No último dia 23 de abril 23 de abril, educação amazonense viveu um momento histórico


Manaus
A galeria Galatea apresenta 60 obras da série Toquinhos em exposição da artista suíça radicada no Brasil Mira Schendel. Em uma iniciativa inédita, a mostra reúne um conjunto abrangente de trabalhos dessa série que foi produzida, principalmente, entre 1972 e 1974. Com texto crítico da curadora e crítica de arte Lisette Lagnado, “Mira Schendel: Toquinhos” também é a primeira individual da expoente da arte contemporânea em solo brasileiro nos últimos cinco anos. A última apresentação exclusiva da artista ocorreu em 2018, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, por ocasião dos 30 anos de sua morte.
Os sócios-fundadores Antonia Bergamin, Conrado Mesquita e Tomás Toledo realizam coquetel de abertura na galeria nesta quarta-feira, 28 de junho, a partir das 18h. A exposição estará aberta para visitação de sexta-feira 30 de junho a 19 de agosto.
Após ter sido presenteada pelo amigo Mario Schenberg, crítico de arte e importante físico brasileiro, com uma enorme quantidade de papel de arroz japonês, Mira criou cerca de dois mil desenhos que compõem a série Monotipias, produzida principalmente entre 1964 e 1967. Ao continuar experimentando com esse material, criou outras séries, como os Objetos Gráficos, produzidos sobretudo entre 1967 e 1973. São trabalhos compostos por folhas de papel de arroz repletas de rabiscos, traçados, rasuras, tipos datilografados e letraset inseridas entre duas placas de acrílico suspensas por fios de nylon e dispersas no espaço, longe das paredes, jogando com a luz, o dentro e o fora, a frente e o verso. Progressivamente, o desenho, a escrita cursiva e a rasura passaram por um processo de síntese no trabalho de Mira, chegando ao que o ensaísta alemão Max Bense chama de “reduções gráficas”. As obras da série Toquinhos apresentadas nesta exposição demonstram bem esse processo.
“Mira Schendel: Toquinhos” apresenta trabalhos em que a artista cria camadas colando sobre o papel japonês recortes geométricos (tingidos ou não) do mesmo papel, normalmente acompanhados de sinais de pontuação e letras. Ao ser questionada, em 1975, pela jornalista Norma Couri: “Por que letras?”, Mira responde: “São o pré-texto ou o pretexto do pós-texto”. Comentando tal diálogo, o teórico Geraldo Souza Dias afirma em sua monografia sobre a artista intitulada “Mira Schendel: do espiritual à corporeidade” (2009): “A completa redução da forma a círculos e retas desenvolvida nos tipos sem serifa da fonte Futura, a preferida da artista, permite considerar a relevância ótica das letras enquanto elementos de um conjunto. Nos trabalhos de Mira, o significado original dos sinais caligráficos – letras e números – transforma-se pela ação da letra autocolante, assumindo um caráter novo, puramente plástico”.
Sobre Mira Schendel (1919–1988)
Myrrha Dagmar Dub nasceu em Zurique, Suíça, em 1919, e cresceu na Itália. Entre 1930 e 1936, fez alguns cursos de arte em uma escola livre e, segundo ela mesma, desenhava compulsivamente nesse período. Em 1937, ingressa na Università Cattolica del Sacro Cuore, em Milão, para estudar Filosofia. Com o acirramento do fascismo e do antissemitismo pelo início da Segunda Guerra Mundial (1939–1945), é obrigada a abandonar os estudos de filosofia devido a um decreto-lei que proibia a inscrição de judeus estrangeiros nas escolas superiores; assim, em 1939, aos 20 anos, deixa a Itália.
Desloca-se continuamente pela Europa em um período pouco documentado de sua história, passando por países como Bulgária, Hungria, Viena, Croácia, Eslovênia. Após o armistício, em 1944, passa a viver em Roma com o seu então marido croata Jossip Hargesheimer, onde trabalhou na Organização Internacional para Refugiados, que orientava a emigração dos chamados “deslocados de guerra” [displaced persons] para países das Américas. Com isso, Schendel e Jossip partem, em julho de 1949, de Nápoles rumo a Porto Alegre. Na cidade, dedica-se aos estudos artísticos, trabalhando em desenhos, esculturas, cerâmicas, e frequenta a escola de Belas Artes. Nessa época, também aprende técnicas gráficas no Senai, vindo a trabalhar em uma tipografia e em outras empresas do ramo. Passa a se dedicar como nunca à pintura a partir de 1950, prática que, segundo a artista, a ela se impôs como uma questão de vida ou morte. Nessa fase, é notável a influência de Giorgio Morandi sobre os temas e as paletas de suas telas, como as naturezas-mortas e os tons terrosos.
Sua participação na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, permite contatos internacionais e a sua inserção na cena artística da época. Dois anos depois, em 1953, muda-se para São Paulo e adota o sobrenome Schendel. Nos primeiros anos na cidade, Mira se aproxima do círculo de pensadores que logo se tornariam seus amigos e primeiros críticos – entre eles, Mário Schenberg, Haroldo de Campos, Theon Spanudis e Vilém Flusser. Em 1955, ela participa com suas pinturas da 3ª Bienal de São Paulo ao lado de Lygia Clark e Alfredo Volpi, já tendo feito sua primeira exposição individual a convite do Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Continua a desenvolver, no início da década de 1960, o seu trabalho em pintura, que foi se inclinando para investigações mais abstratas e menos figurativas em relação àquelas da década de 1950. Ao ser presenteada com infinidades de papel de arroz japonês, mergulha em uma série de experimentações com o material e dá vazão a interesses que tomam grande espaço em sua pesquisa artística, tais como a expressão do vazio, a experiência do tempo, o estar no mundo e os mistérios da transparência. Toda essa investigação arrebata Mira de uma forma que a leva a pintar cada vez menos. Assim, a partir de 1964, cria a série Monotipias, em que desenhava de forma peculiar sobre o papel de arroz – ou, como diz o crítico Rodrigo Naves, “pelas costas”. Em 1966, nasce a série Droguinhas, elaborada com papel de arroz retorcido e trançado.
Em 1967, começa a produzir obras utilizando o acrílico como suporte, como nas séries Objetos Gráficos e Toquinhos. Também nesse período passa a introduzir no seu trabalho os decalques de letraset, que ganham proeminência diante da caligrafia explorada até então. Em 1969, apresenta a instalação “Ondas palavras de probabilidade” na 10ª Bienal de São Paulo – a obra constitui-se de fios de nylon pendentes do teto até o chão acompanhados de trecho do texto bíblico do Livro dos Reis impresso em placa de acrílico presa à parede. Segundo a artista, a obra trata-se de uma “tentativa de mostrar que o ‘lado atrás’ da transparência está na sua frente e que o ‘outro mundo’ é este”. Ao longo da década de 1970, segue as suas investigações acerca do processo de “transparentização” do mundo e da temporalidade. Em 1974, criou a série Datiloscritos, em que “desenhava” (datilografava) letras, sinais, palavras e sentenças com uma máquina de escrever de cilindro grande.
Na década de 1980, recupera vigorosamente seu interesse pela pintura. Produz as têmperas brancas e negras, os Sarrafos e inicia uma série de quadros com pó de tijolo. Após sua morte, instituições nacionais e internacionais lhe dedicaram mostras individuais e retrospectivas, difundindo sua obra dentro e fora do Brasil. Em 1994, a 22ª Bienal Internacional de São Paulo lhe dedicou uma sala especial. Em 2007, suas obras participaram da Documenta 12, em Kassel, na Alemanha. Entre as individuais realizadas desde então, destacam-se Mira Schendel, Jeu de Paume, Paris, 2001; Tangled Alphabets: León Ferrari and Mira Schendel, Museum of Modern Art – MoMA, New York, 2008 / Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid, 2010 / Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, 2010; Mira Schendel: avesso do avesso, Instituto de Arte Contemporânea, São Paulo, 2010; Mira Schendel – pintora, Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro, 2011; Mira Schendel, Tate Modern, London, 2013 / Fundação de Serralves, Porto, 2014 / Pinacoteca de São Paulo, São Paulo, 2014; Mira Schendel – Poesie in Letraset, Neues Museum Nürnberg, Nuremberg, 2014, e Mira Schendel: sinais/signals, Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, 2018.
Sobre a Galatea
A Galatea é uma galeria que surge a partir das diferentes e complementares trajetórias e vivências de seus sócios-fundadores: Antonia Bergamin esteve à frente por quase uma década como sócia-diretora de uma galeria de grande porte em São Paulo; Conrado Mesquita é marchand e colecionador, especializado em descobrir grandes obras em lugares improváveis; e Tomás Toledo é curador e contribuiu ativamente para a histórica renovação institucional do MASP, de onde saiu recentemente como curador-chefe.
Tendo a arte brasileira moderna e contemporânea como foco principal, a Galatea trabalha e comercializa tanto nomes já consagrados do cenário artístico nacional quanto novos talentos da arte contemporânea, além de promover o resgate de artistas históricos. Tal amplitude temporal reflete e articula os pilares conceituais do programa da galeria: ser um ponto de fomento e convergência entre culturas, temporalidades, estilos e gêneros distintos, gerando uma rica fricção entre o antigo e o novo, o canônico e o não canônico, o erudito e o informal.
Além dessas conexões propostas, a galeria também aposta na relação entre artistas, colecionadores, instituições e galeristas. De um lado, o cuidado no processo de pesquisa, o respeito ao tempo criativo e o incentivo do desenvolvimento profissional do artista com acompanhamento curatorial. Do outro, a escuta e a transparência constante nas relações comerciais. Ao estreitar laços, com um olhar sensível ao que é importante para cada um, Galatea enaltece as relações que se criam em torno da arte — porque acredita que fazer isso também é enaltecer a arte em si.
Nesse sentido, partindo da ideia de relação é que surge o nome da galeria, tomado emprestado do mito grego de Pigmaleão e Galatea. Este mito narra a história do artista Pigmaleão, que ao esculpir em marfim Galatea, uma figura feminina, apaixona-se por sua própria obra e passa a adorá-la. A deusa Afrodite, comovida por tal devoção, transforma a estátua em uma mulher de carne e osso para que criador e criatura possam, enfim, viver uma relação verdadeira.
Serviço:
Mira Schendel: Toquinhos
Local: Galatea
Endereço: Rua Oscar Freire, 379, loja 1 – Jardins, São Paulo – SP
Abertura: 28 de junho, quarta-feira, às 18h
Período expositivo: 30 de junho a 19 de agosto de 2023
Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 10h às 19h; sábados, das 11 às 15h
Mais informações: https://www.galatea.art/
Estacionamento no local.
(Fonte: A4&Holofote Comunicação)
O conceito de solastalgia – estresse mental e/ou existencial causado por mudanças ambientais abruptas não só por consequências naturais, mas também, por modelos de extrativismo danosos – norteia e intitula a exposição inédita que o cineasta, artista visual e pesquisador em novas mídias Lucas Bambozzi exibe entre os dias 1º de julho e 1º de outubro no MAC – Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. A mostra, com curadoria assinada por Fernanda Pitta, traz quatro videoinstalações que servem como uma espécie de convite para o público refletir sobre o impacto social e ambiental das atividades mineradoras no Brasil.
A exposição abre com montanhas e paisagens dilaceradas na obra “Solastalgia” (2023), uma instalação que nasce do processo de realização do longa-metragem “Lavra” (2021, 91 minutos), também de Lucas Bambozzi. Por meio de uma linguagem mais sensorial – mais imagética, sem diálogos, personagens e/ou narrativas ficcionais presentes no documentário –, a instalação evidencia as tragédias causadas pela mineração de ferro no entorno de Belo Horizonte (MG). “As imagens explicitam uma lógica extrativista que destroça modos de vida em nome de uma noção arcaica de progresso. Se antes estávamos expostos a formas de solastalgia apenas em função de acidentes tidos como naturais, hoje, os acidentes são causados por negligências – por modelos de extrativismo danosos e também por uma noção de desenvolvimento que entra em conflito com outros modos de se viver”, comenta Bambozzi.
As narrativas de tragédias, acidentes naturais ou causados por ações exploratórias também aparecem na obra inédita “Extra, Extra” (2023), vídeo criado a partir de imagens e registros de fotojornalismo publicados por diversos veículos de imprensa.
Na série Paisagens Rasgadas (2021), Bambozzi adentra no espaço aéreo e exibe em cinco telas LCD passeios virtuais por meio do Google Earth Studio, ferramenta que agrega imagens aéreas de diferentes fontes a partir de coordenadas de latitude e longitude. Na obra, também em formato de vídeo, o artista apresenta imagens de crateras de extração de minério de ferro de grandes mineradoras multinacionais localizadas em espaços de controle privado e até então inacessíveis a registros fotográficos usuais.
Em “Luzes” (2023), painéis luminosos posicionados no chão recebem projeções de frases que sintetizam a ideia de solastalgia sob o olhar de 3 pensadores convidados: Ailton Krenak, líder indígena, ambientalista e filósofo; Christiane Tassis, escritora, roteirista do filme “Lavra”, e a artista, Giselle Beiguelman. Ao longo do período expositivo, novas participações de artistas devem se somar ao espaço da instalação, em diálogo com as redes sociais e com a exposição em sua integralidade.
“Considero o desdobramento do filme em uma instalação um processo rico e ao mesmo tempo espontâneo, pois são formas interconectadas de diálogo com públicos distintos. Dediquei os anos 2019–2022 para o lançamento do documentário, mas a ideia que move o filme também aconteceu de outras formas, como uma instalação na Bienal de la Imagen en Movimiento (BIM), no Museu da Imigração – Centro de Arte Contemporáneo (Buenos Aires, Argentina), no segundo semestre de 2022. E, agora, o trabalho se configura como uma nova proposta; uma exposição autônoma, envolvendo um espaço maior e agregando novas obras, para que assim, possa conciliar com a complexidade que o tema exige. O MAC USP é um museu ligado à pesquisa, ensino e extensão universitária – é um espaço que produz reflexão sobre suas atividades. Então, poder retomar essa conexão com o circuito da arte contemporânea, por meio do filme e agora com este projeto de audiovisual expandido no MAC USP – que comemora os seus 60 anos –, é um processo que me dá grande satisfação”, pontua Lucas Bambozzi.
“Solastagia” é um projeto contemplado pelo ProAC Edital 09/2022, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.
Sobre Lucas Bambozzi
Artista multimídia e pesquisador em novos meios, Bambozzi produz vídeos, instalações, performances audiovisuais e projetos interativos, com trabalhos já apresentados em mais de 40 países. Conduziu atividades pioneiras ligadas à arte na Internet no Brasil (1995–1999) na Casa das Rosas. Foi curador e coordenador de eventos como Sónar (2004), Life Goes Mobile (Nokia Trends 2004 e 2005), Motomix (2006), Red Bull House of Art (2009) e Lugar Dissonante (2010), além de também ter atuado em eventos coletivos, tais como Mídia Tática Brasil (2004), Digotofagia (2005) e Naborda (2012). Foi artista residente no CAiiA-Star Centre/I-DAT (Planetary Collegium) e concluiu seu MPhil na Universidade de Plymouth, na Inglaterra, com a tese “Public Spaces And Pervasive Systems, a Critical Practice”. É doutor em Ciências pela FAU USP, com a pesquisa “Do Invisível ao Redor: Arte e Espaço Informacional”, envolvendo a emergência de campos eletromagnéticos em espaços públicos.
Como artista, Bambozzi se dedica à exploração crítica de novos formatos de mídia independente. Em 2010, foi premiado no Ars Eletronica, em Linz, na Áustria, com o projeto Mobile Crash e, em 2011, teve uma retrospectiva de seus trabalhos no Laboratório Arte Alameda, na Cidade do México. Em 2023, participou das exposições Tecnofagia (Instituto Tomie Ohtake, São Paulo) e da Bienal Zero1 (San Jose, EUA) com trabalhos comissionados pelos organizadores. Entre 2013 e 2014, participou da Bienal de Artes Mediales (Chile), Bienal de La Imagen en Movimiento (BIM – Buenos Aires), Gambiólogos 2.0 (Oi Futuro, Belo Horizonte), Singularidades (Itaú Cultural, São Paulo) e WRO Media Art Biennale (Wroclaw, Polônia).
É criador e coordenador do Festival arte.mov – Arte em Mídias Móveis (2006–2012) e do Labmovel, um veículo criado para atividades laboratoriais e artísticas em espaços públicos (2012) que recebeu em 2013 menção honrosa no Prixars, do Ars Electronica. Lucas Bambozzi também é um dos idealizadores e curadores do Multitude – evento de arte contemporânea que tem como ponto de confluência o embate com o termo ‘multidão’. Assinou a curadoria do projeto Visualismo (MAR – Museu de Arte do Rio e Parque Lage, 2015), foi co-curador do projeto AVXLab (2017 – 2021), do Festival Cidade Eletronika (Belo Horizonte, 2018) e do Prenúncios e Catástrofes (Sesc Pompeia, 2018). Atualmente, em seus trabalhos, Bambozzi aborda questões relacionadas ao conceito de espaço informacional e as particularidades de uma arte produzida a partir das mobilidades do contexto urbano. “Lavra”, seu último filme, estreou em 2021 em 13 salas de cinemas. É professor da FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado nos cursos de Artes Visuais e na Pós-Graduação em Arte Contemporânea e Cinema Expandido.
Serviço:
Solastalgia, individual de Lucas Bambozzi
Curadoria: Fernanda Mendonça Pitta
Local: MAC USP | Av. Pedro Álvares Cabral, nº 1301, Vila Mariana – São Paulo/SP (3º andar – Ala A2)
Período expositivo: de 1º de julho a 1º de outubro de 2023
Funcionamento: terça a domingo, das 10h às 21h. Fechado às segundas
Entrada gratuita
Livre.
(Fonte: Marrese Assessoria)
Na próxima sexta-feira, dia 30 de junho, será inaugurada a exposição “Experiência Cromática”, do artista carioca Daniel Feingold, no Sesc Ramos. Com curadoria de Paulo Venancio Filho, serão apresentadas cerca de 50 pinturas, recentes e inéditas, produzidas desde 2019 até hoje, em óleo e bastão oleoso. A exposição é uma das selecionadas pelo Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar 2022/2023.
Para o artista, é uma alegria poder expor em Ramos, bairro com o qual ele tem uma relação afetiva de longa data. “Estudei durante cinco anos na extinta Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Silva e Souza, no período da noite. Foi uma fase muito boa, que contribuiu muito para a minha formação”, conta Feingold.
A exposição será composta apenas por obras em pequenos formatos, que começaram a ser produzidas durante a pandemia de Covid-19, como uma maneira mais rápida e produtiva de trabalho. Mas o formato deu tão certo que o artista seguiu fazendo as “pinturinhas”.
“De imediato, se percebe, essas pinturas e desenhos de Daniel Feingold parecem conter uma tensão incompatível com seus pequenos formatos. O que está dentro quer ir além, tensionar o espaço pictórico, e a experiência cromática que elas proporcionam indica a inquietude que as cores exprimem”, afirma o curador Paulo Venancio Filho.
No Sesc Ramos serão apresentadas pinturas que são uma continuidade da pesquisa iniciada recentemente pelo artista na qual utiliza tinta a óleo e bastão oleoso, criando campos cromáticos inéditos, explorando cores mais vivas, muitas delas em neon, além de introduzir o prata, trazendo mais luz e vitalidade para as telas. “O fundo prata ou alumínio energiza fisicamente a superfície chapada”, afirma o curador, que completa: “Aqui cores são fontes de energia, impulsivas, elétricas, ácidas, como uma dança de formas – cortes e angulações inesperadas, superposições dissonantes, continuidade e descontinuidade – que, entre si, disputam o espaço total e insistem em se conter nos limites da tela, que a custo a ação do artista procura controlar – o élan cromático gestual”.
Além de novas formas e novas cores, Feingold está utilizando nas novas obras da exposição a tinta a óleo. “O óleo é uma tinta com alma, que se move, se refaz, se perde e tem vida. Para essas pinturas só o óleo faz sentido, pois este se movimenta, enruga, fere”, completa Feingold, que propositalmente deixa os “acidentes” de percurso na tela, como respingos e manchas, que acabam se incorporando à obra.
Formado em arquitetura, Daniel Feingold não faz nenhum esboço prévio antes de criar suas pinturas. “As formas começam a ser ‘recortadas’ na hora. É tudo resolvido na tela, no momento da pintura”, diz o artista, que morou muitos anos em Nova York, período “muito esclarecedor para a minha poética de temática abstrata”.
Além da exposição, estão previstos também uma visita guiada com o artista, um bate-papo, além de um catálogo digital em formato e-book.
Sobre o artista
Daniel Feingold nasceu no Rio de Janeiro, em 1954. Formou-se em Arquitetura na FAUSS, RJ, em 1983. Estudou História da Arte e Filosofia na UniRio/PUC, de 1988-1992; Teoria da Arte & Pintura e Núcleo de Aprofundamento, na EAV Parque Lage, 1988–1991, e fez mestrado no Pratt Institute, Nova York, em 1997.
Dentre suas mais recentes exposições individuais estão “Pequenos Formatos” (2022/2023), no Paço Imperial, “UrbanoChroma” (2019) – Projeto Tech_Nô, no Oi Futuro Flamengo; “Acaso Controlado” (2017), no Museu Vale do Rio Doce – Vitória, ES; “Fotografia em 3 séries” (2016), no Paço Imperial do Rio de Janeiro; ” Acaso Controlado” (2016), no Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, PR.
Serviço:
Exposição “Experiência cromática”, de Daniel Feingold
Abertura: 30 de junho de 2023
Exposição: até 24 de setembro de 2023
Sesc Ramos
Rua Teixeira Franco, 38 – Ramos, Rio de Janeiro – RJ
De terça a domingo, das 9h às 17h
(21) 4020-2101
Entrada gratuita
Curadoria: Paulo Venâncio Filho
Realização: AREA27 e Tamanduá.
(Fonte: Midiarte Comunicação)
A Cinemateca Brasileira apresenta a Mostra Bresson-Marker de 29 de junho a 9 de julho. Contemporâneos, os cineastas franceses Robert Bresson e Chris Marker fizeram contribuições significativas e duradouras no mundo do cinema. Apesar de estilos e abordagens diferentes, ambos desafiaram os limites da linguagem cinematográfica, oferecendo experiências visuais únicas. Bresson e Marker eram mestres da narrativa visual. Eles acreditavam no poder das imagens para transmitir significado e emoção. Enquanto Bresson apostava em uma abordagem minimalista e precisa, usando planos meticulosamente compostos e atuações de atores não profissionais, Marker frequentemente usava uma combinação de fotografias, trechos de filmes e narração em off em seus documentários, criando uma atmosfera poética e evocativa.
Isso fica claro nas técnicas experimentais aplicadas em suas obras-primas “A grande testemunha” (Bresson, 1966) e “A pista” (Marker, 1962). Os filmes se afastam do tradicional cinema narrativo ao explorar a fragilidade humana no tempo e na memória. “A pista” é composto quase inteiramente por fotografias estáticas que borram as fronteiras entre presente, passado e futuro, criando uma experiência visual imersiva. Da mesma forma, “A grande testemunha” apresenta escolhas de montagem não convencionais em que um burro testemunha a passagem do tempo e diversas experiências humanas, destacando a natureza cíclica da existência.
Embora suas escolhas temáticas raramente coincidam – Bresson focou em questões existenciais, moralidade e redenção, enquanto Marker explorou temas políticos, memória, tempo e identidade –, “Lancelot do lago” (Bresson, 1974) e “Nível cinco” (Marker, 1997) desenvolvem um processo similar de desconstrução de mitos e lendas. Na história da queda dos Cavaleiros da Távola Redonda, Bresson elimina os aspectos romantizados da lenda arturiana e apresenta uma visão sombria e realista dos personagens e de suas ações. Marker, por outro lado, investiga a memória pessoal e coletiva em torno da Batalha de Okinawa, questionando a confiabilidade das narrativas históricas e desafiando a noção de verdade objetiva por meio do mundo virtual do jogo de computador.
Outra coincidência: em 1983, os dois cineastas lançam filmes em que refletem sobre o estado da sociedade: “O dinheiro” (Bresson) e “Sem sol” (Marker). Por meio de uma sequência de eventos desencadeada por uma cédula falsificada, assistimos, no filme de Bresson, ao poder destrutivo da ganância, à influência corruptora do dinheiro e à decadência moral que ele traz. Já em “Sem sol”, contemplamos a alienação e desconexão dos indivíduos no mundo moderno, refletindo sobre tecnologia e identidade cultural.
A Mostra Bresson-Marker ainda oferece duas obras excepcionais de Marker (“Carta da Sibéria” e “A sexta face do Pentágono”) para convidar o público da Cinemateca Brasileira a comparar e traçar paralelos entre esses dois cineastas únicos que levam seus espectadores à reflexão e à contemplação ao explorarem a potência do cinema como meio de expressão artística.
A mostra é uma correalização entre a Cinemateca da Embaixada da França no Brasil, Embaixada da França no Brasil, Institut Français e a Cinemateca Brasileira. A programação é gratuita e os ingressos são distribuídos uma hora antes das sessões.
Cinemateca Brasileira
Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Mariana – São Paulo, SP
Horário de funcionamento:
Espaços públicos: de segunda a segunda, das 8 às 18h
Salas de cinema: conforme a grade de programação
Biblioteca: de segunda a sexta, das 10h às 17h, exceto feriados
Sala Grande Otelo (210 lugares + 4 assentos para cadeirantes)
Sala Oscarito (104 lugares)
Retirada de ingresso 1h antes do início da sessão
Quinta-feira, 29 de junho, na Sala Grande Otelo
19h – A Pista (La jetée)
França, 1962, P&B, 12 anos
Direção: Chris Marker
Elenco: Étienne Becker, Jean Négroni, Hélène Chatelain
Sinopse: Considerado um dos melhores curtas-metragens de todos os tempos e um marco da Nouvelle Vague, conta a história de um homem forçado a explorar suas memórias após a devastação da Terceira Guerra Mundial.
A Grande Testemunha (Au hasard Baltazar)
França, Suiça, 1966, P&B, 92min, 14 anos
Direção: Robert Bresson
Elenco: Anne Wiazemsky, Walter Green, François Lafarge
Sinopse: A vida do burro Balthazar, que passa de dono em dono, às vezes amado, às vezes maltratado, imerso em meio ao drama humano, é paralela à de sua primeira dona, Maria. Uma parábola sobre o mal, a pureza e a transcendência. “Eu queria que o burro passasse por vários grupos humanos que representam os vícios da humanidade. Como a vida de um burro é muito tranquila, muito serena, eu também tinha que encontrar um movimento, um surto dramático”, afirmou Robert Bresson.
Sexta-feira, 30 de junho, na Sala Grande Otelo
17h – Lancelot do Lago (Lancelot du lac )
França, Itália, 1974, cor, 85min, 14 anos
Direção: Robert Bresson
Elenco: Luc Simon, Laura Duke Condominas, Humbert Balsan
Sinopse: Após o fracasso de sua busca pelo Graal, os cavaleiros da Távola Redonda retornam à corte do Rei Arthur. Entre eles está Lancelot, que se apaixona pela rainha Guinevere e passa por uma série de provações por causa dela.
21h – Nível Cinco (Level 5)
França, 1997, cor, 110min, 12 anos
Direção: Chris Marker
Elenco: Catherine Belkhodja, Kenji Tokitsu, Nagisa Ôshima
Sinopse: Laura, viúva de um programador de computador, tenta superar sua dor concluindo o último trabalho do falecido marido, uma reconstrução em videogame da Batalha de Okinawa, na qual ela espera simular um resultado alternativo para a tragédia histórica.
Sábado, 1º de julho, na Sala Grande Otelo
14h – A Sexta Face do Pentágono (La sixième face du Pentagone)
França, 1967, P&B, 27min, 14 anos
Direção: Chris Marker, François Reichenbach
Elenco: William Sloane Coffin, N. Paul Stookey, Mary Travers
Sinopse: Documentário excepcional sobre a marcha pacífica no Pentágono, organizada em outubro de 1967 por jovens americanos em oposição à Guerra do Vietnã. Essa marcha pela paz, que reuniu 100.000 pessoas, foi a primeira ação direta que se seguiu aos protestos de estudantes americanos depois que recrutadores do exército visitaram seus campi.
Carta da Sibéria (Lettre de Sibérie)
França, 1958, 61min, cor, 12 anos
Direção: Chris Marker
Elenco: Georges Rouquier
Sinopse: Uma apresentação da distante região russa, que passava à época por uma industrialização promovida pelo comunismo. Chris Marker constrói, nesta obra, a Sibéria como metáfora de distanciamento e subjetividade. Segundo André Bazin, trata-se de “um ensaio humano e geopolítico sobre a realidade siberiana, vividamente iluminado pela fotografia. O autor conjuga inteligência, poesia e uma imaginação fabulosa”.
Domingo, 2 de julho, na Sala Grande Otelo
15h – O Dinheiro (L’argent)
França, Suiça, 1983, 85min, cor, 14 anos
Direção: Robert Bresson
Elenco: Christian Patey, Sylvie Van den Elsen, Michel Briguet
Sinopse: Norbert está endividado. Um amigo de escola lhe dá uma nota falsa de 500 francos, que é rapidamente usada por um fotógrafo, Lucien. Mas o chefe está de olho nela. Ele se livra da nota pagando Yvon, o entregador de óleo. Com toda a inocência, Yvon usa a nota, mas é recusado. Surpresa, escândalo e falso testemunho de Lucien. Yvon é demitido. Ele tem uma esposa e uma filha para sustentar. Ele concorda em ser o motorista de um assalto. Esse filme é baseado no conto Le Faux Coupon, de Leo Tolstoy.
20h – Sem Sol (Sans soleil)
França, 1983, 100min, cor, 18 anos
Direção: Chris Marker
Elenco: Amilcar Cabral, Florence Delay, Arielle Dombasle
Sinopse: Uma mulher narra os escritos contemplativos de um viajante. Uma meditação sobre a natureza da memória humana, um fluxo de consciência.
Sexta-feira, 7 de julho, na Sala Grande Otelo
16h – Sem Sol (Sans soleil)
França, 1983, 100min, cor, 18 anos
Direção: Chris Marker.
20h30 – O Dinheiro (L’argent)
França, Suiça, 1983, 85min, cor, 14 anos
Direção: Robert Bresson.
Sábado, 8 de julho, na Sala Grande Otelo
15h30 – A Sexta Face do Pentágono (La sixième face du Pentagone)
França, 1967, P&B, 27min, 14 anos
Direção: Chris Marker, François Reichenbach
Carta da Sibéria (Lettre de Sibérie)
França, 1958, 61min, cor, 12 anos
Direção: Chris Marker.
19h – A Pista (La jetée)
França, 1962, P&B, 12 anos
Direção: Chris Marker
A Grande Testemunha (Au hasard Baltazar)
França, Suiça, 1966, P&B, 92min, 14 anos
Direção: Robert Bresson.
Domingo, 9 de julho, na Sala Grande Otelo
13h – Nível Cinco (Level 5)
França, 1997, cor, 110min, 12 anos
Direção: Chris Marker.
17h – Lancelot do Lago (Lancelot du lac)
França, Itália, 1974, cor, 85min, 14 anos
Direção: Robert Bresson.
Cinemateca Brasileira
A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social.
O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.
Site Cinemateca Brasileira | Facebook | Instagram | Spotify.
(Fonte: Trombone Comunicação)
“Frida Kahlo – Uma Biografia Imersiva” é a maior exposição em torno da vida da mexicana Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, criada na Espanha pelas mãos da Frida Kahlo Corporation e da empresa Layers of Reality. Após um sucesso sem precedentes em Barcelona, a exposição percorreu o mundo, visitando Europa, América do Norte e América Latina, já tendo feito temporadas de sucesso e esgotadas em Salvador e São Paulo.
“Para que preciso de pés quando tenho asas para voar?”
Assim falou a pintora mexicana Frida Kahlo, uma das artistas mais influentes da história. Sua obra transcendeu a dolorosa e trágica existência, atravessou o tempo e a transformou em símbolo de força e resiliência, uma mulher revolucionária, à frente de seu tempo. Frida transformou sentimentos dolorosos em arte e formas de auto expressão em cura. Sua figura marcante, legado artístico, declarações e as bandeiras e causas que defendeu na vida e na arte fizeram com que seu nome e obra chegassem a toda parte.
“Frida Kahlo – Uma Biografia Imersiva” ficará em cartaz no Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana, no Posto 6 – de onde se admira uma das mais lindas paisagens da capital carioca – entre os dias 30 de junho e 27 de agosto e ingressos estão disponíveis a partir de 27/6 no site Frida Kahlo no Rio.
Apresentada pelo Ministério da Cultura e Bradesco, com patrocínio da PRIO e apoio do Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana, a exposição é uma realização da Sorria, com coprodução da Hit Makers e da Blast Entertainment, empresa do Grupo DC SET, que já realizou exposições como a Space Adventure, Beyond Van Gogh, Van Gogh Live 8K e The Art of Banksy.
A exposição “Frida Kahlo – Uma Biografia Imersiva”
A mostra se apresenta como uma biografia imersiva, que propõe uma jornada interativa através de 13 ambientes para contar a vida da pintora sem a necessidade de apresentar fisicamente suas obras originais.
A proposta inovadora explora a biografia da artista por meio de coleções de fotografias históricas, filmes, ambientes digitais, instalações artísticas, além de música originalmente criada para reproduzir os momentos mais relevantes da vida da artista, convidando os visitantes a descobrir a incrível história por trás do mito.
Dentro de um espaço especialmente construído em uma área de 1.400 metros quadrados, em cerca de 90 minutos o visitante poderá percorrer diferentes espaços que simbolizam e recriam fatos marcantes da vida da artista como “O Instante”, holografia que reproduz o acidente de bonde que marcou sua vida para sempre, com consequências irreversíveis. Outro destaque será “O Sonho”, uma instalação que tenta reproduzir a imaginação e sentimentos de Frida durante a sua recuperação na cama, lugar onde criou grande parte de suas obras. A arte faz referência ao ciclo da vida da artista, nascimento e morte, saúde e doença. O grande destaque fica por conta do salão principal, uma espetacular viagem sensorial pelo “Universo de Frida”, onde o espectador se mistura e se entrega à profusão de cores e movimento.
Em outro salão, o público terá contato com imagens da infância e da adolescência da pintora, entendendo o contexto histórico e biográfico que moldou a personalidade da mulher que se transformou em ícone mundial.
A interatividade também estará presente na experiência “Cadrave Exquis”, patrocinada por PRIO, em realidade virtual, inspirada nas obras de Frida e exploram seu imaginário particular. Outra atração é a Cabine Fotográfica, com tecnologia capaz de identificar os rostos e, a partir das características de cada um, criar retratos únicos, com técnicas de colagem.
Quem quiser soltar a imaginação e fazer desenhos para deixar sua marca, a sala “La Rosita” reproduz o ambiente onde Frida dava aulas de pintura. O México, exuberante em costumes e folclore tão presentes na obra da artista, é lembrado em ambientes cenografados, como o altar dedicado ao dia dos mortos e a sessão que recria roupas de Frida. Uma loja repleta de itens estampados com obras e imagens da pintora, além de livros e souvenirs, também estará à disposição dos aficionados.
Frida Kahlo, uma biografia
Frida Kahlo (1907–1954) foi uma das mais importantes pintoras mexicanas, conhecida por seus autorretratos de inspiração surrealista e também por suas fotografias. Sua obra ganhou enorme notoriedade sendo aclamada mundialmente como uma das mais ricas expressões artísticas da América Latina. Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón nasceu na vila de Coyoacán, no México, em 6 de julho de 1907, filha de pai alemão e mãe espanhola e, desde pequena, teve saúde debilitada. Com seis anos contraiu poliomielite que lhe deixou uma sequela no pé. Com 18 anos, sofreu um grave acidente de ônibus que a deixou um longo período no hospital.
Apesar de deprimida e incapacitada de andar, Frida passou a pintar sua imagem, com um espelho pendurado na sua frente e um cavalete adaptado para que pudesse pintar deitada. Dizia: “Para que preciso de pés quando tenho asas para voar”. Sua primeira pintura foi “Autorretrato em um Vestido de Veludo”, dedicado a Alejandro Gómez Arias, seu ex-noivo.
Recuperada, Frida passa a estudar desenho e modelagem na Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México. Em 1928, filiou-se ao Partido Comunista Mexicano, onde conheceu Diego Rivera, um importante pintor do “Muralismo Mexicano”.
Em 1929, com 22 anos, Frida Kahlo casa-se com o Diego Rivera e vão morar na “Casa Azul”, onde Frida nasceu. Em 1930, Frida engravida, mas sofre um aborto espontâneo. Nesse mesmo ano, foi com o marido para os Estados Unidos, onde ele realizava exposições. Um outro aborto a faz pintar um grande número de autorretratos – de inspiração surrealista, apesar de negar dizendo: “Nunca pintei sonhos e sim minha própria realidade”. Ficou nos Estados Unidos até 1934.
Em 1934, o casal retorna ao México e Frida sofre mais um aborto. Nessa época, tem os dedos do pé direito amputados. Em 1935, Frida e Rivera se separam e Rivera se relaciona com a irmã de Frida, Cristina. Logo depois, Frida e Rivera voltam a viver juntos. Em 1936, Frida passa por nova cirurgia no pé e, sofre com fortes dores na coluna. Mesmo debilitada, continua pintando.
Em 1937, Frida conhece Leon Trotski, que se refugiou em sua casa em Coyoacán, no México, junto com sua esposa Natália Sedova. Em 1939, Frida e Rivera se separam definitivamente e, Frida declarou: “Diego, houve dois grandes acidentes na minha vida: o ônibus e você. Você sem dúvida foi o pior deles”. Em 1939, Frida expõe sua obra com enorme sucesso em Nova Iorque e em Paris. Nessa época, entra em contato com Pablo Picasso e Wassily Kandinsky. O Museu do Louvre adquire um de seus autorretratos.
Apesar de passar por diversas cirurgias e usar um colete de gesso em consequência do acidente, Frida não para de pintar. Sua obra recebia influência da arte indígena mexicana. Pintava paisagens mortas e cenas imaginárias. Usava cores fortes e vivas, explorando principalmente os autorretratos. Frida Kahlo era também aficionada por fotografia, hábito que herdou de seu pai e do seu avô materno, ambos fotógrafos profissionais.
Frida Kahlo lecionou artes na Escola Nacional de Pintura e Escultura, recém-fundada na cidade do México. Foi uma defensora dos direitos das mulheres, tornando-se um símbolo do feminismo. Em agosto de 1953, Frida tem uma perna amputada na altura do joelho devido a uma gangrena. Com esse sofrimento, Frida escreveu em seu diário: “Amputaram-me a perna há seis meses, deram-me séculos de tortura e há momentos em que quase perco a razão. Continuo querendo me matar”.
Deprimida, viveu os últimos anos de sua vida na Casa Azul, no México, que em 1958 passou a abrigar um museu em homenagem à pintora. Frida Kahlo faleceu em Coyoacán, no México, no dia 13 de julho de 1954 e sua obra, 143 quadros, sendo 55 autorretratos, se espalhou por todo o planeta, fazendo da mexicana uma das artistas latino-americanas mais aclamadas no mundo.
Serviço:
Onde: Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana
Local: Praça Cel. Eugênio Franco, 1, Posto 6 – Copacabana, Rio de Janeiro
Quando: 30/6/23 a 27/8/23
Horários: terça a domingo, das 10h às 20h
Ingressos: (incluído o valor da entrada no Forte de Copacabana)
Terça: R$60,00 (inteira) / R$30,00 (meia)
Quarta e quinta: R$70,00 (inteira) / R$35,00 (meia)
Sexta/sábado/ domingo: R$90,00 (inteira) / R$45,00 (meia)
VIP Experience (Inclui uma pulseira fast lane – o cliente não precisa pegar fila nem agendar horário) + Gift Especial + VR-3D somente sexta, sábado e domingo
Terça: R$120,00
Quarta e quinta: R$130,00
Sexta, sábado e domingo: R$150,00
Canais e link de venda: Frida Kahlo no Rio, a partir de 27/6
Instagram: @fridaimersiva
OBS: Haverá bilheteria física no local a partir de 28/6/2023
Observações:
Feriados – 7 de setembro
Diferença entre os ingressos
Comum: marca horário e data para entrar / opção de meia entrada
VIP experience: não marca horário, apenas data / não pega fila (pulseira) / recebe GIFT / VR-3D somente sexta, sábado e domingo / valor único – Não tem meia entrada
Os ingressos comuns são agendados em horários com intervalos de 20 em 20 minutos, para controle de fluxo
A última sessão será às 19h horas e a última entrada será às 19h20
A tolerância de atraso pode ser de até 20 minutos após o horário agendado no ingresso.
Formas de pagamentos: cartão de crédito, débito e dinheiro
Cancelamentos/trocas:
Para ingressos físicos: cancelamentos e trocas para ingressos comprados na bilheteria física podem ser realizados apenas na data da compra.
Para ingressos online: cancelamentos para ingressos online podem ser realizados até 7 dias após a data da compra e com 48h de antecedência da data agendada no ingresso.
(Fonte: Máquina Cohn&Wolfe)