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Paula Morelenbaum e Arthur Nestrovski lançam ‘Jobim Canção’ em show único dia 25 de abril no Sesc Avenida Paulista

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Renato Parada.

Traçando um arco de cinco décadas, ‘Jobim Canção’ apresenta músicas de Tom Jobim (25 de janeiro de 1927 – 8 de dezembro de 1994), desde ‘Eu Não Existo Sem Você’ (1958) até ‘Piano na Mangueira’ (1991). À frente do álbum, a cantora Paula Morelenbaum e o violonista e pesquisador Arthur Nestrovski realizam show de lançamento em data única, no dia 25 de abril, sexta, às 20h, no Sesc Avenida Paulista.

Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, mais conhecido como Tom Jobim, foi um dos maiores compositores e instrumentistas da história da música brasileira. Considerado como um dos criadores da bossa nova, movimento musical que revolucionou a música popular nos anos 1950 e 1960, sua obra é marcada por uma fusão de elementos da música brasileira, clássica e jazz. Com canções como ‘Garota de Ipanema’, ‘Águas de Março’ e ‘Chega de Saudade’, Jobim conquistou carreira internacional, inspirando artistas de diversas gerações.

A relação artística de Paula com Jobim começou em 1984, quando a cantora integrou a Banda Nova, grupo que acompanhou o maestro em shows pelo Brasil e pelo mundo durante uma década. Já a conexão entre o músico e ensaísta Arthur e Tom se dá mais no campo da reflexão e da interpretação. Como estudioso da canção brasileira, Nestrovski analisou a obra de Jobim com profundidade, destacando sua sofisticação harmônica e sua influência na música mundial.

Fruto da parceria entre Paula e Arthur, Jobim Canção, produzido pelo selo Biscoito Fino, reúne em sua produção o violonista João Camarero, o percussionista Marcelo Costa e Zé Miguel Wisnik, que faz participação especial na faixa Eu Não Existo Sem Você, em dueto com Paula.

A mesma formação sobe ao palco do Sesc Avenida Paulista para dar início aos shows de lançamento, com repertório inteiro do disco além de canções clássicas do maestro, como Sabiá e Águas de Março. Ao longo da apresentação, Nestrovski também divide algumas reflexões e pensamentos sobre a arte do compositor e letrista Tom Jobim.

Em agosto de 2024, Arthur Nestrovski, acompanhado de Paula Morelenbaum, apresentaram uma série de seis videoaulas sobre A Longa Arte de Antônio Carlos Jobim. O material está disponível nas plataformas da revista Piauí.

Ficha técnica

Paula Morelenbaum (voz) | Arthur Nestrovski (violão) | João Camarero (violão de 7 cordas) | Marcelo Costa (percussão)

Serviço:

Show | Paula Morelenbaum e Arthur Nestrovski

Dias 25 de abril de 2025 | sexta, às 20h

Local: Arte II (13º andar)

Duração: 60 minutos

Classificação indicativa: 14 anos

Ingressos: R$ 50 (inteira), R$ 25 (Meia) e R$ 15 (Credencial plena:). Venda de ingressos online a partir de 15/3, terça, às 17h, e nas bilheterias das unidades a partir de 16/3, quarta, às 17h.

Sesc Avenida Paulista

Avenida Paulista, 119, Bela Vista, São Paulo

Fone: (11) 3170-0800

Transporte público: Estação Brigadeiro do Metrô – 350m

Horário de funcionamento da unidade: Terça a sexta, das 10h às 21h30; sábados, das 10h às 19h30; domingos e feriados, das 10h às 18h30.

(Com Fernanda Porta Nova/Assessoria de Imprensa Sesc Avenida Paulista)

Orquestra Sinfônica da Unicamp terá regência de Cibelle Donza no próximo concerto, dia 10, no Teatro de Arena

Campinas, por Kleber Patricio

No dia 10 de abril, às 19h, o Teatro de Arena será palco de um concerto especial da Orquestra Sinfônica da Unicamp (OSU), conduzido pela renomada maestrina Cibelle Donza. A noite promete uma experiência musical única, explorando sonoridades intensas e grandiosas.

O programa inicia com a obra ‘Pasárgada em Noites e Luzes (Muitas Luzes)’, de Cibelle Donza e, em seguida, a Orquestra apresenta a monumental Sinfonia No. 3 ‘Eroica’, de Ludwig van Beethoven, um marco na história da música clássica, conhecida por sua dramaticidade e inovação. O evento tem entrada gratuita e é uma oportunidade imperdível para os amantes da música sinfônica.

Maestra titular e diretora artística da Orquestra Filarmônica da Amazônia (Orquestra Filma), Cibelle Donza é uma das grandes líderes da música clássica brasileira. Ela já regeu importantes orquestras, como a Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, Sinfônica do Espírito Santo, Filarmônica de Minas Gerais e a Ithaca College Symphony Orchestra, entre outras.

Como compositora, foi premiada com a residência artística no Habib Sharifi Fellowship em 2024, em Paris, e recebeu o Prêmio Funarte de Composição em 2023, na categoria Orquestra Sinfônica. Suas obras sinfônicas já foram interpretadas por orquestras renomadas, consolidando seu talento e presença na música mundial.

Sobre a Temporada 2025 ‘Maestras’

A Temporada Maestras, organizada pela Orquestra Sinfônica da Unicamp (OSU), traz para o público da Região Metropolitana de Campinas (RMC) a oportunidade de conhecer o trabalho de três mulheres regentes de destaque no cenário nacional e internacional, ao lado de concertos dirigidos pela regente titular e diretora artística da OSU, Cinthia Alireti.

A proposta de compartilhar a temporada com mais maestras no palco é da própria Cinthia Alireti. “Vejo nesta temporada uma chance de valorizar o trabalho de três profissionais que admiro profundamente, aprendendo com elas e observando a diversidade de lideranças que trazem, cada uma com suas personalidades e competências únicas”, comenta Alireti.

Esta temporada inédita inverte os processos tradicionais de programação, dando protagonismo à figura feminina no podium. Além de serem regentes de renome, as três convidadas também se destacam por outros talentos artísticos: Cibelle Donza é celebrada tanto pelas suas composições no Brasil quanto no exterior; Priscila Bomfim se destaca por seu trabalho como correpetidora e especialista em ópera; e Alba Bomfim, além de violoncelista, tem sido uma referência internacional em representatividade e protagonismo.

Serviço:

Concerto especial com Cibelle Donza

Quando: 10 de abril de 2025, às 19h

Local: Teatro de Arena | R. Elis Regina – Cidade Universitária, Campinas – SP

Entrada: gratuita

(Fonte: Centro de Integração, Documentação e Difusão Cultural da Unicamp – Ciddic)

BNDES apoia reconstrução do Museu Nacional com mais R$ 50 milhões

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Foto: Felipe Cohen/PMNV.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quarta-feira, 2 de abril, o apoio financeiro não reembolsável no valor de R$ 50 milhões para a reconstrução do Museu Nacional, instituição autônoma ligada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com os recursos do BNDES Fundo Cultural, o valor total destinado pelo BNDES à recuperação do museu chegará a R$ 100 milhões. A proposta é dar sequência às ações do BNDES para apoiar a reconstrução da unidade, que teve grande parte das instalações e do acervo atingida pelas chamas em 2018. Foram duas operações contratadas em 2018 e 2020, nos valores de R$ 21,7 milhões e R$ 28,3 milhões, respectivamente.

Os projetos apoiados pelo BNDES abrangem o restauro do Paço de São Cristóvão, a reforma e readequação do prédio da Biblioteca Central e ações de divulgação e ativação. Os contratos também contemplam a estruturação de fundo patrimonial destinado a sustentabilidade financeira de longo prazo do museu. “Em novembro do ano passado, durante a cúpula social do G20, assumimos publicamente o compromisso público de botarmos o Museu Nacional novamente de pé”, lembrou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “O governo do presidente Lula está comprometido com o resgate da cultura, tão duramente perseguida em outros tempos, e o Banco faz parte desse esforço. É a instituição que mais apoiou o patrimônio histórico do Brasil, com uma carteira de mais de 400 projetos”.

Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional, destaca que o BNDES está com o Museu Nacional/UFRJ antes mesmo do incêndio. “No dia 6 de junho de 2018, às vésperas do bicentenário da nossa instituição, que é o primeiro museu brasileiro, foi assinado um aporte de R$ 21,7 milhões. Após o incêndio, o BNDES continuou conosco, sendo bastante flexível na readaptação do projeto que havia sido aprovado. Consideramos o apoio do BNDES ao Museu Nacional/UFRJ como um exemplo de compromisso para com o país a ser seguido e servir como inspiração para empresas e instituições”, afirma.

“A liberação de recursos pelo BNDES para a reconstrução do Museu Nacional é uma excelente notícia, que nos deixa muito felizes. Agradecemos ao presidente do Banco, Aloizio Mercadante, pelo apoio. Essa conquista é resultado do trabalho incansável do ministro da Educação, Camilo Santana, e do comprometimento pessoal do presidente Lula, que tem se empenhado na reconstrução do Museu o mais rápido possível”, afirma Roberto Medronho, reitor da UFRJ.

“O Comitê Executivo do Projeto Museu Nacional Vive celebra este novo investimento do BNDES, que vai permitir o avanço das obras de restauração do Paço de São Cristóvão. Esse gesto de confiança no trabalho realizado até aqui estimula outras instituições a também se somarem a este projeto tão desafiador e histórico: devolver para o Brasil o seu primeiro museu e a sua primeira instituição científica”, afirma Hugo Barreto, representante do Comitê Executivo do Projeto Museu Nacional Vive e diretor-presidente do Instituto Cultural Vale.

O museu

Criado em 1818 por d. João VI e inicialmente localizado no Campo de Santana, atual Praça da República, o Museu Nacional ocupa desde 1892 o Paço de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista. O local foi residência da família imperial de 1808 a 1889 e abrigou também a Assembleia Constituinte de 1891.

O Museu Nacional integra o Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ e é considerado a primeira instituição museológica e científica do país, sendo criado no início do século XIX. Como parte da universidade, possui perfil acadêmico e científico com produção, disseminação de conhecimento e formação de coleções nas áreas de antropologia e ciências naturais. O acervo do Museu Nacional é considerado um dos maiores da América Latina, com destaque na área de antropologia para a coleção egípcia, fomentada por D. Pedro II, e a coleção Teresa Cristina, que inclui peças de arte e artefatos greco-romanos recuperados principalmente nas escavações de Herculano e Pompeia.

As coleções de Etnologia reúnem objetos das culturas indígena, afro-brasileira e do Pacífico. Na área de ciências naturais o museu abriga fósseis de dinossauros, minerais e vasta coleção de invertebrados, incluindo espécies de mar profundo e vertebrados.
Outra peça importante guardada e recuperada após o incêndio do MN/UFRJ é o mais antigo fóssil humano já encontrado na América do Sul, ‘Luzia’, datado de cerca de 13 mil anos atrás e que traz luz às pesquisas da colonização do homem nas Américas.

(Com Ana Luisa Lima/Trevo Comunicação)

Com nova edição no Brasil, Pianissimo terá concertos em São Paulo e Rio de Janeiro em abril

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Konstantin Emelyanov. Foto: Olympia Orlova.

Oito apresentações com as novas promessas do piano internacional prometem movimentar o cenário cultural carioca e paulistano nas próximas semanas. Entre 15 e 30 de abril, o Copacabana Palace, no Rio de Janeiro e o Teatro B32, em São Paulo, recebem a segunda edição da Série Pianissimo com apresentações dos prodígios brasileiros Luis Felipe Oliveira e Tales Machado e dos talentos russos Konstantin Emelyanov e Dmitry Shishkin, que revisitam a obra de grandes compositores como Bach, Brahms, Tchaikovsky e Beethoven. Os concertos acontecem sempre às 20h e têm parceria da Belmond no Rio Janeiro, grupo que administra o Copacabana Palace, onde ocorreu a primeira edição, em 2024.

Fundada em 2017, a iniciativa Pianissimo tem o objetivo de apresentar as novas gerações de músicos internacionais para o público geral. Contando com apresentações nos principais palcos do mundo, como Teatro alla Scalla, em Milão, e o Carnegie Hall, em Nova Iorque. Além disso, o projeto se notabilizou por realizar apresentações em locais incomuns, a exemplo do Italian Skylight Hall, dentro do Museu Hermitage em São Petersburgo e na GES-2, uma antiga central elétrica localizada no centro de Moscou, transformada em um espaço multicultural reconhecido como um dos mais modernos do mundo.

Luis Felipe Oliveira. Foto: Duda Lima.

Em 2025, a segunda edição no Brasil da Série Pianissimo contará com a participação de quatro músicos premiados tocando o repertório de grandes mestres em dois palcos cobertos de história e inovação. O Teatro do Copacabana Palace foi reaberto em 2023 após mais de 600 artesãos reformarem o seu interior. Em São Paulo, a moderna casa de espetáculos do Teatro B32, inaugurada em 2021, é um dos espaços multiculturais mais procurados na Capital Paulista e está localizado no icônico prédio da Baleia na Faria Lima. 

Confira o perfil dos pianistas:

Konstantin Emelyanov (Rússia)

Nascido em Krasnodar, na Rússia, Emelyanov formou-se no Conservatório Tchaikovsky de Moscou, onde estudou com o Professor Sergei Dorensky e seus assistentes.

O pianista se tornou uma verdadeira descoberta no 16º Concurso Internacional Tchaikovsky, em 2019. Além do prêmio, ele recebeu o título de “Artista da Rádio Rússia” e o Prêmio do Público, concedido pelos leitores da revista Musical Life.

Luis Felipe Oliveira (Brasil)

Nascido em Gravatá, interior de Pernambuco, Luis Felipe Oliveira formou-se com honras em Bacharelado em Piano pela Universidade Federal de Pernambuco, sob a orientação do Professor Dr. Antonio Nigro (Brasil-Alemanha).

Dmitry Shishkin. Foto: Alexandra Aksentieva.

Ao longo de sua trajetória musical, a revelação pernambucana ganhou importantes premiações como o Primeiro Prêmio no Concurso Internacional de Piano de Concerto de Piracicaba (2017) e o Primeiro Prêmio no Prêmio Especial Mozart (2022). Atualmente, estuda na Aquiles Delle Vigne International Music Academy em Coimbra, Portugal, com o Professor Manuel Araujo.

Dmitry Shishkin (Rússia)

Nascido na Sibéria, Dmitry Shishkin formou-se na Escola de Música Gnessin de Moscou para crianças superdotadas e estudou na Itália e na Alemanha. Shishkin venceu o Concurso Internacional de Música de Genebra e tocou com a Orquestra de la Suisse Romande.

Os críticos celebram sua abordagem musical criativa e única com a qual alia excelência acadêmica com apreço popular. No âmbito do programa Pianíssimo, Shishkin interpretará César Frank, Tchaikovsky, Rachmaninoff e Serguei Prokofiev.

Tales Machado (Brasil)

Nascido em São Paulo em 2006, a família de Tales Machado sempre foi profundamente ligada às artes, iniciando seus estudos de piano com sua tia. Atualmente, ele estuda na Universidade de São Paulo, na classe de Eduardo Monteiro, e é parceiro da Uaná – Association pour les Arts, uma organização que promove concertos e iniciativas culturais mundialmente.

Sobre o Pianissimo

Tales Machado. Foto: Divulgação.

A missão do Festival é apresentar uma nova geração de músicos a um público amplo em locais não tradicionalmente associados à música clássica. O Festival busca criar uma sinergia entre diferentes formas de arte, selecionando salas de concertos onde a música possa se unir à pintura, arquitetura e paisagens naturais. Além dos locais tradicionais do Festival Pianissimo – a Sala Grande de Luz Natural da Nova Hermitage, a Casa de Cultura GES-2 e os Armazéns da Strelka de Nizhny Novgorod – os pianistas também se apresentaram na Sala de Concertos Valery Gergiev em Repino, no salão de festas do Hotel Kulm em St. Moritz e no Copacabana Palace no Rio de Janeiro.

Sobre Belmond

Desde a aquisição do icônico Hotel Cipriani em Veneza, em 1976, a Belmond continuou a perpetuar a lendária arte de viajar, levando viajantes globais exigentes em viagens de tirar o fôlego. Seu portfólio se estende por 24 países, com 45 propriedades notáveis que incluem o ilustre trem Venice Simplon-Orient-Express, retiros de praia remotos como Cap Juluca em Anguilla, refúgios italianos como Splendido em Portofino ou portais incomparáveis para maravilhas naturais do mundo, como o Hotel das Cataratas dentro do Parque Nacional do Iguaçu, no Brasil. De trens e barcaças fluviais, de alojamentos de safári a hotéis, cada propriedade única oferece uma experiência incomparável com sua própria história para contar. A essência da marca Belmond é construída sobre sua herança, habilidade e serviço genuíno e autêntico. A Belmond vê o seu papel como guardiã do patrimônio intemporal, dedicada a preservar os seus bens através de planos de restauração contínuos e sensíveis. A Belmond faz parte do grupo líder mundial de luxo LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton. Para mais informações, visite www.belmond.com.

Serviço:

Série Pianissimo no Rio de Janeiro

Onde: Copacabana Palace, Avenida Atlântica 1702, Copacabana, Rio de Janeiro

Data: 15, 22, 23 e 29 de abril, sempre às 20h

Duração: 75’, sem interrupções

Ingressos: aqui.  

Série Pianissimo em São Paulo

Onde: Teatro B32, – Av. Brg. Faria Lima, 3732. Itaim Bibi, São Paulo

Data: 16, 18, 28 e 30 de abril, sempre às 20h

Duração: 75’, sem interrupções

Ingressos: aqui.

(Fonte: Fatutti Comunicação)  

Pinacoteca de São Paulo apresenta exposição panorâmica de Marga Ledora

São Paulo, por Kleber Patricio

Marga Ledora – detalhe de ‘Rebirth’ (1982).

A Pinacoteca de São Paulo apresenta ‘Marga Ledora: A linha da casa’, no 2º andar do edifício Pinacoteca Estação. Com curadoria de Ana Paula Lopes, a exposição panorâmica reúne mais de 120 obras da artista, feitas entre 1987 e 2023. A linha da casa apresenta a poética visual singular de Ledora, exibindo um expressivo conjunto de trabalhos como a série Quadrus Negrus (década de 80) e Casa Preta (entre os anos 2017 a 2021).

Com uma trajetória artística que transita entre o figurativo e o abstrato, Marga Ledora (São Paulo, 1959) é uma artista paulistana contemporânea da Geração 80, movimento artístico de renovação das artes marcado pelo uso de novas linguagens que passavam pelo pop, expressionismo e o grafismo. Ao longo da carreira, Ledora fez do desenho seu meio expressivo e experimental, com destaque para o uso de materiais como régua, esquadro, grafite e giz pastel. “Em sua linguagem, Marga Ledora encontrou um espaço propício para a composição e a experimentação. Em seus trabalhos, as linhas, que a princípio parecem tão distintas, unem-se para romper com a vontade construtiva e compor um novo campo de ação. Isso as leva a refletir uma polissemia de angulações e vestígios, ao mesmo tempo em que destacar o caráter mínimo”, conta a curadora Ana Paula Lopes.

Sobre a exposição

No 2º andar do edifício Pinacoteca Estação, a visita começa pela série Quadrus Negrus (1986), com mais de 20 trabalhos fundamentais de Ledora. Obras como Casa em amarelu (1986) marcam o início do trabalho de experimentação de linhas e cores, base para toda a sua produção artística. Nas obras, o giz pastel seco faz o traçado de triângulos, retângulos e fendas em linhas secas sobre o papel Carmen preto, item raro à época de produção da série. “Trata-se de uma apresentação gráfica, na qual a artista subverte a representação do real para nos fazer ‘ver o visível’ e o invisível”, conta Ana Paula.

Marga Ledora, detalhe de Ventana (1988).

Ao caminhar pela exposição, o público encontra diferentes núcleos que parecem irradiar da parede de Quadrus Negrus, norteadora da exposição. Podem ser vistos conjuntos de trabalhos mais orgânicos, com obras como Casa em Amarelu (1989) e Objeto colorido II (2020), e mais geométrico, com as obras Ao lado do Céu (Paisagem Mínima) (2021). Paisagens, arranjos, casas e jardins são motivos recorrentes na produção da artista, mas a delicadeza dos detalhes, das cores e composições leva a atenção do espectador para muito além da representação.

Espelhando a série inicial de Ledora, está uma parte da exposição que se dedica também aos seus processos artísticos, que dão indícios de sua sensibilidade com o desenho. Ali, processo, cor e linha se misturam.

A exposição Marga Ledora: A linha da casa tem patrocínio da Goldman Sachs, na categoria Silver.

Sobre a artista

Marga Ledora (São Paulo, 1959) é uma amante de tudo o que diz respeito à arte do papel e faz do desenho seu meio expressivo. Estudou serigrafia, gravura em metal e pintura no Instituto de Artes da Universidade de Campinas. A energia linear e as modulações espaciais de seus desenhos advêm do apreço pelo papel e do uso de materiais como régua, esquadro, grafite e giz pastel, elementos usuais na história da arte, mas que ganham características únicas na produção da artista.

Sobre a Pinacoteca de São Paulo

A Pinacoteca de São Paulo é um museu de artes visuais com ênfase na produção brasileira do século XIX até́ a contemporaneidade e em diálogo com as culturas do mundo. Museu de arte mais antigo da cidade, fundado em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, vem realizando mostras de sua renomada coleção de arte brasileira e exposições temporárias de artistas nacionais e internacionais em seus três edifícios, a Pina Luz, a Pina Estação e a Pina Contemporânea. A Pinacoteca também elabora e apresenta projetos públicos multidisciplinares, além de abrigar um programa educativo abrangente e inclusivo. B3, a bolsa do Brasil, é Mantenedora da Pinacoteca de São Paulo.

SERVIÇO:

Pinacoteca de São Paulo

De quarta a segunda, das 10h às 18h (entrada até 17h)

Gratuitos aos sábados – R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada), ingresso único com acesso aos três edifícios – válido somente para o dia marcado no ingresso

Quintas-feiras com horário estendido na Pina Luz, das 10h às 20h (gratuito a partir das 18h)

2º domingo do mês: gratuidade Mantenedora B3.

(Com Mariana Martins/Assessoria de imprensa Pinacoteca)