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Formigas-de-Embaúba projeta plantio de miniflorestas em 650 escolas públicas na cidade de São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

Aproximadamente 650 escolas das redes públicas na cidade de São Paulo têm disponíveis áreas onde seria possível plantar miniflorestas de Mata Atlântica. Fotos: divulgação.

Cerca de 650 escolas das redes públicas na cidade de São Paulo têm disponíveis áreas onde seria possível plantar miniflorestas de Mata Atlântica com até 500 mil árvores, uma contribuição significante para reflorestar uma das maiores metrópoles do planeta. Os números preliminares são de levantamento inédito da organização sem fins lucrativos formigas-de-embaúba em colaboração com o MapBiomas e o Laboratório Quapá da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.

A tarefa de transformar o árido em verde é a missão da formigas-de-embaúba, que promove educação ambiental a partir de projetos de restauração ecológica em escolas públicas. A missão é nobre e está alinhada aos princípios de sustentabilidade do mundo contemporâneo.

Os programas da formiga-de-embaúbas não têm custo para as prefeituras atendidas e têm sido financiados através de doações de empresas, institutos e pessoas físicas, principalmente aquelas engajadas na nova realidade mundial de gestão empresarial baseada no social e no meio ambiente, conhecida pela sigla em inglês ESG (environmental, social and governance).

Formigas-de-Embaúba.

Começando pelas escolas, há muito trabalho a ser feito, mas a formigas-de-embaúba já coleciona expressivos resultados. Depois de rodar os pilotos iniciais, em 2021 a organização começou a dar escala a seu ambicioso projeto de reflorestar as escolas da capital mais industrial do Brasil e assinou um acordo de cooperação não financeiro com a Secretaria Municipal de Educação (SME) de São Paulo. Desde então, o programa foi implementado em 11 Centros Educacionais Unificados (CEUs) nas zonas leste e sul da cidade de São Paulo: CEUs Cidade Dutra, Alvarenga, Campo Limpo,  Guarapiranga,Capão Redondo, Paraisópolis, Vila do Sol, Feitiço da Vila, Tiquatira, Alto Alegre e Três Pontes.

Os CEUs são centros de educação, cultura e lazer da Prefeitura de São Paulo nas periferias, abertos a toda a população do entorno. Cada CEU conta com três escolas públicas para crianças e jovens de educação infantil e ensino fundamental. Nessas escolas, a formigas-de-embaúba já atendeu mais de 4,3 mil estudantes e mais de mil educadores e educadoras com o plantio de cerca de 10 mil árvores de 125 espécies nativas da Mata Atlântica, grande parte delas árvores frutíferas, como cambuci, uvaia, grumixama, goiaba, cabeludinha, araçá, pitanga, jabuticaba e outras. Os plantios são realizados pelo Método Miyawaki, que prevê preparo cuidadoso do solo, seleção de uma variedade alta de espécies nativas e plantio adensado das árvores e espécies companheiras.

O trabalho nas escolas é intenso, envolvendo um longo processo pedagógico, de plantio e depois de manutenção das miniflorestas junto aos estudantes, educadores e educadoras, pais e mães e comunidade. “A gente passa um ano dentro de cada CEU trabalhando o pedagógico. Tem toda uma criação do imaginário da floresta até o plantio com os alunos e alunas”, afirma a educadora ambiental e cofundadora da formigas-de-embaúba Gabriela Arakaki. Nesse processo, cada grupo de crianças e jovens das unidades educacionais passa por um percurso pedagógico com seis vivências ao ar livre ao longo de um semestre. Os professores e professoras são preparados/as com formações para participar de toda a ação e para desenvolver seus próprios projetos com seus estudantes, relacionados aos temas do reflorestamento e das mudanças climáticas.

Formigas-de-Embaúba.

O sucesso do programa rendeu à formigas-do-embaúba reconhecimento internacional. Desde o início de 2022 a organização é parceira oficial da Década para Restauração de Ecossistemas da ONU (2021-2030) e passou a integrar o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e a rede global de miniflorestas Miyawaki, da SUGi.

Benefícios locais e globais

Os benefícios do projeto são locais e globais. O processo pedagógico da criação dessas miniflorestas sensibiliza essas crianças e jovens para a urgência da regeneração de ecossistemas e da mitigação das mudanças climáticas. E as miniflorestas crescem para se tornar salas de aula ao ar livre, espaços de aprendizagem e conexão com a natureza, alinhadas com novos conceitos educacionais de vivências práticas para o desenvolvimento socioemocional dos estudantes e a geração de soluções baseadas na natureza no espaço urbano. E essas áreas verdes contribuem para melhorar a saúde das pessoas, criam corredores de biodiversidade na cidade, combatem as ilhas de calor, aumentam a infiltração de água no solo, melhoram a qualidade do ar, produzem alimentos, absorvem carbono e atraem polinizadores e avifauna.

Assim, a organização contribui com a criação, fortalecimento e multiplicação de redes de cuidados com o meio ambiente, levando a restauração ecológica para dentro das escolas públicas e contribuindo com a formação das gerações que poderão fazer parte da regeneração do planeta, afirma o cofundador da formigas-de-embaúba Rafael Ribeiro, mestrando em Antropologia da Natureza pela Universidade de São Paulo (USP). “Estamos planejando levar as miniflorestas para muito mais escolas nos próximos anos! A gente vem articulando acordos para levar nossos programas às redes públicas de outros municípios e do Estado de São Paulo, e buscando apoio de empresas para crescer”, conta Rafael.

Mapeamento

O ambientalista explica que outra novidade de 2022 é que a organização, em colaboração com o MapBiomas, está utilizando tecnologia de leitura automatizada de imagens de satélite para realizar um levantamento em todas as quase 3 mil escolas públicas localizadas na cidade de São Paulo, em busca de áreas para miniflorestas. “O MapBiomas tem a melhor tecnologia de monitoramento de desmatamento no Brasil, trabalha para agências governamentais, com tecnologia de ponta para leitura automatizada de imagens de satélite”, explica o ambientalista.

São cerca de 650 escolas já mapeadas de forma automatizada pelo projeto do MapBiomas, liderado pelas pesquisadoras Julia Cansado, Mayumi Hirye e Talita Micheleti. “Com base nesse estudo estamos planejando uma ampliação dos nossos programas, muito além da nossa escala atual”, comenta Rafael Ribeiro.

“É uma oportunidade única para as empresas implementarem suas políticas de sustentabilidade e ESG apoiando uma organização que atua com educação ambiental a partir do reflorestamento, enfrentamento à crise climática, conservação da biodiversidade, segurança alimentar e prevenção à crise hídrica”, afirma Rafael. Segundo ele, a organização já está em busca de parceiros para ampliar o projeto.

Plantio da minifloresta do CEU Paraisópolis

16 de outubro – das 13h às 17h – Plantio com a comunidade no CEU Paraisópolis

Sobre a formigas-de-embaúba

Organização sem fins lucrativos que promove educação ambiental por meio da formação de professores/as e do plantio de miniflorestas de mata atlântica pelos/as alunos/as nas escolas públicas, sensibilizando as novas gerações para a urgência da regeneração de ecossistemas e mitigação das mudanças climáticas.

Foi criada em 2019, quando o mestrando em Antropologia da Natureza pela Universidade de São Paulo (USP) Rafael Ribeiro uniu-se à educadora ambiental Gabriela Arakaki para criar a organização. Junto com a educadora ambiental Sheila Ceccon, os três coordenam o projeto, que atua na Grande São Paulo e está se expandindo para outras regiões.

Desde o início de 2022, é parceira oficial da Década para Restauração de Ecossistemas da ONU (2021-2030), integra o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e a rede global de miniflorestas Miyawaki da SUGi.

Instagram: @formigasdeembauba

Minidocumentário sobre o trabalho da formiga-de-embaúbas: https://bit.ly/minidoc_mataatlanticanasescolas.

(Fonte: Betini Comunicação)

Camerata Filarmônica e Banda Villa-Lobos apresentam concertos em comemoração ao Dia das Crianças

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Grupo de Professores do Projeto Camerata Comunidade é atração no dia 8. Foto: Lillian Larangeira.

A Camerata Filarmônica de Indaiatuba e a Corporação Musical Villa-Lobos apresentam neste final de semana concertos em comemoração ao Dia das Crianças. No sábado, dia 8, no Bosque do Saber, a Camerata traz “Pedro, o Menino que Aprendeu o Mundo”, com contação de história do livro de mesmo nome, de autoria de Rafael Vicole. Já a Villa-Lobos é atração no domingo, dia 9, na Estação Musical, com o concerto “Cine Kids”, com trilhas sonoras do cinema. As apresentações têm entrada franca. A iniciativa é da Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.

A apresentação da Camerata leva o título de “Conto Musical” e integra a programação artística do Projeto Camerata Comunidade, com o grupo de professores, e terá a participação do autor e compositor Rafael Vicole, que fará a contação de história de seu livro, “Pedro, o Menino que Aprendeu o Mundo”.

O concerto conta com direção artística e regência de Natália Larangeira, coordenação pedagógica de Sabrina Passarelli, narração de Rafael Vicole e a participação do grupo de professores, formado por David França, Claudia Carolyne e Sarah Genkawa nos violinos e Sabrina Passarelli no violoncelo.

Cinema

Corporação Musical Villa-Lobos faz concerto com trilhas de alguns dos filmes mais conhecidos de todos os tempos. Foto: Marcio Sapupo.

A Corporação Musical Villa-Lobos traz um concerto especial para o Dia das Crianças, com trilhas de alguns dos filmes mais conhecidos de todos os tempos. No repertório, trechos de “O Senhor dos Anéis”, “Pokemón”, “Pixar Movie Magic” (com trechos de trilhas de “Toy Story”, “Up – Altas Aventuras”, “Ratatouille” e “Os Incríveis”, entre outros), “Piratas do Caribe”, “Viva – A Vida é uma Festa” (Remember Me),” Jurassic Park”,” Minions” (Happy), “Capitão América”, “Bravo Brass”, “Fantasy Adventure At The Movies” (com trechos de “Star Trek”, “De Volta para o Futuro” e “E.T. – O Extraterrestre”, entre outros), “Caça-Fantasmas”, “Pantera Negra”, “Os Vingadores” e outras surpresas.

O concerto reunirá as Bandas Jovem e Sinfônica da Villa-Lobos, sob regência do maestro Samuel Nascimento.

Conto Musical com Pedro, o Menino que Aprendeu o Mundo

Com: Camerata Filarmônica de Indaiatuba

Data: 8 de outubro

Horário: 15 horas

Local: Auditório do Bosque do Saber

Endereço: Rua João Batista D’Alessandro, 610, Jardim do Sol

Entrada gratuita

Cine Kids

Com: Corporação Musical Villa-Lobos

Data: 9 de outubro

Horário: 10h30

Local: Estação Musical

Endereço: Rua Convenção, 1, Jardim Pompeia

Entrada gratuita.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Sousas e Joaquim Egídio abrem nesta sexta seu 9º Festival Gastronômico

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Divulgar a gastronomia regional com ingredientes que despertam boas memórias relacionadas à estação das flores é o objetivo do 9º Festival Gastronômico de Sousas e Joaquim Egídio. O evento será realizado de 10 a 23 de outubro, sob o tema “Sabores do Interior”, uma homenagem à rota turística e de peregrinação “Caminho pro Interior”.

O lançamento do Festival foi realizado na noite de 4 de outubro e contou com a presença dos diretores de Cultura, Gabriel Rapassi, e de Turismo, Eros Vizel, representando a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. A secretaria apoia a iniciativa, promovida pela Associação dos Dirigentes de Estabelecimentos de Gastronomia (Adegas).

Para dar início à maratona gastronômica, a tradicional Festa de Abertura será realizada na Praça Beira Rio, em Sousas, neste final de semana, nos dias 7, 8 e 9 de outubro, das 12h às 22h. A ideia é mostrar aos visitantes as variadas opções da alta gastronomia e um pouquinho do que será apresentado nos restaurantes durante o Festival, além de proporcionar muito entretenimento inclusive para as crianças, que terão o Espaço Kids.

Na festa de abertura, o visitante poderá conferir as delícias preparadas pelos estabelecimentos Ají Com Mel, Assim Assim & Assado, Ava Gastrobar, Bar Do Marcelino, Café Maritaka, Casa Belga, Estação Marupiara, Maria Hamburgueria, Nero Gelato, Rotisserie Pasta Per Tutti e Yakisobom. Também marcará presença a Toca da Mangava, cervejaria artesanal instalada no distrito de Sousas, que levará para o encontro diferentes estilos da sua produção. Quem prestigiar o evento também poderá conferir os produtos da Casa73 Mercado Autoral, uma plataforma colaborativa de produtos autorais e artesanais. O veículo gera novos negócios aos artistas por meio de feiras e lojas colaborativas. Estandes da QOPP Incorporadora e do Caminhos do Interior completam a estrutura da festa de abertura.

O Festival

Durante as duas semanas, 12 restaurantes participantes irão oferecer pratos únicos ou o combo completo por um valor único de R$59,00. No menu, pratos com ingredientes coloridos e floridos que transportam o cliente para os aromas e visual colorido da Primavera e o reconectam com o interior.

Promovido pela Associação dos Dirigentes de Estabelecimentos de Gastronomia (Adegas), o Festival irá mostrar as riquezas da rota turística e gastronômica dos dois distritos de Campinas, conhecidos pelo charme e pela história local. A temática ligada ao “Caminho pro Interior” marca o ingresso do trecho de Campinas nesta rota turística.

O “Caminho pro Interior” abrange 20 municípios, compreendendo, além de Campinas, o Circuito das Águas Paulista e o Sul de Minas Gerais. Nesse trajeto, valoriza a religiosidade e mostra as belezas das cidades por onde passa, sua produção artesanal e industrial, história, mundo rural e outras características que contribuem para a contemplação, a reflexão e o autoconhecimento dos peregrinos.

Os distritos de Sousas e Joaquim Egídio, como patrimônios regionais, guardam todo o charme para o “Sabores do Interior” com suas histórias e memórias. Cada detalhe desse patrimônio pode ser conferido nas ruas de pedra, cadeiras nas calçadas, casinhas coloridas com flores nas varandas, fazendas centenárias, casarões tombados pelo Patrimônio Histórico, pequenos produtores, artesãos e uma gente acolhedora que não dispensa uma boa prosa, acompanhada de um café quentinho.

Agenda de shows

Sexta-feira (7/10)

18h – Alexis Bittencourt Trio

20h30 – Fabinho Azevedo Trio

Sábado (8/10)

12h – Oficinas de Música Caipira

14h30 – O Som Delas

17h – Amigos do Samba

20h30 – Distrito 19

Domingo (9/10)

11h – Wagner, Faty e Tuco

14h30 – Kbelo & Jimmy

16h – Chris Rasta Rock Trio

18h30 – Quarteto Fantástico

Menus dos restaurantes com pratos a R$59

Ají Com Mel – Ceviche THAI – Ceviche especial criado pela Chef Mel para o Festival, que traz nuances cítricas da gastronomia tailandesa com a tradição peruana.

Assim Assim & Assado – 2 bolinhos de bacalhau gourmet + uma cerveja Paulaner.

Ava Gastrobar – Cremoso risoto de costela bovina com queijo de búfala defumado, crispy de bacon selado em rapadura com mini legumes sazonais salteados na manteiga de ervas.

Bar Do Marcelino – Arroz carreteiro, purê de cabotiá e entrecôte com ervas frescas.

Café Maritaka – Espeto Maritaka – três espetos maravilhosos com opções de carne com cebola, camarão com panceta e legumes, acompanhados com chutney de manga, pão pita e molho de iogurte com hortelã.

Casa Belga – Saint Peter em cama de purê de batata ao molho de amêndoas laminadas, confit de tomatinhos e aspargos.

Estação Marupiara – Picadinho com arroz de castanhas e banana da terra grelhada.

Fogão Mineiro – Escondidinho de carne seca (purê de mandioca gratinado com catupiry e queijo parmesão) + doce de leite da fazenda com queijo.

Maria Hamburgueria – Maria Picante com fritas mais cerveja Little Darling Toca da Mangava.

Restaurante Velho Valentim – Risoto com abóbora, carne seca crocante e queijo coalho.

Rotisserie Pasta Per Tutti – COMBO (500 gramas de capeletti de carne, 500 gramas de molho sugo e 200 gramas de caponata).

Yakisobom – 1 yakisoba tradicional com camarão + 1 hot roll + 1 Coca lata.

Serviço:

Festa de Abertura

Dias 7,8 e 9 de outubro

Sexta-feira (7), entre 18h e 22h; sábado (8) e domingo (9) das 12h às 22h

Local: Praça Beira Rio em Sousas – R. Monsenhor Dr. Emílio José Salim, 12-76 – Sousas, Campinas – SP

Festival nos restaurantes: de 10 a 23 de outubro

Informações: https://www.sousasejoaquimegidio360.com.br/

Realização: Adegas | Apoio Institucional: Prefeitura Municipal de Campinas, Secretaria de Serviços Públicos e Secretaria de Cultura e Turismo | Patrocínio: QOPP Incorporadora, Vërtër Cambuí e Ares Home | Apoio: Casa 73 Mercado Autoral | Apoio Cultural: Caminho para o Interior | Media Partner: Prazer em comer | Produção: Elo Produções & Eventos.

(Fonte: Prefeitura de Campinas)

Trio Macaxeira apresenta show “Sentimentos” em Indaiatuba

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Indaiatuba será a próxima cidade a receber a turnê pelo interior paulista do projeto “Sentimentos” do Trio Macaxeira, no dia 19 de outubro, quarta-feira, no Centro Cultural Hermenegildo Pinto – “Piano”. Antes do show, às 16h, o Trio fará uma oficina gratuita de “Prática de conjunto em Ritmos Brasileiros”, que também será no Centro Cultural. As duas atividades são abertas e gratuitas e, para garantir a vaga, basta chegar uma hora antes e levar 1 litro de leite ou de óleo, que serão doados para a Funssol (Fundo Social de Solidariedade). A apresentação será às 20h e a oficina às 16h.

O projeto nasceu a partir da construção de cinco anos de carreira do Trio Macaxeira e conta com diversas iniciativas regionais. O grupo, que tem notoriedade no que diz respeito à pesquisa da música instrumental e reinvenção de composições que fazem parte de um repertório já estabelecido no universo musical brasileiro, também participa da criação de novas músicas que ressoem nos diversos elementos fundamentais que constituem a identidade de uma música genuinamente nacional.

O projeto une show e formação, com programação até novembro em cinco cidades do interior de São Paulo que foram escolhidas para receber o projeto: Campinas, Itapira, Socorro, São José dos Campos e Indaiatuba. A turnê começou pela cidade de Socorro em setembro.

Em cada uma destas cidades, o projeto estabelece parcerias com as respectivas Secretarias de Cultura e instituições de ensino musical para a realização dos workshops, além de oficinas online sobre as atividades de circulação do projeto. Ao todo, serão três oficinas no formato de live com membros da produção do projeto e também convidados externos.

O objetivo é disseminar e estimular o conhecimento sobre a música instrumental brasileira e dividir os processos que envolvem a produção. Essas oficinas buscam levar ao público informações a respeito das diversas funções presentes na produção de um disco, com a participação de seus principais integrantes em formato de bate-papo, o que ajudará aos espectadores a entenderem cada uma das funções e a terem uma referência para produzir os seus próprios autorais

O Trio Macaxeira é um trio de música instrumental que se formou em Campinas-SP, composto pelos músicos Eduardo Pereira (bandolim de 10 cordas), Maurício Guil (violão de 7 cordas) e Fernando Junqueira (bateria). A formação instrumental não usual do trio é resultado de uma mistura de elementos que dialogam com tradições heterogêneas da música instrumental.

O bandolim e o violão de sete cordas são instrumentos ligados ao choro, enquanto a bateria é um instrumento que surgiu inicialmente no contexto da criação do jazz nos Estados Unidos. De tal modo, a música do Trio Macaxeira carrega esta característica híbrida, que transita entre a fundação da música brasileira e suas influências externas mais contemporâneas.

O novo projeto nasceu de uma série de composições do músico Eduardo Pereira (o bandolinista do trio) chamada “Sentimentos”, que têm por objetivo representar dentro do campo da música os diversos afetos de cada um dos idiomas que constituem a música brasileira, que seus variados ritmos podem expressar.

Coadunando com a característica contemporânea da abordagem estética do trio, o disco conta com a direção musical do baterista, produtor e compositor Edu Ribeiro e também com participações do músico Teco Cardoso e o sanfoneiro Toninho Ferragutti, três representantes de gerações distintas da música instrumental brasileira moderna cujas composições têm em comum o diálogo com a tradição musical nacional.

O álbum “Sentimentos” foi gravado no estúdio “Dapávirada” em São Paulo e está sendo lançado no formato de CD e nas plataformas de streaming disponíveis. No processo de estúdio também foram registradas seis das nove composições em vídeo, além da realização de um making off do processo de gravação.

O grupo realizará uma série de ações educativas na área musical na cidade. A entrada é gratuita, garantindo o acesso de todos, ao mesmo tempo, que adota a possibilidade de contribuição com a arrecadação 1 litro de leite ou de óleo voltada para uma campanha de combate a fome, com itens definidos em cada cidade que passa.

Serviço:

Show “Sentimentos” com o Trio Macaxeira

Data: 19 de outubro

Horário: 20 horas

Ingressos: chegar com uma hora de antecedência

Local: Centro Cultural Hermenegildo Pinto – “Piano”

Av. Eng. Fábio Roberto Barnabé, 5924 – Jardim Morada do Sol, Indaiatuba – SP

Workshop “Prática de conjunto em Ritmos Brasileiros”

Data: 19 de outubro

Horário: 16 horas

Inscrições: uma hora de antecedência no local

Local: Centro Cultural Hermenegildo Pinto – “Piano” – Av. Eng. Fábio Roberto Barnabé, 5924 – Jardim Morada do Sol, Indaiatuba – SP.

(Fonte: Confraria da Informação)

Pinakotheke recebe a exposição “Victor Brecheret e a Semana de Arte Moderna de 1922”

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

VICTOR BRECHERET, Ídolo, circa 1919, fundição bronze patinado, 20,0 x 46,0 x 16,0 cm. Fotos: Jaime Acioli.

A Pinakotheke Cultural Rio de Janeiro, em colaboração com o Instituto Victor Brecheret e com a iniciativa cultural de Orfeu Cafés Especiais, celebra o centenário da Semana de Arte Moderna com a exposição “Victor Brecheret e a Semana de Arte Moderna de 1922”. Dividida em quatro módulos, a mostra, com curadoria de Max Perlingeiro, reúne aproximadamente 50 obras dos artistas Victor Brecheret (1894-1955), Anita Malfatti (1889-1964), Vicente do Rego Monteiro (1899-1970), Zina Aita (1900-1967), Helios Seelinger (1878-1965) e Di Cavalcanti (1897-1976).

Doze obras que estarão na exposição fizeram parte do histórico evento no Theatro Municipal de São Paulo em 1922: de Anita Malfatti, “Onda” (circa 1915-1917) e “Penhascos” (circa 1915-1917); de Di Cavalcanti, três desenhos a nanquim, concebidos entre 1917 e 1924 para seu lendário álbum de gravuras “Fantoches da meia-noite” – “Fantoche com baralho”, “Fantoche com leque” e “Fantoche no piano”; de Vicente do Rego Monteiro, “Cabeças de negras” (1920) e “Lenda brasileira” (1920); de Zina Aita, “Homens trabalhando (1922) e “Ícaro” (1922); de Victor Brecheret, as esculturas “Soror dolorosa” (circa 1919), encomenda do escritor Guilherme de Almeida (1890-1969), inspirada em seu “Livro de horas de soror dolorosa”, “Vitória” (1920), raramente exposta, e “Ídolo” (circa 1919). Perlingeiro chama a atenção para outras raridades, como as esculturas em terracota “São Francisco com bandolim” (década de 1940) e a escultura monumental “Acalanto de Bartira” (1954), de Brecheret, além do desenho “Cabeça de homem (verde)” (1915-1916), de Anita Malfatti.

ZINA AITA, “Homens trabalhando”, 1922, óleo cartão, 22,0 x 29,0 cm.

No módulo “Brecheret e a Semana de Arte Moderna” estão reunidas obras de Brecheret e de artistas que participaram da Semana de 1922: Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Zina Aita, Vicente do Rego Monteiro e Helios Seelinger. Já “O feminino na escultura de Victor Brecheret” traz esculturas, em variados materiais e modalidades, sobre a figura da mulher. Dentro da temática feminina, destaca-se a escultura “Dama paulista” (1934), representação de Dona Olívia Guedes Penteado, uma versão em bronze, também existente em mármore e ilustrada por um desenho da patrona das artes feito em 1924 por Tarsila do Amaral. “A coleção modernista desta paulista que soube apresentar o Brasil aos brasileiros, começou a ser formada a partir de sua relação com Tarsila e Oswald de Andrade”, destaca Perlingeiro. Em 1923, os três visitam juntos os principais ateliês de Paris, quando conhecem Brecheret, que acabara de ser premiado no Salão de Outono. Dona Olívia adquiriria várias de suas esculturas e também obras de Picasso, Léger, Brancusi, Marie Laurencin, Foujita e André Lhote, que serão as primeiras de arte moderna que chegam ao Brasil. “Dos artistas brasileiros, Victor Brecheret é o artista brasileiro mais bem representado em sua coleção”, afirma o curador.

ANITA MALFATTI, “Cabeça de homem verde”, circa 1915-1916, carvão e pastel papel, 61,5 x 46,5 cm.

No módulo “Brecheret e a escultura religiosa”, obras produzidas nas décadas de 1940 e 1950 dão a dimensão da importância e da pluralidade da produção religiosa do artista, inicialmente influenciado pelo Renouveau Catholique, uma das tendências da Escola de Paris nos anos 1920. Por sua vez, “Brecheret e a escultura com temática indígena” apresenta o universo ao qual o artista se dedica, influenciado por Mário de Andrade, que o aconselhara a “abrasileirar sua produção”. Em busca de uma escultura essencialmente brasileira, Brecheret percebeu na arte indígena a forma estrutural que perseguia desde a década de 1920. No final dos anos 1940, volta-se cada vez mais às formas primitivas da cultura indígena do país. A fase da arte indígena de Brecheret durou as duas últimas décadas de sua vida e foi reconhecida em prêmios de Bienal Internacional de São Paulo, prêmio de escultura nacional na primeira Bienal de São Paulo e salas especiais em bienais seguintes.

EMILIANO DI CAVALCANTI, “Fantoche com leque”, 1917-1921, nanquim papel, 31,8 x 24,5 cm

Além dos quatro módulos, em uma vitrine, estarão raros exemplares de várias publicações: “Livro de horas de Soror dolorosa” (1920), poema de Guilherme de Almeida que inspirou a escultura exposta por Brecheret na Semana de Arte Moderna de 1922; “A estrela de absinto” (1927), de Oswald de Andrade, romance cujo personagem principal, o escultor Jorge D’Alvellos, é inspirado em Brecheret; “O losango cáqui” (1926), de Mário de Andrade, com capa de Di Cavalcanti; edição fac-similar do Catálogo e do Programa da Semana de Arte Moderna; o “O sacy” (1926-1927), revista modernista fundada por Cornélio Pires; e o álbum de gravuras de Di Cavalcanti “Os fantoches da meia-noite” (1921).

Sobre Victor Brecheret

Vittorio Breheret (sem a letra “C” no sobrenome) nasceu na Itália, na cidade de Farnese, a pouco mais de 100 km de Roma. Veio para o Brasil com a família aos 10 anos. No Brasil, adotou o nome Victor Brecheret. Aos 30 anos, confirmou sua nacionalidade brasileira. O jovem estudava desenho no Liceu de Artes e Ofícios, o que era muito comum entre os emigrantes italianos com dotes artísticos. Por seu talento, seus generosos tios, apesar dos poucos recursos, decidiram patrocinar uma viagem de estudos para a Europa.

Assim, aos 16 anos foi para Roma. Passou, então, a estudar com o escultor clássico Arturo Dazzi (1881-1966), frequentando a Escola de Belas Artes como ouvinte. Permaneceu em Roma até 1919. Quando retornou ao Brasil, viu-se desambientado em São Paulo. Sem amigos e sem trabalho, procurou o arquiteto Ramos de Azevedo (1851-1928), amigo da época do Liceu, responsável pela construção do Theatro Municipal, junto ao arquiteto e cenógrafo Claudio Rossi (1850-1935), e da Pinacoteca do Estado. Nessa ocasião, o arquiteto cedeu-lhe uma sala no Palácio das Indústrias, onde montou seu primeiro ateliê. Em visita ao local, um grupo de artistas e intelectuais, Di Cavalcanti (1897- 1976), Helios Seelinger (1878-1965), Oswald de Andrade (1890-1954) e Menotti del Picchia (1892-1988), conheceu um escultor excêntrico e ficou admirado com a qualidade de suas obras. Curiosamente, um dia, esse mesmo grupo levou o todo-poderoso Monteiro Lobato (1882-1948) para ver suas obras. Eis que o crítico e editor tão temido pousou o chapéu sobre uma de suas esculturas. Foi o suficiente para que o jovem italiano de sangue quente o retirasse com grande irritação, jogando-o ao chão.

Menotti del Picchia foi o primeiro a exaltar a qualidade de Brecheret. Sob o pseudônimo de “Helios”, uma homenagem ao amigo carioca Helios Seelinger, o “boêmio esteta dos sucessos ruidosos”, segundo o próprio Menotti, passou a publicar entre 1920 e 1921, no Correio Paulistano, uma série de crônicas tendo Victor Brecheret como o artista de suas atenções: “Brecheret pertence à falange de individualidades impressionantes como Gustav Klimt (1862-1918), Lederer, Franz (1870-1919), Anton Hanak (1875-1934), Arturo Dazzi, Antoine Bourdelle (1861-1929), Mirko Basaldella (1910-1969) e este fascinante Ivan Meštrović (1883-1962)”.

Parceria com Café Orfeu | Orfeu Cafés Especiais, genuinamente brasileiro, é parceiro da Pinakotheke na celebração do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. Como iniciativa cultural da marca, concebe uma edição especial inspirada no Movimento que, entre seus fundamentos, valorizava a identidade nacional. Será possível visitar virtualmente a exposição na Pinakotheke por meio de um QR Code impresso nas embalagens, criadas a partir de cores baseadas nas obras de artistas modernistas. “Com aromas cítricos e tropicais, doçura e acidez elevadas, a edição limitada homenageia a brasilidade e o espírito vanguardista”, explica Fabio Gianetti, head de Marketing da Orfeu Cafés Especiais.

Pinakotheke Cultural Rio de Janeiro

Exposição “Victor Brecheret e a Semana de Arte Moderna de 1922”

Abertura: 15 de outubro, das 11h às 15h

Visitação: de 17 de outubro a 12 de novembro de 2022

Curadoria: Max Perlingeiro

Realização: Pinakotheke Cultural com Instituto Victor Brecheret

Iniciativa Cultural: Café Orfeu

Rua São Clemente 300 – Botafogo

Telefone: (21) 2537-7566

Entrada gratuita

Segunda a sexta, das 10h às 18h; sábado das 10h às 16h.

(Fonte: Pool de Comunicação)