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Parque Floresta Cantareira tem programação especial durante férias de janeiro

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: saopaulo.sp.gov.br.

Para quem está em busca de uma programação diferente neste verão, a Urbia, administradora do Parque Floresta Cantareira, informa que os Núcleos Pedra Grande e Engordador abrirão diariamente durante todo o mês de janeiro de 2023. O Parque, que normalmente abre de quarta-feira a domingo e feriados, das 8h às 17h, com entrada permitida até às 16h, realizará a extensão nos dias de funcionamento por ser período de férias escolares, garantindo mais uma opção de lazer e entretenimento aos seus frequentadores. Os horários de abertura e fechamento permanecem iguais.

Além disso, com o intuito de tornar a visita ainda mais completa, o café do Núcleo Pedra Grande também será oferecido todos os dias de janeiro, com lanches prontos, salgados, doces, e bebidas como sucos e café. Composto por um afloramento rochoso com cerca de 1.010 m de altitude, o local garante uma vista incrível da cidade de São Paulo aos seus visitantes.

Vale ressaltar que a extensão nos dias de funcionamento não será aplicada no Núcleo Águas Claras, que mantém sua portaria com funcionamento aos sábados, domingos e feriados.

Acesso | Para chegar ao Horto Florestal e Floresta Cantareira, há várias linhas de ônibus que partem do Terminal Santana e Parada Inglesa – ambos locais próximos às estações Santana e Parada Inglesa da linha 1-Azul do metrô de São Paulo – que passam pelo local. Algumas das alternativas de ônibus que partem dos terminais mencionados acima são: 2740/41 Metrô Parada Inglesa–Horto Florestal (ponto final); 1018/10 Metrô Santana–Vila Rosa; e 1775/10 Metrô Santana–Vila Albertina. Caso o visitante opte por ir de carro, há estacionamento para veículos no parque com entrada pela Av. José Rocha Viana 62.

Sobre a Urbia

Criada em 2019, a Urbia Gestão de Parques nasce para valorizar, cuidar e preservar o patrimônio histórico e ambiental, enquanto oferece lazer qualificado, entretenimento e cultura a todos os usuários. A dedicação da empresa se concentra em criar, a cada dia, um mundo melhor com mais diversidade, inclusão e cidadania. Ao todo, são quatro concessões especializadas na gestão de parques públicos da capital paulista e da região sul do país. A primeira é a Urbia Gestão de Parques de São Paulo é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) criada para cuidar da gestão dos seis parques paulistanos (Ibirapuera, Tenente Brigadeiro Faria Lima, Jacintho Alberto, Jardim Felicidade, Eucaliptos e Lajeado), apoiada no desenvolvimento sustentável, com o objetivo de conectar pessoas por meio do lazer, entretenimento e cultura, e proporcionar momentos de imersão e harmonia com a natureza. Além destes, a Urbia também é responsável pela gestão dos Parques Horto Florestal e da Cantareira, ambos localizados na Zona Norte de São Paulo/SP; áreas de visitação dos Parques Nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral (Cânions), situados em Cambará do Sul/RS; e recentemente foi vencedora da licitação de concessão das áreas de visitação do Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu/PR, onde a assunção do espaço deverá acontecer em breve.

Para mais informações, acesse: https://urbiaaguasclaras.com.br/.

(Fonte: Máquina Cohn & Wolfe)

Centro Cultural Baukurs apresenta “A Ópera Comentada”

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

A literatura, o teatro e a criação. Foto: divulgação.

O curso “Ópera Comentada”, do maestro Ricardo Rocha, será realizado no Centro Cultural Baukurs, em Botafogo, no Rio de Janeiro, com o objetivo não apenas de iniciar leigos no instigante reino dessa manifestação artística plural para a formação de novas plateias, mas também trazer informações históricas, estéticas e estilísticas de cada obra aos conhecedores do gênero, assim como apresentar biografias de cada compositor e a análise detalhada de seu libreto. Organizado em três blocos independentes, o conteúdo sempre é apresentado com a análise, a explicação e o contexto histórico em que foi escrita a obra.

As aulas iniciaram em 2022 com o módulo ‘Ópera Italiana’, origem do gênero em si, e suas principais expressões, como a Trágica (drama), a Cômica (‘buffa ’) e a Verista (‘ realista ’). Em 2023, será a vez da Ópera Francesa e Alemã. O Bloco II, relativo à Ópera Francesa, acontecerá entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro, encerrando com o terceiro e último bloco em março, destacando a Ópera Alemã.

Origem e definição

A Ópera é um gênero artístico exclusivo e extraordinário produzido pela civilização ocidental capaz de reunir teatro, literatura, cenografia, dança e outras manifestações em perfeita simbiose com a música que representa os afetos da poesia e da palavra por meio do canto, numa relação funcional de mútuo proveito, como organismos que interagem harmônica e produtivamente entre si.

A Ópera. Foto: divulgação.

Quem não a conhece pergunta se este gênero é teatro musicado ou música encenada. A resposta é simples: pela origem do nome, Ópera é uma palavra italiana que significa ‘obra’, que por sua vez vem do latim ‘opus’, cujo plural é… ‘opera’. Assim, Ópera é arte plural na qual a música é uma protagonista que até se sustenta sozinha em concerto, mas que, não fosse o suporte de outras artes, não passaria de um oratório ou uma cantata profana com narração cantada.

Maestro Ricardo Rocha

Ricardo Rocha é atualmente um dos regentes mais renomados do Brasil. Pós-graduado pela Escola Superior de Música da Universidade de Karlsruhe como Kapellmeister (Maestro de ópera e concertos sinfônicos), o mais alto título em Regência em países de língua alemã, é também mestre em Regência pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Na Alemanha, ao longo de 11 anos, criou o ciclo “Brasilianische Musik im Konzert” para a difusão da música de concerto brasileira, à frente de orquestras como a Sinfônica de Bamberg, as Filarmônicas da Turíngia e de Südwestfallen e a Sinfônica de Baden-Baden.

O maestro Ricardo Rocha. Foto: Meg Lopes.

No Brasil, Rocha foi regente titular da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Mato Grosso (1992-94) e da Orquestra Sinfônica e Coro Estável da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (1994-96), onde também foi professor de Regência. Como convidado, regeu grandes orquestras brasileiras como a OSB, OSTMSP, OSMG, OPES, OSN-UFF, OSBJ e a OJB – Orquestra Jovem do Brasil, com a qual executou a Nona Sinfonia de Beethoven pelos 20 anos da Queda do Muro de Berlim.

É autor dos livros “Regência, uma arte complexa” (2004) e o atlas “As Nove Sinfonias de Beethoven – uma Análise Estrutural” (2013).

Em meio à pandemia do Covid 19 foi contemplado por diferentes editais musicais, como Itaú Cultural e Lei Aldir Blanc, Secretaria Estadual de Cultura RJ, através da qual publicou três vídeos com reflexões sobre Cultura, Arte e Música.

Rocha é também Comendador pelo Poder Judiciário (Ordem São José Operário do Mérito Judiciário do Trabalho, TRT da 23ª. Região) desde 1994.

Ópera Francesa – Títulos abordados

CARMEM, Georges BIZET (20/1 – 23/1)

DON QUICHOTTE, Jules MASSENET (27/1-30/2)

A DANAÇÃO DE FAUSTO, Hector BERLIOZ (3/2 – 6/2)

L’ENFANT ET LES SORTILÈGES, Maurice RAVEL (10/2).

Serviço:

Ópera Francesa com o Maestro Ricardo Rocha

Local: Baukurs Botafogo, Rua Goethe, 15

Aulas: Sextas e segundas, de 20/1 a 10/2

Horário: 19h às 21h

Investimento total do curso: R$560,00 – bolsas especiais: R$230,00 aos primeiros quatro profissionais e estudantes de música

Mais informações: Secretaria Baukurs – (21) 99411-8480 ou pelo e-mail secretaria@baukurs.com.br.

(Fonte: Assessoria Tisato)

Janeiro traz música, teatro e história ao Theatro Municipal de São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Daniel Cabrera/divulgação/Theatro Municipal de São Paulo.

Em janeiro, o Theatro Municipal de São Paulo traz a seu público a oportunidade de explorar espaços e temas especiais. Exposições, visitas guiadas, concertos e uma peça de teatro imersiva proporcionam aos visitantes experiências que trazem a vivência do Complexo Theatro Municipal por meio de bastidores e histórias pouco conhecidas da música e das artes nacionais.

Uma dessas visões pode ser conferida na Praça das Artes. Durante todo o mês segue em cartaz a exposição “Presente! – Presenças Negras no Theatro Municipal”. A mostra busca lançar luz a uma história fragmentada da participação negra na história do Theatro por meio de mais de 280 registros, documentos e itens do acervo, como figurinos, e audiovisuais que mostram artistas – músicos, dramaturgos, dançarinos –, entre outros profissionais que fizeram e seguem fazendo a história da casa. A exposição tem entrada gratuita e segue em cartaz até o dia 29 de março, entre terça e sábado, das 10h às 18h.

A Orquestra Experimental de Repertório. Foto: Clarissa Lambert/divulgação/Theatro Municipal.

Primeiro evento da Orquestra Sinfônica Municipal do ano, o Concerto de Verão, que acontece entre os dias 25, 27 e 28 de janeiro (quarta e sábado, às 17h e sexta, às 20h) traz uma homenagem a importantes compositores brasileiros, entre os quais estão Alberto Nepomuceno, Alexandre Levy, Oscar Lorenzo Fernández, Francisco Mignone e o recentemente falecido maestro Edino Krieger. A regência é do maestro Roberto Minczuk e, no violino, Guido Sant’Anna, que também executará o concerto para violino de Tchaikovsky (a apresentação “Maracatu e Burana”, que aconteceria em janeiro, conforme a divulgação da programação de 2023, foi reagendada para o final do ano). O espetáculo dura 60 minutos e os ingressos custam entre R$12 e R$64. A classificação indicativa é livre. A apresentação do dia 25 também celebra o Aniversário da cidade de São Paulo.

Mais um espetáculo que irá possibilitar um olhar novo para a edificação, “Personagens em Busca de um Autor”, trabalho do Núcleo Teatro de Imersão Tragicomédia, irá fazer uma adaptação do texto do italiano Luigi Pirandello para o público por meio de uma montagem imersiva, itinerante e interativa. Na obra, os espectadores são convidados a opinar sobre um espetáculo em construção quando o ensaio é interrompido pela chegada de três personagens cujo drama ainda não terminou de ser escrito. Ao contar tal drama, personagens, elenco e espectadores circulam por diversos ambientes do Theatro Municipal, incluindo coxias e áreas pouco visitadas pelo público comumente.

A Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. Foto: Larissa Paz/divulgação/Theatro Municipal.

O espetáculo terá apresentações nos dias 28/1 (11h) e segue durante o mês de fevereiro, aos sábados (4/2, 11/2 e 26/2) e domingos (12 e 26/2), com sessões às 11h e 15h (exceto nos dias 28/1 e 4/2 – somente 11h). A duração do espetáculo é de 120 minutos, a classificação indicativa é de 18 anos e a lotação, 30 lugares. Os ingressos são gratuitos e as reservas podem ser feitas pelo site.

A Orquestra Experimental de Repertório também se apresenta no dia 29 de janeiro, domingo, às 11h, sua estreia em 2023. O concerto, sob a regência de Jamil Maluf e como solista o ao violino Claudio Micheletti, traz obras de Camille Saint-Säens, Rimsky-Korsakov e Tchaikovsky. Os ingressos vão de R$12 a R$32 (inteira) e o concerto dura aproximadamente 40 minutos sem intervalo.

Durante o mês, a programação também conta com ações do projeto De Onde Si Vê, que são ateliês itinerantes de artes e plantio de flores e ervas, que acontecem nas ruas próximas à Praça das Artes, preferencialmente para pessoas em situação de vulnerabilidade. Os ateliês, conduzidos por educadores sociais, contam com equipe técnica de psicólogo e assistente social, que oferecem oportunidade de escuta e acolhimento à população do entorno da Praça. Eles acontecem das terças e quintas, das 14h30 às 16h30.

Visitas guiadas e educativas

Gizelle Menon e Leticia Alves em cena de “Personagens em busca de um autor”. Foto: Hernani Rocha.

Quem estiver de férias ou de passagem pela cidade de São Paulo a partir do dia 11 de janeiro também poderá realizar uma das visitas guiadas, lúdicas e educativas oferecidas pela casa. Além das tradicionais visitas em português e em inglês que apresentam a história cultural e arquitetônica da casa, que podem ser agendadas com um dia de antecedência pelo site, há diferentes tipos de visitas educativas, que podem ser realizadas com as crianças também.

Esse é o caso de “Pausa para o Café”, por exemplo, na qual o Theatro se transforma em uma máquina do tempo que estimula a criatividade das crianças por meio conversas e brincadeiras. Ela acontece aos sábados, quinzenalmente, às 14h30 e tem duração de 90 minutos. A reserva de ingressos gratuitos acontece sempre no dia anterior à visita, a partir das 10h, pelo site do Theatro.

Em “Linha, Forma e Cor”, é possível realizar um passeio lúdico com as crianças e seus familiares pelos espaços do Theatro, com diversas brincadeiras e descobertas sobre os seus elementos artísticos a partir de pinturas modernistas. Os encontros acontecem aos sábados (quinzenalmente), às 14h30 e duram ao todo 90 minutos. Os ingressos são gratuitos e devem ser reservados antecipadamente no site oficial do TMSP.

Leticia Alves e Pat Albuquerque em cena da peça “Personagens em busca de um autor”. Foto: Hernani Rocha.

Por fim, os “Encontros para Desenhar” convidam os participantes a ilustrarem de várias formas o Theatro Municipal e a Praça das Artes, experimentando diversas técnicas, a partir da observação da arquitetura e de elementos artísticos. Unindo desenho, movimento, música e caminhadas, os encontros contam com materiais básicos para realizar os trabalhos, mas também deixa livre para que os participantes tragam seus próprios instrumentos para desenho e colagem. A participação é livre para todos os públicos e acontece no último sábado do mês (28/1), às 10h, com duração de 120 minutos aproximadamente. Os ingressos devem ser reservados antecipadamente pelo site do TMSP.

Para mais informações sobre os espetáculos confira a programação completa abaixo ou acesse este link.

Serviço:

Theatro Municipal

Praça Ramos de Azevedo, s/nº – Sé – São Paulo, SP

Capacidade Sala de Espetáculos – 1530 pessoas

Praça das Artes

Avenida São João, 281 – Sé – São Paulo, SP

Capacidade Sala do Conservatório – 200 pessoas.

(Fonte: Theatro Municipal)

Arte132 apresenta em 2023 “Tridimensional: Entre o sagrado e o estético”, um recorte da coleção de Vera e Miguel Chaia

São Paulo, por Kleber Patricio

Miguel Chaia, obras da coleção – 19, Arte 132, 11.2022. Foto: ©evertonball.

A Arte 132 Galeria inaugura, no dia 14 de janeiro de 2023, a exposição “Tridimensional: Entre o sagrado e o estético” – um recorte da coleção particular de Vera e Miguel Chaia, que reúne um conjunto de 46 obras. Entre telas, objetos e esculturas de 35 diferentes artistas brasileiros, a mostra apresenta desde nomes consagrados a jovens talentos do cenário artístico brasileiro. A curadoria é assinada por Miguel Chaia, Laura Rago e Gustavo Herz.

Dividida em dois pilares, o sagrado e o estético, ‘Tridimensional’ mescla de forma não linear os temas centrais – supõe-se que cada artista ou obra se aproxima ora mais ora menos do sagrado ou do estético; em algumas obras, o sagrado pode ser mais explícito e, em outras, menos.

O conceito de sagrado é aqui entendido no seu significado amplo de religioso, venerável, ritualístico, mítico, alquímico e metafísico — centrado nas questões do corpo e da sociabilidade, e aparece representado por cinco elementos: sangue, vinho, água, fogo e alimento. O estético é compreendido como a linguagem que, no desenvolvimento histórico da arte, em um processo autônomo e profano, opera revoluções nas formas de expressão, rompendo claramente vínculos com áreas externas à própria arte. O tridimensional aparece em restrito relacionado à forma das telas, objetos e esculturas – todas as obras apresentam três dimensões e/ou perspectivas de relevo.

Para o artista plástico Donald Judd, a tridimensionalidade não está próxima de ser uma esfera tão sedimentada quanto a pintura, mas a força das três dimensões, “simula e aumenta o objeto real, para equipará-lo a uma forma emocional. A metade, ou mais, dos melhores novos trabalhos que se têm produzido nos últimos anos não tem sido nem pintura nem escultura. Frequentemente, eles têm se relacionado, de maneira próxima ou distante, a uma ou a outra. Os trabalhos são variados e, dentre eles, muito do que não é nem pintura nem escultura também é variado”, explica Judd. Para ele, esses novos trabalhos tridimensionais não constituem um movimento, escola ou estilo, mas, sim, um avanço da linguagem a partir das especificidades e potencialidades dos suportes e materiais.

Sobre o processo curatorial

Três questões nortearam as reflexões abordadas pelo conjunto de obras expostas: Será possível perceber na arte contemporânea vestígios do sagrado? O que pode haver em comum entre a arte e o sagrado? E, ainda, a arte contemporânea, ao ganhar autonomia, fortalecendo seu significado estritamente estético, abandona o mítico, a religiosidade e a religião na busca da revolução da linguagem?

Miguel Chaia, obras da coleção – 29, Arte 132, 11/2022. Foto: ©evertonball.

Entre os destaques da exposição, aparecem Artur Lescher, Carmela Gross, José Resende, José Leonilson, Leda Catunda, Marcelo Cidade e Tunga. A exposição traz à tona a discussão do que é arte e suas conjugações e interlocuções entre o sagrado e o estético dentro de uma mesma obra. O resultado é uma mostra site specific, que surge a partir da proposta curatorial na qual concepção, temática e suporte contemplam a vocação e as particularidades da galeria Arte132, e que desdobra-se em um belo jardim de esculturas.

Para o curador e colecionador Miguel Chaia, a arte e o tridimensional são conceitos polissêmicos: abrem-se para múltiplas formulações ou definições. “A arte está aberta a qualquer pesquisa que assuma a perspectiva da política ou da filosofia, da religião, da economia, da semiótica e da estética. E, com frequência, essas perspectivas estão interligadas, uma vez que a arte é relacional enquanto produto da práxis humana, atravessada pelas múltiplas esferas da sociedade”, explica ele.

A história da coleção de Vera e Miguel Chaia se confunde com a própria história da arte contemporânea brasileira. O casal começou a colecionar há 45 anos e, durante esse período, reuniu um acervo ímpar. Eles se conheceram em 1969, quando cursavam a faculdade de ciências sociais da PUC-SP, e logo descobriram o amor em comum pelas artes, passando a visitar, juntos, exposições. Começaram adquirindo gravuras e nunca mais pararam – assim surgia uma das mais importantes coleções de arte contemporânea brasileira. “Tridimensional – Entre o sagrado e o estético” será uma oportunidade para que os espectadores conheçam um recorte desse acervo.

Sobre os curadores:

Miguel Chaia (São Paulo, 1947) é graduado em Ciências Sociais pela PUC-SP, mestrado e doutorado em Sociologia pela USP. É professor da Pós-graduação em Ciências Sociais da Faculdade de Ciências Sociais e do Curso “Arte: História, Crítica e Curadoria”, da PUC-SP, e coordenador e pesquisador do Núcleo de Estudos em Arte, Mídia e Política (Neamp).

Laura Rago (São Paulo, 1984) é curadora independente e jornalista de arte graduada em história e pós-graduada em Jornalismo Cultural e em Arte: Crítica e Curadoria, ambos os cursos realizados na PUC-SP. Pesquisadora na área de Arte e Política, História das Exposições, Arte e Tecnologia e Arte Pública.

Gustavo Herz (São Paulo, 1998) é graduado em Arte: História, Crítica e Curadoria pela PUC-SP. Ator e curador. Pesquisador na área de religiosidade. Promove eventos culturais independentes.

Miguel Chaia, obras da coleção – 18, Arte 132, 11/2022. Foto: ©everball.

Sobre a Arte132 Galeria | A Arte132 acredita que a arte de um país e de um período não é constituída apenas por alguns nomes definidos pelo mercado, mas por todos os artistas que desenvolveram um entendimento do mundo e do homem em determinado momento; artistas estes que abriram e alargaram os caminhos da arte brasileira. Dessa forma, expõe e dá suporte a mostras com o compromisso de apresentar arte relevante e de qualidade ao maior número de pessoas possível, colecionadores ou não. A casa (concebida pelo arquiteto Fernando Malheiros de Miranda, em 1972), para além de uma galeria de arte, é um lugar de encontros, diálogos e descobertas.

Serviço:

Exposição “Tridimensional: Entre o sagrado e o estético”

Curadores: Miguel Chaia, Laura Rago e Gustavo Herz

Local: Arte132 Galeria – Av. Juriti, 132, Moema, São Paulo – SP

Evento de abertura: 14 de janeiro de 2023, sábado, das 11h às 17h

Período expositivo: 14 de janeiro a 11 de março de 2023

Evento de encerramento: Recital de piano, em 11 de março, sábado, às 11h30

Horários de visitação: segunda a sexta, das 14h às 19h; sábados, das 11h às 17h

Entrada gratuita

https://arte132.com.br.

(Fonte: A4&Holofote comunicação)

José Lins do Rego reproduz suas lembranças em “Meus Verdes Anos”, lançado pela Global Editora

São Paulo, por Kleber Patricio

Capa.

Como um bom romancista, José Lins do Rego expressa seus sentimentos de diversas formas ao reproduzir suas próprias memórias em livros. Seja por meio dos fragmentos da sua vida que são impressos na jornada de Carlinhos, protagonista de três livros do Ciclo da cana-de-açúcar, ou até mesmo na forma em que ele aborda o movimento do cangaço em “Pedra Bonita” e “Cangaceiros”, ambos lançados pela Global Editora em 2022.

Em “Meus verdes anos”, o autor continua com o contexto social e político ainda muito presente, mas contando um pouco das suas experiências na infância: a forma como chegou ao engenho do avô, como observava a relação do senhor do engenho com seus empregados e a forma como se sentia solitário na vida, abandonado por todos ao seu redor. Ao mesmo tempo, contextualiza o espaço ao seu redor mostrando situações como a disparidade de poder, a fome, febres e outros problemas do engenho – tudo isso sem perder a qualidade ingênua e doce do olhar de uma criança.

Assim como nas demais obras do autor, o lançamento da Global Editora conta com ilustrações de Mauricio Negro para a capa. A obra, publicada pela primeira vez em 1956, um ano antes de seu falecimento, é uma calorosa recordação dos momentos vividos durante sua trajetória, que foram essenciais para o desenvolvimento de suas narrativas sobre infância, amadurecimento e uma época que não volta mais. Zé Lins é reconhecido como um dos maiores escritores da literatura brasileira pela sua capacidade de envolver o leitor com sinceridade e sensibilidade ao retratar suas raízes.

Ficha Técnica:

Título: Meus verdes anos

Autor: José Lins do Rego

Apresentação: Iranilson Buriti de Oliveira

Páginas: 224

Preço de capa: R$49,00

ISBN: 978-65-5612-343-1

Formato: 14 X 21 cm.

Sobre José Lins do Rego | José Lins do Rego nasceu em três de junho de 1901, em Pilar, na Paraíba, e faleceu em 12 de setembro de 1957, na cidade do Rio de Janeiro. Publicou em 1932 seu primeiro livro, “Menino de engenho”, romance que foi seu passaporte de entrada para a história do moderno romance brasileiro. Viveu grande parte de sua vida no Recife e no Rio de Janeiro. O dia a dia e os costumes dessas cidades servem como panos de fundo para as suas obras. Em 1943, publicou “Fogo Morto”, livro considerado a sua obra-prima. Além de romancista, o escritor paraibano foi também contista, cronista, tradutor e jornalista, contribuiu ao longo de sua vida para vários periódicos brasileiros. Teve livros traduzidos para o inglês, francês, espanhol, alemão e italiano, dentre outras línguas. Em 1956, ano anterior ao de seu falecimento, tornou-se membro da Academia Brasileira de Letras.

(Fonte: Jô Ribes Comunicação)