Notícias sobre arte, cultura, turismo, gastronomia, lazer e sustentabilidade

Inscreva seu e-mail e participe de nossa Newsletter para receber todas as novidades

Dezenas de milhões de anos de história: dos dinossauros à maior biodiversidade do Planeta

Bacia Amazônica, por Kleber Patricio

Foto: Fernanda P. Paim/UCLA.

A Bacia Amazônia é um lugar extraordinário. Mesmo com uma biodiversidade ainda muito pouco conhecida, este bioma inclui cerca de 10% de todas as espécies de plantas vasculares e animais vertebrados do Planeta. Em 1 hectare de floresta Amazônica há mais espécies de plantas com flores do que em toda a Europa.

Uma das primeiras explicações propostas para a alta riqueza de espécies encontrada na Amazônia se baseava no seu longo tempo de existência sem sofrer perturbações extremas, ao contrário das glaciações que cobriram o hemisfério norte com neve e gelo durante os máximos glaciais. Entretanto, a diversidade Amazônica se sobressai mesmo quando comparada a outras regiões tropicais do globo, como a África tropical e região indo-malaia, as quais são igualmente antigas e também foram poupadas de glaciações severas.

O que há de especial sobre a biodiversidade da Amazônia?

A resposta para esta pergunta requer a compreensão da atual organização espacial da enorme biodiversidade encontrada no bioma, além de um bom entendimento de como esta diversidade evoluiu e se modificou ao longo de milhões de anos.

O bioma Amazônico como conhecemos hoje tem uma origem muito antiga, relacionada à história da Terra. O mesmo evento catastrófico que levou à extinção dos dinossauros há cerca de 66 milhões de anos também alterou a composição de espécies de plantas na região Amazônica. Este evento contribuiu para um aumento considerável na biodiversidade da região e deu origem à flora Amazônica atual. Ao longo dos últimos 20 milhões de anos, a aceleração na elevação dos Andes mudou a conformação dos rios que escoam as águas da vasta região continental Amazônica, formando extensos ambientes lacustres que se transformaram na maior drenagem fluvial do mundo.

Além das profundas mudanças na paisagem associadas à elevação dos Andes, a Amazônia também foi afetada pelos ciclos glaciais nos últimos 2,6 milhões de anos, a chamada Era do Gelo. Apesar da região não ter ficado coberta por gelo como a Europa e a América do Norte, dados climáticos de eras passadas mostram que os padrões de temperatura, precipitação e sazonalidade na Amazônia também foram afetados pelos ciclos glaciais. Todas essas mudanças alteraram a distribuição dos diversos ambientes Amazônicos (p.ex., várzeas, igapós, florestas de terra firme e formações abertas) e até mesmo a posição dos enormes rios Amazônicos, levando ao isolamento de populações de animais e plantas em diferentes localidades, contribuindo para a alta diversidade de espécies.

Em resumo, os padrões de organização da diversidade atual apontam para processos de diversificação mais complexos do que um simples acúmulo de espécies ao longo do tempo. A alta diversidade Amazônica aparenta ter resultado de uma combinação entre a dinâmica história geológica e climatológica da região e a resiliência do bioma ao longo de milhões de anos.

O dinamismo histórico permitiu uma adaptação gradual dos seres vivos e levou ao acúmulo de diversidade. O que vemos hoje, por outro lado, são grandes impactos antrópicos combinados, capazes de alterar as paisagens em poucas décadas e causar mudanças em velocidades até mil vezes maiores do que as naturais. O rápido desmatamento e o barramento dos rios não permitem que espécies se adaptem às mudanças ou se desloquem para ambientes propícios para sua sobrevivência, resultando em extinções em larga escala. O aquecimento global, localmente agravado pelo desmatamento, deixa os ecossistemas Amazônicos mais inflamáveis e afeta a composição de espécies mesmo em áreas de floresta preservada. Essa combinação de impactos em alta velocidade nunca foi vista na história da Amazônia, comprometendo seu futuro de forma drástica.

A Amazônia não pode ser tratada de uma maneira simplista. Qualquer estimativa de impacto precisa considerar os processos históricos responsáveis pela geração e manutenção do sistema ecológico atual e dos sistemas sociais que dependem dos sistemas ecológicos. Uma melhor compreensão dos processos históricos e atuais que sustentam a alta biodiversidade da Amazônia é crítica para que possamos não somente respeitar sua complexidade e admirar sua grandeza, mas também conservar os processos que geram e mantêm a diversidade única encontrada nesta região.

Sobre os autores

Camila Ribas é bióloga, pesquisadora e curadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, em Manaus. Investiga biogeografia e conservação da Amazônia, com foco nas aves e nas paisagens. Camila é autora do capítulo 2 do Relatório de Avaliação da Amazônia 2021, produzido pelo Painel Científico para a Amazônia.

Lúcia G. Lohmann é bióloga, professora do Departamento de Botânica do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. Sua pesquisa busca entender a origem e evolução da biodiversidade na região Neotropical, especialmente na Amazônia. Lúcia é autora do capítulo 2 do Relatório de Avaliação da Amazônia 2021 produzido pelo Painel Científico para a Amazônia.

Pedro Val é geólogo, professor do Departamento de Geologia da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto. Investiga evolução de paisagens naturais e busca entender até que ponto as mudanças geológicas são responsáveis pela alta biodiversidade da Amazônia. Pedro é autor do capítulo 1 do Relatório de Avaliação da Amazônia 2021 produzido pelo Painel Científico para a Amazônia.

Sobre o Painel Científico para a Amazônia (PCA) | O Painel Científico para a Amazônia é uma iniciativa inédita convocada pela Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (SDSN), lançada em 2019 e inspirada no Pacto Leticia pela Amazônia. O PCA é composto por mais de 200 cientistas e pesquisadores proeminentes dos oito países amazônicos e Guiana Francesa, além de parceiros globais que apresentaram em 2021 um relatório inédito com uma abordagem abrangente, objetiva, transparente, sistemática e rigorosa do estado dos diversos ecossistemas da Amazônia e papel crítico dos Povos Indígenas e Comunidades Locais (IPLCs), pressões atuais e suas implicações para o bem-estar das populações e conservação dos ecossistemas da região e de outras partes do mundo, bem como oportunidades e opções de políticas relevantes para a conservação e desenvolvimento sustentável.

(Fonte: Agência Bori)

Cadastro Ambiental Rural facilita grilagem de terras públicas na Amazônia

Amazônia, por Kleber Patricio

Foto: Neil Palmer/CIAT.

O Cadastro Ambiental Rural (CAR), principal instrumento de regularização ambiental no Brasil, tem sido usado por grileiros para a reivindicação de terras públicas na Amazônia. Artigo publicado na revista “Land Use Policy” na segunda (2) mostra que 90,5% de área no sul do Amazonas registrada no CAR é considerada propriedade privada ilegal. Quase metade das terras declaradas (45,8%) estão em áreas protegidas, como Unidades de Conservação, Terras Indígenas e Áreas Militares.

No estudo, pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), em parceria com pesquisadores da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, sobrepuseram as áreas declaradas no CAR às áreas de terras públicas do Atlas da Agropecuária Brasileira. O grupo analisou uma área de 300.689 km² de sete municípios da região sul do Amazonas que, juntos, possuem 96% de cobertura florestal conservada. No entanto, a agropecuária associada ao desmatamento está em passo acelerado nessa região. Cerca de 50% do desmatamento acumulado em áreas declaradas no CAR na área de estudo está em imóveis rurais considerados ilegais.

“O estudo mostra a magnitude da apropriação em todos os tipos de terras públicas numa região que é atualmente uma das principais frentes de desmatamento na Amazônia”, afirma o autor líder do estudo, Gabriel Carrero. Segundo o pesquisador, o impacto da apropriação ilegal identificada pelo estudo é muito maior do que é geralmente reportado para florestas públicas não destinadas. Tais áreas não têm uso específico determinado, mas a legislação impede a apropriação privada dessas terras. “Nossa pesquisa chama atenção para mudanças recentes nas leis de terras, que estão legalizando a apropriação de áreas públicas, motivando a especulação e a grilagem e acelerando o desmatamento na região”.

Hoje no Brasil, a maior parte das terras públicas não destinadas da Amazônia é alvo de grileiros que se apossam da terra através de documentos do CAR, registro eletrônico público destinado ao controle, monitoramento e planejamento ambiental.  Mudanças na lei reclassificaram como legais 4,2% das áreas declaradas no CAR que até 2014 eram consideradas ilícitas.

“Esses dados nos alertam para um futuro sombrio para a floresta amazônica, pois a tendência é ocorrer maior desmatamento e grilagem com o afrouxamento das leis. Como um dos principais objetivos do governo é expandir a economia agropecuária da Amazônia, os acordos comerciais internacionais podem oferecer uma via para combater as pressões institucionais e de investimento que estão crescendo na região Norte do país. Importadores de carne bovina e soja, por exemplo, devem ficar atentos às recentes mudanças na situação legal das terras que produzem essas e outras commodities, e não comprar de terras que eram consideradas ilegais antes das mudanças das leis”, destaca Carrero.

(Fonte: Agência Bori)

Festival Internacional de Cinema Educa Claquete Ação (ECA) está com inscrições abertas

São Paulo, por Kleber Patricio

Com conhecimentos de técnicas de roteiro e edição, oficinas estimulam jovens a produzir conteúdo audiovisual com qualidade profissional. Foto: Objetiva Produções Cinematográficas.

Estão abertas as inscrições para terceira edição do Festival Internacional de Cinema Educa Claquete Ação (ECA). Podem participar da mostra competitiva filmes de curtas-metragens produzidos e finalizados nos últimos 36 meses por produtores de todo o Brasil com temática educativa nas áreas de cultura, educação, esporte e meio ambiente.  As inscrições gratuitas devem ser realizadas de 25 de abril até o dia 31 de maio de 2022 no site https://filmfreeway.com/FestivalECA.

De acordo com Alba do Vale, diretora da Objetiva Produções Cinematográficas, o objetivo do  Festival Internacional de Cinema Educa Claquete Ação (ECA) é contribuir com a difusão de produções que abrem janelas para a temática educativa. “Através da sétima arte, o Festival propõe a formação e o surgimento de novos talentos, além de refletir sobre a influência do audiovisual na sociedade contemporânea e estimular a inclusão social”, explica a diretora.

21 produções nacionais e internacionais

O Festival Internacional de Cinema Educa Claquete Ação ( ECA) acontece de 4 a 13 de agosto de 2022, em plataforma online e sessões presenciais. Serão exibidos 21 curtas-metragens, sendo dez filmes competitivos, cinco filmes convidados, e seis filmes realizados nas oficinas produzidas pelo Festival.

A Curadoria do Festival será de Monica Trigo, que há anos atua no setor audiovisual e, entre outros, preside a Alianza Latino Americana de Festivales de Cine Fantástico (FANTLATAM), considerado o Oscar do Cinema Fantástico, além Kaiane do Vale Martins, produtora e curadora na 1ª, 2ª e 3ª Edição do Festival Internacional de Cinema Educa Claquete Ação, e curadora do projeto do Educacine (2012).

Premiação

A escolha dos filmes vencedores na categoria competitiva do Festival Internacional de Cinema Educa Claquete Ação ( ECA) será realizada por um júri técnico composto por três profissionais do audiovisual brasileiro: Filippo Pitanga, crítico de cinema, curador e júri de inúmeros festivais internacionais; a diretora Kátia Coelho, primeira mulher a dirigir a fotografia de um longa-metragem no Brasil, ganhadora de mais de 30 prêmios em festivais nacionais e internacionais e o diretor  Jeferson De, que foi um dos diretores da novela “Bom Sucesso”, na Rede Globo (2019), lançou “M-8”, Melhor Filme/Júri Popular no Festival do Rio (2020), e o longa “Doutor Gama”, sobre o abolicionista Luiz Gama (2021).

O filme vencedor do Festival ganhará um prêmio de dez mil reais, o segundo lugar o prêmio de cinco mil reais e o terceiro, três mil reais, além do Troféu do Festival.

Oficina online para todo o Brasil: Stop Motion – 9 a 16 de maio

Quem já assistiu filmes como “A fuga das Galinhas”, “Coraline”, “Noiva Cadáver” ou “As aventuras de Shaun o Carneiro” deve ter percebido que esses filmes despertam um certo fascínio, não só pelas histórias, mas principalmente pela técnica utilizada na produção dessas animações : o stop motion. Adolescentes entre 12 a 18 anos de todo o Brasil têm a oportunidade de participar da oficina online de  9 a 16 de maio, das 14h às 17h,  que será ministrada por Marta Russo. As inscrições gratuitas podem ser realizadas em https://festivaleca.com.br/oficinas.

O Festival também promoverá outras cinco oficinas presenciais em São Paulo que abordarão aspectos do fazer cinematográfico (roteiro, direção, produção, direção de fotografia e edição). As oficinas presenciais acontecem nas cidades de SP (Santo Amaro), Taboão da Serra e Embu das Artes. As oficinas formativas resultarão em seis curtas-metragens, que serão exibidos na Cerimônia de Premiação do  Festival Internacional de Cinema Educa Claquete Ação ( ECA).

Lives temáticas

O Festival contará ainda no mês de julho com duas lives temáticas, pela plataforma Google Meet. A primeira, “Cinema na Sala de Aula”, traz a roteirista Ceci Alves e o doutor em Ciência da Comunicação (ECA/USP) Marciel Consani. A medição do encontro será de Leopoldo Tauffenbach, membro da Comissão de Cinema dos CEUs da Secretaria Municipal de Cultura (SP). A segunda live, “Cinema e Representatividade”, será debatida pelo cineasta e jornalista Lufe Steffen, a historiadora Cida Reis e com mediação da cineasta e roteirista Carissa Vieira.

O Festival Internacional de Cinema Educa Claquete Ação (ECA) é uma realização da Objetiva Produções Cinematográficas com apoio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, por meio da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo e patrocínio do Banco Votorantim.

Serviço:

Festival Internacional de Cinema Educa Claquete Ação ( ECA)

Inscrições gratuitas: 25 de abril até o dia 31 de maio de 2022

No site:  https://filmfreeway.com/FestivalECA

Regulamento: https://festivaleca.com.br/

Festival : de 4 a 13 de agosto de 2022

Oficinas de Cinema: https://festivaleca.com.br/oficinas

Facebook: https://www.facebook.com/FestivalECA

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCuh5WYFh4UNsvj1tbS_L2YQ.

(Fonte: Mídia Brazil Comunicação Integrada)

Mostra “Psicodemia”, de Antoine d’Agata, revela sensíveis retratos da pandemia

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Antoine d’Agata.

Um momento histórico. Uma das maiores crises sanitárias da humanidade. Um desafio à capacidade mundial de acolhimento. Um olhar sensível para os que precisam de atenção na tentativa de entender o que se passa. Assim pode ser anunciada a série fotográfica “Psicodemia”, produzida pelo artista e fotógrafo francês Antoine d’Agata, que pode ser vista de 3 de maio a 26 de junho na Galeria Lume e de 1º de maio a 1º de julho na Praça das Artes, em São Paulo.

Em sua produção fotográfica, d’Agata costuma revelar um olhar visceral em relação às mais diversas situações humanas ao redor do globo. Em “Psicodemia”, o foco foi o dia a dia da pandemia de coronavírus e os desdobramentos entre os mais vulneráveis, particularmente os acamados e a população de rua, com fotografias feitas na França e no Brasil, nas cidades do Rio de Janeiro e em São Paulo.

A ideia surgiu em 2020, logo no começo da pandemia, quando o fotógrafo começou a captar imagens em Paris, na intenção de observar as transformações da geografia social e urbana da cidade, como os espaços públicos cada vez mais desertos e desesperançosos. Na sequência, ele começou a visitar hospitais e centros de saúde, determinado a registrar como as pessoas estavam sendo afetadas e as consequências do estado de emergência.

Em 2021, esteve no Rio de Janeiro para registrar pacientes nas unidades de Covid-19 no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e na Fiocruz. Em São Paulo, dedicou-se a registrar cenas de pessoas em situação de rua e a forma como a pandemia estava afetando essa população, captando de forma muito original e, até mesmo, cheia de ternura, momentos de extrema solidão.

Para o trabalho como um todo, Antoine optou por usar uma câmera térmica, que o permite captar os contrastes entre as áreas de calor e frio em uma diversidade de tons que vão dos mais quentes, como o laranja e o vermelho, onde há calor e portanto vida, aos mais frios, como o azul e o violeta, onde não há ninguém ou quando a vida cessa. Fotografando pessoas em situação de cuidado ou mesmo abandono, é como se ele mapeasse algo em seu interior, sua insegurança, seus desconfortos, sua esperança e a vida ainda existente dentro de cada um, sem revelar as identidades dos fotografados, já que essa técnica mostra apenas suas silhuetas.

“Essa palavra, ‘psicodemia’, evoca, sugere, intriga, parece dizer algo enquanto tentamos encontrar seu sentido. O desafio da exposição e do livro homônimo que a acompanha é justamente o de interpretar, sem preconceitos nem certezas, o acontecimento que vivemos”, diz Antoine d’Agata.

Realizada por Fábio Furtado, Roberta Saraiva Coutinho e Rodrigo Villela, a exposição conta com 40 imagens impressas em grande formato na área externa da Praça das Artes e outras 20 obras com impressão especial na Galeria Lume, também em São Paulo, permitindo que o público aprecie pela primeira vez as imagens produzidas no Brasil, entre novembro de 2021 a fevereiro de 2022, além de algumas entre as mais icônicas feitas na França. “Mais do que representar o horror da crise sanitária, acredito que o trabalho constante e obsessivo de Antoine nesses dois anos e meio de pandemia nos devolve algo que ainda não conseguimos definir nem elaborar completamente. Luto, angústia, a necessidade do outro, carinho – a lista é imensa, como todos sabemos. É algo que nos transformou e cujas consequências ainda não conhecemos direito. E é um pouco dessa possibilidade de elaboração o que Antoine também nos oferece. Talvez por isso, ao olhar para as imagens e pensar nesse trabalho, tenho sempre a vontade de dizer, ‘obrigado’”, afirma Fábio Furtado.

Para Andrea Caruso, diretora geral do Theatro Municipal, trazer as obras para a Praça das Artes é de suma importância para expor ao público uma realidade diferente daquela que, possivelmente, eles viveram durante a pandemia do coronavírus. “Acredito que o trabalho feito pelo Antoine demonstra, por meio da fotografia, justamente tudo aquilo que as pessoas estavam vivendo, todas as angústias e a superação do ser humano ao enfrentar diferentes tipos de situações”.

“É uma honra abrir as portas da Lume para uma exposição tão importante e impactante como a do Antoine d’Agata, com uma série de obras bem alinhada ao nosso propósito de dar destaque a inovações nas artes plásticas e fomentar reflexões sobre questões relevantes. ‘Psicodemia’ aborda com leveza e alta qualidade artística um tema muito atual, um sensível registro histórico deste momento em que vivemos”, declara Victoria Zuffo, diretora da Galeria Lume.

O Parque Lage, no Rio de Janeiro, também contará com uma mostra com fotografias de d’Agata, com curadoria do próprio artista, que poderá ser vista a partir do dia 27 de abril. As experiências vividas pelo artista ao longo dos dois anos de pandemia também são contadas nos livros “Vírus” (2020) e “Psychodemie” (2022), este já com uma sessão dedicada às imagens produzidas no Brasil.

Sobre Antoine d’Agata

Antoine d’Agata nasceu em 19 de novembro de 1961 em Marselha, França. Aos 17 anos interrompeu seus estudos para viver no mundo da noite. Durante doze anos viveu e viajou por vinte países. Em 1991, durante uma estadia em Nova York e sem nenhuma experiência fotográfica, matriculou-se no Centro Internacional de Fotografia (ICP – International Center of Photography), onde estudou com Nan Goldin e Larry Clark. Em 1993 voltou para a França, trabalhou como pedreiro e deixou de praticar a fotografia até 1997. Em 1998 teve seu primeiro livro publicado, “Mala Noche”. No ano seguinte, incorporou-se à galeria VU, criada por Christian Caujolle. Em 2001 recebeu o prêmio Niépce. Em setembro de 2003, inaugurou em Paris a exposição “1001 Nuits”, acompanhada da publicação de dois livros, “Vortex” e “Insônia”. Em 2004 foi incorporado à agência Magnum Photos, publicou seu quinto livro, “Stigma”, e dirigiu seu primeiro curta-metragem, “El Cielo del Muerto”. Em 2006, rodou seu segundo filme, “Aka Ana”, em Tóquio, e seu mais recente longa-metragem, com 4 horas de duração, “White Noise”, que reúne as vozes de 24 mulheres. Antoine d’Agata ganhou ainda o prêmio do Livro Fotográfico nos Rencontres Internationales de la Photographie de Arles, na França, em 2013, por seu livro “Anticorps”, publicado nesse mesmo ano em uma grande exposição no Le Bal, em Paris.

A obra de Antoine d’Agata pode ser lida como uma exploração da violência contemporânea a partir de duas abordagens distintas: a violência do dia, ou violência econômica e política (migrações, refugiados, pobreza, guerra), e a violência da noite, ou violência gerada por grupos sociais marginalizados pela pobreza (sobrevivência através da delinquência, vício em drogas, excessos sexuais). Seus últimos livros (esgotados) são “Virus” (2020), publicado por Studio Vortex, que documenta a pandemia de Covid-19, e “Antoine d’Agata – Francis Bacon” (2020), publicado por The Eye, que reúne as obras de ambos os artistas.

Durante os últimos trinta anos, Antoine d’Agata viveu e fotografou em uma grande diversidade de países e localidades. Até o presente, publicou cerca de cinquenta obras. Escritor, fotógrafo e cineasta, é membro da prestigiosa agência internacional de fotógrafos Magnum Photos e sua obra é representada pela Galerie les Filles du Calvaire, de Paris, pela Magnum Gallery, de Londres, pela MEM Gallery, de Tóquio, pela Kahmann Gallery, de Amsterdã e pela Carles Taché Gallery, de Barcelona. Reconhecido internacionalmente, sua obra foi objeto de muitas exposições individuais, exposta em numerosos museus e está presente em coleções públicas e privadas de diversas nações.

Sobre a Galeria Lume

A Galeria Lume foi fundada em 2011 com a proposta de fomentar o desenvolvimento de processos criativos contemporâneos ao lado de seus artistas e curadores convidados. Dirigida por Paulo Kassab Jr. e Victoria Zuffo, a Lume se dedica a romper fronteiras entre diferentes disciplinas e linguagens, através de um modelo único e audacioso que reforça o papel de São Paulo como um hub cultural e cidade em franca efervescência criativa. A galeria representa um seleto grupo de artistas estabelecidos e emergentes, dedicada à introdução da arte em todas as suas mídias, voltada para a audiência nacional e internacional, através de um programa de exposições plural e associado a ideias que inspiram e impulsionam a discussão do espírito de época. Foca-se também no diálogo entre a produção de seus artistas e instituições, museus e coleções de relevância. A presença ativa e orgânica da galeria no circuito resulta na difusão de suas propostas entre as mais importantes feiras de arte da atualidade, além de integrar e acompanhar também feiras alternativas. A galeria aposta na produção de publicações de seus artistas e realização de material para pesquisa e registro. Da mesma forma, a Lume se disponibiliza como espaço de reflexão e discussão. Recebe palestras, performances, seminários e apresentações artísticas de natureza diversa.

Serviço:

Exposição – Antoine d’Agata: “Psicodemia”

Praça das Artes

De 1º de maio a 1º de julho

Endereço: Avenida São João, 281 / Rua Conselheiro Crispiniano, 378. Entrada gratuita.

Galeria Lume

De 3 de maio a 26 de junho

Horários de visitação: de segunda a sexta, das 10h às 19h, sábados, das 11h às 15h

Endereço: Rua Gumercindo Saraiva, 54 – Jardim Europa, São Paulo – SP

Entrada gratuita

Informações para o público: (55) 11 4883-0351 | contato@galerialume.com.

(Fonte: a4&holofote comunicação)

Fadista portuguesa Cuca Roseta fará apresentações no Brasil em maio

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

A fadista portuguesa Cuca Roseta inicia na próxima semana uma turnê pelos hotéis e resorts da Vila Galé para apresentar o seu álbum “Meu”, bem como os fados mais conhecidos e populares do seu repertório. O ingresso inclui um jantar especial que será servido durante a apresentação. A ação faz parte da celebração dos 20 anos da rede Vila Galé no Brasil e conta com o apoio da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil (FCPCB). As Câmaras filiadas à Federação possuem 20% de desconto nas apresentações. “Estou muito animada para a turnê no Brasil. O grupo Vila Galé faz parte da minha vida enquanto pessoa e enquanto artista. Será um enorme prazer poder fazer esta turnê de aniversário do grupo no Brasil e dar a oportunidade aos seus clientes de poderem assistir a concertos únicos, mais próximos e intimistas”, celebra a fadista portuguesa.

O primeiro concerto acontece no dia 4 de maio no Vila Galé Rio de Janeiro e depois segue para o Vila Galé Marés (Bahia) para uma apresentação no dia 6. O Vila Galé Eco Resort do Cabo (Pernambuco) é o terceiro hotel da rede a receber a fadista para apresentação no dia 7. A turnê se encerrará no Vila Galé Fortaleza (Ceará) no dia 10.

Para criar uma experiência única ao público, a Vila Galé criou pacotes especiais que contemplam hospedagem e ingresso para o concerto acompanhado de um jantar especial, que inclui entrada, prato principal e sobremesa. “É um projeto muito especial porque leva a cultura portuguesa ao Brasil. Uma mistura de boa música e boa gastronomia que certamente vai agradar ao público”, explica o CEO da Vila Galé, Gonçalo Rebelo de Almeida.

Pacotes especiais

Para acessar os pacotes é necessário incluir o promocode “CUCA” na hora da reserva pelo site ou pela central de reservas. No Rio de Janeiro e em Fortaleza é possível comprar o ingresso diretamente no site Sympla.

Vila Galé Rio de Janeiro, 4 de maio: o pacote custa R$456 por pessoa e contempla uma diária em apartamento duplo + ingresso para a apresentação com o jantar. Neste hotel, também é possível adquirir somente o ingresso do show com o jantar por R$250 + 10% (taxa de serviço). Para comprar por meio do Sympla, acesse aqui.

Vila Galé Marés, 6 a 8 de maio (show no dia 6): o pacote oferece duas diárias no sistema all inclusive em apartamento duplo + ingresso para o concerto com jantar. A experiência custa a partir de 10x de R$165,00 por pessoa.

Vila Galé Eco Resort do Cabo, 6 a 8 de maio (show no dia 7): o pacote inclui duas diárias no sistema all inclusive + ingresso para a apresentação com jantar, custando a partir de 10x de R$150 por pessoa, em apartamento duplo.

Vila Galé Fortaleza, 10 de maio: uma diária no hotel com direito a assistir a apresentação e desfrutar do jantar custa R$452,50 por pessoa em apartamento duplo. Também é possível adquirir somente o ingresso do show com o jantar incluso por R$250 por pessoa + 10% (taxa de serviço). Para comprar por meio do Sympla, acesse aqui.

Sobre o Grupo Vila Galé

A Vila Galé é a maior rede de Resorts do Brasil e o segundo maior grupo hoteleiro em Portugal. O grupo é composto por diversas sociedades, das quais se destaca, pela sua dimensão e importância, a Vila Galé – Sociedade de Empreendimentos Turísticos, S.A.

A rede de hotéis Vila Galé conta atualmente com 36 unidades hoteleiras: 27 em Portugal (Algarve, Beja, Évora, Elvas, Alter do Chão, Oeiras, Cascais, Sintra, Ericeira, Estoril, Lisboa, Coimbra, Serra da Estrela, Porto, Braga, Douro e Madeira) e nove no Brasil (Rio de Janeiro, Fortaleza, Cumbuco, Salvador, Guarajuba, Pernambuco, Touros, Angra dos Reis e São Paulo).

Sobre a Federação

A Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil (FCPCB) foi criada em 1999, mas foi constituída em 2001. A instituição surgiu a partir da necessidade de ampliar a ação das Câmaras de Comércio Brasil-Portugal, que têm por objetivo desenvolver nos estados de atuação as relações bilaterais entre os dois países. A FCPCB possui o papel de apoiar as 18 Câmaras de Comércio Portuguesas existentes no Brasil nas relações luso-brasileiras, auxiliando as Câmaras na afirmação do seu papel na diplomacia econômica.

A sede da Federação está localizada em Fortaleza, no Ceará, e desde setembro de 2020 é presidida por Armando Abreu. Com o propósito de fomentar negócios, realiza constantemente eventos e reuniões com a finalidade de incentivar empresários, empreendedores e investidores brasileiros a conhecerem todos os ecossistemas portugueses e suas inovações. É responsável também por organizar o calendário de missões empresariais que tem como público-alvo os sócios das Câmaras de Comércio Brasil-Portugal, além de empresários, executivos, estudantes, instituições parceiras governamentais e não governamentais.

Para saber mais sobre as ações da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil acesse o site ou as redes sociais @federacaocamarasportuguesas e o Facebook. Em caso de dúvidas, basta enviar mensagem para o e-mail contato@fcpcb.com.br ou ligar para (85) 3261-7423.

(Fonte: AD2M Engenharia de Comunicação)