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Belizario Galeria exibe coletiva “Escrever outros Corpos – Criar outras Margens”

São Paulo, por Kleber Patricio

Obra de Marcelo Solá que faz parte da exposição. Foto: divulgação.

A Belizário Galeria exibe a coletiva “Escrever outros Corpos – Criar outras Margens”, com Estêvão Parreiras, Laura Gorski, Marcelo Solá, Raquel Nava, Stella Margarita e Sara Não Tem Nome + Juliana Franco, Rafael Abdala e Victor Galvão, composta por 32 trabalhos que “apresentam múltiplos desafios e fricções que visam interrogar o lugar do corpo”, define a curadora da mostra Bianca Dias.

De acordo com o conceito curatorial pelo qual optou Bianca Dias, os diversos trabalhos, com técnicas distintas suportes múltiplos, “visam investigar o corpo num movimento que vai desde a pulsação visual e onírica, passando pela dimensão da animalidade e do feminino. O corpo será pensado além de si, ocupando o espaço circundante e interagindo com outros corpos e os seus prolongamentos”.

Os desenhos de Estevão Parreiras, com traços exatos e formas estruturantes, transmitem sua forma de comunicação com o mundo, uma vez que para o artista, desenhar é como escrever. “O desenho é a maneira pela qual Estevão habita seu próprio corpo e o mundo. No universo de seus desenhos, as paisagens surgem estrangeiras e como emissárias de outro mundo, paradoxalmente impregnadas de uma realidade ambígua”, diz a curadora.

Marcelo Solá – Sem título, 2022. Técnica mista sobre papel.

Já nos traços de Laura Gorski, o corpo ocupa o centro do trabalho. “A partir de técnicas diversas com pigmentos, texturas e espessuras distintas, a artista inclui no seu trabalho a transfiguração do visível através da relação com a terra e seus frutos e ecos”, diz Bianca.

As obras de Marcelo Solá agrupam arquiteturas fantásticas e bichos que, através do desenho e da serigrafia, são aplicados numa sistemática sem fim. Animais e formas arquitetônicas muito singulares se embaralham e conduzem a espaços atemporais. Os trabalhos de Raquel Nava, compostos por objetos do cotidiano e partes de animais, dialogam com a pintura e se desdobram em experiências diversas, sinalizando o interesse por questões corpóreas e de natureza material. Já para Stella Margarita, sua pintura “se ancora numa tentativa de fuga às margens da representação, encontrando ritmo em plena queda. A dimensão do acontecimento surge nas entranhas do inconsciente e, por isso, fascina, encanta e causa certa perplexidade”, explica a curadora.

Stella Margaritta – “Antebraços”, 2018. Técnica mista 120 x 145 cm.

Fechando a seleção curatorial, um coletivo experimental entre quatro artistas – Juliana Franco, Rafael Abdala, Sara Não Tem Nome e Victor Galvão – criam a série de fotografias “Apneia”, onde na série de obras densas e monocromáticas possui um último registro imagético com uma sutil abertura para a ‘cor’, ainda que sutil, do mesmo corpo capturado em movimento suspenso.

“O diálogo que acontece nesta exposição se dá por vibração e contágio. Em uma zona fronteiriça – um espaço tão visível quanto invisível – o conjunto de obras forja um corpo que produz devires em potencial”, pontua Bianca Dias.

Exposição “Escrever outros corpos – criar outras margens”

Artistas: Estêvão Parreiras, Laura Gorski, Marcelo Solá, Raquel Nava, Stella Margarita e Coletivo Sara Não Tem Nome, Juliana Franco, Rafael Abdala e Victor Galvão

Curadoria e Texto Crítico: Bianca Dias

Período: até 12 e novembro de 2022

Local: Belizário Galeria R Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 491 – Pinheiros – São Paulo (SP)

Telefone: (11) 3816-2404

Horários: de segunda a sexta-feira, das 10h às 19hs; sábado das 11 às 15h.

(Fonte: Balady Comunicação)

Mais de 4.500 profissionais de saúde morreram por Covid-19, revela estudo inédito

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

Entre março de 2020 e dezembro de 2021, morreram no Brasil mais de 4.500 profissionais da saúde pública e privada. Oito a cada dez entre os que morreram salvando vidas na pandemia eram mulheres. O levantamento divulgado nesta quinta (13), que cruza dados de fontes oficiais, foi feito especialmente para a Internacional de Serviços Públicos (PSI, Public Services International, da sigla em inglês) pelo estúdio de inteligência de dados Lagom Data.

A pesquisa faz parte de uma campanha documental da ISP que denuncia a situação de quatro países nos momentos mais intensos da pandemia de Covid-19. Além do Zimbábue, Paquistão e Tunísia, o Brasil foi escolhido pela abordagem negacionista do governo Bolsonaro. A ISP atua com o sistema das Nações Unidas em parcerias com a sociedade civil.

“Faltaram equipamentos de proteção, oxigênio, vacinas e medicamentos e sobraram mensagens falsas e desaforadas do governo sobre a Covid-19, chocando o mundo. E até hoje os profissionais da linha de frente seguem desvalorizados no Brasil”, afirma Rosa Pavanelli, secretária-geral da ISP, que tem sua sede mundial em Genebra, e integra a Comissão de Alto Nível do Secretário-Geral da ONU sobre Emprego em Saúde e Crescimento Econômico.

A análise foi feita a partir do cruzamento de micro dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados e Registros de profissionais do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

Os dados revelam que as mortes entre os profissionais brasileiros de saúde se avolumaram mais rapidamente do que o observado na população geral, especialmente nos meses em que faltaram equipamentos de proteção individual para esses trabalhadores. E o impacto da doença foi maior nas ocupações com menores salários e mais próximas à linha de frente: auxiliares e técnicos de enfermagem morreram proporcionalmente mais do que enfermeiros e estes, proporcionalmente, mais do que os médicos.

“Apesar de os dados serem incompletos, é possível ver por meio deles o quanto os profissionais da saúde foram atingidos no começo da pandemia por estarem mais expostos”, comenta o jornalista de dados Marcelo Soares, responsável pela análise. “Com a prioridade dada a eles na vacinação, os dados também mostram como vacinar mais cedo derrubou as mortes antes do resto da população.”

Quanto mais próximos aos pacientes esses profissionais trabalhavam, mais morriam: 70% dos mortos trabalhavam como técnicos e auxiliares de enfermagem; em seguida, vieram os enfermeiros (25%) e por último os médicos (5%). Para se ter uma ideia, foram 1.184 enfermeiros mortos, o que pode ter impactado diretamente o atendimento de 21.300 pacientes. Pelas regras do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), cada enfermeiro atende até 18 pacientes e cada atendente, 9 doentes. Em Manaus, por exemplo, cada enfermeiro atendeu 40 pacientes com o auxílio de dois atendentes.

Dois terços dos profissionais de saúde que morreram durante a pandemia  provavelmente não tinham contrato formal de trabalho, segundo cruzamento entre os dados do Ministério da Saúde e informações sobre desligamentos por morte no Novo Caged. Tanto nos dados oficiais de emprego formal quanto nos registros dos conselhos profissionais, médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem representavam 61%, 20% e 18% dos profissionais empregados – o que ilustra as desigualdades de exposição ao risco dentro das especialidades da área da saúde.

Ainda segundo a pesquisa, nos primeiros meses da pandemia, a curva do excesso de desligamentos por morte entre os profissionais da saúde era mais elevada do que a da totalidade das ocupações no Brasil. Ou seja, os profissionais da saúde morriam proporcionalmente mais. Em maio de 2020, as mortes excedentes chegaram ao dobro da média anterior.

Da mesma forma, quando finalmente o Brasil avançou na vacinação prioritária dos profissionais de saúde, a mortalidade entre eles caiu mais rápido do que na população em geral, que demorou mais meses para ser vacinada. Mortes poderiam ter sido evitadas se houvesse zelo ou empenho governamental, segundo a análise da ISP.

Em março de 2021, com uma confluência de fatores que iam da pressão pela volta precoce das atividades presenciais à lentidão do governo em avançar com a vacinação, as mortes de Covid explodiram no Brasil inteiro. Os profissionais da saúde sentiram esse impacto também, embora por menos tempo: o avanço da vacinação prioritária abreviou no setor o pior pico prolongado de mortes que já se viu no Brasil durante o período pandêmico.

(Fonte: Agência Bori)

Tapera das Artes: a arte de criar instrumentos musicais a partir de material reciclado

Aquiraz, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

A Tapera das Artes, organização social da sociedade civil (OSC) de Aquiraz – Ceará, desenvolve atividades pedagógicas utilizando a linguagem da luteria experimental desde 2015. A luteria é a arte de confeccionar e consertar instrumentos musicais. Na Tapera, essa ação consiste no processo inventivo e de construção de instrumentos musicais a partir de materiais recicláveis. Para Ritelza Cabral, fundadora e presidente do Conselho Administrativo da Tapera, a luteria revolucionou a trajetória da própria associação. “É emocionante ver como essa arte toca tão profundamente os aprendizes – nos despertou para um novo mundo de possibilidades e criatividade”.

A Luteria Experimental da Tapera das Artes tem foco em obras construídas de diversos tipos de matérias primas – sendo orgânicas, como cabaça, bambu e madeira, e sintéticas, como plástico, papel, borracha e metal. A proposta é explorar uma grande variedade de materiais para a criação e construção de instrumentos musicais e esculturas sonoras em busca de novas sonoridades, novas formas estéticas e alternativas sustentáveis para a luteria.

Muito dos materiais são doados por parceiros da Tapera; outros são advindos do lixo, coletados pelos participantes da luteria, que acontece de segunda a sexta, de 8h às 17h, com a presença de um coordenador e oito assistentes, sendo duas crianças bolsistas. “A luteria possibilita um direcionamento profissional para os participantes que se interessam pelo ofício”, destaca Magno Miranda, presidente da Tapera.

O grupo Catavento surgiu na Tapera das Artes, dentro das oficinas profissionalizantes ministrada pelo mentor e diretor artístico pedagógico da luteria experimental da Tapera, Fernando Sardo, em 2015. O grupo apresenta performances com instrumentos musicais criados a partir de diversos materiais recicláveis, ressignificando a estética, formatos e suas utilidades, possibilitando assim, criar novos timbres, cores e sons. “No repertório estão músicas autorais em diálogo com músicas do mundo, trazendo alegria e sentimentos poéticos para novas formas de ver a vida”, comenta o diretor Fernando. Inclusive, o grupo foi convidado para participar da Bienal do Lixo, que aconteceu de 26 de maio a 5 de junho deste ano, em São Paulo.

O grupo conta com quatro integrantes: Aramins, Calaça, Alexandro e Domingos. Algumas apresentações tem a participação especial do Mestre Fernando Sardo e outros convidados.

Sobre a Tapera das Artes

A música sempre foi a grande paixão de Ritelza Cabral, idealizadora da Tapera das Artes. Em 1993, iniciou voluntariamente ateliês com 30 crianças e adolescentes oriundos de famílias de baixa renda do distrito de Tapera, no município de Aquiraz, ocupando as mangueiras de seu sítio. O trabalho logo criou corpo – em pouco tempo, já existiam 60 crianças abrigadas nas sombras dos manguezais e os sons dos pífaros repercutiam intensamente, encantando rendeiras, pescadores, agricultores e familiares dos pequeninos músicos.

O sucesso que o programa gerou na comunidade possibilitou em pouco tempo a sua expansão, propiciando nos anos seguintes a inclusão de novas ações educativas, com atividades voltadas para o desenvolvimento de diversas atividades artísticas. As mangueiras já não eram suficientes para abrigar os participantes e, em 1996, os pequeninos estavam ocupando espaço apropriado na primeira sede da instituição. A partir daí foi possível a implantação de um programa pedagógico permanente, que gerou vários grupos musicais artísticos; dentre eles, a Orquestra Bachiana Jovem de Aquiraz, criada com apoio do maestro João Carlos Martins, sob a regência do maestro Ênio Antunes. Outras conquistas merecem destaque: o Centro Cultural, parceria com a Fundação Vitae, e o Teatro Escola da Tapera das Artes, com recursos não reembolsáveis do BNDES; ambos oferecem ações formativas de relevância para a cultura no Estado do Ceará.

O compartilhamento é parte do DNA da Tapera das Artes, que desde sua fundação vem cumprindo um importante papel no seu território, município de Aquiraz, litoral leste do Ceará, propiciando a formação integral, desenvolvimento do potencial humano, suas competências e habilidades e o enriquecimento cultural de crianças, adolescentes, jovens e seus familiares, moradores da região, com a oferta de vários projetos e programas que têm como eixo central a música, mas que trabalham a formação do ser para posturas cidadãs ao longo da vida.

(Fonte: AD2M Engenharia de Comunicação)

Unindo poesia e artes visuais, Pinacoteca inaugura mostra panorâmica de Lenora de Barros

São Paulo, por Kleber Patricio

Lenora de Barros – “Fogo no Olho”, 1994. Impressão jato de tinta sobre papel de algodão (Haahnmühle Photo Rag) 60 x 80 cm. Foto: Ciro Coelho.

A Pinacoteca de São Paulo apresenta a mostra “Lenora de Barros: minha língua”, que ocupa as três galerias temporárias do segundo andar da Pinacoteca Luz. Com curadoria de Pollyana Quintella, a exposição tem um recorte conceitual que foca nas obras que discutem as relações entre corpo e linguagem, num arco que agrega desde trabalhos do início de sua trajetória até um comissionamento produzido especialmente para a ocasião, incluindo ainda produções icônicas como “Poema” (1979) e a série “Procuro-me” (2003).

Reunindo cerca de 40 obras da artista visual paulistana, que usa a fotografia, o vídeo, a instalação e a performance como suporte, a mostra reúne peças como “Homenagem a George Segal” (1975-2014) – obra emblemática da sua produção, fruto de um trabalho escolar que criticava a sociedade de consumo tomando como inspiração as expressões das obras do escultor homônimo, além de apresentar um trabalho inédito comissionado especialmente para a mostra intitulado “A cara. A língua. O ventre.” (2022), um vídeo composto de três atos (em p&b e cor) em que Lenora explora diferentes situações com argila em diálogo com seu próprio corpo, partindo de significantes que já compõem o repertório de sua obra, como o rosto expressivo, a língua ambígua (a um só tempo órgão e idioma) e o ventre feminino.

A exposição foi organizada em estreito diálogo com a mostra “Pinacoteca: acervo” – que consiste na nova montagem do acervo do museu, inaugurado em outubro de 2020, levando em conta que, em 2022, o país celebra o centenário da Semana de Arte Moderna e o bicentenário de sua Independência. “Trata-se de ocasião propícia para, como propõe a

instituição, olharmos criticamente para o legado dos modernistas e nos perguntarmos qual história da arte brasileira se deseja contar”, cita Jochen Volz, diretor-geral da Pinacoteca. Um dos destaques é a obra “Poema” (1979), que faz parte do acervo do museu, doação dos Patronos da Arte Contemporânea da Pinacoteca de São Paulo 2018. Espécie de síntese de inúmeras questões que a artista investiga, a obra é constituída de uma série fotográfica em seis atos que documentam um encontro íntimo e conflituoso entre corpo e máquina.

A exposição “Lenora de Barros: minha língua” tem patrocínio do Bradesco. A exposição está acompanhada de um catálogo bilíngue, vídeo com participação da curadora e artista e tour virtual.

Sobre Lenora de Barros

Lenora de Barros nasceu em1953, em São Paulo, onde vive e trabalha. Tem como suporte a fotografia, vídeo, instalação e performance. Realizou exposições individuais e coletivas em instituições conceituadas ,como o Centro Universitário Maria Antonia (São Paulo), o Paço Imperial (Rio de Janeiro), o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a Casa Daros (Rio de Janeiro), o Centro Cultural Banco do Nordeste (Fortaleza), a Fundação Proa (Buenos Aires), a Trienal Poli/Gráfica de San Juan de 2012, a Bienal de Lyon de 2011, as 29ª, 24ª e 17ª Bienais de São Paulo, a 7ª e 5ª Bienais do Mercosul (Porto Alegre) e o Museu da Cidade de Lisboa. Suas obras fazem parte das coleções do Museu d’Art Contemporani de Barcelona, da Daros Latinoamerica, do Museu de Arte Moderna de São Paulo e do Centro Cultural São

Paulo.

Formada em linguística pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP) na década de 1970, Lenora inicialmente explorou a palavra em forma de texto. Trabalhou em importantes veículos de comunicação, como o Jornal da Tarde, em que, entre 1993 e 1996, escrevia semanalmente uma coluna experimental.

Sobre a Pinacoteca de São Paulo

A Pinacoteca de São Paulo é um museu de artes visuais com ênfase na produção brasileira do século XIX até a contemporaneidade e em diálogo com as culturas do mundo. Museu de arte mais antigo da cidade, fundado em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, vem realizando mostras de sua renomada coleção de arte brasileira e exposições temporárias de artistas nacionais e internacionais. A Pina também elabora e apresenta projetos públicos multidisciplinares, além de abrigar um programa educativo abrangente e inclusivo.

Serviço:

Lenora de Barros: minha língua

Período: 8/10/2022 a 9/4/2023

Curadoria: Pollyana Quintella

Edifício Pinacoteca Luz

Praça da Luz, 2, São Paulo, SP, 2º andar

De quarta a segunda, das 10h às 18h – gratuito aos sábados

R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia-entrada)

Ingressos no site oficial ou na bilheteria do museu

Redes sociais da Pinacoteca de São Paulo: Instagram | Facebook | Twitter.

(Fonte: Marmiroli Comunicação)

Museu Casa Mário de Andrade celebra aniversário do escritor com programação especial

São Paulo, por Kleber Patricio

A Casa Mario de Andrade. Foto: André Hoff.

A Casa Mário de Andrade, instituição que integra a Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo, preparou uma programação especial para outubro, mês de nascimento de Mário de Andrade (1893-1945). As atividades trazem temáticas diretamente ligadas aos eixos trabalhados na instituição, as quais expressam a multiplicidade do escritor, que também era pesquisador, músico, crítico de arte e gestor cultural.

No dia 20 de outubro, às 16h30, acontecerá o “Conversas Abertas: Mário de Andrade e o Cinquentenário”, com Arthur Major. O educador da Casa Mário de Andrade abordará o evento realizado pelo escritor em 1938, em torno do Cinquentenário da Abolição da Escravatura, que contou com mesas de debate formadas por diversos intelectuais, negros e brancos. Arthur trará as discussões sobre raça, na época, e o impacto do evento. Para acompanhar não é necessário inscrição e basta acessar a página do museu no Instagram, onde o material será disponibilizado.

Dando continuidade às comemorações, o museu também realizará um ciclo de palestras, que terá início no dia 25 de outubro, das 19h às 21h, sob o tema “Mário de Andrade Colecionador de Manuscritos: escritores de seu tempo”. A palestra será conduzida por Telê Ancona Lopez, professora emérita do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP), e mostrará aspectos fundamentais da coleção de Mário de Andrade por meio da análise da série de manuscritos de escritores de seu tempo preservada em seu acervo, atualmente salvaguardada no IEB-USP. Inscrições aqui.

Cinquentenário da Abolição, 1938 – autor desconhecido – Fonte: Eduardo Jardim, 2015.

A segunda palestra, com o título “Mário contra Macunaíma”, será realizada no dia 27 de outubro, das 19h às 21h, por Carlos Sandroni, professor-associado de Etnomusicologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Carlos apresentará algumas ideias sobre a trajetória de Mário de Andrade estabelecendo conexões entre aspectos de sua obra mais famosa, “Macunaíma”, e sua atividade pública, principalmente com o período em que exerceu o cargo de Diretor do Departamento de Cultura da cidade de São Paulo (1935-1938). Para participar é necessário se inscrever neste link.

E, para finalizar o ciclo, Flávia Toni, livre-docente e professora titular da USP, apresenta um panorama do repertório da música brasileira colecionado por Mário de Andrade com destaques para os comentários realizados pelo escritor nas contracapas dos discos. A palestra “A Música Popular na Vitrola de Mário de Andrade” acontecerá no dia 29 de outubro, das 16h30 às 18h. Os interessados já podem se inscrever aqui.

Ampliação  

Com gestão da Poiesis, a Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo, composta pela Casa Mário de Andrade, Casa das Rosas e Casa Guilherme de Almeida, pertence à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.

O museu — instalado na residência onde Mário viveu com sua mãe, Maria Luiza, de 1921 até a sua morte, localizada na Rua Lopes Chaves, no bairro Barra Funda — iniciou em setembro as obras de ampliação e adequação do imóvel, que incluem a incorporação das outras duas casas da família Andrade, vizinhas ao museu, o que dobrará seu espaço atual. O projeto prevê implementação de recursos de acessibilidade, novos espaços expositivos e dedicados a atividades culturais e educativas, um espaço destinado à pesquisa e ambientes de convivência que incluem café e loja, além de auditório com capacidade para 78 pessoas.

Mário de Andrade (Acervo IEB-USP).

A residência de Mário de Andrade e sua família já simbolizava etapas importantes da vida e da obra do escritor, tanto que está presente em seus poemas, contos e crônicas, como alguns apresentados na exposição virtual “Morada do Coração Perdido” (seção Minha Casa: clique aqui). Para o poeta, ela era um abrigo, um ambiente particular e exercia uma função social, pois era ali que ele recebia a visita de amigos para discussões, eventos e festividades, inclusive os que protagonizaram o movimento modernista.

Acompanhe a programação completa no site da Casa Mário de Andrade.

Serviço:

Atividade aberta nas redes do museu:

Conversas Abertas: Mário de Andrade e o cinquentenário

Com Arthur Major

Quinta-feira, 20 de outubro, às 16h30

O vídeo será disponibilizado na página da Casa Mário de Andrade no Instagram

Ciclo de Palestras – Aniversário de Mário de Andrade:

Mário de Andrade colecionador de manuscritos: escritores de seu tempo

Com Telê Ancona Lopez

Terça-feira, 25 de outubro, das 19 às 21h

A atividade será realizada por meio da plataforma Zoom

Inscrições aqui – prazo: 25/10

Capacidade: 300 vagas.

Palestra Mário contra Macunaíma

Com Carlos Sandroni

Quinta-feira, 27 de outubro, das 19 às 21h

A atividade será realizada por meio da plataforma Zoom

Inscrições aqui – prazo: 27/10

Capacidade: 300 vagas.

A Música Popular na Vitrola de Mário de Andrade

Com Flávia Toni

Sábado, 29 de outubro, das 16h30 às 18h

A atividade será realizada por meio da plataforma Zoom

Inscrições aqui – prazo: 29/10

Capacidade: 300 vagas.

Durante a ampliação da Casa Mário de Andrade, as atividades presenciais passam a ser oferecidas no Anexo do museu Casa Guilherme de Almeida.

Endereço: Rua Cardoso de Almeida, 1943 – Pacaembu, São Paulo/SP. Tel.: (11) 3673-1883 | 3803-8525

A agenda das atividades virtuais também está disponível nos sites do museu ou +Cultura.

Sobre a Casa Mário de Andrade | A Casa Mário de Andrade funciona no endereço da antiga casa do escritor Mário de Andrade, um dos principais mentores do modernismo brasileiro e da Semana de Arte Moderna de 1922. O museu abriga uma exposição permanente, que é aberta à visitação, com objetos pessoais do modernista, além de documentos de imagem e áudio relacionados à sua trajetória. O museu também realiza uma intensa programação de atividades culturais e educativas. A Casa integra a Rede de Museus-Casas Literários da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, gerenciada pela Poiesis.

Sobre a Poiesis | A Poiesis – Organização Social de Cultura é uma organização social que desenvolve e gere programas e projetos, além de pesquisas e espaços culturais, museológicos e educacionais, voltados para a formação complementar de estudantes e do público em geral. A instituição trabalha com o propósito de propiciar espaços de acesso democrático ao conhecimento, de estímulo à criação artística e intelectual e de difusão da língua e da literatura.

(Fonte: Poiesis – Coordenação de Comunicação)