Estudo da UFMG analisou dados de quase 4 mil municípios brasileiros entre 2011 e 2019; melhoria nas UBS inclui sala de vacina, geladeira exclusiva e caixa térmica


Belo Horizonte
Tecnologias como fornos elétricos movidos a hidrogênio verde podem reduzir em até 90% a emissão dos fornos convencionais, baseados em carvão mineral. Foto: Francisco Fernandes/Unsplash.
A indústria do aço responde por cerca de 26% das emissões industriais e de 7 a 9% das emissões totais de dióxido de carbono no mundo. O Brasil, apesar de possuir uma matriz energética mais renovável que a de outros países, precisa de mudanças estruturais e políticas de incentivo para garantir a descarbonização do setor siderúrgico. É o que aponta levantamento inédito do projeto ‘Descarbonização e Política Industrial: Desafios para o Brasil’ (DIP-BR), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) publicado nesta quinta (15).
O autor do relatório, Germano Mendes de Paula, professor da Universidade Federal de Uberlândia, explica que as emissões de carbono dependem da rota tecnológica utilizada. Usinas integradas de alto-forno a coque, baseadas em carvão mineral, são responsáveis por 70% da produção de aço, gerando 2,32 toneladas de CO2 por tonelada de aço bruto. Em contrapartida, tecnologias como a redução direta com fornos elétricos a arco (DRI-EAF), movidos a hidrogênio verde, podem reduzir essa emissão em até 90%, chegando a 0,2 toneladas de CO2 por tonelada de aço bruto. No Brasil, o uso de carvão vegetal reflorestado e sucata de aço na cadeia produtiva já confere emissões menores (0,7 e 0,4 toneladas de CO2 por tonelada de aço bruto produzida, respectivamente).
Mendes de Paula ressalta, porém, que o alto-forno é uma tecnologia difícil de substituir em termos de custo, escala e qualidade de produção, o que torna a modernização lenta. O autor aponta outros desafios, como insumos alternativos caros, como o hidrogênio verde, e uma forte escassez de sucata para a reciclagem, especialmente em países emergentes, como o Brasil. “O perfil de consumo de aço do Brasil faz com que tenhamos pouca oferta de sucata. Carros que em outros países viram ‘lata-velha’ e viram insumos ainda estão rodando no Brasil, por exemplo”, contextualiza Mendes de Paula. “O Brasil também exporta muito aço, gerando sucata no estrangeiro”, completa.
O relatório também analisa iniciativas da União Europeia, Estados Unidos, Canadá, México, Japão, China e Índia, que figuram entre os maiores produtores de aço, para a descarbonização na cadeia produtiva do aço. Na comparação, o Brasil demonstra vantagem por contar com uma matriz energética mais renovável, mas peca na questão de incentivos financeiros e políticas públicas. Por exemplo, Mendes de Paula menciona o subsídio de 700 milhões de dólares que a JFE, a segunda maior indústria japonesa, recebeu para trocar o alto-forno pela a rota baseada em forno elétrico, à base de sucata.
No Brasil, apesar de iniciativas como o Programa BNDES Hidrogênio Verde e a recente Lei nº 14.948/2024, que estabelece o marco legal para a economia de baixo carbono, ainda faltam políticas mais robustas e subsídios diretos à descarbonização da siderurgia. O mercado siderúrgico brasileiro também cresce lentamente, o que limita a viabilidade de novos projetos sustentáveis, e o mercado regulado de carbono encontra-se relativamente atrasado.
No âmbito das estratégias tecnológicas, os esforços mais relevantes têm se concentrado na redução das emissões de gases de efeito estufa na matriz energética por meio de investimentos em energias eólica e solar. “Dadas as limitações, a indústria brasileira tem feito o dever de casa e acredito que o governo entenda a necessidade de investir em iniciativas de descarbonização. A dificuldade é tornar isso uma prioridade pública”, finaliza Mendes de Paula.
(Fonte: Agência Bori)
No final de abril, o turismólogo e apresentador do Programa Aventureiros, Vitor Vianna, usou suas redes sociais para alertar sobre um tema que pode surpreender muitos brasileiros que viajam para os Estados Unidos: a proibição de certos medicamentos comuns no Brasil em território norte-americano. No vídeo, Vitor chama a atenção para os riscos de levar remédios sem o devido cuidado e documentação.
“Dipirona, Rivotril, Ritalina e Tramal. Esses são alguns dos medicamentos que você não pode levar facilmente para os Estados Unidos”, afirma Vitor no início da gravação. Segundo o especialista, muitos turistas desconhecem que substâncias como essas, amplamente utilizadas no Brasil, são altamente controladas ou até proibidas nos EUA, por conta de regulamentações rígidas da FDA (Food and Drug Administration), órgão regulador de alimentos e medicamentos do país.
“A legislação americana é muito severa com o transporte de remédios. Então, se você estiver levando algum medicamento, é fundamental ter a receita médica em inglês e transportá-lo na embalagem original”, orienta o especialista. Entre os medicamentos destacados por Vitor, estão dipirona (Novalgina, Dorflex), proibida nos EUA por risco de agranulocitose; analgésicos com codeína e opioides, como Tramal, que exigem prescrição médica rigorosa; além de ansiolíticos, como Rivotril, e estimulantes, como a Ritalina, que também são controlados. Confira aqui a lista completa de quais os medicamentos usados no Brasil que os turistas não podem levar para os Estados Unidos.
Sobre Vitor Vianna
Nascido em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Vitor começou a carreira como professor de educação física. Mas como tinha outras paixões, entrou também para o Jornalismo e, em seguida, formou-se como turismólogo. Em 2005, fundou sua própria agência de viagens, a Agência Aventureiros, que nasceu com o intuito de fomentar o turismo na cidade do Rio de Janeiro. Com o passar dos anos, a agência expandiu suas possibilidades, incluindo destinos nacionais e internacionais. A partir de 2020, após o apresentador de TV Franklin David entrar em sociedade, a Agência Aventureiros passou a trabalhar em seu grande diferencial: deixou de lado o turismo em massa e passou a oferecer algo mais intimista e personalizado para os clientes em suas viagens, com mais qualidade e um turismo mais atrativo.
(Fonte: Agência Brands)
Depois de Benito Mussolini, ninguém é mais lembrado na Itália do que a filha mais velha do ditador. Na obra ‘Edda Mussolini’, que chega às livrarias brasileiras pelo selo Crítica da Editora Planeta, a jornalista e biógrafa inglesa Caroline Moorehead segue os passos da mulher que ficou conhecida como a mais perigosa da Europa e apresenta uma das protagonistas de alguns dos momentos mais desafiadores do século XX. Mais do que a filha favorita do líder fascista e a estrela mais exótica do movimento, Edda ganhou proeminência aos 19 anos e, durante os treze anos em que esteve na vanguarda da ditadura, às vezes era a confidente mais próxima e única amiga do pai.
Nesta biografia, Moorehead recupera a trajetória de Edda, que tinha 12 anos quando Benito chegou ao poder. Mimada e adorada pelo pai, ela atuou como enviada tanto para a Alemanha como para o Reino Unido, e desempenhou papel importante na orientação da Itália para se aliar a Hitler. A partir dos 20 anos, foi efetivamente a primeira-dama italiana, assumindo o papel reservado a própria mãe, Rachele, e se tornou a imagem do que uma verdadeira menina e mulher fascista deveria ser. Casada com Galeazzo Ciano, que se tornou o mais jovem ministro das Relações Exteriores da história italiana, Edda formou o casal mais celebrado e glamouroso da sociedade fascista romana.
Para a biógrafa, é difícil definir quem foi Edda, uma vez que o mito que envolveu Benito se espalhou para toda a família Mussolini, especialmente para a mais inteligente e enigmática filha. “Mesmo durante sua vida, suas palavras e ações foram embelezadas, distorcidas, romantizadas e frequentemente imaginadas, e eles próprios contribuíram para uma reinterpretação às vezes fantasiosa dos eventos. Separar os fatos da ficção transmitida por sucessivas gerações de seguidores, parentes, jornalistas e historiadores é uma tarefa difícil, ainda mais pelos mitos que giravam em torno de Edda, e é certo que nem todos os incidentes ou citações deste livro são verdadeiros. Mas o que se segue é o mais próximo da verdade a que pude chegar”, escreve Caroline no texto de introdução da obra.
Em uma história dramática que inclui diários secretos, a queda do Duce, a execução de Galeazzo Ciano, uma fuga para a Suíça e um período de exílio, Edda Mussolini revela uma mulher complexa, audaciosa e determinada que nunca esteve disposta a aceitar a cultura misógina em que cresceu, e que se tornou mais pronunciada a cada ano fascista. Caroline Moorehead evidencia como a história de Edda está intrinsecamente ligada à do pai e surge como uma verdadeira representante do que o fascismo fez – e não fez – com os italianos. “Mussolini e o fascismo fizeram de Edda o que ela foi: para entendê-la, é preciso compreender o que os italianos chamam de il ventennio fascista, quando a visão e a vontade de Mussolini dominaram todas as facetas da vida italiana e, principalmente em Edda, que amou, admirou e, por algum tempo, o odiou”, declara.
FICHA TÉCNICA
Título: Edda Mussolini
Autora: Caroline Moorehead
Tradução: Claudio Carina
Revisão técnica: João Fabio Bertonha
ISBN: 978-85-422-3320-9
Páginas: 432 p.
Preço livro físico: R$109,90
Selo Crítica | Editora Planeta.
Sobre a autora | Caroline Moorehead é uma jornalista e biógrafa inglesa. Autora de numerosas biografias de personalidades históricas e de diversos artigos para jornais e revistas como Literary Review, The Times Literary Supplement, Daily Telegraph, Independent, Spectator e New York Review of Books, também coproduziu e escreveu uma série de programas para a BBC sobre Direitos Humanos, área em que se especializou no Jornalismo. Edda Mussolini é seu primeiro livro pelo selo Crítica da Editora Planeta.
Sobre o Selo Crítica | Lançado na Espanha em 1976 e presente no Brasil desde 2016, o selo é referência em títulos de alta qualidade nas áreas de história, ensaios e divulgação científica. Com autores de renome internacional, como Niall Ferguson, Mary Beard e Noam Chomsky, também publica algumas das vozes mais influentes do pensamento brasileiro, incluindo Carlos Fico, Pedro Rossi, Tatiana Rossi e Marco Antonio Villa. Uma marca que combina excelência acadêmica com acessibilidade, trazendo ao público obras que informam, provocam e inspiram.
(Fonte: Editora Planeta)
Em abril, a programação do Theatro Municipal de São Paulo tem eventos diversos para os entusiastas da música, como ‘War Requiem’, o concerto especial de 35 anos da Orquestra Experimental de Repertório e uma apresentação da Orquestra Sinfônica Municipal que celebra Florence Price e Frédéric Chopin, além de apresentações de teatro na Central Técnica de Produções Chico Giacchieri.
A programação do mês se inicia com Teatro no Theatro apresenta Mãos Trêmulas, nos dias 5, quinta-feira, e 6, sexta-feira, às 19h, no Galpão de Cenografia na Central Técnica Chico Giacchieri. Com idealização e realização de Catarina Milani e Victor Nóvoa, e direção de Yara de Novaes.
A obra traz a história de uma mulher e um homem, ambos por volta dos oitenta anos, que já perderam todos os seus entes queridos. Ao se aprofundarem nas memórias íntimas que configuram seus passados, abre-se um contexto social que aponta diversas formas de violência que uma sociedade capitalista baseada na lógica hegemônica da eficiência e desempenho faz ao corpo envelhecido. Os ingressos custam R$30, classificação de 12 anos, duração de 60 minutos.
A Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Paulistano, sob regência de Roberto Minczuk, apresentam ‘War Requiem’, que conta com a participação do Coro Lírico Municipal e Coro Infantojuvenil da Escola Municipal de Música de São Paulo, além da soprano Natalya Romaniw, o tenor Joshua Stewart e o barítono Homero Velho. As apresentações acontecem nos dias 6, sexta-feira, às 20h, e 7, sábado, 17h, na Sala de Espetáculos.
O repertório terá Requiem de Guerra, op. 66, de Benjamin Britten. Concluído em janeiro de 1962, o Réquiem de Guerra, de Benjamin Britten, foi escrito para a consagração da nova catedral de Coventry, no condado inglês de Warwickshire, construída após a estrutura original do século XIV ter sido destruída em um bombardeio da Segunda Guerra Mundial. Esta é uma obra de larga escala que incorpora as crenças pacifistas e humanitárias de Benjamin Britten. Os ingressos custam de R$11 a R$70, a classificação é livre e a duração é de 80 minutos, sem intervalo.
O Quarteto de Cordas da Cidade apresenta Serestas, no dia 12, quinta-feira, às 20h, na Sala do Conservatório, com Betina Stegmann e Nelson Rios, violinos, Marcelo Jaffé, viola e Rafael Cesario, violoncelo. O repertório terá Suite Chiquinha Gonzaga, de Silvia Goes, Seresta Piracicaba, de Eunice Katunda, e Quarteto nº 3 (1954), de Claudio Santoro, estreado pelo Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, do início dessa nova fase estética, incorporando elementos de inspiração popular ora na rítmica, ora no caráter seresteiro. Os ingressos custam R$35, a classificação é livre e a duração de 60 minutos, sem intervalo.
Com a Orquestra Sinfônica Municipal, sob regência de Mélanie Léonard, e a pianista Ingrid Uemura, a apresentação Entre-Eras: Price e Chopin celebra os compositores nos dias 13, sexta-feira, às 20h e 14, sábado, às 17h, na Sala de Espetáculos.
O repertório terá Starburst, de Jessie Montgomery, Concerto para piano nº 2, de Frédéric Chopin e Sinfonia nº 1, de Florence Price. Além de uma das composições da juventude do renomado Chopin, também contará com Florence Price, a primeira compositora negra norte-americana a ter uma sinfonia estreada por uma grande orquestra. Os ingressos custam de R$11 a R$70, a classificação é livre e duração de 110 minutos, com intervalo.
Em comemoração aos seus 35 anos, a Orquestra Experimental de Repertório realiza um concerto especial, sob regência de Wagner Polistchuk, no dia 15, domingo, às 11h, na Sala de Espetáculos. O repertório terá Sinfonia nº 5, em dó sustenido menor, de Gustav Mahler. Os ingressos custam R$35, a classificação é livre e a duração de 70 minutos, sem intervalo.
Nos dias 20, sexta-feira, às 20h, e 21, sábado, às 17h, na Sala de Espetáculos, a Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Paulistano, sob regência de Roberto Minczuk, apresentam Mahler: Ode à Natureza, com a participação do Coro Infanto-juvenil da Escola Municipal de Música de São Paulo, do Coro Jovem da Escola Municipal de Música de São Paulo E da mezzosoprano Carolina Faria.
O repertório terá Sinfonia nº 3, de Gustav Mahler. De um autor pouco conhecido em sua época para um dos compositores mais executados na atualidade: em 25 anos de uma produtividade surpreendente, Gustav Mahler criou todo um universo de emoções na música. Em suas 45 canções e 10 sinfonias, mergulha nas profundezas da alma humana. Suas obras orquestrais são hoje presença obrigatória nas salas de concerto de todo o mundo. Os ingressos custam de R$11 a R$70, a classificação é livre, a duração é de 100 minutos, sem intervalo.
Com oferecimento Shell, o Coro Lírico Municipal canta Rossini, dia 22, domingo, às 11h, na Sala de Espetáculos. A regência é de Hernán Sánchez Arteaga, com Marcos Aragoni e Leandro Roverso nos pianos, a pianista convidada Cecília Moita, além da soprano Elayne Caser, a mezzo-soprano Keila de Moraes, mezzosoprano, o tenor Miguel Geraldi e o baixo Rafael Thomas.
O repertório terá Petite messe solennelle de Gioachino Rossini. No início do século XIX, Rossini foi reconhecido como o maior compositor italiano de sua época. O compositor conhecido por suas óperas cómicas, em idade avançada, se dedicou à música sacra, quando aos 71 anos compôs a missa solene. Os ingressos são gratuitos, 50% dos ingressos serão disponibilizados para retirada no site com 72 horas de antecedência, e os 50% restantes serão distribuídos na bilheteria presencial no dia do concerto, 2h antes do início. A classificação é livre e a duração de 90 minutos, sem intervalo.
No dia 26, quinta-feira, às 20h, na Sala do Conservatório, o Quarteto de Cordas da Cidade convida Grupo Pau Brasil, com Nelson Ayres no piano, Rodolfo Stroeter no baixo, Paulo Bellinati no violão, Teco Cardoso na flauta e Ricardo Mosca na bateria. O repertório terá composições de Heitor Villa-Lobos, Bachianas Brasileiras nº 4, Lenda do Caboclo, Cair da Tarde, entre outras. Os ingressos custam R$35, a classificação é livre e a duração de 60 minutos, sem intervalo.
Com direção cênica de Fernanda Vianna e co-direção de Piero Schlochauer, o projeto Ópera Fora da Caixa apresenta O Afiador de Facas, uma ópera de Piero Schlochauer com libreto também do autor e de Beatriz Porto. As apresentações acontecem na Central Técnica de Produções, na Central Técnica Chico Giacchieri, às sexta-feiras, dias 27 de junho e 03 de julho, às 19h, e nos fins de semanas, 28 e 29 de junho, e 04 e 05 de julho, às 17h. Os ingressos custam R$30, a classificação é livre e a duração de 60 minutos, sem intervalo. Mais informações disponíveis no site.
(Com André Santa Rosa/Assessoria de imprensa do Theatro Municipal)
O TEAF – Teatro Experimental de Alta Floresta (MS), há quase quatro décadas produzindo arte na cidade localizada no extremo norte do estado do Mato Grosso, na área conhecida Território Portal da Amazônia, apresenta ‘Todo Mês Sangra’ dias 16 e 17 de maio, às 19h, no Centro de Referência da Dança (Galeria Formosa – Baixos do Viaduto do Chá s/nº, Praça Ramos de Azevedo – Centro Histórico de São Paulo, São Paulo).
As ações integram o projeto Mato Adentro, Mato Afora, viabilizado por meio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso, que também possibilitou a apresentação de ‘Labirinto Ruído – Uma Quase Jornada de um Meio Herói’ no Teatro Arthur Azevedo dias 9 a 11 de maio. “Foram pouquíssimas as circulações que conseguimos fazer ao longo da nossa trajetória. Então, quisemos aproveitar a oportunidade para mostrar que o teatro é muito mais do que aquilo que é produzido no eixo Rio-São Paulo”, conta Elenor Junior, um dos produtores do TEAF.
“O TEAF mantém uma pesquisa contínua desde 1988. Somos o grupo mais longevo do Mato Grosso e organizamos outras importantes atividades, como o Festival de Teatro da Amazônia Mato-grossense e o Seminário de Cultura. Queremos contribuir na formação de público para o teatro e na troca de experiências entre os profissionais e os interessados na área”, declara Angélica Müller, presidenta do Grupo.
Todo Mês Sangra
O espetáculo marcou a estreia do TEAF na união entre dança e teatro, abordando a violência contra a mulher em suas múltiplas formas — física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. Com atuação solo de Cassiane Leite, a obra parte das próprias vivências da intérprete, desdobradas durante o processo criativo conduzido por Clodoaldo Arruda, também diretor do espetáculo.
Cassiane conduz o público por dores e julgamentos enfrentados historicamente pelas mulheres, propondo uma ressignificação dessas experiências. Segundo Arruda, a narrativa é dividida em oito momentos, que percorrem temas como culpa, repressão, libertação, cura e autonomia corporal.
O espetáculo busca provocar uma reflexão profunda em homens e mulheres sobre as violências estruturais enfrentadas pelas mulheres e o caminho possível para superá-las.
Sinopse | Uma protagonista, num momento de recortes, colagens e lembranças, questiona e ressignifica sua vida na contemporaneidade. A poesia está em ser mulher e ser respeitada por isso. Por meio da dança, o trabalho aborda a violência enfrentada por essa população, tanto as agressões físicas quanto as silenciosas.
Ficha Técnica
Todo Mês Sangra
Direção e concepção: Clodoaldo Arruda
Coreografia em Processo colaborativo: Clodoaldo Arruda
Ensaiador: Ronaldo Adriano
Bailarina-intérprete: Cassiane Leite
Pesquisa Musical: Clodoaldo Arruda
Cenografia e figurino: Clodoaldo Arruda
Operação de som e luz: Fernando Zilio Produção: Elenor Cecon Júnior
Comunicação: Mequiel Zacarias Ferreira.
Serviço:
Todo Mês Sangra
Data: 16 e 17 de maio, sexta e sábado, às 19h
Centro de Referência da Dança (CRD)
Endereço: Galeria Formosa – Baixos do Viaduto do Chá s/nº, Praça Ramos de Azevedo – Centro Histórico de São Paulo, São Paulo, SP
Ingressos gratuitos: distribuídos com uma hora de antecedência na bilheteria do CRD
Telefone: (11) 3214-3249
Duração: 40 minutos
Classificação: 12 anos.
(Com Daniele Valério/Canal Aberto Assessoria de Imprensa)