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Pesquisa aponta que Brasil está acima da média mundial de consumo de música

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Brasileiros estão acima da média global de tempo consumindo música, com 24,9 horas semanais, contra 20,7 horas por semana, no mundo. Foto: divulgação.

A IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica), que representa a indústria da música gravada em todo o mundo, lançou o relatório Engaging with Music 2023, estudo global que examina como as pessoas em todo o mundo se envolvem, acessam e se sentem em relação à música. O relatório é acompanhado por um recorte do mercado brasileiro, divulgado pela Pro-Música, entidade que reúne as principais gravadoras e produtoras fonográficas do Brasil.

O levantamento revela que o tempo médio de consumo de música no mundo atingiu um novo recorde: 20,7 horas por semana. Os brasileiros superam a média mundial, com 24,9 horas semanais ouvindo música. Com base nas respostas de mais de 43 mil pessoas em 26 países, o relatório é a maior pesquisa global com este tipo de enfoque.

As principais conclusões do relatório de 2023, no mundo e no Brasil, são:

Estamos ouvindo mais música do que nunca: No mundo: 20,7 horas – o tempo, em média, que as pessoas passam ouvindo música por semana (acima das 20,1 horas em 2022). O crescimento do tempo semanal de audição em 2023, significou treze músicas adicionais de três minutos por semana neste ano, em média. No Brasil: são 24,9 horas semanais ouvindo música, em média.

Estamos interagindo com a música através de mais métodos: no mundo: 79% das pessoas são de opinião que existem mais formas de ouvir música do que nunca (contra 76% em 2022). Em média, as pessoas usam mais de sete métodos diferentes para interagir com a música. No Brasil: 82% do público acha que existem mais formas de ouvir música agora do que nunca. Em média, os brasileiros usam 9 métodos diferentes para consumir música.

Existe um grande conhecimento da Inteligência Artificial entre os fãs de música, mas quase todos pensam que a criatividade humana deve ser respeitada: no mundo: 79% concordam que a criatividade humana é essencial para a criação musical. No Brasil: 85% concordam.

No mundo: 74% das pessoas que conhecem as capacidades musicais da IA concordam que a IA não deve ser utilizada para clonar ou personificar artistas musicais sem autorização. No Brasil: 70% dos consumidores de música acham que a IA não deve ser utilizada para clonar ou personificar artistas musicais sem autorização.

Variedade de gêneros: no mundo: os fãs ouvem em média mais de 8 gêneros musicais diferentes. No Brasil: são mais de 10 gêneros musicais diferentes ouvidos, em média.

A música é extremamente importante para a nossa saúde mental e bem-estar: no mundo: 71% dizem que a música é importante para a saúde mental. No Brasil: 83% das pessoas afirmam o mesmo.

A música não licenciada ainda é um problema significativo: no mundo: 29% usam meios não licenciados ou ilegais para ouvir ou obter música. No Brasil: 47% é o índice de consumidores de música através de métodos ilegais ou não licenciados.

Frances Moore, diretora executiva da IFPI, afirma: “A música é extremamente importante para a vida das pessoas. Engaging with Music mostra como os fãs estão aproveitando as oportunidades para ouvir mais música e de mais maneiras do que nunca. No entanto, o uso de música não licenciada continua a ser um problema significativo para a comunidade musical, especialmente à medida em que as tecnologias continuam a evoluir. Precisamos continuar a fazer tudo ao nosso alcance para apoiar e proteger o valor da música.”

Segundo Paulo Rosa, presidente da Pro-Música Brasil, “o relatório Engaging with Music é uma importante ferramenta para se entender como o consumo de música gravada vem se transformando nos últimos anos, firmando-se cada vez mais a percepção de uma multiplicidade de modelos e formatos de acesso ao conteúdo musical, o que beneficia a todos os participantes da cadeia produtiva do setor e, sobretudo, ao público consumidor final e fãs de música de uma forma geral”.

Ainda segundo Paulo Rosa, “Os dados específicos da pesquisa relativos ao mercado brasileiro revelam vários aspectos positivos, como por exemplo o fato de as informações nacionais estarem em geral bastante próximas às médias globais, o que demonstra que o setor de música gravada no Brasil está em linha com o que se pratica nos principais mercados musicais do mundo. No caso de utilização de meios ‘piratas’ para acesso à música, entretanto, estamos acima da média mundial (29% global X 47% Brasil) o que reforça a necessidade de trabalho contínuo do setor e atenção dos legisladores e governos, para a proteção tanto dos criadores e artistas, como do mercado musical legítimo de música gravada e a continuidade de seu desenvolvimento”.

Principais motivos para assinatura de serviços de streaming musical

Entre os que consomem música através de streaming de áudio por assinatura, foram apontadas 3 razões principais para optarem pelo modelo de subscrição: 1 – Posso ouvir o que quero quando quero; 2 – Ausência de anúncios interrompendo a música e 3 – Acesso a milhões de músicas.

A relação dos consumidores de música com a inteligência artificial

Pela primeira vez este ano o relatório inclui uma seção dedicada à inteligência artificial (IA), uma vez que o rápido avanço da tecnologia de IA generativa continua a apresentar oportunidades e desafios para a comunidade musical e para os artistas. O que está claro é que os fãs valorizam profundamente a autenticidade – quase oito em cada dez fãs de música no mundo (79%) sentem que a criatividade humana continua a ser essencial para a criação de música.

Para os fãs conscientes da capacidade da IA generativa de copiar o repertório de artistas existentes, a autorização para o uso da música de qualquer artista é vista como absolutamente inegociável: 76% no mundo acham que a música ou os vocais de um artista não devem ser usados ou ingeridos pela IA sem permissão. Além disso, 74% concordam que a IA não deve ser utilizada para clonar ou personificar artistas sem autorização. A grande maioria dos fãs também apoia a necessidade de transparência, já que 73% concordam que um sistema de IA deve listar claramente qualquer música que tenha utilizado.

Baixe o relatório completo aqui | Baixe o infográfico aqui.

Metodologia

Os dados baseiam-se em trabalho de campo realizado entre agosto e outubro de 2023 em 26 países e recolheram as opiniões de mais de 43.000 usuários de internet/ fãs de música com idades entre 16 e 64 anos. Os painéis foram representativos demograficamente de cada país. Para a metodologia completa do relatório, consulte a página quatro do relatório.

Sobre a IFPI | A IFPI é a voz da indústria fonográfica em todo o mundo, representando mais de 8.000 membros de gravadoras em todo o mundo. A IFPI trabalha para promover o valor da música gravada, fazer campanha pelos direitos dos produtores musicais e expandir os usos comerciais da música em todo o mundo.

Sobre a Pro-Música | A Associação Brasileira dos Produtores de Discos – ABPD, criada em abril de 1958, passou a se denominar Pró-Música Brasil Produtores Fonográfico Associados em 2016 e continuou reunindo as maiores empresas de produção musical fonográfica em operação no País. Desde sua criação, a entidade se dedica a representar os interesses comuns aos produtores fonográficos em geral, promovendo o mercado legítimo de música gravada em meios físicos ou digitais. Além disso, a Pró-Música Brasil é a única entidade no Brasil que regularmente coleta dados e estatísticas de seus principais associados, para manutenção de banco de dados e divulgação à imprensa e ao público, de estatísticas sobre o mercado fonográfico brasileiro das últimas décadas.

Para mais informações da IFPI: press@ifpi.org | +44 (0) 20 7878 7979

Para outras informações, acesse o site oficial da Pro-Música.

(Fonte: Lupa Comunicação)

Selton Mello conquista lista de mais vendidos com livro que celebra 40 anos de carreira

São Paulo, por Kleber Patricio

Capa do livro.

Selton Mello celebra quatro décadas de carreira com o lançamento da biografia “Eu Me Lembro” cercado por memórias da família, dos amigos e da sua arte. A trajetória é narrada em primeira pessoa em resposta a uma série de perguntas feitas por um time de 40 estrelas da TV, teatro, cinema e literatura, como Fernanda Montenegro, Lázaro Ramos, Zuenir Ventura, Marjorie Estiano, Jeferson Tenório e Fábio Assunção. Lançamento da Jambô Editora, o livro está entre os mais vendidos do Brasil, figurando no Top 10 da categoria Não Ficção da tradicional lista de best-sellers publicada semanalmente pela revista Veja.

Ao longo dos capítulos, Selton descortina os principais personagens que interpretou, dublou e dirigiu, revela bastidores de gravações, as técnicas usadas para compor seus trabalhos e detalha experiências inesquecíveis, como dirigir o ator Paulo José já debilitado pelo Mal de Parkinson no antológico filme “O Palhaço”. As perguntas dos convidados abrem caminho para a intimidade que ele não costuma compartilhar publicamente.

Exemplo disso são as passagens sobre a relação do ator com a mãe, Selva, acometida pela doença de Alzheimer, e a comunicação mais espiritual mantida pelos dois desde o agravamento da doença. Esse vínculo funciona como a premissa do livro, pois lembrar, hoje, é essencial para manter as memórias da infância no interior de Minas Gerais, ou nos corredores da TV dos anos 1980. “Eu perdi a minha referência mais importante. Desde então, o meu exercício foi continuar fazendo pra ela, mesmo sabendo que ela não vai ver. Ela está aqui e não está. Então agora a minha mãe está dentro de mim.”

Com um texto sensível e poético, Selton dá voz aos desafios encarados ainda no começo da carreira, quando enfrentou o ostracismo após um sucesso meteórico e duvidou do próprio talento. Fala, também, sobre como cada um dos entrevistadores para o livro marcou sua trajetória. A biografia diverte, ensina e comove. Um mergulho profundo na alma de um dos maiores atores brasileiros de todos os tempos.

Os questionamentos de grandes personalidades brasileiras ajudam a abrir a caixa de memórias. De perguntas como “O que te inspira na vida?” – Camila Pitanga, “Por que nunca se casou?” – Pedro Bial, “Com que tipo de ator você gosta de contracenar?” – Wagner Moura, “Atuar, dirigir e escrever. Você tinha esse sonho desde pequeno? – Larissa Manoela, e “Qual foi a maior dificuldade que você enfrentou na carreira até hoje?” – Zezé Motta, nascem respostas emocionantes, engraçadas e surpreendentes. Em depoimentos tocantes, Matheus Nachtergaele e Fernanda Torres falam da conexão com Selton.

Para além de declarar seu amor à vida e à arte, ele se inspira em um grande sucesso ao dar o tom à narrativa. Em “Sessão de Terapia”, série que dirige e atua, onde dúvidas e angústias são compartilhadas, o expectador se identifica com a busca por respostas. No livro, o autor analisa, com humor refinado e muita ternura, as etapas da carreira e os percalços de forma lúcida e terapêutica, abordando questões delicadas, como transtorno de imagem e depressão. Ele deixa o leitor à vontade para buscar nas entrelinhas um pouco mais sobre sua essência.

Fotos: divulgação.

“Eu Me Lembro” se resume em uma conversa engraçada, tocante e muito humana sobre a trajetória do criador de personagens icônicos como o Chicó, de “O Auto da Compadecida”, Leléu, de “Lisbela e o Prisioneiro”, João Estrela, de “Meu nome não é Johnny” e Benjamin, de “O Palhaço”, entre tantos outros seres encantadores que foram tocados por seu talento. Com este livro-memória, Selton Mello compartilha vivências, sonhos e sentimentos, imortalizando um legado impressionante na televisão, no cinema, no teatro e na vida.

Citações da obra

“É preciso ter uma espécie de sabedoria pro fracasso e pro sucesso.”

“Porque sempre gostei de desafiar a rotina dos meus sentidos. Porque vivo grávido de ideias. Porque a arte salva.”

“Meus sentidos e meu intelecto devem ser preservados. Luto internamente para não sofrer uma atrofia da minha natureza. Trabalho diariamente para não colaborar com a debilitação da minha imaginação.”

“A realidade não basta, eu preciso de mais elementos pra sobreviver, componentes mais mágicos. Assim tenho caminhado: vivendo do trabalho e sobrevivendo dos sonhos.”

“Sou um sonhador vocacional, inadequado nato e tentando fazer parte, meio provisório, meio definitivo, meio errado, meio acertando, meio bossa nova e rock n’ roll. Não sou especialista em nada, nem de mim mesmo. Sou de exatas e de humanas. E de boas.”

Ficha técnica:

Livro: Eu Me Lembro

Autoria: Selton Mello

Editora: Jambô Editora

ISBN: 978658863472-1

Páginas: 344

Preço: R$79,90

Onde encontrar: Jambô Editora, Livraria da Travessa e Amazon

Entrevistadores: Fernanda Montenegro, Matheus Nachtergaele, Paulo José, Marjorie Estiano, Rodrigo Santoro, Alice Wegmann, Lázaro Ramos, Moacyr Franco, Oberdan Júnior, Leticia Sabatella, Fábio Assunção, Zezé Motta, Jeferson Tenório, Johnny Massaro, Pedro Paulo Rangel, Larissa Manoela, Lívia Silva, Wagner Moura, Guel Arraes, Patricia Pillar, Pedro Bial, Simone Spoladore, Raí, Nathalia Timberg, Leticia Colin, Rolando Boldrin, Aracy Balabanian, Christian Malheiros, Jackson Antunes, Fernanda Torres, Luana Xavier, Débora Falabella, Tonico Pereira, Ana Paula Maia, Camila Pitanga, Zuenir Ventura, Emilio Orciollo Netto, Arthur Dapieve, Dira Paes e Danton Mello. Redes sociais do autor: Instagram | TikTok | Threads | Facebook.

Sobre a Jambô Editora | Fundada em 2002, a Jambô é focada em literatura fantástica e jogos de RPG, sendo a maior editora do Brasil neste segmento. É a casa de títulos premiados e de sucesso de público, como os livros do universo Tormenta, de Ordem Paranormal e do Nerdcast RPG. Recentemente, começou a publicar obras culturais, como o livro de música “Os 500 Maiores Álbuns Brasileiros de Todos os Tempos” e a autobiografia de Selton Mello, “Eu Me Lembro”.

(Fonte: LC Agência de Comunicação)

Produção de soja no país tem impactos socioambientais monitorados pelas próprias empresas e pouca ação do Estado

Porto Alegre, por Kleber Patricio

Organismos internacionais pedem mais transparência sobre a origem e produção da soja no Brasil, segundo relatório. Foto: Leila Maria Costamilan/Embrapa Imagens.

Grandes empresas produtoras de soja são as responsáveis por determinar as normas do seu setor produtivo e por definir se a cadeia produtiva do grão cumpre com critérios de responsabilidade socioambiental, em relatórios anuais — papel de fiscalização que deveria ser executado pelo Estado. As conclusões são de um relatório divulgado nesta semana por pesquisadoras do Grupo de Pesquisa em Sociologia das Práticas Alimentares (SOPAS) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O documento mostra a ausência do Estado no processo de monitoramento e divulgação de dados sobre a produção de soja no país e a falta de uma definição sobre um processo produtivo sustentável nos relatórios das empresas, o que gera lacunas no rastreamento desta produção. As pesquisadoras analisaram dados de documentos públicos do setor de sustentabilidade das empresas da cadeia da soja, de relatórios de desempenho dos programas e certificações. Elas também realizaram entrevistas entre abril e junho de 2023 com representantes do setor e entidades ambientalistas ativas no debate sobre sojicultura.

O objetivo foi entender a governança na cadeia produtiva da soja no Brasil diante da demanda por transparência e responsabilidade socioambiental. O relatório aponta que, a partir do momento em que as empresas determinam suas metas sem que exista uma padronização sobre quais aspectos são relevantes e como tais informações devem ser divulgadas, se torna difícil obter dados sobre desmatamento, trabalho escravo, uso de agrotóxicos e invasões de terras indígenas.

Marília Luz David, professora adjunta do departamento de Sociologia da UFRGS e autora do estudo, destaca a importância do setor da soja e do Estado brasileiro se articularem para entrar no debate internacional sobre regras mais rígidas para a compra de produtos de origem agropecuária. Hoje, a expansão agropecuária da soja é responsável por índices altos de desmatamento no Cerrado, o que poderia trazer perdas de fatias de mercado em países com normas de governança mais rígidas como a China e alguns países da União Europeia.

“Estes resultados nos permitem sugerir que uma maior participação do Estado é bem-vinda na regulação e padronização dos modos de rastrear a soja e reportar resultados, assim como na articulação de compromissos internacionais com os maiores compradores da soja brasileira – notadamente, a China”, afirma David.

O trabalho das pesquisadoras chama a atenção para a emergência de modelos corporativos de governança ambiental. “Um olhar a partir dos estudos sociais, das ciências e das tecnologias pode oferecer novas perspectivas para questões do agronegócio no país, em particular, quais visões de vida em sociedade – o que queremos para biomas como Amazônia e Cerrado? – estão incorporadas em tecnologias, formas de mensuração e avaliação de práticas produtivas que prometem tornar a cadeia da soja mais sustentável e responsável”, diz a pesquisadora.

Para dar continuidade a essa pesquisa, David e Ângela Camana, doutora em Sociologia pela UFRGS e coautora do artigo, pretendem seguir explorando os acordos corporativos de governança ambiental na cadeia da soja, principalmente como são definidas a “soja livre de desmatamento e de conversão de vegetação nativa. O termo aparece em diversos documentos de empresas do setor e, por isso, precisa ser estudado”, explicam as autoras.

(Fonte: Agência Bori)

Brasil e Alemanha assinam acordo para implantação do laboratório de máxima segurança biológica

Berlim, por Kleber Patricio

Laboratório NB4 que será implantado no Brasil vai permitir o enfrentamento de eventuais pandemias. Foto: Lisia Gusmão.

Brasil e Alemanha assinaram acordo de cooperação para a implantação do laboratório de máxima contenção biológica, o NB4, que será construído no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP) e permitirá estudos de patógenos capazes de causar doenças graves e com alto grau de transmissibilidade. A declaração conjunta de intenção foi assinada no dia 4 de dezembro em Berlim, entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o CNPEM, o Ministério da Saúde (MS) e o Instituto Robert Koch (RKI) da Alemanha.

“A parceria do Instituto Robert Koch no planejamento, construção, operação, monitoramento e avaliação de instalações de nível de biossegurança 4, além dos trabalhos de pesquisa e das oportunidades de intercâmbio, é realmente uma prova do quanto é estratégica a cooperação entre Brasil e Alemanha”, afirmou a ministra Luciana Santos após assinatura do acordo, em Berlim. “Tenho a convicção de que os dois países, como fortes líderes regionais e globais, poderão influenciar fortemente na solução dos problemas comuns a toda a humanidade”, completou.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou que a parceria está em total consonância com a estratégia traçada no Ministério da Saúde para o enfrentamento de eventuais pandemias. “Elas podem acontecer, assim como já ocorreram, e precisamos estar cada vez mais preparados para utilizar a nossa expertise nas múltiplas áreas de conhecimento e também munidos do que há de mais avançado em tecnologia. Precisamos investir cada vez mais na biossegurança e na ciência em prol da saúde pública para tentar evitar doenças de impacto massivo”, ressaltou.

Orion

Primeiro laboratório de máxima contenção biológica na América Latina, o NB4, batizado de Orion, também é o único no mundo que será conectado a uma fonte de luz síncrotron. O CNPEM opera uma das três fontes de luz síncrotron de quarta geração do mundo, o Sirius, que utiliza aceleradores de elétrons para produzir um tipo especial de luz. A luz síncrotron é utilizada para investigar a composição e a estrutura da matéria em suas mais variadas formas, com aplicações em praticamente todas as áreas do conhecimento.

A construção do NB4 foi incluída no Novo Programa de Aceleração do Crescimento e deve receber R$1 bilhão em recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) até 2026. A exemplo do Sirius, o NB4 será uma infraestrutura aberta e a serviço dos desafios da saúde pública do país.

Segundo o diretor-geral do CNPEM, Antonio José Roque da Silva, a colaboração com o Instituto Robert Koch, instituição do governo alemão responsável pelo controle e prevenção de doenças, tem como objetivo o desenvolvimento de infraestruturas de máxima segurança biológica e o avanço do conhecimento na área da saúde. “O Instituto Robert Koch é um dos centros de referência mundial na área de pesquisas em biomedicina, com particular ênfase em patógenos. A parceria terá papel importante não apenas durante a execução e desenvolvimento do projeto Orion, mas também ao auxiliar na mobilidade e treinamento de pesquisadores, na realização de pesquisas conjuntas e, de forma mais ampla, na área de saúde, do diagnóstico e do desenvolvimento de vacinas”, ressaltou.

Durante a cerimônia de assinatura, o presidente do Instituto Robert Koch, Lars Schaade, ressaltou os atuais desafios que ampliaram a relevância da instituição na proteção da saúde, como as mudanças climáticas, movimentos migratórios e a desigualdade no acesso à saúde. Ele também destacou os esforços de cooperação científica. “Com o Brasil, a parceria que estabelecemos hoje tem como foco o NB4 e a questão epidemiológica para garantir a qualidade dos procedimentos diagnósticos”, disse.

(Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI)

Museu Catavento inaugura novo espaço dedicado ao elemento Água

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem: Pedro Emmanuel/Divulgação Museu Catavento.

O Museu Catavento inaugurou no dia 11 de dezembro a nova área do museu chamada “Elemento Água”. A mostra contempla as características químicas da molécula da água e sua importância para a vida no planeta Terra e faz parte do “Corredor da Matéria”, local já presente no museu, onde o visitante terá conhecimentos do modelo atômico ao longo da história, da tabela periódica e os elementos que a compõem. A iniciativa tem patrocínio da Unipar, empresa líder na produção de cloro e soda e segunda maior produtora de PVC da América do Sul. A exposição é aberta ao público e possui entrada franca todas as terças-feiras.

A primeira etapa da exposição se concentra nas origens da água em nosso planeta, onde é destacada sua importância crítica para a sustentação da vida. Os visitantes terão a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre a formação da água, desde o Big Bang, passando por sua composição molecular e entendendo como essas características influenciam suas propriedades físicas e químicas. Para facilitar este entendimento, haverá um equipamento interativo onde será possível observar o comportamento dos átomos de hidrogênio e oxigênio, que compõem o elemento químico, e como a molécula da água se comporta em seus estados físicos (sólido, líquido e gasoso), podendo facilitar o conhecimento aprendido em sala de aula e de curiosos. Além disso, a mostra também abordará a importância da preservação da água, onde será demonstrado a partir de uma maquete de um “planeta seco” como se trata de um recurso escasso. “Temos o objetivo de sensibilizar as pessoas em relação ao entendimento do elemento água e o quanto ela é uma molécula singular, escassa e essencial para a existência de toda a vida na terra, inclusive a nossa”, diz Ricardo Pisanelli, curador da exposição.

Na segunda parte da exposição, o foco se desloca para o papel da água em nosso cotidiano, destacando seus usos industriais e os desafios relacionados à poluição. Em o “Uso da água”, é demonstrada a quantidade de água utilizada para cada atividade do dia a dia: “para produzir uma calça jeans, por exemplo, são utilizados 10 mil litros de água, já um quilo de carne bovina, 15,5 mil litros”, afirma Pisanelli. Em os “desafios da água potável”, o visitante é convidado a “ver o problema mais de perto”. A partir de lentes de aumento presentes no painel, terá conhecimento de problemas e soluções como a falta, a contaminação e o desperdício de água.

Um aspecto crucial abordado é a eletrólise e suas diversas aplicações no dia a dia. Nessa etapa busca-se transmitir, de maneira clara e acessível, por meio de animações, como esse processo desempenha um papel fundamental na fabricação de produtos essenciais, como soda cáustica, PVC, encanamentos, telhas e janelas, entre outros.

“A eletrólise é uma reação de oxidação e redução não espontânea provocada pelo fornecimento de energia elétrica. Nas fábricas da Unipar, utilizamos o eletrolisador, um dispositivo que permite, por meio desse processo químico, quebrar as moléculas de sal e da água em cloro, hidrogênio e soda cáustica através da eletricidade”, explica Rodrigo Cannaval, diretor de operações da Unipar.

“Como professores, nosso grande desafio é chamar a atenção dos alunos; então, ter a possibilidade de trazê-los para vivenciarem essa experiência lúdica e divertida nos deixa muito felizes. É uma aula de química completa”, comenta Adelino José dos Santos, professor de química do ensino médio em Rio Grande da Serra.

“Elemento Água” no Museu Catavento oferece uma experiência enriquecedora para todas as idades, destacando a grande importância da água, bem como os desafios e as oportunidades relacionados a este recurso vital.

A mostra pode ser conferida no piso superior do Museu Catavento (serviço completo abaixo).

Equipamentos interativos: têm o intuito de facilitar o entendimento de conteúdos como comportamento das moléculas de água, diferença entre os estados físicos, quantidade de água potável presente no planeta Terra e eletrólise da água. Pode complementar o conhecimento aprendido em sala de aula, em matérias como física, química, biologia e geografia, e de curiosos.

Monitoramento educacional: feito por profissionais do Catavento, que poderão explicar curiosidades como o porquê da quantidade de água no planeta ser sempre a mesma; o fato da água no estado sólido boiar e não afundar, diferente de outros elementos químicos, e ela ser um solvente universal, compondo 74% do corpo humano.

Serviço:

Exposição Elemento Água

Abertura ao público: a partir de 12 de dezembro – Data: de terça-feira a domingo

Horários: das 9h às 17h (bilheteria fecha às 16h)

Entrada: R$15 (inteira) R$7,50 (meia)

Gratuidade: às terças-feiras para todos. Mais informações sobre gratuidade neste link

Local: Museu Catavento (Corredor da Matéria – piso superior)

Endereço: Avenida Mercúrio, s/n, Pq. Dom Pedro II – Centro – São Paulo (SP)

Sobre o Museu Catavento | O Museu Catavento, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do estado de São Paulo, foi inaugurado em março de 2009 e tem mais de 200 instalações divididas em quatro seções (Universo, Vida, Engenho e Sociedade). Cada seção foi elaborada com uma expografia que contribui para criar atmosferas únicas e envolventes. Atrações como borboletário, sala de realidade virtual Dinos do Brasil, simuladores, aquários de água salgada, anêmonas e peixes carnívoros e venenosos, uma maquete do sol e uma parede de escaladas, onde é possível ouvir relatos de personalidades da história, são apenas alguns exemplos de como o visitante pode aprender e se divertir ao mesmo tempo. Na área externa também é possível conferir equipamentos como a locomotiva Dübs (fabricada em 1888 na Inglaterra que pertenceu à Cia. Paulista de Estradas de Ferro e foi usada brevemente para o transporte de carga) e o avião DC-3 (1936), que foi utilizado como cargueiro militar na Segunda Guerra Mundial.

Redes sociais do Museu Catavento:

Facebook: @cataventocultural

Instagram: @museucatavento

Twitter: @MCatavento

Youtube: Museu Catavento.

(Fonte: Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo – Assessoria de Imprensa)