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MASP apresenta primeira exposição individual de Melissa Cody na América Latina

São Paulo, por Kleber Patricio

Melissa Cody, Under Cover of Webbed Skies [Sob o manto de céus tramados], 2021. Foto: cortesia da artista e Garth Greenan Gallery, Long Beach, Califórnia e Nova York, Estados Unidos.

O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta, de 20 de outubro de 2023 a 21 de janeiro de 2024, a mostra “Melissa Cody: céus tramados”, que ocupa a galeria localizada no 1º subsolo do museu. Com curadoria de Isabella Rjeille, curadora, MASP, e Ruba Katrib, curadora e diretora de assuntos curatoriais, MoMA PS1, a exposição reúne 26 obras têxteis da artista diné/navajo produzidas a partir de um tradicional tear navajo. Em suas obras, Cody mescla símbolos e padrões históricos da tapeçaria navajo com referências que vão das paisagens de seu território de origem no estado do Arizona, Estados Unidos, ao universo pop do videogame e da música. Em uma vitrine, também serão exibidas ferramentas utilizadas pela artista na confecção de seus trabalhos têxteis, assim como registros de seu processo, ampliando, assim, o conhecimento acerca dessa prática milenar e seus significados dentro da cosmovisão diné. Organizada pelo MASP e MoMA PS1, a exposição será exibida no MoMA PS1 entre 4 de abril e 2 de setembro de 2024. A mostra tem apoio da Terra Foundation for American Art.

Melissa Cody (No Water Mesa, Nação Navajo, Arizona, Estados Unidos, 1983) cresceu entre a reserva indígena Nação Navajo, no estado do Arizona, e o sul da Califórnia, onde vive atualmente. A artista se define como uma “criança dos anos 1980”, tendo crescido tanto sob a influência da cultura navajo quanto do universo pixelado dos primeiros videogames e computadores. Na cosmovisão diné/navajo, a tecelagem é uma tecnologia transmitida às mulheres pela figura sagrada de Na’ashjéii Asdzáá, a Mulher-Aranha, o que as torna centrais para a manutenção de suas comunidades. Herdeira deste conhecimento ancestral, Cody faz parte da quarta geração de artistas de sua família.

Ao longo da história, a tecelagem navajo teve seus símbolos, cores, materiais e técnicas atravessados pelos efeitos das trocas culturais e explorações comerciais, assim como por processos de migrações forçadas. Pelo uso de padrões e cores vibrantes, os trabalhos de Cody são comumente associados ao movimento “Germantown Revival”, que nasceu após o trágico episódio conhecido como a “Longa Caminhada” (1863–1866). Com intuito de expulsar os navajos de seu território, militares queimaram suas casas e destruíram rebanhos, forçando-os a migrar do Arizona ao Novo México para que fossem aprisionados no campo militar de Bosque Redondo, em Fort Sumner, atual Novo México, e obrigados a assimilar à cultura estadunidense. Durante esse processo de migração forçada, as tecelãs criaram estratégias para continuar trabalhando, desfiando cobertores oferecidos por oficiais e incorporando seus fios nas tecelagens.

Melissa Cody – Into the Depths, She Rappel [Para dentro das profundezas, ela faz rapel], 2023. Urdidura em lã, trama, borda de cordões e corantes de anilina [Wool warp, weft, selvedge cords, and aniline dyes], 221 × 131 cm. Coleção [Collection] Família Gochman, Miami, Estados Unidos [United States]. Foto [Photo]: Cortesia da artista [Courtesy the artist] e Garth Greenan Gallery, Nova York [New York].

A incorporação desse tipo de lã comercial produzida em Germantown, Pensilvânia, com cores vibrantes obtidas por meio do tingimento por anilina, abriu novos horizontes de experimentação em meio a uma situação de confinamento. Nesse sentido, essa prática tornou-se fundamental para a sobrevivência e resistência cultural diné/navajo. “A inclusão desse novo elemento foi crucial para a continuidade e inovação de uma tecnologia ancestral, colocando em questão a ficção colonial que insiste em fixar culturas indígenas a uma ideia imutável de ‘tradição’ associada a um passado idílico”, elucida a curadora Isabella Rjeille.

Na tapeçaria navajo, a cor, os padrões, os símbolos e materiais carregam significados com os quais Cody trabalha para tecer novas narrativas diante do tear. Como indica a tradição, cada tapeçaria é concebida diretamente no tear, sem nenhum desenho prévio. Por meio de um habilidoso uso das cores, formas e combinações, Cody cria obras de pequenas, médias e grandes dimensões, desafiando a própria mídia e criando ilusões óticas de tridimensionalidade. Como afirma a curadora Ruba Katrib, “a enorme habilidade necessária para conferir simetria e variação à peça finalizada não pode ser subestimada. A confiança na memória e nas combinações matemáticas é fundamental para essa prática, destacando o fato de que a tecelagem é uma tecnologia que também levou à criação de nossa era digital à qual Cody reage nos temas de sua obra”.

A obra ‘Germantown Sampler’ [Amostra de Germantown, 2011] é exemplar da maneira como a artista pensa o diálogo entre as cores e formas na escrita desse texto. No trabalho, a tradicional forma do diamante serrilhado tem seus tons claros de verde, azul e rosa gradualmente mesclados com cores vibrantes, como o vermelho, o laranja e o marrom (uma referência ao uso das cores vibrantes da lã de Germantown na história Navajo, bem como uma alusão ao papel da criatividade na resistência ao apagamento colonial). Há também uma invasão de linhas pretas e cinza, que criam um efeito glitch sobre o padrão ancestral e acrescentando mais uma camada a essa história: a influência do universo digital na produção têxtil de Cody.

Já na obra ‘Navajo Transcendent’ [Navajo transcendente, 2014], a artista traz outro aspecto de sua cultura para reflexão, propondo uma ruptura com as formas coloniais de leitura da produção diné/navajo ao resgatar o whirling log [tronco que gira], um símbolo diné milenar e sagrado associado à cura, à criação do povo e a sua relação com o espiritual que, após a Segunda Guerra Mundial, passou a ser erroneamente confundido com uma suástica, desaparecendo das tapeçarias navajo comercializadas nos Estados Unidos como um meio de evitar qualquer associação equivocada com a Alemanha nazista. Rjeille explica que “nessa peça, um símbolo comumente representado por um desenho plano ganha volume, como que rompendo com a bidimensionalidade da própria mídia e saltando em direção ao espectador”.

Melissa Cody – Path of the Snake [Caminho da cobra], 2013. Camada tripla de lã tingida com anilina [Three-ply aniline dyed wool], 89 × 60 cm. Coleção [Collection] Suzanne e Walter G. Riedel III, Orange, Texas, Estados Unidos [United States]. Foto [Photo]: Cortesia da artista [Courtesy the artist] e Garth Greenan Gallery, Nova York [New York].

Cody também é conhecida por suas tecelagens de grandes proporções, como a monumental ‘The Three Rivers’ [Os três rios, 2021], produzida durante a pandemia da Covid-19 e dividida em quatro partes. Nessa obra, a artista traduz a experiência vivida por ela durante esse episódio de nossa história recente. Já na obra ‘Into the Depths, She Rappels’ [Para dentro das profundezas, ela faz rapel, 2023], Cody traz uma referência à história da Mulher-Aranha, com vibrantes cores que remetem ao arco-íris.

O título da exposição – Céus tramados – se inspira no trabalho intitulado ‘Under Cover of Webbed Skies’ [Sob o manto de céus tramados, 2021], uma obra que conjuga a relação entre a história da tecelagem, seu território ancestral e a transmissão dos conhecimentos da Mulher-Aranha entre gerações. A obra pode ser dividida em dois planos, como uma paisagem: o céu, representado pelos tons de azul e verde na parte superior, e a terra, representada pelas formas triangulares em roxo, rosa e laranja que se assemelham a uma montanha. No centro da obra, há um quadrado com três formas que lembram ampulhetas, símbolo que representa a Mulher-Aranha e que, ao ser reproduzido como um padrão geométrico, remete à trama acinzentada de uma teia que enreda o céu nessa obra. As três ampulhetas no centro fazem referência a Cody e à geração de tecelãs que virão depois dela, como suas filhas ou filhos e possíveis netas e netos. A artista posiciona as ampulhetas no topo das formas triangulares, que, por sua vez, simbolizam uma das montanhas sagradas do território ancestral de Cody. A Mulher-Aranha habita o cume dessa montanha, reforçando o vínculo entre a prática artística e o território, bem como a importância de reconhecê-lo e respeitá-lo como terra indígena.

“‘Céus tramados’ foi o título escolhido, portanto, para a primeira exposição de Cody na América Latina, pois o céu é um elemento comum a todos os territórios, que ultrapassa fronteiras geográficas e políticas. Como um grande manto azul que paira sobre todos os seres que vivem abaixo dele, os céus tramados de Cody se estenderiam para além de Dinetáh, a terra ancestral do povo diné/navajo, conectando em sua trama diferentes possibilidades de narrativas e modos de viver, entrelaçando cosmologias, territórios e sujeitos na criação, preservação e reivindicação de memórias e histórias, fazeres e saberes”, pontua Isabella Rjeille.

Em diálogo com a missão de ser um museu diverso, inclusivo e plural, a mostra é acompanhada de ações de acessibilidade. São elas: um caderno de textos e legendas com fonte ampliada e cinco faixas de conteúdo audiovisual acessível, em desenho universal – audiodescrição, interpretação em libras e legendagem. O conteúdo pode ser acessado por meio de QR Code, estando a faixa introdutória também disponível na exposição, em tela e fone de ouvido fixados ao lado do texto de parede.

‘Melissa Cody: céus tramados’ integra a programação anual do MASP dedicada às Histórias indígenas. Este ano a programação também inclui mostras de Carmézia Emiliano, MAHKU, Paul Gauguin, Sheroanawe Hakihiiwe, além do comodato MASP Landmann de cerâmicas e metais pré-colombianos e a grande coletiva Histórias indígenas.

Sobre Melissa Cody | Melissa Cody é uma artista têxtil navajo/diné nascida em 1983 em No Water Mesa, Nação Navajo, no Arizona, Estados Unidos. Atualmente vive e trabalha em Long Beach, Califórnia. O trabalho da artista integrou exposições coletivas em diversos museus e galerias, como Stark Museum of Art (2014, Orange, Texas); Museum of Contemporary Native Arts, Institute of American Indian Arts (2017–2018, Santa Fe); Ingham Chapman Gallery, University of New Mexico (2018, Albuquerque); Navajo Nation Museum (2018, Window Rock); SITE (2018–2019, Santa Fe); MASS Gallery (2019, Austin); Heard Museum (2019, Phoenix); Exploratorium (2019, São Francisco); Museum of Northern Arizona (2019, Flagstaff); Rebecca Camacho Presents (2019, São Francisco); National Gallery of Canada (2019–2020, Ottawa); Heard Museum (2019–2022, Phoenix); Crystal Bridges Museum of American Art (2021, Bentonville) e Barnes Foundation (2022, Philadelphia). Em 2017, a artista realizou a exposição individual ‘Future Tradition: Melissa Cody’, no Houston Center for Contemporary Craft, em Houston. Seu trabalho faz parte da coleção dos museus Minneapolis Institute of Arts e Stark Museum of Art.

Catálogo | Acompanhando a exposição, será publicado um catálogo com volumes em português e inglês com a reprodução de obras da artista e ensaios inéditos de Isabella Rjeille, Ruba Katrib, Jennifer Denetdale e Ann Lane Hedlund. O livro, com edições em capa dura, é organizado por Isabella Rjeille e tem design do Estúdio Margem.

Serviço:

Melissa Cody: Céus tramados é organizada pelo MASP e pelo MoMA PS1. A exposição tem curadoria de Isabella Rjeille, curadora, MASP e Ruba Katrib, curadora e diretora de assuntos curatoriais, MoMA PS1

1º subsolo (galeria)

20/10/2023 — 21/1/2024

MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand

Avenida Paulista, 1578 – Bela Vista – São Paulo, SP

Telefone: (11) 3149-5959

Horários: terça grátis Bradesco, das 10h às 20h (entrada até as 19h); quarta a domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h); fechado às segundas

Agendamento on-line obrigatório pelo link masp.org.br

Ingressos: R$60 (entrada); R$30 (meia-entrada).

Site | Facebook | Instagram.

(Fonte: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand)

Galeria MaPa apresenta obras de Loio Pérsio na Freeze Master, em Londres

Londres, por Kleber Patricio

Foto: Divulgação/Galeria MaPa.

Pela segunda vez presente na Freeze Masters – um dos eventos globais mais exclusivos e importantes – a Galeria MaPa, de Marcelo Palotta, chega ao evento com responsabilidade dobrada. Na primeira edição, na qual galeria participou, o programa rendeu à MaPa o título de melhor projeto curatorial pelo prestigiado portal Art News.

Nesta edição, Marcelo Palotta, sócio, e Chico Lowndes, marchand, levam a Londres obras do artista plástico Loio Pérsio. 100% dos trabalhos exibidos no evento são assinados por ele. Na seleção de obras apresentadas, prevalecem composições sinuosas e rítmicas, com ênfase na pesquisa cromática, na linha e no plano.

Pérsio realizou exposições individuais no MAM-RJ, 1961, e no Museu Nacional de Belas Artes, em 2001. Participou também da Bienal de Veneza, em 1960, além da Bienal de Paris, em 1991, Bienal Brasil Século XX, de 1994 e Bienal do México, onde ganhou a Golden Medal. Recebeu os prêmios Guggenheim International Award, em 1960 e a bolsa da Fundação Pollock- Krasner, em 2001.

A Freeze Masters acontece entre 11 e 15 de outubro no Regent’s Park, Londres.

(Fonte: Vicente negrão Assessoria)

Dia Mundial da Ópera é comemorado em duas datas no Theatro Municipal RJ

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

A pianista e regente Priscila Bomfim. Foto: Ana Claudia Miranda.

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em parceria com a Cia. Ópera São Paulo, inicia as comemorações do Dia Mundial da Ópera destacando os centenários de cinco grandes cantores do século passado. Com o Patrocínio Oficial Petrobras, a Gala Lírica vai homenagear Maria Callas, Victoria de Los Angeles, Cesare Siepi e os brasileiros Alfredo Colosimo e Paulo Fortes. As apresentações acontecem no dia 24 de outubro, às 12h, dentro do Projeto Municipal ao Meio-Dia e no dia 25, às 19h, quando será comemorado o Dia Mundial da Ópera. No programa, obras de Pietro Mascagni, Gaetano Donizetti, Giuseppe Verdi, Carlos Gomes, Georges Bizet e Vincenzo Bellini. Com a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal (OSTM) e os solistas Daniella Carvalho, Michele Menezes, Gabriele de Paula, Kismara Pezzati, Daniel Umbelino, Ivan Jorgensen, João Campelo, Inácio de Nonno e Anderson Barbosa. A regência será de Priscila Bomfim. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site theatromunicipal.rj.gov.br ou na Bilheteria do Theatro.

“Para fechar com chave de ouro o mês de outubro, teremos no Dia Mundial da Ópera uma Gala Lírica que irá homenagear uma série de grandes artistas, como Maria Callas, Victoria de Los Angeles, Cesare Siepi e os brasileiros Alfredo Colosimo e Paulo Fortes. Com regência de Priscila Bomfim e Patrocínio Oficial Petrobras, mantemos sempre nosso objetivo de democratização do TMRJ. O espetáculo vai contar com mais uma edição do Municipal ao Meio-Dia no dia 24 de outubro, quando o espetáculo custará apenas R$2″, ressalta a presidente da Fundação Teatro Municipal, Clara Paulino.

“Pelo segundo ano consecutivo, o Theatro Municipal celebra o Dia Mundial da Ópera, oferecendo ao público uma Gala Lírica. No ano passado, o tema foi o centenário de Renata Tebaldi. Agora fazemos uma homenagem aos centenários de Maria Callas, Victoria de Los Angeles, Cesare Siepi e dos brasileiros Alfredo Colosimo e Paulo Fortes, com Patrocínio Oficial Petrobras, trazemos muitos cantores, acompanhados pela OSTM sob a regência de Priscila Bomfim”, celebra o diretor artístico da Fundação Teatro Municipal, Eric Herrero.

Sobre Priscila Bonfim | Além de seu reconhecido trabalho como pianista, Priscila tem desenvolvido ampla e crescente carreira como regente realizando concertos com as principais orquestras sinfônicas do país, como a Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (RS), Academia de Ópera e Orquestra do Theatro São Pedro (SP), Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas (SP) e a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do RJ. É regente da OSJ Chiquinha Gonzaga, orquestra formada por alunas da rede pública do Rio de Janeiro que fará sua segunda turnê pela Europa este ano. Recentemente regeu as óperas “Eugene Onegin” (Tchaikovsky), “Cendrillon” (Pauline Viardot) e “Sonho de Edgard” (Adriano Pinheiro), além de concertos no Theatro Municipal de São Paulo e com a Orquestra Sinfônica de Campinas.

Ficha Técnica:

Solistas: Daniella Carvalho, Michele Menezes, Gabriele de Paula, Kismara Pezzati, Daniel Umbelino, Ivan Jorgensen, João Campelo, Inácio de Nonno, Anderson Barbosa

Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal e Cia. Ópera de São Paulo

Regência: Priscila Bomfim

Diretor Artístico: Eric Herrero.

Serviço:

Dia Mundial da Ópera – Gala Lírica

Com Orquestra Sinfônica (OSTM) e Cia. Ópera São Paulo

Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Endereço: Praça Floriano, s/nº – Centro

Classificação: Livre

Duração: 1h30

Datas e horários:

24/10 – 12h (Municipal ao Meio-Dia) – Ingressos a R$2,00

25/10 – 19h (Dia Mundial da Ópera)

Ingressos:

Frisas e Camarotes – R$60,00 (ingresso individual)

Plateia e Balcão Nobre – R$40,00

Balcão Superior – R$30,00

Galeria: R$15,00

Patrocinador Oficial Petrobras | Apoio: Livraria da Travessa, Rádio MEC, Rádio SulAmérica Paradiso, Rádio Roquette Pinto – 94.1 FM | Realização Institucional: Fundação Teatro Municipal, Associação dos Amigos do Teatro Municipal | Lei de Incentivo à Cultura

Realização: Ministério da Cultura e Governo Federal, União e Reconstrução.

(Fonte: Theatro Municipal do Rio de Janeiro)

Semana Literária reúne oficinas, feira, shows e sessões de cinema em Indaiatuba

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Mabel Zattera, Rafael Meira e Renato Sarmento apresentam Contação e Tocação de Histórias. Fotos: Divulgação.

Com uma programação diversificada e para todas as idades, a Semana Literária 2023 acontece entre os dias 23 a 29 deste mês em Indaiatuba, município da Região Metropolitana de Campinas (SP). O evento, que integra a programação do Outubro Literário, contará com oficinas, feira de troca de livros, shows musicais e bate-papo com a escritora Sue Hecker, o quadrinista Pedro Mauro e convidados especiais desta edição, além de duas sessões especiais no Topázio Cinemas, com a troca de ingressos por livros, que serão doados à Biblioteca Municipal ‘Antonio Modanesi’.

O objetivo da Semana Literária é fomentar e difundir o segmento literário, estimulando a formação de público em Indaiatuba e região. “Nesta edição da Semana Literária teremos eventos em diversos pontos, com oficinas, bate-papos, concurso, feira de troca de livros e muito mais”, destaca a secretária municipal de Cultura, Tânia Castanho. “Vale a pena conferir a programação e acompanhar de perto todas as atrações”.

Lucy Campos é atração do projeto Jardim das Letras com homenagem a Rita Lee.

A novidade desta edição é a Feira Literária & Cultural, que acontece no Museu Ferroviário nos dias 27, 28 e 29 com diversas atrações, como o Encontro de Escritores, Feira de Troca de Livros, Sarau Todas Palavras, Jardim das Letras, Concurso de Cosplay e a presença da Biblioteca Itinerante, expositores da Feira de Artes de Indaiatuba e praça de alimentação.

A programação completa da Semana Literária 2023 você confere abaixo. Vale lembrar que, para as duas sessões no Topázio Cinemas, os ingressos devem ser trocados por um livro (com exceção de didáticos, pedagógicos ou de religião e espiritualidade) a partir do dia 19, das 15h30 às 21h, nas bilheterias do multiplex no Shopping Jaraguá Indaiatuba.

23 de outubro, às 19h30

A Noite das Bruxas

Local: Topázio Cinemas do Shopping Jaraguá

Classificação indicativa: 14 anos

Trailer do filme

A Noite das Bruxas adapta o livro homônimo de Agatha Christie e dá continuidade às aventuras do detetive Hercule Poirot (Kenneth Branagh) nos cinemas, depois de “Assassinato no Expresso do Oriente” e “Morte no Nilo”. Desta vez, Poirot está em Veneza e é convidado pela amiga Ariadne Olivier (Tina Fey) a participar de uma sessão espírita no casarão de Rowena Drake (Kelly Reilly), que carrega a fama de ser assombrada por fantasmas de crianças. A princípio, Poirot nega o convite, mas fica curioso ao descobrir que a sessão será conduzida pela misteriosa médium Senhora Reynolds (Michelle Yeoh), e tem o propósito de fazer contato com a filha de Rowena, Alicia (Rowan Robinson), que se suicidou – mas a mãe está convencida de que a garota tenha sido morta pelos fantasmas do local. Na noite da sessão, porém, um crime faz com que a situação tome um rumo macabro.

24 de outubro, das 19h às 22h

Oficina de Mangá com Léo Tatarana

Local: Complexo Cultural Viber

Classificação: a partir de 11 anos

Vagas: 20

Inscrições

A oficina terá como objetivo a apresentação da cultura HQ por meio do Mangá com o desenvolvimento de exercícios de melhoria do traço, comportamento, postura, movimento e narrativa, criação de personagens, rosto, corpo, expressões e proporção.

25 de outubro, às 19h30

Perdida

Local: Topázio Cinemas do Shopping Jaraguá

Classificação indicativa: Livre

Trailer do filme

Baseado no sucesso de vendas da autora Carina Rissi, “Perdida” conta a história de Sofia (Giovanna Grigio), uma garota moderna e independente, mas quando o assunto é amor, os únicos romances da sua vida são aqueles do universo literário de Jane Austen. Após utilizar um celular emprestado, algo misterioso acontece e ela é transportada para um mundo diferente, que se assemelha ao século XIX. Sofia é acolhida pela família do encantador Ian Clarke (Bruno Montaleone), enquanto tenta desesperadamente encontrar uma forma de retornar a sua vida. O que ela não sabia é que seu coração tinha outros planos.

25 de outubro, às 19h30

Bate-papo e Noite de Autógrafos com a escritora Sue Hecker

Local: Casarão Pau Preto

Classificação indicativa: 18 anos

Inscrições

Sue Hecker nasceu em 1972 em São Bernardo do Campo e hoje mora em Indaiatuba. Começou a escrever como passatempo; porém, desde sua primeira publicação, se surpreende com a receptividade de milhares de leitoras, que não só passaram a acompanhá-la fielmente, como também se tornaram suas amigas. Com mais de 16 milhões de leituras na internet, seu livro “O Lado Bom de Ser Traída” ganhou nova edição pela Harlequin Books e foi adaptado como filme pela Netflix, com estreia confirmada para 25 de outubro. Neste bate-papo, Sue Hecker falará sobre sua paixão pela literatura, seu processo de criação e também sobre a adaptação de sua obra para o streaming. Ao final, a autora estará disponível para autografar seus livros. O trailer do filme pode ser conferido neste link.

26 de outubro, das 14h às 17h

Oficina de Fanzine com Mariane Sievert

Local: Complexo Cultural Viber

Faixa etária: 7 a 12 anos

Vagas: 20

Inscrições

Com o uso de tintas naturais, os participantes serão estimulados a conhecer ferramentas que auxiliem a produção literária, percebendo assim que existem maneiras caseiras de apresentar e distribuir seus trabalhos. Além de revelar, dentro de cada um, o escritor latente esperando para acordar. Abordando transversalmente o tema da sustentabilidade, o objetivo é ampliar o universo criativo de cada participante.

26 de outubro, às 19h30

Bate-papo e Noite de Autógrafos com o ilustrador e quadrinista Pedro Mauro

Local: Casarão Pau Preto

Classificação indicativa: 10 anos

Inscrições

Pedro Mauro nasceu em Nova Europa, interior de São Paulo. Seu primeiro trabalho com história em quadrinhos foi uma série de faroeste para a Editora Taika em 1970. Criou e desenhou o personagem Pancho por dois anos. Depois migrou para o mercado publicitário como ilustrador, em agências de São Paulo e Nova York, onde viveu por doze anos.

Voltou a desenhar HQs em 2014, iniciando sua colaboração com a Sergio Bonelli Editore (Itália), desenhando dois episódios de “Adam Wild”, o álbum “Mugiko” e quatro episódios da série “Cani Sciolti”, todos com Gianfranco Manfredi. Neste período ilustrou também um álbum da série “L’Art Du Crime”, de Marc Omeyer e Olivier Berlion para a Editora Glénat (França).

Entre 2017 e 2019 lançou independentemente a trilogia “Gatilho” (Gatilho, Legado e Redenção) com roteiro de Carlos Estefan. Em 2021, a trilogia foi lançada em cores pela editora Pipoca & Nanquim em uma edição definitiva compilada. Em 2022 colaborou com sua arte em “Batman: O Mundo”, projeto da DC Comics que levou Batman para as ruas de São Paulo. Seu mais recente projeto é o western “O Procurador”, junto com Gianfranco Manfredi, para a Pipoca & Nanquim. Recentemente, anunciou que será o primeiro brasileiro a desenhar uma história fechada de Tex Willer, criado em 1948 e um dos personagens de westerns mais longevos da história dos quadrinhos.

27 de outubro, às 10h e 14h

Oficina de Marcadores com Analma Moura

Local: Biblioteca Municipal ‘Antonio Modanesi’

Faixa etária: 5 a 13 anos

Inscrições: (19) 3834-6319

A oficina infantil de confecção de marcadores em EVA visa desenvolver a criatividade e o lado lúdico dos participantes por meio da criação de marcadores de páginas personalizados nos mais variados temas e cores, respeitando a individualidade e personalidade de cada um. Serão disponibilizadas duas turmas com 12 vagas cada, às 10h e 14h.

27 de outubro

Feira Literária & Cultural

Local: Museu Ferroviário

19h – Encontro de Escritores

19h30 – Sarau Todas Palavras, com Daniel Vieira

Esta edição do Sarau Todas Palavras terá como tema Halloween. A participação é livre e a organização pede que todos compareçam fantasiados. O sarau é um evento cultural que acontece toda a última sexta-feira de cada mês, onde as pessoas se encontram para se expressar ou manifestar artisticamente. Daniel Vieira tem 24 anos, atua na cultura de Batalha de Rima há oito e escreve poesia desde os 10 anos de idade. Ministra o Sarau Todas Palavras desde 2023 e já participou de vários eventos do tipo na região.

28 de outubro

Feira Literária & Cultural

Local: Museu Ferroviário

10h – Abertura e Encontro de Escritores

10h30 – Contação de Histórias com Tati Mendes

11h – Mashmellow Duo Acústico (pop)

12h às 14h – Almoço

14h30 – Contação e Tocação de Histórias com Mabel Zattera, Rafael Meira e Renato Sarmento

Contação e tocação de histórias do livro “Brasileirinho”, de Mabel Zattera e Rafael Meira, em comemoração ao ano de centenário de Waldir Azevedo. A dupla, junto com Renato Sarmento, conta com muito bom humor e boa música como o pedido do menino Deo inspirou a criação de uma música reconhecida internacionalmente. Indicado para todas as idades.

15h – Concurso de Cosplay

16h – Patrícia Alice (pop rock)

17h – Kiko Motta (pop rock)

18h – Tavinho Rezende (blues e folk)

Poesia Sussurrada com Mariane Sievert (intervenções ao longo do dia)

29 de outubro

Feira Literária & Cultural

Local: Museu Ferroviário

10h – Contação de Histórias com Coletivo Cultural Valamandana

Grupo de contadoras de histórias composto por Val Brasil e suas duas filhas. Criado em 2018, o trio conta a história de “A Menina, o Céu e o Mar”, de Jussara Reis, um livro cheio de fantasias, sonhos e imaginação que envolve seres da natureza como os peixes, polvos, baleias e uma sereia em um conto repleto de alegria, entusiasmo e diversão.

10h30 às 12h – Jardim das Letras: Tributo a Rita Lee com Thaís Steimbach, do projeto Leia Mulheres, e a cantora Lucy Campos

O projeto Jardim das Letras mistura música e literatura e nesta edição especial para a Semana Literária reúne Thaís Steimbach, publicitária, poeta, escritora e mediadora do projeto Leia Mulheres (apaixonada por Rita Lee), com a cantora Lucy Campos, em uma homenagem a cantora, compositora e escritora, falecida em maio deste ano.

29 de outubro, às 19 horas

Geek Sinfônico com a Orquestra Sinfônica de Indaiatuba

Local: Sala Acrísio de Camargo (Centro Integrado de Apoio à Educação de Indaiatuba)

Concerto especial com grandes clássicos do cinema, séries e games. Mais informações em breve.

Endereços:

Biblioteca Municipal ‘Antonio Modanesi’ – Rua das Primaveras, 450, Vila Bergamo

Casarão Cultural Pau Preto – Rua Pedro Gonçalves, 477, Centro

Topázio Cinemas do Shopping Jaraguá – Rua 15 de Novembro, 1.200, Centro

Complexo Cultural Viber – Rua Paraná, s/nº, Cidade Nova II

Museu Ferroviário – Praça Newton Prado, s/nº, Jardim Pompeia

Sala Acrísio de Camargo (CIAEI) – Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 3.665, Jardim Regina.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Galeria Lume apresenta “Variações do corpo selvagem”, primeira individual do artista Saulo Szabó

São Paulo, por Kleber Patricio

Com uma seleção de obras inéditas que nascem a partir da coleta de materiais e da
produção da própria matéria-prima, Szabó salienta a energia cíclica do natural e conduz o
visitante a criar outros entendimentos sobre o entorno, especialmente a natureza. Fotos: Divulgação/Galeria Lume.

Em sua primeira individual, a ser inaugurada sábado, 21 de outubro, no espaço expositivo II, Saulo Szabó apresenta “Variações do corpo selvagem”, parte do projeto Alumiar, criado pela Galeria Lume, que tem o intuito de dar luz a pesquisa de artistas em início de carreira que ainda não possuem representação e tampouco fizeram uma exposição individual na cidade de São Paulo. Com texto curatorial de Ana Carolina Ralston, a mostra traz uma seleção de obras que transitam entre o desenho, a escultura e a pintura – todos produzidos a partir de matéria natural coletada pelo artista durante suas viagens pelo Brasil.

É em meio a natureza que o trabalho de Saulo se transforma. Transforma-se como na Lei de Lavoisier, que afirma que “Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Partindo do interesse pela diminuição do consumo de materiais industriais e os danos causados ao meio ambiente, o artista utiliza muitas vezes técnicas ancestrais e de culturas originárias para a produção da matéria prima que compõe sua produção. De esculturas orgânicas com diferentes texturas, as quais se pode tocar, aos desenhos em giz de pigmento natural – produzidos pelo próprio artista – onde observamos o acúmulo de camadas de matéria, Szabó traz às paredes da galeria o calor e a vida da natureza e convida o visitante a praticar novas maneiras de percepção do entorno e contemplação das obras observando as cores e texturas diversas.

Durante toda a produção do artista, há uma intenção inerente de compartilhar um conhecimento elementar sobre a natureza que foi sendo perdido com a disseminação das culturas modernas. Através de suas mãos, Saulo transmuta a matéria natural, que ao nosso redor sempre esteve presente, e guia os devaneios do visitante a um lugar selvagem e intrínseco. Com o selvagem que habita em nós.

Sobre o artista

Saulo Szabó – Rio de Janeiro, 1982

Vive e trabalha em São Paulo. Formado em arquitetura e urbanismo (Fundação Armando Álvares Penteado), atividade à qual também se dedica profissionalmente, Saulo Szabó constrói sua pesquisa artística buscando criar outros entendimentos sobre o entorno, especialmente a natureza. Suas séries transitam entre o desenho, a escultura e a pintura e nascem a partir da coleta de materiais e da produção da própria matéria-prima. É o caso dos pigmentos naturais.

Utilizando técnicas ancestrais de culturas originárias e que também remetem aos primórdios da arte, a feitura dos pigmentos é o ponto de partida de seus trabalhos e parte de um interesse pela diminuição do consumo de materiais industriais e os danos causados ao meio ambiente. Todo esse processo é parte fundamental de sua prática artística, que busca elaborar novas conexões entre o ser humano e o que está ao seu redor.

Sobre a Galeria Lume

A Galeria Lume foi fundada em 2011 com a proposta de fomentar o desenvolvimento de processos criativos contemporâneos ao lado de seus artistas e curadores convidados. Dirigida por Paulo Kassab Jr. e Victoria Zuffo, a Lume se dedica a romper fronteiras entre diferentes disciplinas e linguagens por meio de um modelo único e audacioso que reforça o papel de São Paulo como um hub cultural e cidade em franca efervescência criativa.

A galeria representa uma seleção de artistas estabelecidos e emergentes, dedicada à introdução da arte em todas as suas mídias, voltados para a audiência nacional e internacional por meio de um programa de exposições plural e associado a ideias que inspiram e impulsionam a discussão do espírito de época. Foca-se também no diálogo entre a produção de seus artistas e instituições, museus e coleções de relevância.

A presença ativa e orgânica da galeria no circuito resulta na difusão de suas propostas entre as mais importantes feiras de arte da atualidade, além de integrar e acompanhar também feiras alternativas. A galeria aposta na produção de publicações de seus artistas e realização de material para pesquisa e registro. Da mesma forma, a Lume se disponibiliza como espaço de reflexão e discussão. Recebe palestras, performances, seminários e apresentações artísticas de natureza diversa.

Projeto Alumiar

Alumiar: dar luz a, iluminar ou ficar iluminado; tornar(-se) claro. fazer surgir a luz de; acender.

Como o nome sugere, o Projeto Alumiar, desenvolvido pela Galeria Lume, tem o intuito de dar luz, acender, iluminar e deixar clara a pesquisa de artistas em início de carreira (até 10 anos de produção) que ainda não possuem representação e tampouco fizeram uma exposição individual na cidade de São Paulo.

Convidados a expor durante um mês no espaço anexo da Lume, os artistas têm a oportunidade de vivenciar a relação direta com curadores, artistas, galeristas e colecionadores do início ao fim do projeto. Além disso, a exposição sempre ocorrerá em paralelo à exposição de algum artista representado pela galeria, o que incentiva a troca e uma maior visibilidade dos trabalhos expostos.

Serviço:

Variações do corpo selvagem

Texto crítico: Ana Carolina Ralston

Local: Galeria Lume, espaço expositivo II

Abertura: 21 de outubro, sábado, das 11h às 17h

Período expositivo: 21 de outubro de 2023 a 25 de novembro de 2023

Horário de visitação: Segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 11h às 15h

Endereço: Rua Gumercindo Saraiva, 54 – Jardim Europa, São Paulo – SP

Entrada gratuita

Informações para o público: tel.: (55) 11 4883-0351

e-mail: contato@galerialume.com

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www.galerialume.com/.

(Fonte: Galeria Lume)