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Tragédia em São Sebastião completa 7 meses e animais continuam à espera de um novo lar

São Sebastião, por Kleber Patricio

Compadecida aguarda um lar. Foto: Confraria Miados e Latidos.

Em setembro completam-se sete meses da tragédia que devastou o Litoral Norte de São Paulo, em São Sebastião. Além de trazer prejuízos financeiros, com os deslizamentos de terra, também causou a morte de mais de 60 pessoas e destruiu centenas de casas na região. E uma dessas casas destruídas pertencia a uma acumuladora de animais – nome comumente usado para referir-se a pessoas que sofrem de um transtorno psiquiátrico chamado de Síndrome de Noé, que causa uma compulsão em abrigar mais e mais animais, sem perceber as condições insalubres às quais acumulador e acumulados estão submetidos. Tatiana Sales, presidente da ONG Confraria dos Miados e Latidos, afirma que só quem já entrou em uma casa de acumulador consegue compartilhar a sensação: “É muito difícil colocar em palavras. A parte mais impressionante costuma ser o cheiro. Anos e anos de urina e fezes acumuladas, restos de ração e por vezes até corpinhos que não resistiram à disputa pelos poucos recursos. É um cenário devastador”.

Já tendo sofrido uma vez pelo abandono e uma segunda vez ao serem “resgatados” por uma pessoa que não tinha condições de lhes oferecer uma vida digna, um grupo de 17 gatos sofreu um terceiro golpe: se viram do dia pra noite sem um teto e rodeados de água. Em uma ação coordenada por várias entidades da Proteção Animal, o Grupo de Resgate Animais em Desastres (GRAD) resgatou e deu uma nova chance a essas 17 pequenas vítimas, quase invisíveis em meio a tanta comoção. A professora Vânia Plaza Nunes, presidente e fundadora do GRAD, explica a principal função da entidade. “O GRAD existe justamente com o objetivo de promover ajuda humanitária aos animais e pessoas em circunstâncias de vulnerabilidade em desastres, com equipe técnica qualificada e capacitada para atuar em diferentes situações”.

Falta de informação sobre a FIV ainda é barreira

Dos 17 gatos trazidos pelo GRAD, nove foram assumidos pela ONG Confraria Miados e Latidos; destes, apenas quatro ainda não ganharam um lar, pois testaram positivos para FIV – a AIDS Felina. “A FIV não é uma sentença de morte. A maioria dos gatinhos chega a viver vidas longas, felizes e saudáveis. Porém, como ela é transmissível, os gatinhos FIV positivos só podem ser doados para lares em que não haja outros gatos negativos para a doença. Isso acrescenta uma camada adicional de dificuldade na hora de promover a adoção”, acrescenta Tatiana, da Confraria dos Miados e Latidos.

Conheça abaixo os quatros gatinhos que sobreviveram ao abandono, uma vida em situação de acumulação, um desastre ambiental e a uma doença crônica – e que agora só precisam de uma família para chamar de sua:

Cabo 70: https://www.miadoselatidos.org.br/product-page/cabo70

Compadecida: https://www.miadoselatidos.org.br/product-page/compadecida-1

Bolinha: https://www.miadoselatidos.org.br/product-page/bolinha

Teperoá: https://www.miadoselatidos.org.br/product-page/tepero%C3%A1.

Para adotar um deles, é só escrever para o e-mail queroadotar@miadoselatidos.org.br ou pelo Whatsapp (11) 2341-9870.

Sobre a Confraria Miados e Latidos | Fundada em 2007, em São Paulo (SP) e, em 2010, em Nova Friburgo (RJ), a Confraria Miados e Latidos é uma organização sem fins lucrativos que atua no resgate de animais abandonados com a missão de proporcionar bem-estar e qualidade de vida à maior quantidade possível de cães e gatos. Para isso, a ONG atua com ações de castração, resgate, adoção e conscientização da sociedade por meio da produção e compartilhamento de materiais informativos, palestras e eventos. Até o momento, já foram resgatados cerca de 4 mil animais, realizadas mais de 3 mil doações e cerca de 15 mil castrações. Para saber mais, acesse www.miadoselatidos.org.br.

(Fonte: DePropósito Comunicação de Causas)

Artigo: “Exercendo a cidadania e a solidariedade no Outubro Rosa”, por Paulo Pizão, oncologista

Campinas, por Kleber Patricio

O oncologista Dr. Paulo Pizão. Foto: Matheus Campos.

A campanha anual de combate ao câncer de mama requer, mais do que nunca, o envolvimento de toda a comunidade. Em um mundo em que a palavra empatia se sobressai sobremaneira em várias situações, ver o Outubro Rosa chegar e ficar alheio à necessidade de fazer a sua parte chega a ser fora de moda. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres depois do de pele. A previsão do órgão é a de 74 mil novos casos por ano até 2025. Ainda de acordo com o INCA, cerca de 13% dos casos de câncer de mama em 2020 no Brasil (aproximadamente, 8 mil ocorrências) poderiam ser evitados pela redução de fatores de risco relacionados ao estilo de vida, em especial, da inatividade física.

A comunidade não pode ficar inerte diante desses números e o Outubro Rosa é o momento propício para que pessoas físicas, jurídicas e governantes voltem seu olhar e esforços para o tema, exercendo a cidadania e a solidariedade. Aponto três ações que a campanha anual estimula, mas que costumam ser esquecidas pela maioria da população:

1 – Rede de apoio a pacientes e familiares

Na modernidade em que vivemos, é crescente o número de mulheres que vivem sozinhas. As razões são variadas. Ora porque não se casaram, se separaram, ficaram viúvas, os filhos moram distantes e outras motivações. Essa condição é uma das questões do questionário que entrego aos pacientes, pois conhecer o nível de apoio que ele recebe determina a terapia. Não é incomum que eu precise descartar uma quimioterapia como primeira opção de tratamento simplesmente porque a pessoa não terá amparo ao ficar de cama para se recuperar.

A comunidade se erguer para colaborar é fundamental. Vizinhos, amigos e voluntários disponíveis para a função de acompanhante, cozinheiro e outras atividades da casa, por um curto período, são essenciais.

2 – Verba para instituições de pesquisa

O desenvolvimento de pesquisas que resultem em novos métodos de diagnósticos e tratamentos inovadores custa dinheiro e instituições privadas e públicas carecem de recursos. É muito importante que tanto empresas, quanto indivíduos – cada qual mediante a sua capacidade – se sensibilizem e façam doações com este fim. É mais uma vertente em que o senso de comunidade deve estar alerta e contribuir.

3 – Exercício do papel de cidadão

A comunidade deve cobrar dos seus representantes políticos no município, estado e federação que o aparato e estrutura da saúde pública melhorem. A campanha Outubro Rosa anualmente mune a população de informações, exibidas de várias formas, quanto às necessidades urgentes que esse público apresenta. Não é costume do brasileiro monitorar o desempenho do eleito pelo seu voto. Mas essa mudança é imperativa e os políticos devem ser incitados a elaborar leis que desburocratizem trâmites e criem caminhos para que pacientes e familiares sejam ouvidos e atendidos com prestatividade e zelo.

Sobre o autor

O oncologista Dr. Paulo Eduardo Pizão é um profissional global. Por ser docente em faculdade, gestor em instituições de saúde, atuar no atendimento clínico e por ter sido pesquisador na indústria farmacêutica, tem uma visão geral do setor e conhece o mecanismo desse segmento.

Suas atividades profissionais atuais são Pesquisador no Centro de Pesquisa Clínica São Lucas (PUC-Campinas), coordenador da disciplina de Oncologia Clínica no Curso de Medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic, Campinas-SP e oncologista no Instituto do Radium.

Suas especializações: Especialista em Oncologia Clínica pela Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO); especialista em Cancerologia (Oncologia Clínica) pela Associação Médica Brasileira e PhD em Medicina (Oncologia) pela Universidade Livre de Amsterdam, Holanda.

(Fonte: Antonia Maria Zogaeb Assessoria de Imprensa)

Carlos Bracher lança projeto “Belo Horizonte, Cidade da Cultura – Pampulha, Patrimônio Cultural da Humanidade”

Belo Horizonte, por Kleber Patricio

Obra “Paisagem de Ouro Preto”, de Carlos Bracher (2005). Foto: Miguel Aun.

A capital mineira se prepara para receber em breve o conteúdo do projeto “Belo Horizonte, Cidade da Cultura – Pampulha, Patrimônio Cultural da Humanidade”. Concebido e executado por Carlos Bracher, um dos artistas mineiros mais reverenciados em todo o mundo, a proposta consiste na concepção e pintura de um painel/instalação em formato tríptico composto por duas telas de 3 metros de altura por 5 metros de largura e, ao centro, uma tela de 3 metros de altura por 7 de largura, que será instalado posteriormente na capital mineira. Todo o processo criativo será documentado em fotos e vídeos.

A obra, que será apresentada em formato de exposição permanente, teve sua concepção norteada pela transferência da capital de Minas Gerais da antiga Vila Rica para Belo Horizonte.  A cidade, projetada para ser uma referência, a partir do traçado urbanístico de Aarão Reis, foi inaugurada em 12 de dezembro de 1897. Para representar a cidade e todas as suas nuances, Bracher optou por reunir nesta única obra diferentes técnicas, como pintura, escultura, plotagem de textos, vídeos e música, criando um cenário tridimensional. A proposta é que o espectador percorra todo o painel de forma lúdica e interativa compreendendo as etapas e os personagens que foram determinantes na história.  Desta forma, o painel “Belo Horizonte, Cidade da Cultura – Pampulha, Patrimônio Cultural da Humanidade” irá retratar o caráter dinâmico e multicultural que a capital mineira foi desenvolvendo com o passar do tempo. A cidade é hoje referência nacional em diversas áreas, como música, teatro, artes plásticas, dança, literatura, arquitetura, moda, esporte, gastronomia, entre outros.

Obra “Catedral de Brasília e os Quatro Evangelistas”, de Carlos Bracher (2010).

A conquista do título de Patrimônio Cultural da Humanidade conferido ao Conjunto Moderno da Pampulha é uma clara referência à importância desta cidade para o mundo. A exemplo do que Carlos Bracher fez em Brasília, na sede da Sinduscon, com o painel intitulado “Das letras às Estrelas: JK de Sonhos ao Sonho de Brasília”, a ideia é que a capital mineira também passe a contar com um painel comemorativo e contemplativo do artista, trazendo à tona sua vocação cultural e artística.

A ideia é que parte do processo criativo deste painel/instalação seja aberto ao público, que poderá acompanhar o trabalho do artista em alguns momentos específicos. A proposta é que, ao final, ele integre o acervo de algum dos prédios que formam o Circuito Cultural Praça da Liberdade e, desta forma possa ser visitado pela população local e por turistas, tornando-se mais uma das atrações culturais e artísticas do complexo, composto pelo Memorial Minas Gerais (Vale), o Museu de Mineralogia (Gerdau), o Centro Cultural Banco do Brasil, a Casa Fiat de Cultura, a Biblioteca Luiz de Bessa, o Centro do Patrimônio Cultural Cemig e, em breve, a Pinacoteca Cemig Minas Gerais.

Com este trabalho, Bracher reafirma sua paixão por estas duas cidades que abrigam suas moradas. Com isso, o artista pretende reverenciar grandes personagens da história de Minas e do Brasil, como os inconfidentes e seu grande mártir, o Tiradentes. Em 1924, Ouro Preto, considerada como o berço de Minas e da liberdade, foi palco de um célebre encontro dos Modernistas na cidade, atraindo nomes como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, além do suíço francês Blaise Cendrais.

Carlos Bracher em performance live painting em Ouro Preto. Foto: Blima Bracher.

No painel de Bracher, haverá uma conexão imaginária entre as montanhas de Ouro Preto e os personagens da nova capital, reverenciando a nova geração de poetas e intelectuais que fizeram história na cidade; entre os quais estão Carlos Drummond de Andrade, Pedro Nava, Abgar Renault e Emílio Moura, que mudam, definitivamente, os rumos culturais de Belo Horizonte e, consequentemente, de Minas Gerais. Na sequência, surgem notáveis literatos, como Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende, Hélio Pellegrino e Murilo Rubião, seguindo-se Roberto Drummond, Afonso Ávila e Rui Mourão, entre inumeráveis outros.

A noção de modernidade e de vanguarda floresce de forma exponencialmente durante a gestão do jovem prefeito Juscelino Kubitschek, que contrata Oscar Niemeyer, Cândido Portinari, João Ceschiatti, Burle Marx e Athos Bulcão para edificarem o Complexo da Pampulha; Guignard, para a Escola de Artes, e o maestro belga Arthur Bosmans e Curt Lange para montarem a Orquestra Sinfônica de Belo Horizonte.

Ainda no campo da arquitetura, a cidade ainda conta com inúmeras outras referências importantes, como Praça da Liberdade com seus prédios neoclássicos, o Palácio das Artes, o Cine-Theatro Brasil Vallourec, o Parque Municipal, os edifícios em estilo art decó, além do famoso Edifício Niemeyer, também na Praça da Liberdade.

O grande painel de Bracher ainda reserva espaço para retratar a nossa estreita relação com a gastronomia, com a moda e também com os esportes. Em função da sua capacidade de retratar uma parte significativa da nossa história, a proposta é que o painel receba visitação de alunos das escolas das redes pública e privada, tornando-se uma referência para a compreensão dos fatos históricos que envolvem as duas cidades e que foram determinantes para a cultura brasileira.

Da mesma forma que Van Gogh pintou Arles, que Cézanne pintou Aix-en-Provence, que Guignard pintou Ouro Preto e que Bracher pintou Brasília, como também Ouro Preto, o mineiro agora irá retratar Belo Horizonte, criando uma obra que ficará como legado integrando-se ao acervo artístico da capital.

O registro audiovisual | Todo o processo de produção da obra será registrado em fotos e vídeos. Posteriormente, o documentário, com direção e roteiro assinados por Blima Bracher, filha do artista, passará a fazer parte da própria criação. O filme será apresentado ao público juntamente com a obra, mostrando as etapas desde sua concepção em papel até a realização final da obra em si, inclusive com as sessões de pintura ao vivo diante do público que visitará o processo criativo.

Sobre o artista

Foto: arquivo pessoal.

Carlos Bracher foi o artista brasileiro vivo que mais recebeu visitantes em sua mostra individual, que percorreu os CCBBs Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, além da Usiminas, em lpatinga, tendo a mostra “Bracher: Pintura & Permanência” sido visitada por quase meio milhão de pessoas. Os números demonstram o quanto o artista é querido e reverenciado pelo público. Bracher possui vasta obra, que figura em coleções do Brasil e do exterior e museus, entre os quais o Museu do Vaticano, em Roma. Obteve o maior prêmio de arte do Brasil: o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro do Salão Nacional de Belas Artes do Rio de 1967, por meio do qual permaneceu por dois anos na Europa em estudos e viagens. Ganhou o Prêmio Hilton de Pintura, em 1980, da Funarte, como um dos dez artistas que mais se destacaram no Brasil na década de 1970, ao lado de Siron Franco, João Câmara, Tomie Ohtake, Cláudio Tozzi e Maria Leontina. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela UFOP em 2009, honraria concedida até hoje a ele e a Milton Nascimento. É um dos artistas brasileiros que mais expôs seus trabalhos individualmente no exterior, em locais como museus, palácios e castelos. Já apresentou suas criações em praticamente todos os países da Europa, incluindo a Rússia (Museu de Arte Moderna de Moscou), Japão e em toda a América do Sul. Foi o primeiro artista brasileiro a expor na China a convite oficial do Governo Chinês no célebre Palácio Imperial na Cidade Proibida, em Pequim, em 1993. Na ocasião, o vice-ministro da cultura da China escreveu: “O artista brasileiro Carlos Bracher fez a ponte cultural entre o ocidente e o oriente”. Fez várias séries artísticas: “Homenagem a Van Gogh” (1990); “Do Ouro ao Aço, Catedrais Siderúrgicas” (1992); Série “Bracher” Brasília (2007), Petrobras (2012) e Tributo a Aleijadinho (2014).

Ficha Técnica “Belo Horizonte, Cidade da Cultura – Pampulha, Patrimônio Cultural da Humanidade”

Idealizador, criador do painel: Carlos Bracher

Pesquisa Histórica, Iconográfica: Blima Bracher

Assistente de Pesquisa Histórica e Iconográfica: Ricardo Correia de Araújo

Curadoria e Designer de Interiores: Fani Bracher

Documentário – Direção e roteiro: Blima Bracher

Documentário – Filmagem e Edição: Frederico Carneiro Tonucci

Fotografia: Blima Bracher

Projeto Gráfico: Flávia Costa

Direção de Produção: Sérgio Saboya e Silvio Batistela

Produção Executiva: Carlos Chapéu

Secretaria Executiva: Amora Pinheiro

Administração Financeira: Letícia Napole

Redes Sociais: Blima Bracher

Assessoria de Imprensa: Fábio Gomides – A Dupla Informação.

O projeto tem o patrocínio da CEMIG, a Companhia Energética de Minas Gerais, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e conta com a chancela da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, a Secult.

(Fonte: A Dupla Informação)

Oktoberfest agita Indaiatuba neste final de semana com inúmeras atrações e produção de cerveja exclusiva

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Século Verde Eventos, local da Oktoberfest indaiatubana. Fotos: divulgação.

A Oktoberfest, a festa alemã mais tradicional e querida do Brasil, neste ano traz uma surpresa especial para os amantes da cerveja da cidade de Indaiatuba, no interior do Estado de São Paulo. As três das cervejarias mais amadas do município, a Mestre do Malte Brassaria, Itaici Cervejaria e O Cervejista Brewing Co, uniram forças para criar uma cerveja comemorativa ao evento, a Oktoberfest Bier/Märzen, que promete conquistar os paladares dos participantes do evento, que irá acontecer entre os dias 30 de setembro e 1º de outubro no Século Verde Eventos com entrada gratuita.

A Oktoberfest Século Verde terá a participação especial da Colônia Alemã Friburgo, que trará o melhor da culinária alemã e danças típicas para completar a experiência cultural, além de outros expositores locais que apresentarão uma variedade gastronômica que inclui pães, doces, geleias, comida vegana, bebidas diversas e artesanatos em geral para consumo do público presente. O evento, que celebra a diversidade cultural, o pequeno produtor, artesão e comércio local, promete ser uma festa inesquecível para toda a família.

Oktoberfest Bier/Märzen

Para os amantes da culinária alemã, o Eisbein com salada de batata e chucrute é uma boa opção.

Ainda sobre a cerveja comemorativa Oktoberfest Bier/Märzen, ela é uma variedade de cerveja lager tradicionalmente produzida para a festa da Oktoberfest em Munique, na Alemanha, e se tornou ao longo do tempo a cerveja da Oktoberfest. Sua coloração âmbar acobreada, podendo chegar a um marrom avermelhado, é resultado do uso de maltes especiais, como malte Munich e malte Viena, que contribuem para a sua tonalidade característica.

Apresenta também notas de malte que incluem caramelo, toffee e pão. Esses sabores de malte são equilibrados e complementados por um amargor de lúpulo suave. O teor alcoólico é moderado, variando de cerca de 5% a 6% por volume. Isso a torna uma cerveja relativamente fácil de beber, permitindo que os visitantes da Oktoberfest desfrutem de várias canecas durante a festa. Além dessa incrível novidade, os visitantes também poderão desfrutar de uma variedade de estilos de cerveja que vão muito além do tradicional.

Culinária típica | Quem preza por uma gastronomia de qualidade vai poder saborear pratos típicos alemães e outras delícias da culinária do país europeu, além de opções deliciosas para os amantes de comida vegana. E, claro, saborear uma seleção de cervejas artesanais de alta qualidade produzidas por cervejarias de Indaiatuba.

Atrações culturais | Durante o evento, grupos estarão apresentando danças típicas alemãs. Gincanas, brincadeiras emocionantes e premiadas para os visitantes que marcarem presença. O local terá um espaço kids com atividades e diversão para as crianças. Vale a pena visitar a Mini Fazendinha com animais fofos que irão encantar as crianças. Uma feira    estará acontecendo com mais de 25 artesãos e produtores locais apresentando uma grande variedade de itens gastronômicos.

DJ Cris Vibe: presença feminina no line-up da festa.

Música | Muita música ao vivo vai estar rolando durante todo o evento para agitar a galera. No dia 30 de setembro, a partir das 11h, Milton Fernando estará se apresentando. Às 15h, a animação fica por conta da DJ Cris Vibe. O encerramento do primeiro dia de festa, às 18h, é com a cantora Michella Martinatti. No domingo, às 11h, quem se apresenta é a Banda Lexojam. E o encerramento, às 14h, é com o DJ Fabio Leonel. Banda Lexojam: https://www.youtube.com/watch?v=JYGDjIUXApA.

Vale lembrar que o evento é gratuito, mas a entrada é limitada. Portanto, chegue cedo para garantir seu lugar. No dia 30 de setembro, o evento acontece das 11h às 21h e, no dia 1º de outubro, das 11h às 18h. Para mais informações, visite o site oficial em www.seculoverdepaisagismo.com.br ou siga nas redes sociais @seculoverderestaurante.

Oktoberfest Século Verde

Data: 30 de setembro e 1º de outubro

Local: Século Verde Eventos – Rodovia Lix da Cunha, 4.600 – Jardim dos Lagos – Indaiatuba/SP.

Informações: (19) 3834-4390 | www.seculoverdepaisagismo.com.br.

(Fonte: Estrategic Assessoria e Comunicação)

Acervo da fotógrafa Vania Toledo (1945–2020), consagrada pelos registros da cena cultural brasileira, chega ao Instituto Moreira Salles

São Paulo, por Kleber Patricio

Caio Fernando Abreu e Cazuza. Coleção Vânia Toledo/Acervo IMS.

Com sua Yashica a tiracolo, Vania Toledo (1945–2020) costumava percorrer os corredores de teatros e clubes noturnos registrando as personagens marcadas de suor e purpurina que circulavam pelos locais. Em seu estúdio, também retratou nomes centrais da música e do teatro nacional, convidando-os a posar e se abrir para suas lentes. Essa proximidade com as pessoas fotografadas e com as cenas que captava — “meu vício é gente”, declarava em entrevistas — caracterizam a obra e carreira de Vania. Constituído majoritariamente ao longo de sua trajetória na imprensa, na noite e em seu estúdio particular, o acervo da fotógrafa acaba de ser adquirido pelo Instituto Moreira Salles.

A coleção é composta por cerca de 250 mil imagens, sobretudo retratos em preto e branco, além de reportagens em jornais e revistas, livros e documentos, como credenciais de imprensa. Com a aquisição, o IMS passa a ter direito de fazer exposições e publicações para divulgar a obra de Toledo. Já os direitos autorais permanecem com Juliano Toledo, filho e herdeiro da fotógrafa.

Rita Lee. Coleção Vânia Toledo/Acervo IMS.

No acervo, há retratos de Gal Costa, Ney Matogrosso, Caio Fernando Abreu, Rita Lee, Cazuza, Pelé, Milton Nascimento, José Celso Martinez Corrêa e Caetano Veloso, além de registros da vida noturna de São Paulo nos anos 1980. Outro destaque é a série pioneira de nus masculinos que deu origem ao livro “Homens: ensaio” (1980), com personagens famosos e menos conhecidos.

Nascida em 1945 na cidade de Paracatu (MG), Vania mudou-se na década de 1960 para São Paulo, onde cursou ciências sociais na USP e passou a trabalhar na área de educação da Editora Abril. Até os 30 anos, fotografava apenas de forma amadora. No fim dos anos 1970, decidiu se dedicar à profissão e iniciou sua carreira no jornal Aqui São Paulo, onde se tornou responsável pela coluna de festas.

A partir de então, passou a colaborar com diferentes jornais e revistas do Brasil e do exterior, como Vogue, Interview, Claudia, Veja, IstoÉ, Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Time e Life. Em 1981, abriu seu próprio estúdio – Studio Salto Alto – na capital paulistana, que funcionava num sobrado no bairro dos Jardins, em São Paulo, onde pôde aprofundar seu trabalho como retratista, reunindo personalidades da música, do cinema e das artes visuais para sessões de fotos imersivas.

No acervo, há muitas imagens feitas nos bastidores do teatro. Ela começou sua carreira fotografando gratuitamente atores que frequentavam o circuito da Praça Roosevelt e precisavam de materiais de divulgação. Posteriormente, documentou espetáculos marcantes da história do teatro brasileiro encenados durante a ditadura militar, como a montagem de “Macunaíma”. Também retratou astros como Marília Pera e Raul Cortez, Marco Nanini, Ney Latorraca e Irene Ravache, entre vários outros, desenvolvendo uma intensa relação com a cena teatral que marcaria toda sua trajetória.

Gilberto Gil. Coleção Vânia Toledo/Acervo IMS.

Em paralelo ao trabalho nas redações, na década de 1980, Vania documentou seu próprio entorno, especialmente as festas que frequentava na cena underground no centro de São Paulo. De maneira espontânea, registrava as pessoas que se entregavam nas pistas de dança, com roupas e comportamentos que questionavam os padrões sociais. As fotos trazem flagras dessas personagens captando o ritmo e a energia de um ambiente, marcados por purpurina e música disco. Em entrevista para a revista ZUM, a fotógrafa comenta as imagens: “Eu gostava da noite, de dançar, de festa. A fotografia tem muito a ver, no meu caso, com o olhar e a liberdade de ação. Eu fazia da pista de dança o meu estúdio. Tinha uma espontaneidade que eu adorava. […] Eram personagens muito interessantes, muito libertárias”.

O acervo traz também fotos realizados para a indústria fonográfica. Vania assinou capas de discos consagrados, como “Refestança”, de Gilberto Gil e Rita Lee, e “Televisão”, dos Titãs. Outro artista muito fotografado é Ney Matogrosso, com quem Vania cultivou uma estreita amizade.

É também de sua autoria a famosa foto de Cazuza abraçado ao escritor Caio Fernando Abreu, em 1988. Vania fotografou também a escritora Cassandra Rios, que teve mais de 30 livros censurados durante a ditadura. Outro destaque são as imagens que clicou em Nova York, no fim dos anos 1970, onde registrou ícones como Andy Warhol e Truman Capote na lendária discoteca Studio 54, em Manhattan.

Caetano Veloso. Coleção Vânia Toledo/Acervo IMS.

A coleção inclui ainda a famosa série “Homens: ensaio” (1980), primeiro livro publicado por Vania e um dos mais importantes de sua carreira. Para o ensaio, a fotógrafa convidou amigos para posarem nus diante de suas câmeras, invertendo as posições de artista e modelo, tradicionalmente ocupadas por pessoas do gênero masculino e feminino, respectivamente. A série inclui retratos de nomes como Caetano Veloso, Roberto de Carvalho e Ney Matogrosso.

No IMS, o acervo de Vania se soma a outros, como o de David Drew Zingg, Madalena Schwartz e Otto Stupakoff, que registram a efervescência cultural e o questionamento dos padrões de comportamento no país.

O coordenador de fotografia contemporânea do IMS, Thyago Nogueira, comenta a incorporação da coleção: “É uma honra trazer ao IMS acervo tão importante para a história da fotografia brasileira. Vania foi ao mesmo tempo uma cronista irreverente da noite paulistana, franqueando acesso aos momentos de intimidade de artistas e personalidades de toda classe, e uma retratista rigorosa que usou seu carisma transbordante para construir a cumplicidade com que registrou boa parte da cena cultural brasileira. Em vez de uma observadora distante, era uma fotógrafa implicada em seu trabalho. Ainda há muito que estudar em seu arquivo, mas é notável como a informalidade e a descontração se transformaram em estratégias para registrar – e viver – de dentro as mudanças culturais e comportamentais dos anos 70, 80 e 90. O acesso à efervescência das festas noturnas, a inversão de papéis de gênero e mesmo a adoção de uma máquina fotográfica amadora fazem parte da revolução visual promovida por uma artista libertária”.

Juliano Toledo, filho da fotógrafa, ressalta a importância da aquisição do acervo pelo IMS: “Minha mãe foi uma fotógrafa além do seu tempo. Imagina uma mulher em plena ditadura militar fazer um livro com ensaios de homens nus. Ela não tinha pudores! Ela conseguia captar a essência do ser humano que estava sendo registrado pelo seu clique. Como ela sempre dizia: ‘O meu vício é gente’. Agora seu legado vai poder ser apreciado pelas próximas gerações”.

(Fonte: Instituto Moreira Salles)