e dirigido por Fernando Catatau, guitarrista e líder da banda Cidadão Instigado, contempla nas canções escolhidas para compor o repertório algumas das facetas do amor rasgado, afligido – sem deixar de lado a esperança e o romantismo comum às letras de afeto.

O primeiro laboratório do projeto surgiu em janeiro desse ano, quando Catatau se apresentou nas cidades de Recife e Fortaleza com o show ‘Só as românticas’. Para este projeto no Sesc Pinheiros, o diretor musical escolheu artistas com uma carga emocional em seus trabalhos e que flertam com o tema.

Na seleção musical, estão ritmos conhecidos da música popular brasileira: forró, samba, rock, reggae, brega. A lista de homenageados pelo quinteto inclui ainda Alcione e Jards Macalé, Shalon Israel, Fernando Mendes, Djavan e Raul Seixas. Também serão executadas obras dos próprios intérpretes. Para Catatau, “Esse é um show pra bater forte no coração emocionado”.

Ficha Técnica

Direção musical, voz, guitarra e sampler: Fernando Catatau

Bateria, voz e sampler: Curumin

Voz: Ava Rocha

Voz e violão: Bruno Berle

Voz e guitarra: Jasper

Teclados: Paola Lappicy

Baixo: Beatriz Lima

Percussão: Clayton Martin

Realização: Ramalhete Produção e Sesc Pinheiros.

Serviço:

Pra Falar de Amor

Dia: 30 de março | sábado, 21h

Duração: 60 minutos

Local: Teatro Paulo Autran (1000 lugares)

Classificação: recomendação 12 anos

Ingressos: R$50 (inteira); R$25 (meia) e R$15 (credencial plena)

Sesc Pinheiros – Rua Paes Leme, 195 – Pinheiros – São Paulo, SP

Estacionamento com manobrista: terça a sexta, das 7h às 21h; sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h.

(Fonte: Assessoria de Imprensa Sesc Pinheiros)

Festival de Cinema Brasileiro em Paris homenageia o ator e diretor Antônio Pitanga

Paris, por Kleber Patricio

Foto: Divulgação/MinC.

De 26 de março a 2 de abril, a capital francesa recebe a 26ª edição do Festival de Cinema Brasileiro de Paris. Com 30 produções da cinematografia nacional – entre ficções e documentários –, este ano, o Festival no Cinéma l’Arlequin prestará homenagem a uma das figuras mais emblemáticas do cinema brasileiro: Antônio Pitanga. O renomado ator, que já atuou em mais de 70 filmes, é conhecido por sua colaboração com diretores icônicos do Cinema Novo, como Glauber Rocha.

Os filmes do festival serão divididos em cinco mostras: Competitiva, Hors-concours, Documentários, Sessão Escolar e Homenagem a Antônio Pitanga. Entre as obras, serão exibidas “A Batalha da Rua Maria Antônia”, de Vera Egito, ficção vencedora do Festival do Rio de 2023; “Pedágio”, de Carolina Markowicz, vencedor de quatro prêmios no Festival do Rio e grande vencedor do prêmio de Melhor Filme do Festival de Cinema de Roma 2023, e “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião, vencedor do prêmio de Melhor Fotografia no Festival do Rio de 2023 e o de Melhor Filme Brasileiro no Prêmio Félix, para longas com temáticas voltadas à causa LGBTQIAP+.

“Eventos como o Festival de Cinema Brasileiro de Paris são vitais para ampliar a visibilidade dos nossos filmes e artistas no cenário internacional. Nesta edição do festival de Paris, que tem o Brasil como homenageado, o público vai viver uma experiência cinematográfica única, marcada pela qualidade e originalidade de nossas produções”, exalta a ministra da Cultura, Margareth Menezes.

PITANGA

A mostra, que homenageia Antônio Pitanga, conta com uma seleção de filmes mais significativos de sua carreira, como “Barravento”, de Glauber Rocha; “Na Boca do Mundo”, obra produzida em 1979 e primeiro filme dirigida por Pitanga; “Ladrões de Cinema”, longa de Fernando Coni Campos; “Nosso Sonho”, de Eduardo Albergaria; “Casa de Antiguidade”, de João Paulo de Miranda Maria, e “Pitanga”, documentário sobre o ator dirigido por sua filha por Camila Pitanga.

Ainda segundo a ministra Margareth Menezes, a homenagem a Pitanga é um reconhecimento não apenas de sua contribuição para o cinema brasileiro, mas também de sua importância histórica e cultural para o país. “Sua trajetória de mais de cinco décadas é marcada por interpretações memoráveis e pela participação em filmes que se tornaram referências no cenário cinematográfico nacional e internacional”, disse.

Além das exibições, o festival também conta com debates, workshops e outras atividades que visam promover o intercâmbio cultural entre o Brasil e a França.

(Fonte: Assessoria de Imprensa MinC)

Cinemateca Brasileira e Museu Mazzaropi vão recuperar e digitalizar filmes de Amácio Mazzaropi

São Paulo, por Kleber Patricio

Still de Sai da Frente. Imagem: Divulgação.

A Cinemateca Brasileira e o Museu Mazzaropi vão recuperar e digitalizar seis filmes de Amácio Mazzaropi (1912–1981). Aprovado por edital da Lei Paulo Gustavo pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, o projeto “Digitalização e Difusão de Obras de Amácio Mazzaropi” tem investimento de R$200 mil e inclui mostras e debates no segundo semestre deste ano tanto na sede da Cinemateca Brasileira, na capital, quanto no Museu, em Taubaté.

Os filmes dos quais Mazzaropi – conhecido pelo personagem do caipira, que marcou sua carreira – participou se caracterizavam pelo humor, às vezes com um toque de melodrama, que abordavam temas e discussões importantes como o racismo, a reforma agrária, injustiças sociais e a relação entre campo e cidade. Assim, Mazzaropi construiu um conjunto de obras que se voltou para o cotidiano de grupos marginalizados da sociedade brasileira, tendo o humor como ponto central e uma linguagem popular capaz de alcançar números de bilheteria impressionantes.

Sai da Frente. Imagem: Acervo da Cinemateca Brasileira.

“A obra de Mazzaropi ocupa um lugar especial na história do cinema brasileiro pelo seu alcance popular. Com essa importante ação, a Cinemateca Brasileira reforça seu objetivo primordial de preservar o audiovisual e de disponibilizar o acervo através do processo de digitalização”, destaca Maria Dora Mourão, diretora geral da Cinemateca Brasileira. “Mazzaropi fez um cinema genuinamente brasileiro que continua sendo visto e revisto. Seus filmes ainda hoje inspiram cineastas e artistas que, como ele, buscam retratar o Brasil. O restauro digital destes seis filmes vai reavivar Mazzaropi e as nossas brasilidades”, complementa Claudio Marques, curador do Museu Mazzaropi.

Para a recuperação das obras, o processo contempla ações de pesquisa, conservação e digitalização de seis títulos, que passarão a contar com cópias em formato DCP para circulação em salas de cinema. “Ao lado de tantos outros filmes brasileiros, a obra de Mazzaropi merece ser restaurada, preservada, assistida e pesquisada”, ressalta Arthur Feijó, conselheiro do Instituto Mazzaropi.

A mostra a ser realizada pela Cinemateca contará com os títulos digitalizados por meio dos recursos da Lei Paulo Gustavo, além de outros títulos relevantes da carreira de Mazzaropi também integrantes do acervo da Cinemateca Brasileira. “O projeto potencializa ações de preservação e difusão da vida e obra de Mazzaropi. A digitalização, como eixo fundamental da cadeia de preservação audiovisual, facultará o acesso amplo e qualificado a títulos importantes da filmografia de Mazzaropi – como ator e diretor. A parceria com o Museu reforça o compromisso da Cinemateca Brasileira em atuar conjuntamente com seus pares na valorização de nosso cinema”, pontua a diretora técnica da Cinemateca Brasileira, Gabriela Sousa de Queiroz.

Sai da Frente. Acervo da Cinemateca Brasileira.

Os filmes contemplados no projeto pertencem aos acervos da Cinemateca Brasileira e do Museu Mazzaropi. São obras que não possuem cópias digitais para difusão e são importantes para filmografia de Mazzaropi, como a sua estreia no cinema, ‘Sai da frente’ (1952), dirigido por Abílio Pereira de Almeida e Tom Payne e produzido pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz, e ‘O Corintiano’ (1966), de Milton Amaral, que contém cenas de jogos do Corinthians.

O legado de Mazzaropi

A Cinemateca Brasileira conserva mais de 200 materiais audiovisuais relativos à filmografia de Amácio Mazzaropi, cujos direitos estão distribuídos em diferentes detentores, além de uma coleção de cerca de 600 fotografias, cartazes e outros materiais documentais.

O Museu Mazzaropi foi criado em 1992, em Taubaté, SP, onde, na década de 70 até meados de 80, existiam os estúdios de cinema da PAM Filmes. Possui o mais representativo acervo sobre a vida e obra do artista, com cerca de 20 mil itens, entre fotos, documentos e objetos, e atende visitantes e pesquisadores das áreas de cinema, TV, rádio e teatro, cultura popular, além de estudantes e público em geral.

Lista de filmes contemplados para digitalização

1 – Sai da frente (1952), direção de Abílio Pereira de Almeida e Tom Payne – Titularidade Cinemateca Brasileira. Produção da Companhia Cinematográfica Vera Cruz e estreia de Mazzaropi no cinema, na qual ele interpreta um motorista de caminhão que precisa fazer uma mudança de São Paulo para Santos, mas acaba se envolvendo em diversos contratempos.

2 – Candinho (1953), direção de Abílio Pereira de Almeida – Titularidade Cinemateca Brasileira.

Terceiro e último filme de Mazzaropi produzido pela Vera Cruz. O papel do caipira, que se tornaria recorrente na filmografia do ator, aparece pela primeira vez. O filme é baseado no conto ‘Cândido, ou o otimismo’, de Voltaire.

3 – Zé do Periquito (1961), direção de Amácio Mazzaropi e Ismar Porto – Titularidade Museu Mazzaropi. O romance impossível entre o jardineiro de um colégio e uma estudante foi o segundo filme dirigido por Mazzaropi, após sua estreia na direção com As aventuras de Pedro Malasartes, no ano anterior.

4 – O Lamparina (1964), direção de Glauco Mirko Laurelli – Titularidade Museu Mazzaropi.

Neste filme, Mazzaropi é um trabalhador do campo que acaba se juntando, por acidente, a um bando de cangaceiros, tornando-se o destemido e atrapalhado Lamparina. Sátira dos filmes de cangaço, gênero muito popular no cinema brasileiro.

5 – O Corintiano (1966), direção de Milton Amaral – Titularidade Museu Mazzaropi.

Mazzaropi interpreta um corintiano fanático que entra em conflito com os filhos e com os vizinhos palmeirenses. O filme contém cenas de jogos reais do Corinthians, nas quais aparecem os jogadores Rivellino e Dino Sani, entre outros.

6 – O Puritano da Rua Augusta (1966), direção de Amácio Mazzaropi – Titularidade Museu Mazzaropi. Nessa sátira de costumes, Mazzaropi interpreta um pai de família conservador e moralista que, após um ataque do coração, passa a agir feito jovem outra vez, mudando o cabelo, as roupas e o gosto pela música. O filme conta com participações especiais de diversos músicos, incluindo Elza Soares.

Museu Mazzaropi

O Museu foi criado em 1992 por João Roman Júnior para homenagear seu velho amigo, Amácio Mazzaropi. A amizade nasceu nas serestas em São Luiz do Paraitinga, com o compositor Elpídio dos Santos, criador das músicas para os filmes de Mazzaropi e o maestro Fêgo Camargo, pai de Hebe Camargo. Nessa época, ninguém podia imaginar que João Roman Junior acabaria comprando, anos depois da morte de Mazzaropi, o complexo que incluía os estúdios da PAM Filmes, onde hoje existe o Hotel Fazenda Mazzaropi®.

O Museu revive o patrimônio cultural inestimável de Mazzaropi e contribui para a atratividade turística e cultural da região. Instagram | Facebook | Youtube | TikTok

Cinemateca Brasileira

Sai da Frente: Imagem: Divulgação.

A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962 e que recentemente foi qualificada como Organização Social.

O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida e obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público. Facebook | Instagram | Spotify.

(Fonte: Trombone Comunicação)

Turismo de Base Comunitária preserva cultura caiçara no Litoral Norte de SP

Litoral norte de São Paulo, por Kleber Patricio

Rota Caiçara em São Sebastião. Foto: Divulgação/MaresiasTur.

Diante da crescente demanda por viagens mais conscientes e sustentáveis, o Litoral Norte de São Paulo vem se consolidando como uma referência em Turismo de Base Comunitária (TBC). Isso porque, as cinco cidades integrantes do Circuito Litoral Norte (Bertioga, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba) vem promovendo a cultura caiçara e contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região.

Conforme aponta o relatório de Viagens Sustentáveis da Booking.com em 2023, 76% dos viajantes buscam opções que aliem suas experiências de viagem à sustentabilidade e ao suporte à economia local. E o TBC na Região Turística busca exatamente essa integração dos visitantes com a vida e a cultura locais, transformando o turismo em uma ferramenta de valorização cultural e desenvolvimento econômico em contraposição ao turismo de massa. Essa abordagem promove uma interação respeitosa e enriquecedora entre turistas e moradores, assegurando que os benefícios da prática sejam compartilhados com a comunidade local.

Pescadores em Caraguatatuba. Foto: Divulgação/Circuito Litoral Norte.

Bertioga, por exemplo, destaca-se pela implementação de atividades de TBC em locais como a Vila da Mata, o Sítio São João e o Balneário Mogiano. Na Vila da Mata, desde 2018, turistas podem participar de rodas de conversa, vivências em hortas comunitárias, observação de aves e experiências culinárias locais, enquanto no Sítio São João, os visitantes são introduzidos à cultura das Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) participando de trilhas educativas e histórias locais. E o Balneário Mogiano oferece uma experiência única com a criação de abelhas sem ferrão e narrativas das tradições locais.

“O Turismo de base comunitária vem crescendo muito em Bertioga, não só proporcionando aos turistas   uma rica experiência, mas também gerando ocupação e renda para as comunidades e dando dignidade aos que o produzem”, afirma o secretário de Turismo de Bertioga, Ney Carlos da Rocha.

Já Caraguatatuba apresenta o Turismo de Base Comunitária por meio da AMAPEC na Fazenda de Mexilhão da Cocanha, que se destaca como a maior fazenda de mariscos do estado. O projeto permite aos visitantes compreender o processo de cultivo do mexilhão, práticas sustentáveis de maricultura e a importância da preservação ambiental e cultural do local. Adicionalmente, a área proporciona a oportunidade de observação da biodiversidade marinha local.

Castelhanos, em Ilhabela. Foto: Reprodução/castelhanos.org.

“É de extrema importância esse trabalho; primeiro porque fomenta por muitas vezes um turismo que muita gente não conhece e, também, pelo fato de que ajuda muito na promoção do destino na baixa temporada, atraindo outros tipos de turistas”, comenta o secretário de Turismo de Caraguatatuba, Rodrigo Tavano. Segundo Tavano, as atividades de TBC na cidade ainda inclui os pescadores com a pesca do camarão e entreposto de pesca do Porto Novo com a tainha e ajudam a fomentar a economia local e movimentar o turismo.

Em Ilhabela, o TBC é exemplificado pelo engajamento dos visitantes nas práticas de pesca artesanal na Baía de Castelhanos, incluindo visitas ao cerco e oficinas de rede de pesca, o que permite uma imersão na vida caiçara e promove a sustentabilidade e o respeito às tradições locais. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico e do Turismo, Harry Finger, o TBC é uma forma de conhecer as raízes de Ilhabela e toda a beleza que rodeia a Baía de Castelhanos. Além da riqueza da experiência, esse é um tipo de turismo que pode ser feito durante o ano inteiro, porque não depende do sol e da praia, sendo a cultura caiçara o principal ponto de interesse.

São Sebastião, por sua vez, mergulha os visitantes na cultura caiçara por meio da Rota Caiçara, em Boiçucanga, que engloba conversas com residentes sobre a história e os costumes locais, passeios de barco e experiências gastronômicas que destacam a culinária tradicional. Além disso, na divisa de Bertioga com São Sebastião, na Praia de Boracéia, estão as Terras Indígenas do Rio Silveira, onde vivem cerca de 500 índios guaranis. A aldeia mantém viva sua cultura, com danças, músicas, culinária e artesanato típico.

Aldeia Boa Vista, em Ubatuba. Foto: Tatyana Andrade/cidadeecultura.

“O turismo de base comunitária (TBC) no nosso município desempenha um papel fundamental na promoção do desenvolvimento sustentável e na preservação da cultura local.  Com o TBC também temos geração de emprego e renda ocasionando um crescimento econômico, principalmente durante o período de baixa temporada, além de dar o devido destaque para as tradições, a gastronomia, a música e as artes locais, enaltecendo assim a rica cultura sebastianense e os caiçaras. A cidade também foi reconhecida recebendo o Prêmio Braztoa de Sustentabilidade na categoria ‘Turismo de Base Comunitária: valorizando a cultura caiçara’, além de ser bicampeã do Prêmio Top Destinos Turísticos na categoria ‘Turismo Social’”, ressalta a secretária de Turismo de São Sebastião, Adriana Augusto Balbo.

Enquanto Ubatuba, entre outras atividades, oferece uma experiência única com a Vivência Indígena na Aldeia Boa Vista, promovendo a interação direta com a cultura do povo Guarani Mbyá e incluindo atividades como trilhas, visitas à casa de reza, oficinas de arte e momentos de aprendizado sobre a história e os costumes do povo.

“A promoção do turismo de base comunitária na baixa temporada é fundamental para o desenvolvimento sustentável de destinos turísticos. Essa abordagem valoriza a cultura local, promove a inclusão social e econômica das comunidades, e contribui para a preservação do meio ambiente. Além disso, o turismo de base comunitária na baixa temporada ajuda a diversificar a oferta turística, reduzindo a sazonalidade e gerando benefícios econômicos mais equitativos ao longo do ano”, acrescenta o secretário do Turismo de Ubatuba, Luís Carlos da Silva Frade.

Ou seja, estas iniciativas destacam o compromisso do consórcio turístico e de seus municípios integrantes com práticas de turismo que não apenas respeitam, mas também valorizam a cultura local e o meio ambiente, reforçando a posição do Litoral Norte de São Paulo como destino de turismo sustentável e responsável no Brasil.

Conheça as principais experiências para desfrutar o melhor do Litoral Norte de São Paulo e acesse mais detalhes de cada município da região em https://circuitolitoralnorte.tur.br/experiencias. Para viver o melhor da Região Turística, acesse o guia de fornecedores locais: https://circuitolitoralnorte.tur.br/guiageral.

(Fonte: Assimptur)

Espécie de ave presente na Colômbia e no Peru é registrada pela primeira vez na Amazônia brasileira

Amazônia, por Kleber Patricio

Tangará-do-oeste (Chiroxiphia napensis) já havia sido registrado na Colômbia e no Peru; primeiro registro na Amazônia foi feito entre os rios Japurá e alto Amazonas. Foto: Paul Fenwick/Arquivo pesquisadores.

Um estudo feito por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) confirmou que uma espécie de pássaro, o tangará-do-oeste (Chiroxiphia napensis), ocupa parte do território amazônico. Esse é o primeiro registro brasileiro da ave e expande significativamente o entendimento da distribuição geográfica da espécie. A descoberta foi descrita em artigo publicado na sexta (29) na revista científica “Acta Amazonica”.

O registro foi feito pelos pesquisadores a partir da observação de exemplar da espécie do INPA coletado em 2014 na margem direita do rio Japurá, no Amazonas. O estudo também projetou a distribuição geográfica na Amazônia de outras duas espécies próximas, o tangará-príncipe (C. pareola) e o tangará-de-coroa-amarela (C. regina). Elas são frequentemente reconhecidas como populações da espécie tangará-príncipe, embora apresentem diferenças em plumagem.

Trabalhos anteriores envolvendo análises filogenéticas moleculares – que analisa as diferenças genéticas das espécies pelo DNA – também ofereceram suporte para reconhecer as características das três aves como espécies distintas. Além disso, a equipe utilizou registros de museus e observações de campo para revisar e expandir os mapas de distribuição das espécies dentro do complexo Chiroxiphia pareola – uma forma de considerar as três espécies.

Segundo a pesquisa, a espécie Chiroxiphia napensis ocorre no Brasil especificamente na área entre os rios Japurá e alto Amazonas. Ela tem pelagem preta e azul no dorso e vermelha na cabeça. Ela havia sido apenas registrada na Colômbia e no Peru. “As espécies, que antes eram tratadas como uma coisa só, agora são categorizadas como diferentes. Assim, era necessário que suas distribuições fossem revisadas”, explica o pesquisador do Inpa Arhur Gomes, um dos autores do artigo. Ele comenta que ainda existem algumas lacunas de amostragem para entender a distribuição geográfica precisa dessas espécies.

Os resultados alteram a compreensão atual sobre a biodiversidade da Amazônia e têm implicações diretas para a conservação dessas espécies. “Entender as distribuições de espécies na Amazônia pode nos revelar muitas coisas, como a própria história da formação desse bioma”, comenta Gomes.

Com uma distribuição geográfica mais ampla do que se pensava anteriormente, medidas de proteção podem ser ajustadas para garantir a preservação dessas aves. Além disso, a pesquisa desafia a noção de que grandes áreas da Amazônia são homogêneas em termos de biodiversidade, mostrando que há muito ainda a ser descoberto.

(Fonte: Agência Bori)