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Retrospectiva do fotógrafo Walter Firmo chega ao CCBB RJ

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Walter Firmo – “Maestro Pixinguinha”, RJ, 1967. Acervo IMS.

No dia 9 de novembro, chega ao Rio de Janeiro a grande exposição retrospectiva “Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito”, um panorama dos mais de 70 anos de trajetória do consagrado fotógrafo carioca. A mostra será apresentada no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB RJ), depois de ter sido exibida com enorme sucesso no Instituto Moreira Salles de São Paulo (IMS Paulista), e marca o início da parceria – inédita – entre as duas instituições. O IMS fechará sua sede carioca para reforma em abril de 2023.

“Essa bela parceria não poderia começar de forma melhor. Inaugurá-la com uma mostra que tem tanta relação com a identidade carioca e que o público do Rio de Janeiro não poderia perder de forma alguma é muito significativo”, afirma Sueli Voltarelli, gerente geral do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro. E complementa: “As imagens de Firmo despertam memórias de uma afetividade profunda, que certamente aumentam a conexão das pessoas com a produção cultural brasileira”.

Marcelo Araujo, diretor-geral do Instituto Moreira Salles, ressalta a especial importância da parceria com o CCBB: “É um privilégio poder apresentar a exposição de Walter Firmo no Rio de Janeiro numa instituição de tamanho prestígio e com uma relação tão forte com a cidade e sua população”.

Walter Firmo – “Carnaval RJ”, 1985. Acervo IMS.

Com curadoria de Sergio Burgi e Janaina Damaceno, “Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito” ocupará todas as salas do segundo andar do CCBB RJ com 266 fotografias, produzidas desde 1950, no início da carreira de Firmo, até 2021. São imagens que retratam e exaltam a população e a cultura negra de diversas regiões do país, registrando ritos, festas populares e religiosas, além de cenas cotidianas. O conjunto destaca a poética do artista, associada à experimentação e à criação de imagens muitas vezes encenadas e dirigidas. “Acabei colocando os negros numa atitude de referência no meu trabalho, fotografando os músicos, os operários, as festas folclóricas; enfim, toda a gente. A vertigem é em cima deles. De colocá-los como honrados, totens, como homens que trabalham, que existem. Eles ajudaram a construir esse país para chegar aonde ele chegou”, diz Walter Firmo.

O fotógrafo percorreu intensamente todo o país, mas sempre manteve um vínculo especial com o Rio de Janeiro, sua cidade natal, onde iniciou e construiu sua carreira e desenhou sua trajetória na fotografia a partir da vivência de homem negro nascido e criado nos subúrbios e arrabaldes de Mesquita, Nilópolis, Marechal Hermes, Osvaldo Cruz, Vaz Lobo, Cordovil, Parada de Lucas, Vista Alegre e Irajá, territórios do samba de raiz e do permanente ronco da cuíca.

Walter Firmo – “Vendedor de sonhos na praia de Piatã, Slvador, BA”, dec. 1980. Acervo IMS.

Dividida em núcleos temáticos, a mostra traz retratos memoráveis de grandes nomes da música brasileira, como Cartola, Clementina de Jesus e a icônica fotografia de Pixinguinha na cadeira de balanço, além de destacar a importante trajetória de Firmo como fotojornalista e de dedicar uma seção à fotografia em preto e branco do artista, pouco conhecida e, em grande parte, inédita.

“Walter Firmo incorporou desde cedo em sua prática fotográfica a noção da síntese narrativa de imagem única, elaborada por meio de imagens construídas, dirigidas e, muitas vezes, até encenadas. Linguagem própria que, tendo como substrato sua consciência de origem – social, cultural e racial –, desenvolve-se amalgamada à percepção da necessidade de se confrontar e se questionar os cânones e limites da fotografia documental e do fotojornalismo. Num sentido mais amplo, questionar a própria fotografia como verossimilhança ou mera mimese do real”, afirma o curador Sergio Burgi, coordenador de fotografia do IMS, que assina a curadoria ao lado de Janaina Damaceno Gomes, professora da UERJ e coordenadora do grupo de pesquisa Afrovisualidades: Estéticas e Políticas da Imagem Negra.

Walter Firmo – “Cartola – Angenor de Oliveira desfilando no Carnaval RJ”, dec. 1970. Acervo IMS.

A exposição é uma oportunidade para o público conhecer em profundidade a obra de um dos grandes fotógrafos do nosso país, que até hoje mantém seu compromisso pelo fazer artístico: “Aí está o meu relato, a história de uma vida dedicada ao fazer fotográfico, dias encantados, anos dourados. Qual a minha melhor imagem? Certamente aquela que em vida ainda poderei fazer. Emoções, demais”, afirma o fotógrafo.

Com patrocínio do Banco do Brasil, a exposição segue para os Centros Culturais Banco do Brasil Brasília e Belo Horizonte.

Núcleos temáticos

A exposição está dividida em sete núcleos temáticos. No primeiro, o público encontra cerca de 20 imagens em cores, de grande formato, produzidas ao longo de toda a sua carreira. Há fotos feitas em Salvador (BA), como o registro de uma jovem noiva na favela de Alagados (2002); em Cachoeira (BA), como o retrato da Mãe Filhinha (1904-2014), que fez parte da Irmandade da Boa Morte durante 70 anos; e em Conceição da Barra (ES), onde o fotógrafo retratou o quilombola Gaudêncio da Conceição (1928-2020), integrante da Comunidade do Angelim e do grupo Ticumbi, e dança de raízes africanas, entre outras.

Walter Firmo – Acervo Instituto Moreira Salles. Coleção Walter Firmo – Cachoeira, BA, c. 2000. Acervo IMS.

O segundo núcleo apresenta a biografia do artista, abordando os seus primeiros anos de atuação na imprensa, quando registrou temas do noticiário, em imagens em preto e branco. O conjunto inclui uma fotografia do jogador Garrincha, feita em 1957; imagens de figuras proeminentes da política nacional, como Jânio Quadros e Juscelino Kubitschek; além de registros de ensaios de escolas de samba do Rio de Janeiro. Também há fotografias feitas para a reportagem “100 dias na Amazônia de ninguém”, publicada em 1964 no Jornal do Brasil, pela qual Firmo recebeu o Prêmio Esso de Reportagem.

Nas próximas seções, a retrospectiva evidencia como, no decorrer de sua carreira, Firmo passou a se distanciar do fotojornalismo documental e direto, tendo como base a ideia da fotografia como encantamento, encenação e teatralidade, em diálogo com a pintura e o cinema. Isso fica evidente no ensaio realizado em 1985 com seus pais (José Baptista e Maria de Lourdes) e seus filhos (Eduardo e Aloísio Firmo), no qual José aparece vestindo seu traje de fuzileiro naval, função que desempenhou ao longo da vida, ao lado de Maria de Lourdes, que usa um vestido longo, florido e elegante. O ensaio faz alusão às pinturas “Os noivos” (1937) e “Família do fuzileiro naval” (1935), do artista Alberto da Veiga Guignard (1896-1962).

Como destaque, a exposição apresenta, ainda, retratos de músicos produzidos por Firmo, principalmente a partir da década de 1970. Nas imagens, que ilustram inúmeras capas de discos, estão nomes como Dona Ivone Lara, Cartola, Clementina de Jesus, Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Martinho da Vila, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Djavan e Chico Buarque. Nesse conjunto, está, ainda, a famosa série de fotografias de Pixinguinha feita em 1967, quando Firmo acompanhou o jornalista Muniz Sodré em uma pauta na casa do compositor. Após o término da conversa, o fotógrafo pegou uma cadeira de balanço que ficava na sala da residência, colocou no quintal, ao lado de uma mangueira e propôs que Pixinguinha se sentasse nela com o saxofone no colo. Assim registrou o músico, em uma série de imagens que se tornaram icônicas.

A exposição traz também um ensaio com fotografias do artista Arthur Bispo do Rosário para a revista IstoÉ, em 1985, feitas na antiga Colônia Juliano Moreira, onde Bispo ficou confinado e criou seu acervo ao longo de cerca de 25 anos.

A retrospectiva apresenta diversos registros produzidos durante celebrações tradicionais brasileiras, como a Festa de Bom Jesus da Lapa, a Festa de Iemanjá e o próprio Carnaval do Rio de Janeiro. Há também um núcleo com fotos feitas em outros países, como Cuba, Jamaica e Cabo Verde.

Na mostra, o público poderá assistir, ainda, ao curta-metragem “Pequena África” (2002), do cineasta Zózimo Bulbul, no qual Firmo trabalhou como diretor de fotografia, e que trata da história da região que recebeu milhões de africanos escravizados. Também há um núcleo dedicado à fotografia em preto e branco, ainda pouco conhecida e em grande parte inédita, cujo destaque é a série de imagens feitas na praia de Piatã, em Salvador, entre o final dos anos 1990 e o início dos anos 2000.

Grande parte das obras exibidas provém do acervo do fotógrafo, que se encontra sob a guarda do IMS desde 2018, em regime de comodato.

Catálogo | A mostra é acompanhada de um catálogo com imagens das obras da exposição, além de textos de autoria do próprio Firmo, de João Fernandes, diretor artístico do IMS, e dos curadores Sergio Burgi e Janaina Damaceno. Há também uma entrevista do fotógrafo com os curadores e o jornalista Nabor Jr., editor da revista O Melenick. Segundo Ato, além de uma cronologia do fotógrafo assinada por Andrea Wanderley.

Sobre o artista

Nascido em 1937 no bairro do Irajá, no Rio de Janeiro, e criado no subúrbio carioca, filho único de paraenses – seu pai, de família negra e ribeirinha do baixo Amazonas; sua mãe, de família branca portuguesa, nascida em Belém –, Firmo começou a fotografar cedo, após ganhar uma câmera de seu pai. Em 1955, então com 18 anos, passou a integrar a equipe do jornal Última Hora, após estudar na Associação Brasileira de Arte Fotográfica (Abaf), no Rio. Mais tarde, trabalharia no Jornal do Brasil e, em seguida, na revista Realidade, como um dos primeiros fotógrafos da revista. Em 1967, já trabalhando na revista Manchete, foi correspondente, durante cerca de seis meses, da Editora Bloch em Nova York.

Neste período no exterior, o artista teve contato com o movimento Black is Beautiful e as discussões em torno dos direitos civis, que marcariam todo seu trabalho posterior. De volta ao Brasil, trabalhou em outros veículos da imprensa e começou a fotografar para a indústria fonográfica. Iniciou ainda sua pesquisa sobre as festas populares, sagradas e profanas, em todo o território brasileiro, em direção a uma produção cada vez mais autoral.

Sobre o CCBB

O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro funciona de segunda a sábado, das 9h às 21h, no domingo, das 9h às 20h, e fecha às terças-feiras. Inaugurado em 12 de outubro de 1989, o CCBB está instalado em um edifício histórico, projetado pelo arquiteto do Império, Francisco Joaquim Bethencourt da Silva. Marco da revitalização do centro histórico do Rio de Janeiro, o Centro Cultural mantém uma programação plural, regular e acessível, nas áreas de artes visuais, cinema, teatro, dança, música e pensamento. Em 33 anos de atuação, foram mais de 3 mil projetos oferecidos ao público, e, desde 2011, o CCBB incluiu o Brasil no ranking anual do jornal britânico The Art Newspaper, projetando o Rio de Janeiro entre as cidades com as mostras de arte mais visitadas do mundo. O prédio dispõe de 3 teatros, 2 salas de cinema, cerca de 2 mil metros quadrados de espaços expositivos, auditórios, salas multiuso e biblioteca com mais de 200 mil exemplares. Os visitantes contam ainda com restaurantes, cafeterias e loja, serviços com descontos exclusivos para clientes Banco do Brasil.

Serviço:

Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito

Abertura: 9 de novembro de 2022, às 9h

Exposição: até 27 de março de 2023

Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro

Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro – RJ

Telefone: (21) 3808-2020

Funcionamento: Segunda, quarta a sábado, das 9h às 21h. Domingo, das 9h às 20h.

Fechado às terças-feiras.

Classificação indicativa: 14 anos

Entrada franca, com ingressos disponíveis na bilheteria física ou pelo site do CCBB – bb.com.br/cultura.

Curadoria: Sergio Burgi e Janaina Damaceno Gomes

Assistência de curadoria: Alessandra Coutinho Campos

Pesquisa biográfica e documental: Andrea Wanderley

Produção: Tisara Arte Produções Ltda.

(Fonte: Midiarte Comunicação)

Exposição ‘Reviravolta’: um convite à interação na Casa Museu Ema Klabin

São Paulo, por Kleber Patricio

A residência onde viveu Ema Klabin de 1961 a 1994 foi decorada pelo célebre Lotteringhi Della Stufa. Foto: Romulo Fialdini.

Com curadoria de Paulo de Freitas Costa, a exposição “ReviraVolta”, na Casa Museu Ema Klabin, apresenta obras raras que nunca foram expostas nos 15 anos de abertura da Casa Museu, além de algumas peças da coleção reposicionadas pelos ambientes, como estavam no final da vida de Ema Klabin.

Muitas obras estão sendo expostas pela primeira vez, como a litogravura “Fauno Músico N.3”, de um dos mais importantes artistas do século XX, o espanhol Pablo Picasso, além da gravura de Francisco de Goya e duas folhas de pergaminho de um dos maiores falsificadores da história, o Falsificador Espanhol.

O Núcleo Educativo da casa museu oferece uma série de visitas livres e mediadas, em que o público poderá interagir com a exposição – desde opinar sobre as novas mudanças realizadas pela casa museu, se devem ou não permanecer, até usar a imaginação e participar de atividades lúdicas, posicionando imagens de obras do museu em diferentes pontos da casa.

Enquanto interagem com as obras, os visitantes irão conhecer melhor uma coleção que reúne mais de 35 séculos de arte e cultura.

Escolha sua visita:

O quadro “Ariadne” (Jean-Baptiste Greuze, sec. VIII) deixa a biblioteca para decorar a entrada do quarto principal. Foto: Vera Albuquerque.

Visitas Mediadas | Propõem, a partir da curadoria, novas formas de ver a coleção e estabelecer relações entre as obras, refletindo sobre o conceito de casa museu. O público poderá ainda propor uma curadoria para a Coleção Ema Klabin. Quarta, quinta e sexta feira – 11h, 14h, 15h, 16h.

Visita “Uma experiência sobre curadoria: O quê? Por quê? Onde?” | O público será convidado a perceber o espaço da casa museu e a curadoria proposta, além de conversar sobre as obras, fazendo relações a partir do seu repertório. Depois, poderá participar de uma atividade lúdica e experimentar sua própria curadoria, escolhendo figuras com algumas obras e colocando em diferentes espaços da casa, criando novas relações. 16 out / 6, 13 e 20 nov – das 14h30 às 16h.

Visita “A coleção antes da casa e a casa antes do museu” | Revisitando fotos de juventude de Ema Klabin e de alguns ambientes da casa antes e depois de se tornar um museu, o educativo convida o público a refletir sobre a formação da Coleção Ema Klabin. 29 out / 5, 12 e 19 nov –

das 14h30 às 16h.

Visitas livres | Aos finais de semana e feriados, sempre em quatro horários: 11h, 14h, 15h e 16h.

A exposição ReviraVolta acontece até o dia 16 de dezembro e tem patrocínio da Klabin S.A.

Serviço:

Exposição ReviraVolta

Até 16 dez 2022

De quarta a sexta-feira em grupos acompanhados por educador. Finais de semana e feriados, visitas livres. Sempre em quatro horários: 11h, 14h, 15h e 16h.

Não é necessário agendamento prévio

Visitas mediada podem ser conferidas no site do museu

Rua Portugal, 43 – Jardim Europa – São Paulo, SP

Entrada franca

Acesse as redes sociais:

Instagram: @emaklabin

Facebook:  https://www.facebook.com/fundacaoemaklabin

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YouTube: https://www.youtube.com/c/CasaMuseuEmaKlabin

Site: https://emaklabin.org.br

Vídeo institucional: https://www.youtube.com/watch?v=ssdKzor32fQ

Vídeo de realidade virtual: https://www.youtube.com/watch?v=kwXmssppqUU.

(Fonte: Midia Brazil Comunicação)

Plantio de 272 árvores nativas da Mata Atlântica homenageia vítimas da barragem em Brumadinho

Brumadinho, por Kleber Patricio

Fotos: Washington Alves.

Uma atividade ao ar livre chamou a atenção dos moradores de Brumadinho na manhã do último sábado (29/10). Na área verde do Bairro Salgado Filho, nas proximidades do Cemitério Parque da Rosas – onde várias vítimas da tragédia-crime do rompimento da barragem da Vale foram sepultadas – a Avabrum (Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão) plantou, em conjunto com o Instituto Camila e Luiz Taliberti, 272 mudas de árvores, de variadas espécies nativas da Mata Atlântica, tais como aroeira, pau-brasil, ipê amarelo, ipê roxo, paina e cedro. O plantio foi uma homenagem às vítimas da tragédia, e cada muda ganhou uma plaquinha de identificação com o nome de uma delas, as Joias, como são chamadas pelos familiares. Quatro vítimas ainda não foram localizadas.

O local escolhido para a atividade – a área verde, na Rua Érico Veríssimo, s/nº, no Bairro Salgado Filho – está sob a tutela da Brigada Carcará, que já promove ali uma ação de reflorestamento e vai oferecer todo suporte técnico para a manutenção das plantas. Já o Instituto Camila e Luiz Taliberti foi fundado, com apoio de amigos, por Helena Taliberti, que perdeu seus dois filhos na tragédia-crime – Luiz e Camila –, além da nora, Fernanda, que estava grávida de 5 meses, de Lorenzo Taliberti. Os irmãos eram de São Paulo e estavam em Brumadinho com o pai e a madrasta hospedados na Pousada Nova Estância, que foi totalmente destruída pela lama de rejeitos no fatídico 25 de janeiro de 2019. Todos morreram.

Uma das participantes da atividade, Tida Andrade, mãe de uma vítima, falou pela primeira vez sobre a tragédia-crime. Ela disse que resolveu participar da ação de plantio para que surja uma vida em forma de árvore. “Eu perdi minha filha Natália. Nós havíamos conversado sobre a possibilidade de um rompimento da barragem e ela me dizia que não tinha medo, pois a mineradora Vale pregava a vida em primeiro lugar e prezava pela segurança. Hoje, após quase 4 anos, vir prestar uma homenagem não somente a ela, mas a diversas pessoas que conhecíamos, é uma forma de lembrarmos de todos com muito amor”, disse.

Morador de Brumadinho, Jaime Eustáquio, que é técnico agrícola e biólogo aposentado, participou da ação como voluntário e auxiliou no plantio. Para ele, a sociedade de Brumadinho precisa participar e zelar pelo local. “Todos devem fazer parte deste local de homenagem às nossas Joias, fazendo com que seja um lugar de bom convívio para todos. Sou morador de um outro bairro e pretendo voltar aqui mais vezes para ajudar a cuidar do espaço”, finaliza.

De acordo com a presidente da Avabrum, Alexandra Andrade, a ideia do plantio de 272 árvores na área urbana de Brumadinho surgiu em conjunto com o Instituto Camila e Luiz Taliberti e teve um significado muito grande. “Eles [o Instituto] já plantaram 272 mudas em São Paulo. Já tínhamos a ideia de fazer aqui também. A participação dos familiares e da comunidade é muito importante para a gente conseguir manter a memória, honrá-los e homenageá-los, além de contribuir para a recuperação do meio ambiente. Poder contribuir com um mundo melhor por meio desse plantio em homenagem a eles alivia um pouco a nossa dor”, disse. A Avabrum acredita que as árvores serão um importante legado e farão com que a luta dos familiares das vítimas nunca caia no esquecimento.

‘Tentaram nos enterrar, não sabiam que éramos sementes’

Para Helena Taliberti, plantar 272 mudas é manter o legado dos seus filhos e contribuir para a preservação do meio ambiente. “É a construção de um memorial vivo e a certeza de que a morte de todos eles não foi em vão. Assim como o plantio em Brumadinho, plantamos 272 mudas em parceria com a SOS Mata Atlântica, em Itu (SP), e com o Projeto Plantar, na cabeceira do Rio São Francisco. O projeto do Instituto Camila e Luiz Taliberti é expandir para outros locais, porque tentaram nos enterrar, não sabiam que éramos sementes”.

Segundo a Avabrum, a intenção é expandir o plantio das 272 árvores para toda cidade onde nasceu uma joia, a fim de homenageá-la. A iniciativa do plantio deste sábado contou ainda também com apoio do Projeto Legado de Brumadinho*, do Departamento de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal, da Defesa Civil Municipal e da ONG Carcará.

*Projeto realizado com recursos destinados pelo Comitê Gestor do Dano Moral Coletivo pago a título de indenização social pelo rompimento da Barragem em Brumadinho, em 25/1/2019, que ceifou 272 vidas.

(Fonte: LS Comunicação)

Festival Rock the Mountain anuncia dias e horários dos shows

Itaipava, por Kleber Patricio

Caetano Veloso na edição de abril do Rock the Mountain. Foto: Felipe Gomes.

O Festival Rock The Mountain, que acontece nos dias 5, 6, 12 e 13 de novembro em Itaipava, Rio de Janeiro, acaba de confirmar as datas e horários de todos os shows da programação. Gilberto Gil, Lulu Santos, Gloria Groove, Mallu Magalhães, Jovem Dionisio, BK, Gilsons e Baco Exu do Blues se apresentarão nos sábados, dias 05 e 12 de novembro, enquanto Jorge Ben Jor, Ney Matogrosso, Roberta Sá, Duda Beat, Chico César e Geraldo Azevedo, Paralamas, Liniker e L7nnon estão entre os destaques na programação dos domingos, dias 6 e 13. Confira abaixo a programação e os horários de todos os palcos do Rock The Mountain.

O festival chega à sua 7ª edição repetindo o sucesso da realização em dois finais de semana, com quatro dias inteiros de programação, em um espaço cercado pela natureza preservada da Mata Atlântica. Além de dezenas de horas de música ao vivo divididas em seis palcos, o Rock the Mountain 2022 reunirá experiências com arte, moda, gastronomia, entretenimento (Roda Gigante, Tirolesa, Balão e Bungee Jump) e muito mais. E a expectativa do público não é pequena, de acordo com os produtores, restam poucos ingressos à venda.

Confira abaixo o line up completo do Rock the Mountain 2022:

Sábados – dias 5 e 12 de novembro

Palco Floresta

Jovem Dionísio – 13h40-14h20

Mallu Magalhães – 15h20-16h

Gilberto Gil – 17h-18h

Lulu Santos – 19h20-20h20

Gloria Groove – 21h40-22h30

Furacão 2000 – 23h50-01h30

Palco Estrela

Alice Caymmi – 12h50-13h30

Detonautas – 14h30-15-20

BK – 16h-16h50

Fernanda Abreu – 18h15-19h05

Gilsons – 20h35-21h25

Baco Exu do Blues – 22h45-23h35

Palco Mangolab

Ramonzin – 12h20-13h

Dona Onete – 14h-14h40

Nova Orquestra toca Los Hermanos – 15h50-16h40

Rachel Reis – 18h-18h50

Bala Desejo – 19h50-20h40

Lamparina – 21h30-22h20

Afrocidade – 23h20-00h20

Palco Coreto

Mabi – 14h14h45

Taruíra – 16h15-17h15

Forró do Agnaldo – 18h30-19h25

Metabrisa – 20h45-21h45

Trixma – 23h-23h50

Domingos – dias 5 e 13 de novembro

Palco Floresta

Roberta Sá – 13h40-14h40

Chico César e Geraldo Azevedo – 15h30-16h20

Jorge Ben Jor – 17h10-18h10

Ney Matogrosso – 19h30-20h30

Duda Beat – 21h50-22h40

Palco Estrela

Kaê Guajajara – 14h50-13h40

Letrux – 14h40-15h30

Paralamas – 16h20-17h10

Flora Mattos – 18h15-19h15

Liniker – 20h45-21h35

L7nnon – 22h55-00h20

Palco Mangolab

Luciane Dom – 12h20-13h

Afroito – 14h-14h40

Slipmami – 16h40-18h10

Céu – 17h10-18h

Xênia França – 19h-19h40

Clarissa – 20h40-21h30

Urias – 22h20-23h05

Tasha e Tracie – 00h05-01h05

Palco Coreto

Duas em Ponto – 14h-14h50

Clube da Montanha – 16h15-17h15

Manteiga de Cacau – 18h50-19h40

Homegrow – 20h45-21h30

Roda de Samba (todos os dias)

Samba Que Elas Querem

15h-16h10

19h-20h20

23h30-00h40

Cozinha Arrumada

16h50-18h10

19h20-22h40

01h30-02h30

Nos sábados os Dj

DJs Bia Ferreti, Barbie 2k, Leo Janeiro, Yasmin Vilhena, Rodrigo Penna, Paulete Lindacelva, Etcetera, Nepal, Pedro Bandeira, DJ LOL, Fernando Schlaepfer, DJ Lais Conti, Larinhx, DJ Saddam, Migas in Fervo, Baruth, Rodrigo Ribeiro, Mari Krueger, Bloco RTM, Milton, Marcela Vivian, Chico Abreu, Cheytania, Numa Gama, Aleakim, Chance da Silva, Carlos do Complexo, Alexiz BCX, Reple/Yel, Grazzi, Carol Santana, Lê Pantoja, Vini Fabretti, LUV, Laura Fragoso + Viamoras.

E nos domingos, os DJs Lysia, Du Viver, Garage Disco, Larissa Jennings, Benjamin Ferreira, Heavy Love, Zé Pedro, Dicky Trisco, Horse Meat Disco, Silvio Maranhão, DJ Feijão, WLDZ, DJ Thamy, Lux e Troia, Tamempi, Bering, Yas Mattos, Dakid, TBH Crew (Cix + Bruna Lennon + Ise), Juntos Com Certeza, Open Call, Àiyé, San Ignacio, Palmer, Fortunato, Isadoser, Andrei Y., Tesfon, NTLH CRVLH, Josele/ Rollinos, Kambô, Xlavinha + Funaro, Não Consta (LUV + Gean), Malaquias, Homem Gaiola + Spetto.

Mais detalhes no Instagram do festival.

Serviço:

Rock the Mountain 2022

Datas: 5, 6, 12 e 13 de novembro

Local: Parque de Exposições – Itaipava, Petrópolis, RJ

Ingressos:

Passaporte dias 5 e 6: R$394,00

Passaporte dias 12 e 13: R$394,00

Informações completas no site oficial do festival.

(Fonte: Lupa Comunicação)

Banda Municipal de Embu das Artes se apresenta no Museu da Casa Brasileira

São Paulo, por Kleber Patricio

Concerto, sob regência do maestro Hamilton Oliveira, acontece no dia 4 de novembro, sexta-feira, às 19h30, com entrada gratuita. Foto: divulgação.

A Banda Municipal de Embu das Artes se apresenta no Solar Fábio Prado, onde funciona o Museu da Casa Brasileira, no dia 4 de novembro, sexta-feira, às 19h30. O concerto ‘Sopros Musicais’ terá regência do maestro Hamilton Oliveira.

O concerto terá como ponto de partida o Repertório de Ouro das Bandas de Música no Brasil, representado pelo dobrado Jubileu (Anacleto de Medeiros). Além disso, a banda conduzirá o público por obras escritas especialmente para Banda Sinfônica: “Ride” e “On to the Next Frontier”.

O show ainda contará com obras da música internacional mundialmente conhecidas, além de composições de Adoniran Barbosa e Hermeto Pascoal, dentre outros autores. Confira abaixo o repertório do concerto.

– Anacleto de Medeiros: Jubileu

– Samuel Hazo: Ride

– Richard Saucedo: On To The Next Frontier

– Frank Sinatra/arr. Nachiro Iwai: Frank Sinatra Hits Medley

– Adoniran Barbosa/arr. Elias Evangelista: Seleção Adoniran Barbosa

– José “Duda” Urcicino da Silva: Suíte Nordestina

– Hermeto Pascoal/arr. Hudson Nogueira: Bebê

– Autores diversos/arr. Elias Evangelista: Seleção de Choros e Chorinhos.

Sobre a banda

A Banda Municipal de Embu das Artes teve seu início no século XVIII; entretanto, somente a partir de 1907 constam os primeiros registros. Em 1974, o grupo contava com 20 músicos e renomados maestros como Saturnino Canudo, Rossini, Antenor Carlos Vaz, Luiz Abdo e Elias Evangelista.

Hoje, a banda é formada por 40 músicos sob regência do maestro Hamilton Oliveira, sendo uma corporação musical que busca alto nível técnico. Com repertório eclético – desde Adoniran Barbosa, Tom Jobim e Abba, passando por transcrições de aberturas de óperas e outras peças eruditas.

Serviço:

Música no MCB |Banda Musical de Embu das Artes

Data: 4 de novembro, sexta-feira

Horário: 19h30

Entrada gratuita

Local: Solar Fábio Prado – Museu da Casa Brasileira

Av. Brig. Faria Lima, 2.705 – Jardim Paulistano, São Paulo, SP

Próximo à estação Faria Lima da Linha Amarela do Metrô.

Visitação:

Museu da Casa Brasileira

De terça a domingo, das 10h às 18h, com exceção da sexta-feira, que tem horário estendido até 22h

Av. Brig. Faria Lima, 2.705 — Jardim Paulistano, São Paulo, SP

Próximo à estação Faria Lima da Linha Amarela do Metrô

Ingressos: R$20,00 e R$10,00 (meia-entrada)

Sexta-feira, entrada gratuita

Acessibilidade no local | Bicicletário com 40 vagas.

Sobre o MCB | O Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, administrada pela Fundação Padre Anchieta, dedica-se, há 52 anos, à preservação e difusão da cultura material da casa brasileira, sendo o único museu do país especializado em arquitetura e design. A programação do MCB contempla exposições temporárias e de longa duração, com uma agenda que possui também atividades do serviço educativo, debates, palestras e publicações contextualizando a vocação do museu para a formação de um pensamento crítico em temas como arquitetura, urbanismo, habitação, economia criativa, mobilidade urbana e sustentabilidade. Dentre suas inúmeras iniciativas destacam-se o Prêmio Design MCB, principal premiação do segmento no país realizada desde 1986; e o projeto Casas do Brasil, de resgate e preservação da memória sobre a rica diversidade do morar no país.

(Fonte: Museu da Casa Brasileira)