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Festival “Inverno nas Montanhas”, em Monte Verde (MG), tem programação recheada de atrações

Monte Verde, por Kleber Patricio

Espetáculo do grupo de balé da Associação Beneficente de Monte Verde abrirá a programação. Foto: Divulgação/MOVE.

Destino certo para os amantes do inverno, Monte Verde (MG) terá uma programação cultural recheada durante o Inverno nas Montanhas, que acontecerá em julho, com apresentações de dança e música gratuitas todos os sábados. A expectativa é receber 200 mil turistas durante o mês no distrito, eleito pelo segundo ano seguido um dos destinos turísticos mais acolhedores do Brasil na premiação Traveller Review Awards, da plataforma Booking.

“Este é o quarto ano que organizamos o evento, levando cultura para a população e para os turistas que buscam aproveitar o inverno em Monte Verde, que promete muito frio. Novamente, esperamos atrair milhares de turistas para o nosso distrito e a realização desse evento só é possível graças à parceria com a Prefeitura de Camanducaia”, afirma Rebecca Wagner, presidente da Agência de Desenvolvimento de Monte Verde (MOVE).

A programação do Inverno nas Montanhas foi aberta em 1º de julho com uma performance de dança do grupo de balé da ABMV (Associação Beneficente de Monte Verde). Duas atrações musicais completaram a programação: o cantor e compositor Francis Rosa e o grupo Os Catireiros da Mantiqueira. No dia 8 houve uma apresentação das orquestras Paulistana e Camanducaiense de Viola Caipira.

Já no dia 15, o jazz toma conta da Avenida Monte Verde com a apresentação da New Orleans Jass Band a partir das 15h. A música irlandesa também terá espaço na programação com a apresentação da Oran Band, que será acompanhada pela performance dos bailarinos da Companhia Celta Brasil no dia 22, às 15h.

Encerrando o “Inverno nas Montanhas”, no dia 29, Monte Verde recebe o Circuito Amantikir Festival, evento que leva o universo do jazz, blues e MIB (Música Instrumental Brasileira) para as cidades em torno da região da majestosa Serra da Mantiqueira.

Inverno nas Montanhas 2023

Local: Avenida Monte Verde – Monte Verde (MG)

Evento gratuito

Programação cultural:

15/7 – sábado

15h – New Orleans Jass Band

22/7 – sábado

15h – Oran Band e Cia Celta Brasil

29/7 – sábado

14h – Circuito Amantikir Festival com shows dos grupos de jazz e blues.

(Fonte: WGO Comunicação)

Sinfônica de Indaiatuba se apresenta no Festival de Inverno de Campos do Jordão

Campos do Jordão, por Kleber Patricio

Concerto em Campos de Jordão acontece neste domingo. Foto: Felipe Gomes.

A Orquestra Sinfônica de Indaiatuba (OSI) se apresenta pela primeira vez no maior e mais tradicional evento de música clássica da América Latina: o Festival de Inverno de Campos do Jordão, que está em sua 53ª edição. Sob regência do maestro Paulo de Paula, o concerto acontece no Parque Capivari, região central da cidade, neste domingo, 16 de julho, a partir das 11h, e será aberto ao público. “Estamos felizes em colocar o nome de Indaiatuba na rota da música clássica brasileira”, destaca o maestro.

No programa do concerto, ‘Carmen’, de Georges Bizet (1875); ‘Dança Húngara nº 5’, de Johannes Brahms (1869); o ‘Concerto para Violoncelo’ de Saint-Saëns com a participação do violoncelista sérvio Viktor Uzur, e ‘O Danúbio Azul’, de Johann Strauss II (1866). “Recebemos o convite do diretor do Festival, o violonista Fábio Zanon, que fez uma participação como solista em nossa temporada do ano passado”, conta o maestro. Para ele, participar do Festival de Inverno de Campos do Jordão e fazer parte da programação que reúne algumas das maiores orquestras brasileiras é o reconhecimento da qualidade musical que a Sinfônica de Indaiatuba alcançou. “Estamos muito gratos com isso”, completa.

Para que o público da cidade, que não poderá estar presente no evento, tenha acesso ao repertório, o maestro Paulo de Paula confirmou que o mesmo programa será apresentado na abertura do Encontro Musical de Indaiatuba (EMIn) no dia 18 de julho, às 20h na sala Acrísio de Camargo, no Ciaei.

Solista convidado | Viktor Uzur nasceu em Jagodina, na Sérvia, onde se formou na Escola para Crianças Musicalmente Superdotadas ‘Horeum Margi’ em Ćuprija. É bacharel e mestre em Performance de Violoncelo com diploma de solista do Conservatório Tchaikovsky, em Moscou. Já se apresentou como solista, músico de câmara e artista convidado na Áustria, Espanha, Itália, França, Rússia, Canadá, Coréia, China, Letônia, Brasil, Estados Unidos e ex-Iugoslávia. De material próprio, inclui obras-primas russas aclamadas pela crítica, que fazem parte da programação de diversas rádios ao redor do mundo, inclusive da Rádio Cultura no Brasil.

Vídeo – Orquestra Sinfônica de Indaiatuba.

Serviço:

Orquestra Sinfônica de Indaiatuba no 53º Festival de Inverno de Campos do Jordão

Data: 16 de julho l Horário: 11h

Local: Parque Capivari – Rua Engenheiro Diogo José de Carvalho – Capivari, Campos do Jordão (SP) | mapa aqui

Ingresso: aberto ao público

Instagram | Facebook.

(Fonte: Armazém da Notícia)

A importância de um sistema emergencial de recuperação de desastre baseado nas vítimas

Brasil, por Kleber Patricio

Área alagada após fortes temporais em abril de 2023 em Bacabal, Maranhão. Foto: Gabriel Correa/Agência Brasil.

Inundações e secas são imprevisíveis no Brasil? Não. Seja por força da variabilidade, mudança climática ou de ambas, há décadas algumas regiões como o Nordeste e o Sul vivenciam esses eventos e suas consequências. Apesar disso, normalizamos a seca como se ela não fosse um desastre e, nesse contexto, tratamos o gasto público com resposta emergencial como se fosse uma solução. Faremos o mesmo com a inundação? Até quando? E quanto às atuais e futuras vítimas desses eventos que, diante da falta ou excesso de água, perdem tudo o que têm, inclusive seus meios de subsistência?

Essas perguntas devem desencadear a urgente reflexão sobre auxílio e recuperação de desastre no país, especialmente em um momento de aumento da frequência e magnitude de eventos extremos. Movimentos como a elaboração do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil e de orçamentos públicos devem colocar as vítimas no centro do debate.

Historicamente inundações e secas levam a respostas como ajuda humanitária, formação de redes de solidariedade e deslocamento temporário da área de risco para abrigos. Por parte do Estado, há a destinação de recursos emergenciais por meio de créditos extraordinários ou provenientes do orçamento de outros ministérios, a abertura de linha de crédito para determinados grupos e a liberação de fundo de garantia e benefícios fiscais enquanto durar a situação de emergência, entre outros. Embora tenham o seu valor, esses auxílios não são suficientes para recuperar a área atingida e, ao mesmo tempo, auxiliar as vítimas na reconstrução de suas vidas. Além disso, por lacuna da legislação brasileira sobre o tema, eles dependem do poder executivo e costumam demorar.

Como resultado, a verdade é que boa parte da população brasileira afetada por seca e/ou inundação consegue ter, no máximo, acesso à ajuda humanitária, como doações de cestas básicas, colchões, roupas, o que dura por pouquíssimo tempo. Esta realidade está muito distante do que se pode considerar uma solução à garantia dos direitos humanos e fundamentais presentes em acordos internacionais assinados pelo Brasil e assegurados pela Constituição Federal. O direito à alimentação, moradia, saúde física e mental, ao trabalho, para citar apenas alguns, ficam completamente descobertos passadas duas ou três semanas da fase emergencial.

A mudança deste quadro requer a estruturação de um sistema emergencial, mas que também garanta um auxílio de médio e longo prazos para as vítimas. Existem algumas alternativas encaminhadas – como o Projeto de Lei nº 920/23, que quer destinar parte das multas por infrações e crimes ambientais ao Fundo Nacional para Calamidades Públicas, Proteção e Defesa Civil (Funcap). Criado para o custeio de ações de prevenção em áreas de risco de recuperação de áreas atingidas por desastres, o fundo nunca exerceu sua finalidade por falta de regulamentação e de fontes suficientemente robustas. Espera-se que com a aprovação dos valores venha também a esperada regulamentação da União diretamente aos fundos constituídos pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios.

Sobre os autores:

Fernanda Dalla Libera Damacena é advogada, consultora e pesquisadora especialista em Direito Público, com ênfase em Direito dos Desastres.

Victor Marchezini é sociólogo pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais/ MCTI.

(Fonte: Agência Bori)

Favela Mundo promove colônia de férias gratuita

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Foto: Raphael Pizzino.

O recesso escolar está chegando e muitas crianças ficam sem atividades nesse período, principalmente as moradoras das comunidades. Pensando nisso, a ONG Favela Mundo desenvolve, há vários anos, a Colônia de Férias que, em 2023, será realizada na Rocinha. São esperadas 240 crianças e jovens entre 6 e 18 anos, que poderão se divertir com jogos com bola, danças e brincadeiras tradicionais como corrida do saco, bambolê, dança da cadeira e muito mais. A colônia de férias será realizada de 17 a 28 de julho, sempre às segundas, quartas e sextas, das 14h às 16h. Serão disponibilizadas 40 vagas por dia. Para participar, basta chegar na Biblioteca parque da Rocinha com 30min de antecedência.

O momento não é só de lazer, mas também de aprendizado por meio de brincadeiras com o resgate de jogos tradicionais que fogem do digital. “Queremos trazer mais oportunidades de diversão para a garotada das comunidades e auxiliar os responsáveis na busca de atividades para os pequenos, já que muitas vezes as crianças ficam em casa ociosas ou em frente à TV ou nos jogos digitais. A colônia de férias da Favela Mundo, além de oferecer atividades lúdicas durante o recesso escolar, investe na saúde física e socialização da criançada, que aproveita a ocasião para fazer novos amigos”, aponta Marcello Andritotti, fundador da ONG Favela Mundo.

A Favela Mundo é patrocinada pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Rio Brasil Terminal, Magellan IP, LAMSA e MetrôRio, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS.

Favela Mundo | A ONG Favela Mundo é a única entidade no país a ser reconhecida pela ONU como “Modelo de Inclusão Social nas Grandes Cidades”. O reconhecimento ocorreu no evento World Cities Day, em Nova York. Além deste, a Favela Mundo já esteve representando o Brasil em outros nove eventos no exterior, sendo três desses na Organização das Nações Unidas.

Serviço:

Local: Biblioteca Parque da Rocinha – Estrada da Gávea, 454

Conheça mais sobre a ONG em www.favelamundo.org.br ou (21) 2236-4129.

(Fonte: Agência IS)

Contos de Pedro Almodóvar retornam às livrarias brasileiras em única edição pelo selo Tusquets

São Paulo, por Kleber Patricio

Capa do livro.

Foi no decorrer da década de 1980 que Pedro Almodóvar, um dos diretores de cinema mais prestigiados e conhecidos do mundo, escreveu uma série de crônicas para a revista La Luna de Madrid. Anos depois, o grande editor Jorge Herralde propõe a publicação destes textos e o resultado é a obra “Patty Diphusa e Fogo nas entranhas”, que chega pela primeira vez às livrarias em edição única pelo selo Tusquets, da Editora Planeta. O livro é formado por duas histórias principais e marcam a estreia do cineasta na literatura.

A primeira parte da obra traz as memórias devassas da narradora-protagonista Patty Diphusa, uma estrela de filmes adultos que, ao contar suas experiências mais íntimas, reflete sobre a cena de Madri na década de 1980, regada a sexo e drogas. “Entre a quantidade de personagens femininas que escrevi, Patty é uma de minhas favoritas. Uma garota com tanta vontade de viver que nunca dorme, naïf, terna e grotesca, invejosa e narcisista, amiga de todo mundo e de todos os prazeres e disposta sempre a ver o melhor lado das coisas”, escreve Almodóvar no prólogo da obra.

Já a segunda parte é protagonizada por um grupo de cinco mulheres cujas vidas se cruzam pelo mútuo envolvimento com um chinês sentimental, dono de uma fábrica de absorventes íntimos e que, de tanto ser traído, se transforma no vilão da história. Para esta edição, os textos contaram com a tradução de Eric Nepomuceno, que já fez versões para o português de obras de importantes autores, como Jorge Luis Borges, Julio Cortázar e Gabriel García Márquez, além trazer na capa a ilustração do projeto gráfico original.

Reflexo dos sentimentos de Almódovar em meio a balbúrdia do movimento cultural dos anos 1980, “Patty Diphusa e Fogo nas entranhas” passeia entre a ficção e a não ficção ao mesmo tempo, explorando de maneira instigante, despojada, repulsiva e empolgante as reflexões do autor sobre os círculos artísticos de Madrid. “Me alegra muito que esses textos se transformem em livro, embora, quando os escrevia, nunca estivesse seguro de que iria escrever o capítulo seguinte”, conta Almodóvar. Ganhador de mais de 150 prêmios, incluindo Oscar e Globo de Ouro, o cineasta encerra o texto com um convite. “Para terminar, só me resta pedir que leiam este livro com a mesma falta de pretensão com que ele foi escrito”, finaliza.

Trechos do livro

Sempre descubro motivos para ser otimista. É que, apesar de ser uma sex symbol, sou bastante equilibrada.

A vida é muito efêmera, às vezes você não tem outro remédio a não ser fazer tudo ao mesmo tempo, se quiser tirar algum proveito dela.

Eu me chamo Patty Diphusa e pertenço a esse tipo de mulheres que protagonizam a época em que vivem. Minha profissão? Sex symbol internacional ou estrela internacional de pornô, como quiserem chamar.

Estupefato, Ming ficou olhando para ela. Não sabia por que, mas o cinismo de Mara o deixava paralisado. Naquele momento, pensou coisas muito feias sobre ela, mas não conseguiu falar. Foi até a janela e a viu com um homem do mundo que a esperava em seu automóvel.

FICHA TÉCNICA

Título: Patty Diphusa e Fogo nas entranhas

Autor: Pedro Almodóvar

Tradução: Eric Nepomuceno

Páginas: 160 p.

Preço: R$56,90

ISBN: 978-85-422-2183-1

Editora Planeta | Selo Tusquets.

Sobre o autor

Pedro Almodóvar é um dos cineastas mais prestigiados do mundo. Nascido em 1949, na Espanha, o diretor também é roteirista, ator e produtor de cinema. Seu trabalho já lhe rendeu mais de 150 prêmios por filmes como “Tudo sobre minha mãe”, “A pele que habito” e “Dor e glória”. Marcada pelo melodrama, humor irreverente, cores ousadas, citações da cultura popular e complexas narrativas, sua obra tem criado grande impacto mundial nas últimas décadas.

Sobre o Selo Tusquets | Criado em 1969 na Espanha e presente no Brasil desde 2016, Tusquets é o selo de ficção literária da Planeta. Publica autores como Alejandro Zambra, J.P. Cuenca, Camila Sosa Villada, Xico Sá, Marina Colasanti, José Eduardo Agualusa, Shusaku Endo, Javier Cercas, Marguerite Duras, Ferréz, Bob Dylan, Leila Slimani e Édouard Louis.

(Fonte: Editora Planeta)