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José Lins do Rego reproduz suas lembranças em “Meus Verdes Anos”, lançado pela Global Editora

São Paulo, por Kleber Patricio

Capa.

Como um bom romancista, José Lins do Rego expressa seus sentimentos de diversas formas ao reproduzir suas próprias memórias em livros. Seja por meio dos fragmentos da sua vida que são impressos na jornada de Carlinhos, protagonista de três livros do Ciclo da cana-de-açúcar, ou até mesmo na forma em que ele aborda o movimento do cangaço em “Pedra Bonita” e “Cangaceiros”, ambos lançados pela Global Editora em 2022.

Em “Meus verdes anos”, o autor continua com o contexto social e político ainda muito presente, mas contando um pouco das suas experiências na infância: a forma como chegou ao engenho do avô, como observava a relação do senhor do engenho com seus empregados e a forma como se sentia solitário na vida, abandonado por todos ao seu redor. Ao mesmo tempo, contextualiza o espaço ao seu redor mostrando situações como a disparidade de poder, a fome, febres e outros problemas do engenho – tudo isso sem perder a qualidade ingênua e doce do olhar de uma criança.

Assim como nas demais obras do autor, o lançamento da Global Editora conta com ilustrações de Mauricio Negro para a capa. A obra, publicada pela primeira vez em 1956, um ano antes de seu falecimento, é uma calorosa recordação dos momentos vividos durante sua trajetória, que foram essenciais para o desenvolvimento de suas narrativas sobre infância, amadurecimento e uma época que não volta mais. Zé Lins é reconhecido como um dos maiores escritores da literatura brasileira pela sua capacidade de envolver o leitor com sinceridade e sensibilidade ao retratar suas raízes.

Ficha Técnica:

Título: Meus verdes anos

Autor: José Lins do Rego

Apresentação: Iranilson Buriti de Oliveira

Páginas: 224

Preço de capa: R$49,00

ISBN: 978-65-5612-343-1

Formato: 14 X 21 cm.

Sobre José Lins do Rego | José Lins do Rego nasceu em três de junho de 1901, em Pilar, na Paraíba, e faleceu em 12 de setembro de 1957, na cidade do Rio de Janeiro. Publicou em 1932 seu primeiro livro, “Menino de engenho”, romance que foi seu passaporte de entrada para a história do moderno romance brasileiro. Viveu grande parte de sua vida no Recife e no Rio de Janeiro. O dia a dia e os costumes dessas cidades servem como panos de fundo para as suas obras. Em 1943, publicou “Fogo Morto”, livro considerado a sua obra-prima. Além de romancista, o escritor paraibano foi também contista, cronista, tradutor e jornalista, contribuiu ao longo de sua vida para vários periódicos brasileiros. Teve livros traduzidos para o inglês, francês, espanhol, alemão e italiano, dentre outras línguas. Em 1956, ano anterior ao de seu falecimento, tornou-se membro da Academia Brasileira de Letras.

(Fonte: Jô Ribes Comunicação)