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Arte & Cultura

Campinas

Centro Cultural Casarão será palco do Festival Arreuní! 2024

por Kleber Patrício

O Festival Arreuní! 2024 trará músicos, cantadores e compositores ao Centro Cultural Casarão, em Barão Geraldo, Campinas (SP) para uma série de apresentações a partir de 5 de maio (domingo), às 15h, com entrada gratuita. A proposta é divulgar as diferentes vertentes da música tradicional brasileira, reunindo artistas de culturas distintas para compartilhar a diversidade e […]

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SESC Pompeia apresenta exposição “Flávio de Carvalho Experimental”

São Paulo, por Kleber Patricio

New Look (Experiência n.3), um traje de duas peças idealizado para o homem tropical que consistia de um blusão e uma saia plissada. Foto: divulgação.

Como parte do programa “Diversos 22 – Projetos, Memórias, Conexões”, realizado pelo SESC São Paulo ao longo do ano em celebração ao Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 e ao Bicentenário da Independência do Brasil (1822), será inaugurada no SESC Pompeia a exposição “Flávio de Carvalho Experimental”, com curadoria de Kiki Mazzuchelli e curadoria adjunta de Pollyana Quintella.

“Com a licença que as manobras de Flávio de Carvalho permitem arriscar, é possível conjeturar que parte importante da ação cultural realizada pelo SESC, hoje, já se encontrava, em alguma medida, encarnada no corpo-fazer-obra desse polímata das artes. Como também o comprovam os artistas contemporâneos presentes nessa exposição, seu legado experimental encontra-se vivo e, mais que isso, transubstanciado em produções e instituições artísticas atuais”, destaca Danilo Santos de Miranda, diretor do SESC São Paulo.

“Bailado”. Foto: Jennifer Glass.

Realizada em razão das reflexões acerca de ambas as efemérides de 22, a mostra revisita a produção de Flávio de Carvalho e traz um panorama das suas importantes contribuições no período de transição entre as vanguardas do início do século XX e sua relação com o experimentalismo radical da década de 1960, tais como a Tropicália, Cinema Novo e o Concretismo. “Com sua obra, somos levados a considerar como as manifestações modernas no Brasil foram fundamentalmente atravessadas por contradições entre modernidade sociocultural e a modernização econômica, bem como por elementos antagônicos, como o profano e o religioso, o artesanal e o tecnológico, o rural e o urbano, elite e ‘povo’, instituições liberais e hábitos autoritários, democracia e ditadura”, afirmam as curadoras.

Dividida em quatro núcleos – Arquitetura, Teatro, Experiências (que exploraram aspectos relativos à performance, moda e religiosidade) e Retratos –, a mostra traz documentações e 52 obras históricas de Flávio de Carvalho, concebidas de 1930 a 1973, além de contar com 18 trabalhos de dez artistas e dois coletivos cuja produção emergiu já no século XXI. Para construir esse diálogo entre o passado e o presente estão: arquivo mangue | camila mota y cafira zoé, Ana Mazzei; Antônio Tarsis; Cibelle Cavalli Bastos; Cristiano Lenhardt; Crochê de Vilão; Engel Leonardo; Guerreiro do Divino Amor; Maxwell Alexandre; Panmela Castro; Pedro França; e Teatro Oficina.

Retrato de José Geraldo Vieira com barra de cor. Foto: divulgação.

“Tais artistas não apenas apontam desdobramentos contemporâneos de aspectos importantes da obra de Flávio, como também, em alguns casos, manifestam contradições e fragilidades expressas na obra deste artista, à luz das discussões do presente e da necessidade de compreender as falhas e limites que compõem a narrativa hegemônica em torno do modernismo brasileiro”, ponderam as curadoras.

Segundo Mazzuchelli e Quintella ainda, a exposição, ao tomar como ponto de partida o caráter experimental de Flávio de Carvalho e suas reverberações no presente, propõe uma abordagem inovadora de sua obra que se pauta pelas ideias (e não pelas categorias de atuação) que o artista desenvolveu em sua trajetória e que cumpriram um papel fundamental na expansão dos limites daquilo que é considerado arte. “A mostra busca oferecer uma visão mais aprofundada da contribuição fundamental de Flávio de Carvalho no período de transição entre as vanguardas do início do século e o experimentalismo radical da década de 1960, bem como mostrar a atualidade de questões levantadas por sua obra nos dias de hoje”, completam.

Flavio de Carvalho (Amparo da Barra Mansa RJ 1899 – Valinhos SP 1973)

Pintor, cenógrafo, escritor, teatrólogo e um dos um dos pioneiros da arquitetura moderna no país, já em 1931 realizou sua primeira intervenção no espaço público, o que hoje se convencionou a chamar de performance, na qual caminhou contra o fluxo de uma procissão de Corpus Christi nas ruas do centro de São Paulo (Experiência n.2,). Dois anos mais tarde, escreveu e dirigiu a peça “O Bailado do Deus Morto”, assegurando seu lugar como um dos precursores do teatro moderno brasileiro. Sua primeira exposição aconteceu em 1934 e incluiu uma vasta seleção de pinturas, desenhos e esculturas influenciados por tendências expressionistas e surrealistas. Flávio cumpriu, ainda, um papel importante como animador cultural na década de 1930 por meio dos inúmeros artigos e entrevistas que publicou em jornais e revistas, bem como pela organização de uma série de exposições e conferências que contaram com a participação de convidados locais e internacionais num momento em que o circuito artístico da cidade de São Paulo ainda era bastante provinciano. Pensador ávido e interessado nos campos da etnologia e da psicanálise, apresentou suas teorias pouco ortodoxas em congressos acadêmicos na Europa, América do Sul e Estados Unidos. Em 1956, quase aos 60 anos de idade, lançou publicamente seu “New Look” (Experiência n.3), um traje de duas peças idealizado para o homem tropical que consistia de um blusão e uma saia plissada.  Embora Flávio de Carvalho tenha conquistado reconhecimento por setores da crítica ao longo de sua carreira – sobretudo pela produção em meios mais tradicionais –, suas proposições de caráter mais radical e experimental continuam sendo apresentadas como episódios isolados dentro da historiografia da arte brasileira.

Sobre as curadoras

Kiki Mazzucchelli (São Paulo, 1972) atua desde o início da década de 2000 como curadora. Nos últimos cinco anos, sua pesquisa tem se voltado à ampliação e ao aprofundamento das narrativas historiográficas da arte. É autora e editora de inúmeras publicações com foco em artistas da América Latina. Recentemente organizou as monografias de Tonico Lemos Auad (Koenig, 2018) e Marcelo Cidade (Cobogó, 2016). É co-fundadora do espaço independente Kupfer (Londres, 2017) e da residência para artistas brasileiros na Gasworks (Londres, 2017). Desde o início de 2022, é diretora artística da Galeria Luisa Strina.

Pollyana Quintella (Rio de Janeiro, 1992) é pesquisadora, crítica cultural e curadora da Pinacoteca de São Paulo. Graduada em História da Arte pela EBA-UFRJ (2015), é mestre pelo PPGAV-UERJ (2018) com pesquisa sobre o crítico Mário Pedrosa e doutoranda pelo PPGHA-UERJ. Foi colaboradora do Museu de Arte do Rio (MAR) na área de pesquisa e curadoria entre 2018 e 2020. Escreve para diversos periódicos culturais e leciona História da Arte Brasileira.

Serviço:

Flávio de Carvalho Experimental

De 31 de agosto de 2022, às 10h, a 29 de janeiro de 2023

Terça a sexta, das 10h às 21h

Sábado, domingo e feriados, das 10h às 18h

Local: Galpão

Grátis

Livre

SESC Pompeia – Rua Clélia, 93 – Pompeia – São Paulo/SP

Local não dispõe de estacionamento próprio.

Protocolos de segurança | O uso da máscara, cobrindo boca e nariz, é recomendado. Se você apresentar os sintomas relacionados à Covid-19, procure o serviço de saúde e permaneça em isolamento social.

Para informações sobre outras programações, acesse o portal: SESCsp.org.br/pompeia

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(Fonte: Pool de Comunicação)

Taxação de bebidas açucaradas e regulação da publicidade podem diminuir os impactos do consumo de alimentos ultraprocessados

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: James Yarema/Unsplash.

A última edição da revista científica The British Medical Journal, uma das mais influentes na área da saúde, acrescenta importantes contribuições sobre o impacto dos alimentos ultraprocessados na saúde pública de vários países. Carlos A. Monteiro, pesquisador do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP), e Geoffrey Cannon, pesquisador sênior da mesma instituição, escreveram o editorial que abre a nova edição do periódico, que será publicada no dia 31 de agosto.

Os pesquisadores começam o editorial definindo que os alimentos ultraprocessados, pertencentes ao grupo quatro da classificação NOVA, são formulações industriais obtidas a partir da desconstrução de alimentos integrais que os transformam em componentes químicos, alterando e recombinando-os com aditivos. O resultado desse processo é o surgimento de produtos que aparecem como alternativas para alimentos frescos minimamente processados e refeições preparadas na hora.

“Não raro, esses alimentos têm como ingredientes aditivos cosméticos, que dão cor, sabor, aroma e textura, mimetizando alimentos in natura. Um exemplo é o biscoito recheado de morango, com cor, sabor e aroma próximos aos do morango, mas sem a presença da fruta na composição”, explica o pesquisador Monteiro.

Inclusive, as mudanças de rótulos dos produtos nas prateleiras dos supermercados já são percebidos pela população. Segundo a reportagem da BBC, existem diversos relatos de alimentos que empobreceram a fórmula e a qualidade nutricional em razão da crise econômica, situação confirmada por Monteiro. “O leite condensado é um exemplo. O leite subiu quase 80% apenas neste ano, o que tornou seus derivados muito mais caros. Quando a indústria passa a oferecer a “mistura láctea”, o leite é, em parte, substituído por ingredientes como soro de leite e amido, e pode ganhar aroma artificial de leite condensado – ou seja, temos um alimento ultraprocessado”, informa o pesquisador.

Dessa forma, os estudos na área de epidemiologia nutricional têm aumentado nas últimas décadas. A nova edição da revista The British Medical Journal traz uma descoberta importante: os pesquisadores concluíram a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e a ocorrência do câncer colorretal. “Hoje, temos um conjunto robusto de evidências científicas que mostram a associação do consumo de alimentos ultraprocessados com maiores riscos de desenvolvimento de quadros de obesidade, sobrepeso, diabetes, hipertensão e dislipidemias”, explica o autor do editorial.

Diante desse cenário, Monteiro afirma que existem alternativas que podem ser feitas para atenuar os impactos dos alimentos ultraprocessados na saúde dos brasileiros, como a iniciativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que, em outubro, aprovará uma nova rotulagem de alimentos a fim de auxiliar a população a reconhecer alimentos com excesso de açúcares, sódio e gordura saturada. “Outras ideias seriam a taxação de bebidas açucaradas (como sucos de caixinha e refrigerantes) e a regulação da publicidade de ultraprocessados (principalmente aquela destinada ao público infantil)”, conclui Monteiro.

Um projeto de lei (PL 239/22) dispõe sobre a regulamentação da publicidade de alimentos com altos teores de açúcar e ultraprocessados. Segundo a Câmara dos Deputados, “o texto proíbe que a propaganda sugira o consumo imoderado de alimentos ultraprocessados com grande quantidade de açúcar ou atribua a eles benefícios à saúde, ao crescimento ou ao desenvolvimento de crianças e adolescentes”. O projeto aguarda parecer da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.

(Fonte: Agência Bori)

Projeto pioneiro que vai analisar impacto do CO2 atmosférico na Amazônia inicia testes

Amazônia, por Kleber Patricio

Foto: João M. Rosa.

Começou na última sexta-feira (26) a primeira fase de testes do AmazonFACE, projeto que irá simular um aumento na emissão de gás carbônico (CO2) em 50% na composição atmosférica atual para medir os impactos causados por essa mudança climática na floresta amazônica. Isso será feito por meio de “torres de CO2” — e a primeira delas, construída em Campinas (90 km da capital paulista), acabou de ser concluída.

A proposta é entender como o aumento de CO2 atmosférico pode afetar a resiliência da floresta amazônica e a biodiversidade que ela abriga. Trata-se tanto de avaliar a contribuição da Amazônia para o clima global (por meio da regulação da ciclagem de carbono e da água para a produção de chuvas), mas também de verificar se a floresta amazônica terá a capacidade de se manter no futuro. “É o primeiro experimento desse tipo em qualquer floresta tropical do mundo”, explica David Lapola, um dos coordenadores do projeto e pesquisador do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp.

Nesta primeira fase, o experimento contará com 32 torres de CO2 a serem instaladas na floresta — como a que acaba de ser testada em Campinas — de 35 metros de altura, 2m x 2m de base e peso estimado em 1,6 tonelada de alumínio. A altura é equivalente a um prédio de dez andares, suficiente para ultrapassar a copa das árvores da floresta Amazônica. As torres serão distribuídas em dois anéis com 30 m de diâmetro, cada anel com 16 torres.

Cada torre de CO2 injetará diariamente cerca de três toneladas de CO2 no interior das parcelas experimentais, expondo a vegetação a uma concentração atmosférica de CO2 cerca de 50% acima da concentração atmosférica atual de gás carbônico. Como explica Carlos Alberto Quesada, pesquisador do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) e também coordenador do AmazonFACE, um único voo internacional de longa distância, ida e volta, num avião de grande porte, emite o equivalente à emissão de CO2 que será emitido pelo AmazonFACE durante um ano do experimento.

Após a conclusão da produção e montagem da primeira torre de CO2, começam os testes da tecnologia FACE (Free-Air Co2 Enrichment, na sigla em inglês).  A expectativa é de que até o final de 2022 as 32 torres estejam concluídas e que se dê início à instalação na reserva florestal de pesquisa do INPA, em Manaus (AM). Com a conclusão da instalação das torres de CO2, o experimento poderá ser iniciado.

Os coordenadores do AmazonFACE explicam que o CO2 liberado para a execução da pesquisa no meio da floresta, bem como em todas as etapas de produção das torres, será compensado na forma de reflorestamento.

O AmazonFACE é um programa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), executado sob a coordenação institucional do INPA e da Unicamp e com cooperação internacional. Em 2021, o programa recebeu o financiamento de 2,25 milhões de libras (cerca de R$17 milhões) do governo britânico por meio do Met Office, o Serviço Nacional de Meteorologia do Reino Unido, e o repasse será feito através de um acordo com o INPA e a Unicamp, com possibilidade de novos aportes anuais. O projeto conta também com o investimento de R$32 milhões de Ação Transversal do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). De acordo com o Secretário do MCTI, a assinatura do acordo para o financiamento da próxima etapa do projeto deve ocorrer ainda em agosto.

(Fonte: Agência Bori)

Caos On Canvas monta exposição interativa com 18 instalações na Casa da Rosas

São Paulo, por Kleber Patricio

Obra de Gilberto Salvador.

Celebrando dez anos da sua primeira edição, o projeto Caos On Canvas retorna ao circuito – agora, ainda mais potente e diverso. Com edições anteriores ligadas às temáticas do surf e skate, Didu Losso, idealizador do projeto, elegeu o Meio Ambiente e as Cidades como fio condutor para as intervenções sob fotografias. A exposição fica aberta ao público de 1º a 30 de setembro no jardim da Casa das Rosas (SP) com entrada gratuita e depois segue viagem para o interior do estado.

Dezoito artistas brasileiros e estrangeiros, sob curadoria de Didu Losso e Sergio Scaff, foram convidados para a empreitada de produzirem arte sobre fotografias impressas em telas, captadas pelo renomado fotógrafo Lucas Lenci. As imagens, como um conjunto, passeiam por paisagens que propõem lugares de encontro entre o meio ambiente e as cidades no Brasil e mundo afora.

Sobre as imagens, bordados, acrílico, spray, plástico e muita tinta carregam ainda mais as cenas de sentido e convidam o espectador a refletir sobre os caminhos possíveis de convivência entre os dois meios – natural e inorgânico. Uma camada de realidade aumentada permite ainda que, direcionando a câmera do celular para a obra, o visitante possa ver a fotografia original, antes das intervenções.

Obra de Fernanda Eva.

A montagem ganha peso extra pelo projeto expográfico, que evolui o conceito da exposição, anteriormente de pintura sobre fotografia, para um novo momento, com uma grande instalação, composta por 18 fotografias expostas dentro de esculturas de metal que se assemelham a mini containers, juntamente com quatro painéis inspirados também em portas de containers. À base de metais, os materiais ajudam a compor a percepção de contraponto entre o orgânico e industrial, ao mesmo tempo em que circundam sem interferir na percepção das obras. “Caos On Canvas traz no cerne as premissas de ser coletivo, instigante e radical. O que antes era por meio dos esportes, agora aprofundamos o diálogo para jogar luz no tema das cidades e suas interferências no meio ambiente”, explica Didu Losso, idealizador, curador e também um dos artistas do projeto. “Dentro disso, nada mais natural que o time de artistas convidados também seja diverso, de variados suportes e linguagens, de diferentes lugares do globo, incluindo um coletivo de artistas com deficiência visual da Associação Laramara”, detalha.

São eles: Guto Lacaz, Gilberto Salvador, California Locos (Coletivo Californiano: John Van Hamersveld, Dave Tourjé e Nano Nobrega), Sandra Lapage, Tommy D Los Angeles, Soberana Ziza, Alessandra Rehder, Anna Guilhermina Baglioni, Fabio Haben, Paulo Pitombo & Ricardo Agapê (Coletivo Laramara), Felipe Innocente, Fernanda Eva, Karl Limbeck, Neno Ramos, Sandra Lapage, Skinny Dog, Tché Ruggi e William Baglione.

Itinerância

Após um mês de exposição na Casa das Rosas, a mostra segue para uma temporada de itinerância pelo interior de São Paulo.

Por fim, o cineasta Antônio Frugiuele comanda um documentário com imagens e entrevistas sobre o processo de criação, produção, exibição e viagens do projeto, que será lançado no final dessa turnê para fechar o projeto na cidade de São Paulo.

Histórico

Inspirada na teoria do caos e no álbum “Chaos A.D.”, do Sepultura, que introduziram no cenário heavy metal inovações sonoras e estéticas, em 2011, Didu Losso criou o projeto Caos on Canvas, que é muito mais que uma exposição de arte uma vez que também promove ações sociais como a criação do “Beco da Fepa” em Jundiaí em 2019, uma iniciativa de revitalização da entrada da comunidade Fepasa juntamente com o Supermercado Tauste, Prefeitura e SESC da cidade.

A ideia da mostra é provocar artistas a criarem obras em fotografias impressas em canvas, ou seja, com a base de uma tela já iniciada, buscando misturar linguagens – artes plásticas e fotografia – e artistas de diversos estilos, especialmente buscando trazer para as telas a arte não usual a este suporte, como de grafiteiros, estilistas e tatuadores.

As duas primeiras edições tiveram a temática de esportes radicais; a primeira, em 2012, o skate, e em 2016 o surfe, ambas com fotografias dos maiores nomes do esporte retratados, como Gabriel Medina, Bob Burnquist, Christian Hosoi, Adriano de Sousa e Tony Alva, entre outros, e grandes nomes da arte, como o mestre da pintura japonesa Kaoru Ito, o lendário tatuador Maurício Teodoro, o artista visual e líder da banda Rancid Tim Armstrong, um dos mais conceituados artistas de bordado dos Estados Unidos, Tul Jutargate, e os artistas com deficiência visual da Associação Laramara, entre outros.

Serviço:

Caos on Canvas

1º a 30 de setembro, jardim da Casa das Rosas (São Paulo)

Endereço: Av. Paulista, 37 – Bela Vista, São Paulo – SP

Informações Casa das Rosas: (11) 3673-1883

Horário: segunda a domingo, das 7h às 22h

Entrada gratuita.

(Fonte: Agência Prioriza)

Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí recebe maestrina Wassi Carneiro e pianista Mariana Virgilli

Tatuí, por Kleber Patricio

Foto: Arquivo/Conservatório de Tatuí.

A Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí receberá na próxima quarta-feira, 31 de agosto, a maestrina Wassi Carneiro e a pianista Mariana Virgilli para um concerto no Teatro Procópio Ferreira, às 20h30. O programa terá obras de Edgar Girtain, Clara Weick Schumann e a 5ª Sinfonia de Beethoven. A entrada é gratuita e os ingressos já podem ser retirados pela plataforma virtual INTI ou pessoalmente, na bilheteria do teatro, aberta de terça à sexta-feira, das 13h às 16h e das 17h às 20h.

O público poderá contemplar a obra “Cuatro Postres” (“Quatro Sobremesas”, em português), do compositor norte-americano e radicado no Chile Edgar Girtain, com a regência da maestrina Wassi Carneiro. Como explica o musicólogo Giovanni Baldini, a obra traz peças que representam quatro saborosas guloseimas. “Torta de tres leches” é um “animato” burbulhante construído em um ritmo de ¾. “Waffle with Ice cream” um “moderato” mais triunfante e orgulhoso (e com um uso sofisticado dos sopros), “Créme Brûlée” um delicioso e delicado trabalho de contraponto que nunca perde agilidade e sinuosidade e “Apple Pie à la mode” um digno “finale”, sempre inspirado no ritmo das danças populares, que conclui uma obra fresca, leve e saborosa.

Na sequência, o programa traz “Concerto para piano Op. 7 em lá menor”, com solo de piano de Mariana Virgilli. A obra foi composta por Clara Wieck quando esta tinha, então, apenas 13 anos de idade. “É um impressionante exemplo de como a fresca inspiração pode juntar-se com uma escrita absolutamente madura, e mesmo que a influência de Chopin é muito clara, o ouvinte pode mergulhar em um fluxo melódico sem ter que perdoar alguma imaturidade (que poderia até ser compreensível por uma artista ainda adolescente). Essa obra é já preenchida daquele romantismo livre das rígidas estruturas clássicas e o terno diálogo com o violoncelo no segundo movimento é arrepiante. O ‘Finale’, uma homenagem ao virtuosismo de Chopin, que ao contrário daquele de Liszt, fica sempre expressão de uma musicalidade autêntica e nunca espetacular”, destaca Giovanni Baldini.

O repertório finaliza com uma das mais famosas e tocadas obras de Ludwig van Beethoven: a “Sinfonia nº 5 em dó menor op. 67”, sob regência de Emmanuele Baldini. “Os quatro movimentos dessa Sinfonia podem ser vistos como uma grande viagem que, a partir da batalha interior (primeiro movimento), passando pela serenidade pacifica (segundo movimento), parte a pouco a pouco para um impulso convencido (terceiro movimento) antes de decolar (quarto movimento) em direção do triunfo moral de quem soube ultrapassar as dificuldades e os obstáculos da existência, o que torna ainda mais ‘humana’ essa Quinta Sinfonia”, acrescenta Giovanni.

A Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí foi criada em 1985 e tem cerca de 60 integrantes. Tem como objetivo propiciar aos(às) bolsistas uma ampla experiência do repertório sinfônico e uma antevisão de um possível ambiente de trabalho. Já recebeu regentes convidados consagrados, como Roberto Tibiriçá e Gottfried Engels. Também convidou solistas renomados, como Alex Klein, Fabio Cury, Rosana Lamosa e Emmanuele Baldini, entre muitos outros.

Seu coordenador e regente titular, Emmanuele Baldini, é Spalla da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, regente titular da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí e membro do Quarteto de Cordas Osesp. Nascido em Trieste, Itália, iniciou os estudos de violino com Bruno Polli. Aperfeiçoou-se na classe de virtuosidade de Corrado Romano em Genebra, com Ruggiero Ricci em Berlim e Salzburgo e, em música de câmara, com o Trio de Trieste e com Franco Rossi, violoncelista do Quartetto Italiano. Recebeu o Prêmio de Melhor Instrumentista da Associação Paulista dos Críticos de Arte – APCA (2017) e foi agraciado pelo Governo do Estado de São Paulo com a Medalha Tarsila do Amaral por seus méritos artísticos (2021). Venceu o primeiro concurso internacional aos 12 anos e, mais tarde, o Virtuositè de Genebra e o primeiro Prêmio do Fórum Junger Künstler de Viena. Apresentou-se em recitais nas principais cidades italianas e europeias e participou de longas turnês pela América do Sul, Estados Unidos, Europa, Austrália e Japão. Tem gravados mais de 40 CDs, entre outras importantes atuações.

Serviço:

Concerto da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí

Regente convidada: Wassi Carneiro

Pianista convidada: Mariana Virgilli

Coordenação e regência: Emmanuele Baldini

Data: 31 de agosto, quarta-feira

Horário: 20h30

Local: Teatro Procópio Ferreira

Rua São Bento, 415, Centro, Tatuí-SP

Entrada gratuita.

(Fonte: Máquina Cohn & Wolfe)