No último dia 23 de abril 23 de abril, educação amazonense viveu um momento histórico


Manaus
Por que uma nova abordagem à história medieval? A resposta reside em parte na crescente intriga e fascínio que este período exerce à medida que nos distanciamos dele. Percebemos que muitos dos dilemas e aspirações que caracterizam nossa atualidade têm raízes profundas na Idade Média, desde questões relacionadas a obscurantismos religiosos até a contemplação da alta filosofia, da brutalidade desmedida à busca de um propósito na vida, do receio do futuro ao anseio por um retorno à simplicidade da natureza. E é a partir desta perspectiva que o historiador francês Georges Minois nos brinda com “História da Idade Média: mil anos de esplendores e misérias”, lançamento da Editora Unesp.
Neste livro de fôlego, o historiador argumenta que a história medieval da Europa Ocidental está intrinsecamente ligada à história do Oriente Próximo, cuja influência se mescla no imaginário dos europeus medievais, alternando entre as representações dos povos inimigos e a utopia da Terra Prometida. Entre os séculos V e X, testemunhamos um período de grandiosas ilusões, quando o Oriente Bizantino e, posteriormente, o mundo muçulmano, exerciam domínio sobre um Ocidente ainda em estágio de barbárie. Dos séculos XI ao XIII, a Europa cristã revela seu dinamismo e atinge sua “era da razão” antes de enfrentar, entre os séculos XIV e XV, os flagelos apocalípticos que marcam uma transição para o mundo moderno, cujo otimismo humanista hoje se vê em crise.
Além da fascinação, Minois sugere outro motivo para a reinterpretação da história medieval: o fato de sua imagem ter sido frequentemente deturpada e negligenciada nos currículos escolares, com efeitos na cultura como um todo. Reduzida a meras anedotas pela mídia e transformada em lendas, a Idade Média perdeu sua coerência na memória coletiva do público em geral. Para compreendê-la de maneira abrangente, é crucial restituir os fatos, nomes e datas em uma sequência lógica e cronológica. Isso é precisamente o objetivo deste livro.
“Condensar mil anos de história em cerca de quinhentas páginas é um desafio”, registra. “Assim, não serão surpresas os encurtamentos, as simplificações, as seleções e as inevitáveis lacunas. Trata-se certamente de uma grande síntese que visa evidenciar os eixos e os fatos essenciais de uma época no curso da qual foram forjadas as mentalidades ocidentais. A história não é uma ciência exata, baseada em um certo número de fatos; ela deixa muita margem para a interpretação dos historiadores – interpretação que depende bastante das normas e dos valores de seu tempo. E, finalmente, é por isso que podemos reescrever para sempre a mesma história, que na verdade nunca é a mesma. O essencial é não sacralizar uma ou outra versão. Em relação ao passado distante, impõe-se certo desprendimento e até mesmo um toque de ironia ou de humor, sempre respeitando a materialidade dos fatos. Importa ao historiador saber relativizar a importância dos acontecimentos que relata e não sacralizar os atores da tragicomédia humana”.
Explorar o tema da Idade Média nos leva, portanto, a uma longa jornada de estudos que abarca uma miríade de tópicos. Georges Minois realiza nessa obra uma síntese poderosa, tornando-a acessível tanto para o leitor iniciante como para o estudioso que busca uma compreensão mais profunda dessa época seminal de nossa história.
Sobre o autor | Georges Minois é professor de História e historiador das mentalidades religiosas. Dele, a Editora Unesp publicou “História do riso e do escárnio” (2003), “A idade de ouro” (2011), “História do ateísmo” (2014), “História do futuro” (2016), “História do suicídio” (2018), “História da solidão e dos solitários” (2019), “As origens do mal” (2021), “Henrique VIII” (2022) e “História do inferno” (2023).
Título: História da Idade Média: mil anos de esplendores e misérias
Autor: Georges Minois
Tradução: Thomaz Kawauche
Número de páginas: 578
Formato: 13,7 x 21 cm
Preço: R$44
ISBN: 978-65-5711-189-5
Mais informações sobre a Editora Unesp estão disponíveis no site oficial.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp)
Bruno Leite Barnabé conquistou o primeiro lugar na categoria GRAVURA do Salão de Artes Visuais. Fotos: Fabio Alexandre.
A Secretaria de Cultura de Indaiatuba promoveu o anúncio dos premiados do 19º Prêmio Literário Acrísio de Camargo – Nova Geração e do 9º Salão de Artes Visuais de Indaiatuba na noite da última quinta-feira, 30 de novembro, quando foi aberta oficialmente a exposição dos trabalhos do Salão, que segue aberto ao público até 23 de dezembro no Casarão Pau Preto (confira a lista de premiados abaixo).
“O Prêmio Acrísio e o Salão de Artes são eventos importantes porque, assim como outros que realizamos ao longo do ano, abrem espaço aos artistas de nossa cidade”, destaca a secretária municipal de Cultura, Tânia Castanho. “Seja para o fomento de um novo público ou para apresentar estes trabalhos tão especiais, seguimos na missão de abraçar e expandir todas as artes”.
Raiane Natali dos Santos Oliveira, primeiro lugar na categoria CRÔNICA do Prêmio Literário Acrísio de Camargo.
O 19º Prêmio Literário Acrísio de Camargo – Nova Geração é voltado para escritores de 15 a 29 anos em três modalidades: Conto, Crônica ou Poesia, com o objetivo de divulgar o nome do autor da letra do Hino de Indaiatuba e incentivar a produção literária local.
A curadora foi Vanina Carrara Sigrist, Doutora em Teoria e História Literária pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), professora de Ensino Superior na Faculdade de Tecnologia da Baixada Santista, coordenadora da área de Comunicação da faculdade e tradutora de quatro publicações pela Editora Papirus, e autora do livro infantil “De Quem é a Rua?”, do selo Tanta Tinta, e criadora da Casa na Arte (com canal no YouTube). Residente em Indaiatuba, tem experiência nas áreas de Letras e Educação, com ênfase em literatura, comunicação e produção de conteúdo digital sobre arte.
Três jurados avaliaram os trabalhos. Elaine Caniato é sócia das editoras com os selos Carlini & Caniato e TantaTinta e, agora, dos novos Cálida e Bacuri, voltados exclusivamente para livros de literatura para os públicos adulto e infantojuvenil. Além de designer gráfico e editora, atua na seleção e edição dos textos; na produção, desenvolvendo ou coordenando projetos gráficos de miolo e capa; na gerência de projetos para editais e na divulgação dos livros para o mercado. Reside na capital paulista.
Odenildo Sena é formado em Letras pela Universidade Federal do Amazonas, onde foi professor do Departamento de Língua e Literatura Portuguesa desde 1980, tendo-se aposentado em 2012. Em 1982, especializou-se em Psicologia do ensino-aprendizagem pela Unicamp. Em 1985, obteve o título de Mestre em Linguística Aplicada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo com a dissertação A Semântica do Poder, onde analisa a influência de um dado universo léxico próprio do período ditatorial.
Em 1997, defendeu na mesma universidade a sua tese de doutorado De Fernando a Fernando: as Teias Ideológicas do Poder, onde analisa o discurso dos dois primeiros presidentes civis eleitos após o regime militar. É autor dos seguintes livros: “A Engenharia do Texto – Um Caminho Rumo à Prática da Boa Redação” (Valer, 2011); “No Tempo de Eu Menino” (Valer, 2015); “Mazelas do Livro Didático” (Valer, 2016); “Tempos de Memória” (Casa Literária, 2016); “Palavra, Poder e Ensino da Língua” (Valer, 2019); “A Travessia” (edição do autor, e-book Amazon, 2019); “100 Dias de Quarentena – No Tempo em que a Vida Parou” (Edição do autor, e-book Amazon, 2020); “Aprendiz de Escritor – Sobre Livros, Leituras e Escritos” (Valer, 2020) e “A Felicidade Precisa de Loucura – Uma Sinfonia do Meu Tempo em 115 Crônicas Escolhidas” (Valer, 2022). Reside na cidade do Porto, em Portugal, desde 2017.
Carlos Roque é arquiteto e após a faculdade fez parte do grupo de poesia Núcleo de Convivência Literária e do Grêmio de Haicai Caminho das Águas até 2005. Em 2019 participou da coletânea “8 Poetas – Poesia ao Infinito”, coordenada pelo poeta Valdir Alvarenga, das coletâneas da Off-Flip, e disponibilizou na web o livro “Rio de Poucos Janeiros: Vinte e Cinco Poemas e uma Página em Branco”, dedicado a Marielle Franco. Em 2022 lançou o livro de poesia “Enquanto o Mundo”, publicado pela Editora Penalux. Reside em Santos.
Artes
Danízio José de Oliveira, primeiro lugar na categoria POESIA do Prêmio Literário Acrísio de Camargo.
A curadoria do Salão de Artes Visuais de Indaiatuba ficou a cargo da artista plástica Anna Pellisari, que participa de exposições dentro e fora do Brasil desde 1978 e está sempre se atualizando em cursos e workshops. Já participou do Salão de Belas Artes de João da Bela Vista como convidada especial e foi medalha de prata no Salão de Artes de Embu.
Também marcou presença nas exposições “A Trama do Gosto”, da Fundação Bienal de São Paulo; “Arte em Craft”, medalha de prata no Salão Bunkyo de Arte Contemporânea; “Arte do Brasil”, no Museu de História Natural de Treuchtlingen, Alemanha, e foi primeiro lugar no Salão de Artes Visuais de Indaiatuba, com a instalação “Sagrado e Profano”.
Três jurados analisaram as obras. Andrés Hernández é pesquisador, professor, curador e crítico de arte. Pós-doutor pelo Instituto de Artes da Unesp (Universidade Estadual Paulista), Doutor em Artes Visuais, Mestre em Teoria, Crítica e Produção em Artes Visuais e graduado em Educação. Foi coordenador de exposições na Bienal de Havana (1994-1998), trabalhou no departamento de curadoria do Museu de Arte Moderna de São Paulo (1999-2010) e coordenador de projetos da Luciana Brito Galeria.
Como professor, tem atuado em diferentes instituições educacionais e culturais no Brasil e no exterior ministrando cursos regulares, palestras, workshops e jornadas científicas. Como curador e pesquisador, tem organizado diversas exposições, residências artísticas e laboratórios curatoriais nacionais e internacionais desde 1997 como Regina Silveira (Metáforas Construídas), na Colômbia (2015), e Cobaias no Brasil (2021).
Em 2022 foi curador do projeto Physiognomy in Contradiction no Museum of Northern History, em Kirkland Lake, Ontario, no Canadá, que incluiu palestras na Sur Gallerys (Toronto), Quest Art School + Gallery (Midland), Novah Gallery (North Bay, com exposição) e na Temiskaming Art Gallery (Haileybury).
O artista plástico James Kudo tem uma carreira artística consolidada de 40 anos, com reconhecimento em publicações, exposições e premiações em todo o mundo. Entre suas principais exposições individuais, estão “Oximoros”, na Zipper Galeria, em São Paulo (2015); na AIDEC Gallery, em Tóquio (2005); “Sobre Pedras, Caixas e Esperanças”, no Espaço Cultural Ateliê Mineiro, em Pouso Alegre (2004); Brazilian American Cultural Institute, em Washington, nos Estados Unidos (2002); no Museu de Arte de Ribeirão Preto (1996) e no SESC Paulista (1995).
Entre as exposições coletivas estão “Vértice”, no Centro Cultural Correios, em São Paulo (2016); “Tatu – MAR”, no Museu de Arte do Rio de Janeiro (2014); “Estética e Sustentabilidade”, no Memorial da América Latina, em São Paulo (2013); “Nipo-Brasileiros no Acervo da Pinacoteca”, Pinacoteca do Estado de São Paulo e “Creative Art Session” 2008, no Kawasaki City Museum, no Japão (2008).
Rachel Hoshino, baseada em São Paulo, atua como mentora de jovens artistas, produtora de obras e curadora em artes plásticas desde 2014. Trabalhou como pesquisadora em Psicologia Social da Arte pela Universidade de São Paulo e pesquisadora iconográfica por sete anos no mercado editorial brasileiro e espanhol em bancos de imagens de obras de arte.
Participa do Grupo de Estudos Avançados em Arte e Design da Escola Politécnica de Milão e atua como conselheira na formação de cursos em Design da Universidade de Catania, Itália. Atuou como designer de produtos cerâmicos e designer de superfície com marca própria de produtos em porcelana.
VENCEDORES
19º Prêmio Literário Acrísio de Camargo
Categoria CONTO
1º – Sea Journey, de Julia Pantin da Silva
2º – O Ateliê, de Ingrid Rosa dos Santos
3º – O Homem que Engolia Sapos, de Bruna Natasha Frari
Menções Honrosas
Sopa de Letrinhas, de Julia Pantin da Silva
Sem Título, de Hellica Miranda Araujo Caldas
O Cantar das Gaivotas, de Flávia Eduarda Gomes Hebling
Categoria CRÔNICA
1º – Mulher, de Raiane Natali dos Santos Oliveira
2º – Monoglotas, de Matheus Barbosa da Silva
3º – A Arte de Saber Perder, de Flávia Eduarda Gomes Hebling
Menções Honrosas
Direito de Nascença, de Matheus Barbosa da Silva
Minha Vida, de Flávia Santos
Quimera, de Larissa Santos do Nascimento
Categoria POESIA
1º – Somos Todos Um, de Danízio José de Oliveira
2º – Trocadilho, de Julia Pantin da Silva
3º – Minha Própria Língua, de Hellica Miranda Araujo Caldas
Menções Honrosas
A Poesia Escreveu o Lápis, de Ana Beatriz Araujo Oliveira
Embora, de João Batista Magalhães Prates
Emergência, de Raphael Panzetti Pinto Lari
Categoria SLAM
1º – É Preta, de Fernanda Fernandes Santos
2º – Papo Preto, de Nathan da Silva Santos
3º – Silêncio Sonoro, de Raphael Panzetti Pinto Lari
9º Salão de Artes Visuais de Indaiatuba
Categoria ESCULTURA
1º – Natureza Morta, de Yulika Murakami
2º – Escavações XXIII, de Beatriz Amaral
3º – Amazônia, de Leandro Kanagusku
Menção Honrosa
Organicidade ou Algo Assim, de Bianca Raquel Toledo
Categoria PINTURA
1º – Gato Pop, de Gabriel Bod
2º – Em Busca de Identidade, de Conti Rodrigues
3º – Sol Quadrado, de Hugo White King
Menção Honrosa
Não Pegue, Senhor Raposo, de Suzanito
Categoria DESENHO
1º – Lembranças de Rita, de Kenia D’Angelo
2º – Tem Dias que Eu Queria Sair de Mim e Ver Tudo Através de Outros Olhos, de Jaqueline Almeida
3º – Amai, de Aretha Bárbara Catarino
Menção Honrosa
Longe de Casa, de Yulika Murakami
Categoria FOTOGRAFIA
1º – Respiração, de Pedro Fonseca de Lima
2º – Oca Universal, de Fábio Monfrin
3º – Identidades, de Matheus Vinagre
Menção Honrosa
Not Fake, de Alex Flávio Guimarães
Categoria GRAVURA
1º – A Dificuldade em Ser um Patriarca, de Bruno Leite Barnabé
2º – I Fell Apart (Eu Desmoronei), de Gilvan Sousa
3º – A Dama da Água, de Jéssica de Castro Moura
Menção Honrosa
Duo Autoretrato, de Alex Flávio Guimarães.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
A origem e a capa do produto estão entre as dicas da especialista Carolina Macedo. Fotos: Carolina Macedo.
Os charutos premium têm conquistado apreciadores ao redor do mundo por suas características distintas, que resultam em uma experiência única de degustar. No entanto, muitas vezes, identificar um verdadeiro charuto premium pode ser uma tarefa desafiadora para iniciantes e entusiastas. Carolina Macedo, cigar sommelière e sócia da Bulldog Tabacaria, sediada em Curitiba (PR), diz que, para começar, é importante entender o que é um charuto premium. “O charuto premium é aquele produzido com folhas inteiras de tabaco negro e sem nenhum aditivo químico. Estamos falando somente de folhas de tabaco e água”, explica.
Segundo ela, outro fator importante é entender que, por se tratar de um produto totalmente artesanal e de luxo, ele é, infelizmente, muito falsificado no mundo todo, em especial os cubanos. A importadora oficial de charutos cubanos no Brasil é a Emporium Cigars e somente ela tem a autorização da Habanos S. A. para importar esses produtos ao Brasil; dessa forma, uma dica importante é sempre procurar estabelecimentos parceiros dela para comprar os seus produtos.
O charuto premium tem folhas de diferentes origens – Cuba, Rep. Dominicana, Nicarágua, Honduras, Equador, Camarões, México, Brasil, Peru, Indonésia. “Todos esses países estão dentro de uma faixa no globo que garantem um microclima favorável ao seu cultivo, mas são países como Cuba, Rep. Dominicana, Nicarágua e Brasil, que hoje são reconhecidos mundialmente pelo beneficiamento do produto, ou seja, por transformar as folhas em charutos”, conta a cigar sommelière.
Carolina Macedo, cigar somelière e sócia da Bulldog Tabacaria, sediada em Curitiba (PR), diz que, para começar, é importante entender o que é um charuto premium.
Produtos premium levam ao menos 2 anos para serem produzidos e ao menos 200 pessoas trabalham ao longo do processo, do plantio da semente até que o charuto chegue à caixa. “Vão apresentar características únicas de sabor e aroma e exigem cuidados constantes de temperatura e umidade; por isso, produtos premium só encontramos em casas especializadas, onde esse controle acontece 24 por dia, todos os dias da semana”, explica Macedo.
A sócia da Bulldog Tabacaria acrescenta, “de maneira bastante simples, a diferença entre um long filler (charuto de folhas inteiras) para um medium ou short filler (folhas picadas) é o tempo de queima que é bem maior no long filler. Além da intensidade de sabor e aromas. No de folhas picadas a picância e o amargor são constantes, enquanto nas opções premium as notas de sabor e aroma são equilibradas e possuem uma evolução ao longo da queima. Degustar produtos premium garante uma experiência única e inesquecível”, comenta a cigar sommelière, que conclui com quatro dicas rápidas para não acabar adquirindo produtos cubanos falsificados:
1 – Procure casas especializadas e que possuam o selo Habanos Point;
2 – Desconfie de preços muito baixos;
3 – As caixas tem um código que você pode verificar no site da própria Habanos – https://www.habanos.com/es/verificacion-de-autenticidad/;
4 – Todas as caixas vêm lacradas com os selos da Habanos e da Anvisa no Brasil.
(Fonte: Agência Souk)
Prefeito de Itu, Guilherme Gazzola assina a Ordem de Serviço que determina o início das obras da Barragem do Piraí. Fotos: divulgação.
Foi realizada no dia 23 de novembro uma reunião importante do Conirpi – Consórcio Intermunicipal do Ribeirão Piraí que determinou o início das obras da Barragem do Piraí para o dia 1º de dezembro. O prefeito do Itu, Guilherme Gazzola, ao lado dos prefeitos de Salto, Laerte Sonsin; de Indaiatuba, Nilson Gaspar, e da vice-prefeita de Cabreúva, Noemi Medeiros Bernardes, assinaram a Ordem de Serviço que marca o início oficial dos trabalhos.
Também estiveram presentes no encontro o diretor de Avaliação de Impacto Ambiental da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Domenico Tremaroli; o ecologista, professor de Ciências e entusiasta do rio Tietê e da barragem Francisco Antônio Moschini – o “Seu Chico”; o superintendente da CIS, Reginaldo Santos; o secretário Municipal de Planejamento e Gestão de Projetos, Gilmar Dias Pereira, e os vereadores Normino da Rádio e Luisinho Silveira.
A Barragem do Piraí irá atender os municípios de Indaiatuba, Itu, Salto e Cabreúva. Após muitos anos de atraso, o trabalho conjunto dos atuais gestores municipais nos últimos seis anos permitiu que a obra tivesse seu início decretado.
“No ano em que o Conirpi completa 20 anos de luta para que a Barragem do Piraí saísse do papel, registramos este momento histórico para Itu e para todas as cidades que participam do consórcio. Nós estamos não apenas construindo o futuro, mas garantindo desenvolvimento da nossa região, com benefícios ambientais, econômicos e sociais a longo prazo. Fico feliz por ter participado ativamente dos trabalhos que permitiram, finalmente, o início das obras”, destaca Gazzola. “Agradeço a todos os prefeitos e especialmente ao seu Chico Moschini, que representa muito bem toda a resiliência desta história”.
Sobre a Barragem do Piraí
Na primeira etapa da Barragem do Piraí está prevista a construção do maciço de terra, vertedouro, escada de peixes, canal de dissipação e desvio, torre e a limpeza da área para garantir a reservação (até as proximidades da fazenda Piraí). Para a segunda etapa, a estimativa é de iniciar a construção da adutora para Salto, estação de captação e adução e sistema de transposição de peixes, dique de contenção para a fazenda Piraí e travessia de Itu.
O Maciço será construído na divisa entre os Municípios de Salto e Itu, com altura de 15 metros, extensão de 415 metros, largura talude de 90 metros de base e sete metros de crista, um vertedouro labirinto e uma escada de peixes.
A represa terá capacidade de reservação para 9,7 bilhões/litros de água, sua extensão é de 3,5 quilômetros com a largura média de 450 metros e profundidade de 15 metros. Além de um espelho d´água de 1.823.960 m², área de Preservação Ambiental (APP) de 1.617.250 m², somando uma área total de 3.441.210 m². Já a Travessia tem uma extensão de 370 metros e a altura de 9,5 metros e o Dique com uma extensão de 700 metros e a altura de 9,5 metros.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal de Itu)
Pesquisa avaliou cerca de 1000 pacientes com sintomas de Covid longa; mulheres relatam fadiga e queda de cabelos. Foto: Mart Production/Pexels.
Um estudo inédito que acompanhou mil pacientes durante os últimos três anos mostra que três em cada quatro infectados pelo coronavírus desenvolveram Covid longa, ou seja, sintomas persistentes da doença após três meses de contaminação. Pessoas que não completaram o ciclo vacinal contra a Covid-19 tiveram 23% mais chance de ter Covid longa. As conclusões da pesquisa, coordenada por pesquisadores das universidades federais de Pelotas (UFPel) e do Rio Grande do Sul (UFRGS), estão em artigo publicado na segunda (4) na revista científica “Cadernos de Saúde Pública”.
Na coorte Pampa (Prospective Study About Mental and Physical Health), os autores coletaram informações sobre pacientes no Rio Grande do Sul infectados pelo coronavírus em diferentes momentos desde o início da pandemia de Covid-19, entre junho e dezembro de 2020, e junho de 2021, 2022 e 2023, por meio de questionários online. “A ideia era ter uma visão a curto, médio e longo prazos”, explica Natan Feter, pesquisador da UFRGS e autor do estudo. “No início da pandemia, estávamos preocupados com as taxas de infecção. Agora estamos preocupados com as consequências da Covid-19”, diz o autor.
A Covid longa é caracterizada pela persistência de sintomas da Covid-19 por três meses ou mais. Dores de cabeça, fadiga, perda de olfato e paladar, tosse, queda de cabelo e complicações neurológicas foram os sintomas mais relatados pelos participantes da pesquisa. Mulheres relataram mais sintomas de fadiga, dores de cabeça e queda de cabelo do que os homens.
Condições como obesidade e tabagismo intensificaram sintomas de dores de cabeça, perda de olfato e paladar e complicações neurológicas. Pessoas que praticam atividade física apontaram menos sintomas comparados a sedentários, assim como quem não tomou a primeira e segunda doses da vacina da Covid-19 e as doses de reforço. “Existe um gradiente dose-resposta entre vacinas e Covid longa: quanto mais doses, maior a proteção. Assim, quem não tomou dose de reforço ficou mais vulnerável a desenvolver Covid longa”, explica Feter.
Segundo avalia o pesquisador, a Covid longa é considerada como uma nova fase pós-pandemia de Covid-19. “Essa condição crônica está associada a perda de produtividade e maior gasto do sistema de saúde pública, especialmente em países de baixa e média renda, onde o sistema é mais frágil”, comenta. Os resultados da pesquisa, segundo ele, coincidem com achados de pesquisas internacionais sobre essa doença. “Talvez a pandemia tenha dado uma trégua, mas ainda vamos ouvir falar das suas consequências por mais tempo”, observa o autor.
A equipe pretende continuar acompanhando a prevalência de sintomas da Covid longa no Rio Grande do Sul por meio de novos questionários online. A expectativa é de que um novo levantamento seja feito em junho de 2024. O grupo também quer investigar a associação da persistência de sintomas da Covid com outros fatores, como uso de cigarro eletrônico e sintomas de depressão e ansiedade. As novas análises podem auxiliar na elaboração de tratamentos e terapias para a condição.
(Fonte: Agência Bori – Pesquisa indexada no SciElo)