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10 destinos para curtir o verão perto de São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

Ubatuba. Fotos: divulgação.

Para você que procura por opções para curtir as férias de verão com a família ou amigos perto de São Paulo, separamos aqui uma lista de cidades para visitar. São destinos próximos e fáceis de chegar de carro. Não tem um? Sem problemas. As dicas são da Turbi, empresa 100% digital para locação e assinatura de veículos que oferece veículos de diferentes categorias em planos de aluguel a partir de uma hora e assinaturas a partir de um mês. Confira as opções:

1 – Ubatuba (220km da capital paulista)

Ubatuba atrai turistas pelas suas praias paradisíacas e águas cristalinas. São inúmeras opções de praias – algumas mais reservadas, com acesso limitado a barcos e trilhas complexas. Na cidade, há bons restaurantes com diversas opções de peixes, frutos do mar e também estabelecimentos especializados em comida italiana.

2 – Socorro (130km da capital paulista)

Socorro.

A cidade faz parte do Circuito das Águas Paulista e é perfeita para quem gosta de aventuras. Com foco no ecoturismo, a cidade possui diversas opções de trilhas, raftings, cachoeiras, circuitos de arvorismo e passeios a cavalo e quadriciclo. Além disso, a cidade tem ótimas opções de restaurantes e lojas de artesanato em seu centro histórico. A nossa dica é visitar a Gruta do Anjo.

3 – Boituva (116km da capital paulista)

Conhecida por oferecer opções de balonismo e paraquedismo, Boituva é uma opção interessante para quem procura uma experiência diferente e emocionante. Para curtir toda a cidade, vale a pena conhecer também o Museu Tropeiro e o Parque Egídio Labronici.

4 – Serra Negra (152 km da capital paulista)

A região desponta como uma opção irresistível para os amantes de paisagens montanhosas. A cidade interiorana é conhecida por suas águas medicinais e, ao redor, parques com fontes onde os visitantes podem beber gratuitamente da água mineral.  A cidade também se destaca pelas opções de compras em suas lojas locais e pela variedade de restaurantes de alta qualidade. Seja em hotéis ou pousadas, Serra Negra oferece uma ampla variedade de opções para atender a todos os gostos e orçamentos.

5 – Brotas (250km da capital paulista)

Mais uma opção de ecoturismo, Brotas é atrai pelas trilhas e cachoeiras, com rafting e atividades ao ar livre. Além disso, é parada obrigatória a Areia que Canta, uma nascente formada por águas cristalinas e areias finas.

6 – São Roque (65km da capital paulista)

Esse é um destino muito escolhido por casais e amantes do vinho. O principal atrativo da cidade é a Estrada ou Rota do Vinho, que conta com restaurantes e passeios em vinícolas e adegas, em ambientes descontraídos.

7 – Juquehy – São Sebastião (160km da capital paulista)

Juquehy é uma das praias mais badaladas do litoral paulista. A beleza das praias se mistura com as ótimas opções de esportes e conta com muita infraestrutura para turistas. Uma das características de Juquehy são as praias extensas que oferecem trechos mais agitados e outros, de águas mais calmas, para curtir com a família.

8 – Embu das Artes (30km da capital paulista)

Você vai voltar com uma lembrancinha se visitar a Feira de Artesanato, que acontece todo domingo em Embu das Artes. A cidade é muito procurada para compras e tem muitas lojas e ateliês, mas também conta com muitas atrações culturais, arquitetônicas e gastronômicas que valem a pena, como a Viela das Lavadeiras, o Parque Lago Francisco Rizzo e o Museu de Arte Sacra dos Jesuítas.

9 – Paranapiacaba (48km da capital paulista)

Que tal um passeio de trem em um distrito de Santo André? Paranapiacaba é uma pequena cidade turística criada por imigrantes ingleses que vieram ao país para construir as ferrovias do estado de São Paulo. Com uma arquitetura única e boas opções gastronômicas, a cidade respira os tempos dos barões de café.

10 – Pedra Bela (120km da capital paulista)

Com menos de 10 mil habitantes, o município de Pedra Bela é opção para quem quer curtir bem próximo da natureza. São diversas opções de cachoeira, como a Boca da Mata e a Antônio Souza, além de outras opções na montanha que envolvem escalada e uma tirolesa de 2km de extensão. Vale a pena visitar também o santuário de Nossa Senhora Aparecida e o templo budista Zengetsuzan Taikanji.

Sobre a Turbi | A Turbi é uma empresa de tecnologia de locação de veículos 100% digital que surgiu com o objetivo de facilitar e desburocratizar todo o processo de aluguel de carro, mudando o conceito que os usuários possuem com as locadoras tradicionais. Presente nas cidades de São Paulo, Guarulhos, Santo André, São Caetano, São Bernardo, Osasco, Barueri e Taboão da Serra, todos os estacionamentos com Turbi funcionam 24h por dia, durante os 7 dias da semana; assim, é possível que o usuário alugue ou devolva o veículo a qualquer hora do dia.

(Fonte: NR7 | Full Cycle Agency)

Historiador gaúcho lança livro sobre imigração alemã

São Paulo, por Kleber Patricio

Capa do livro.

De um lado o Brasil, que buscava o reestabelecimento político e formação da identidade nacional após a declaração formal de independência, em 1822; do outro, a Alemanha, abalada pelas guerras napoleônicas, que embora tivessem chegado ao fim, causaram destruição por todo o país. É nesse contexto que José Bonifácio, principal conselheiro de D. Pedro I, põe em prática o projeto de trazer imigrantes europeus para terras sul-americanas com a ajuda do agente Georg Anton von Schaeffer. Os detalhes deste processo imigratório, que completa 200 anos em 2024, são detalhados pelo historiador gaúcho Rodrigo Trespach na obra “1824”, publicada pela Citadel Grupo Editorial. Por meio de documentos, cartas, ofícios e uma vasta bibliografia, o pesquisador entrelaça a vida de líderes políticos, militares e visionários com a de artesãos, agricultores e camponeses que atravessaram o Oceano Atlântico em busca de novas e melhores condições de vida.

Dividido em 22 capítulos, o livro é um mergulho na imigração germânica no Primeiro Reinado – entre o período de 1822 e 1831. Durante nove anos, mais de cinco mil alemães desembarcaram no Faxinal do Courita, porção de terra próxima ao Rio dos Sinos, nos arredores de Porto Alegre. O pequeno povoado instalado no Rio Grande do Sul tornou-se exemplo de sucesso da política de colonização do governo imperial e, por dois séculos, os germânicos adaptaram os costumes europeus à cultura brasileira: hoje, o país soma mais de cinco milhões descendentes de alemães.

Os países de língua alemã na Europa, especialmente a Alemanha, continuaram deixando partir para a América do Sul o seu excedente populacional. Além do papel importante no desenvolvimento da agricultura e na produção industrial – as colônias teutas são exemplos ímpares do poder e da capacidade transformadora das ações comunitárias, como o cooperativismo, criado em Nova Petrópolis, no começo do século XX –, os alemães ajudaram a pintar o grande painel multicultural chamado Brasil.  (1824, p. 317)

Curiosidades como o surgimento da igreja protestante no país e a existência de um plano argentino para assassinar D. Pedro I, representado na capa do livro, complementam esta leitura mais que indicada a estudantes, professores e leitores em busca de informação e conhecimento sobre a colonização brasileira.

FICHA TÉCNICA

Título: 1824

Autor: Rodrigo Trespach

Editora: Citadel Grupo Editorial

ISBN: 978-6550472665

Dimensões: 15,5 x 2 x 23 cm

Páginas: 368

Preço: R$64,90

Onde comprar: Amazon.

Rodrigo Trespach. Foto: divulgação/acervo pessoal.

Sobre o autor | Rodrigo Trespach é historiador e escritor, autor de 17 livros; entre eles, “Grandes Guerras”, “A Revolução de 1930” e “Às margens do Ipiranga”, este pela Citadel Grupo Editorial. Tem como foco de pesquisas os séculos XVIII, XIX e XX. Além de membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGRGS), atua como colaborador da Genera, no Brasil, e do Institut für Geschichtliche Landeskunde (IGL), da Universidade de Mainz, na Alemanha. Redes sociais: Instagram | Facebook | Site.

Sobre a editora | Transformar a vida das pessoas – foi com esse conceito que o Citadel Grupo Editorial nasceu. Mudar, inovar e trazer mensagens que possam servir de inspiração para os leitores. A editora trabalha com escritores renomados como Napoleon Hill, Sharon Lechter e Clóvis de Barros Filho, entre outros. As obras propõem reflexões sobre atitudes que devem ser tomadas para quem quer ter uma vida bem-sucedida. Com essa ideia central, a Citadel busca aprimorar obras que tocam de alguma maneira o espírito do leitor. Redes sociais da editora: Site | Instagram | Facebook | YouTube.

(Fonte: LC Agência de Comunicação)

Férias no Sesc Pinheiros oferece programação para toda família

São Paulo, por Kleber Patricio

Espetáculo “Hamelete”, com Grupo Careta. Foto: Tamiris Ferreira.

Com a chegada das férias escolares, a oferta de passeios especiais para a família aumenta. Pensando nisso, o Sesc Pinheiros traz em dezembro uma programação diversa, que conta com vivências, montagens, oficinas, intervenções e passeios. O público pode vivenciar atividades voltadas ao meio ambiente, como uma estação musical e oficina para confecção de bonecos – ambas de materiais recicláveis. As crianças podem tomar parte da história do ioiô, customizando o próprio brinquedo, ou ainda fazer um pequeno livro com técnicas de colagem.

Os espetáculos infantis trazem temáticas diferentes desde a preservação da natureza, passando pelas fábulas de cordel até o teatro lambe-lambe estilo autêntico brasileiro.

Destaque especial para o passeio turístico parte do projeto faz parte do Oba! Férias!, do Sesc SP. Neste roteiro, será possível conhecer o Sítio Olho d’Água, no município de Mogi das Cruzes.

Acompanhe a programação:

Passeio | Brincando com os 4 Elementos: Sítio Olho d’Água (Mogi das Cruzes – SP) – Visita ao Sítio Olho d’Água, que aplica o conceito de sustentabilidade integral: um conjunto de práticas e ações que garantem a coexistência sadia e permanente dos seres humanos com a natureza. Parte do Oba! Férias! Dia 20/1. Sábado, 7h. R$60 / R$40. Inscrições de 6 a 11/12. Todas as idades.

Espetáculo | Hamelete: O Cordel – Releitura da mais famosa peça shakespeareana na estrutura do cordel, proporcionando uma experiência mais divertida. Com Grupo Careta. 60 min. Dias 16 e 17/12. Sábado e domingo, 16h. Grátis.

Teatro Lambe Lambe: Fases da Vida | Três pequenos espetáculos em formato de teatro de lambe-lambe, apresentados individualmente, trazem as peças “A Bailarina”, “A Arte de Ser Feliz” e “A espera”. Com Cia. Fuxico de Teatro. 120 min. De 21 a 30/12. Quinta a sábado, 16h. Grátis.

Modelando e Plantando Ideias | Criação de suportes para vasinhos de planta em cerâmica fria com temática livre para toda a família. Com Dolls Imaginarium. A partir dos 7 anos. Dias 19 e 20/12. Terça e quarta, 15h às 17h. Grátis | Inscrições 30 minutos antes.

Fantoches de Meia | Confecção de fantoches com materiais reaproveitados. Com Dolls Imaginarium. A partir dos 7 anos. Dias 21 e 22/12. Quinta e sexta, 15h às 17h. Grátis | Inscrições 30 minutos antes.

Teias do Imaginar | Atividade embalada por cantigas como “Dona Aranha” e “Velha Fiar”, em que caixas surpresas, fios, teias, linhas, tramas e uma série de materiais fazem circuitos no cérebro impulsionando a criação. Com Coletivo Regar. Até 6 anos. De 19 a 30/12. Terças a sábados, 14h às 16h. Grátis.

Intervenção – Jogos Cooperativos e de Precisão | Experimentação de jogos de precisão pouco conhecidos, como o Cornhole e o Bulzibucket, além de jogos cooperativos com bolas gigantes. Com Tribo Tekokatu. Todas as idades. De 19 a 30/12. Terças e quartas, 14h às 17h. Sábados, 12h às 14h. Grátis.

Sesc Pinheiros: Rua Pais Leme, 195 – Pinheiros, São Paulo – SP – Tel.: (11) 3095-9400.

(Fonte: Assessoria de Imprensa Sesc Pinheiros)

Cientistas descobrem nova espécie de anfíbio e a batizam com homenagem à capoeira

Santa Cruz, por Kleber Patricio

Phyllodytes iuna é uma pererequinha-de-bromélia. Foto: Marcos Vila Nova.

Pesquisadores do Laboratório de Herpetologia Tropical da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) descobriram uma nova espécie de pererequinha-de-bromélia no Sul da Bahia, mais precisamente na Estação Ecológica Wenceslau Guimarães, e a batizaram de Phyllodytes iuna. O nome da espécie (iuna) presta homenagem à capoeira. Na roda de capoeira regional, o toque de “Iúna” é executado para a formatura de alunos graduados ou é reservado para o jogo de professores e mestres. Com essa homenagem, os autores celebram o rico legado afro-brasileiro deixado pelos mestres da capoeira na resistência, consolidação e perpetuação desta arte marcial.

Essa é a quinta espécie do grupo Phyllodytes que a equipe de pesquisadores do Departamento de Ciências Biológicas (DCB) da UESC descreve ao longo de dez anos de pesquisa de campo. Um dos cientistas, o professor Iuri Ribeiro Dias, é o capoeirista da equipe e justifica: “Faço capoeira desde criança e sempre tive vontade de homenagear essa expressão cultural afro-brasileira em alguma das espécies que encontramos aqui no Sul da Bahia”.

Historicamente, novas espécies de anfíbios eram coletadas por pesquisadores dos grandes centros de pesquisa do sudeste do Brasil, como o Museu Nacional ou o Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. No entanto, quando esses cientistas se aventuravam pelas matas da Bahia, costumavam coletar anfíbios nos lugares onde eles esperavam encontrar muitas espécies, ou seja, em brejos e poças. Isso fez com que um grupo de pererequinhas, que ao invés de se reproduzir em poças, passam toda a vida em bromélias, fosse raramente documentado nessas expedições.

“As pererequinhas-de-bromélia são animaizinhos espetaculares”, comenta o professor Mirco Solé, do DCB da UESC. “Elas passam todo o seu ciclo de vida em bromélias. Lá elas depositam ovos, nascem e crescem os girinos e depois cantam os adultos. Os girinos de algumas espécies de pererequinhas-de-bromélia prestam um serviço ecossistêmico importante: eles se alimentam de larvas de mosquito que são potenciais transmissores de doenças como dengue, zika e chikungunya. Protegendo as pererequinhas-de-bromélias estaremos também protegendo a nossa própria saúde”, completa.

Os girinos de algumas espécies de pererequinhas-de-bromélia se alimentam de larvas de mosquito que são potenciais transmissores de doenças. Foto: Rafael Abreu.

A Phyllodytes iuna é a décima sexta espécie do gênero Phyllodytes no Brasil e a sétima endêmica da Bahia. Os primeiros indivíduos foram registrados em 2015, mas sua descrição formal só foi possível após o encontro de exemplares adicionais em 2018. “Apesar dos esforços de coleta em diversas localidades na Mata Atlântica do Sul da Bahia, a espécie ainda não foi registrada em nenhum outro local além da Estação Ecológica de Wenceslau Guimarães”, revela Laisa Santos, membro da equipe e doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Zoologia da UESC.

Embora a equipe do Laboratório de Herpetologia Tropical já conheça a maioria dos cantos dessas espécies no Sul da Bahia, ainda há muito trabalho a ser feito. “Estimamos que, apenas nessa região, ainda temos mais cinco espécies novas de pererequinhas-de-bromélias para descrever”, destaca o professor Iuri.

A pesquisa, que contou com auxílio financeiro do Programa PROTAX do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, culminou em um artigo publicado na Zootaxa, revista especializada na descrição de espécies novas para a ciência. Leia aqui o artigo na íntegra.

(Fonte: Elas Tecem Comunicação)

Os perigos da resistência aos antibióticos: uma pandemia silenciosa

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Bactéria Escherichia coli. Foto: CDC/Unsplash.

Por Gabriel Taddeucci Rocha, Raquel Regina Bonelli e Wellington Felipe Costa — A Semana Mundial de Conscientização da Resistência aos Antimicrobianos, realizada em novembro pela Organização Mundial da Saúde e instituições de saúde animal, meio ambiente e alimentos, chamou a atenção da sociedade para este problema de saúde pública. Segundo estimativas de artigo publicado recentemente na revista científica The Lancet, 4,95 milhões de mortes foram associadas à resistência aos antimicrobianos somente em 2019, com 1,27 milhões podendo ser diretamente atribuídas a ela. Esses dados revelam a extensão do problema, que afeta países de todos os níveis de desenvolvimento, caracterizando a resistência aos antimicrobianos como uma pandemia silenciosa.

De fato, hoje não é raro que infecções hospitalares sejam causadas pelas chamadas “superbactérias”, capazes de resistir a todos ou quase todos os antibióticos que já foram eficazes contra elas. Mas pesquisas científicas já evidenciam a ocorrência de bactérias resistentes em indivíduos saudáveis e até em animais silvestres, além da presença em alimentos e águas contaminadas por esgotos ou dejetos humanos.

A resistência aos antimicrobianos amplificada nos hospitais é um fenômeno conhecido; no entanto, é importante destacar que o uso de antimicrobianos na comunidade – em humanos, animais domésticos e de produção – também exerce pressão seletiva para a evolução da resistência. Resíduos de antimicrobianos presentes no ambiente, resultantes de descarte inadequado ou eliminação ativa após tratamentos, podem ter o mesmo impacto no meio.

A evolução da resistência ocorre ao acaso, por seleção de bactérias capazes de sobreviver, mutações acionadas sob stress ou aquisição de genes de outra bactéria. Esses são processos naturais amplificados pela ação humana; no entanto, a medicina moderna não pode abrir mão dos antibióticos. Assim, é importante que medidas sejam tomadas para preservar a eficácia destes medicamentos.

As medidas mais elementares são aquelas que previnem infecções, como práticas de higiene, vacinas e o acesso à rede de esgoto e água potável. O uso de antibióticos, quando necessário, deve ocorrer apenas com prescrição médica, e restos de medicamentos, mesmo vencidos, devem ser descartados apenas em farmácias ou postos especializados. Na agropecuária, boas práticas de manejo diminuem a dependência de antimicrobianos na saúde animal. Para os dejetos hospitalares, são necessários sistemas eficientes para reduzir a carga de bactérias resistentes ou seus genes, evitando que estes persistam no ambiente. Além disso, é importante que haja um monitoramento da situação epidemiológica em cada hospital ou cidade orientando escolhas terapêuticas e medidas de contenção sempre que necessário.

A resistência aos antimicrobianos é um desafio global de saúde pública que requer ações locais e comprometimento individual, alertam os especialistas em saúde e ambiente.

Sobre os autores:

Gabriel Taddeucci Rocha é microbiologista e pesquisador em nível de doutorado na área de resistência a antimicrobianos em humanos no Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Raquel Regina Bonelli é doutora em Microbiologia Farmacêutica, professora no Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisadora na área de resistência a antimicrobianos em alimentos e produção agropecuária

Wellington Felipe Costa é biomédico, doutor em Microbiologia e pesquisador na área de resistência a antimicrobianos em matrizes aquáticas na UFRJ.

(Fonte: Agência Bori)