Concurso retorna mais uma vez ao Brasil, Colômbia e México para fortalecer compromisso das escolas que estão deixando uma marca positiva em suas comunidades


São Paulo
O relatório “World Economic Situation and Prospects” de 2024 da Organização das Nações Unidas (ONU) destacou os efeitos das mudanças climáticas numa perspectiva alarmante. Condições meteorológicas extremas, desastres climáticos e o avanço do fenômeno El Niño representam um risco significativo para o crescimento econômico e a segurança alimentar no Brasil e demais países da América Latina, Ásia e África.
“A produção de alimentos depende de condições climáticas adequadas e as previsões da ONU indicam uma crise iminente para a agricultura. Neste contexto, o Sul Global é a região menos equipada para gerir as perdas econômicas, a insegurança alimentar e a subnutrição. Pedimos que governos e instituições financeiras mudem urgentemente o sistema alimentar para que se torne mais sustentável e eficiente para proteger os países mais vulneráveis”, explica Cristina Diniz, diretora da Sinergia Animal Brasil, organização internacional de proteção animal que promove escolhas alimentares sustentáveis e compassivas na América Latina e em países do Sudeste Asiático.
Nas previsões da ONU, as mudanças climáticas representam uma ruptura duradoura na estrutura produtiva da América Latina e no Caribe. A alta nas temperaturas, o aumento das secas e as ocorrências climáticas extremas, como furacões e tempestades, podem afetar gravemente a agricultura e o turismo, contribuindo para a diminuição da produtividade laboral e rápida redução das reservas de capital.
Tornando o problema visível
Para a Sinergia Animal, a crise climática também provém de um sistema alimentar inadequado que depende de proteínas animais, os principais emissores de CO2 e de gases do efeito estufa dentre a produção de alimentos.
A pecuária e a piscicultura são responsáveis por 61% das emissões do setor agrícola — sem considerar as cadeias de abastecimento — e fornecem apenas 37% das proteínas e 18% das calorias consumidas no mundo. “Essa ineficiência também está relacionada à fome e às desigualdades sociais. Estudos proeminentes e organizações internacionais como a OMS já concluíram que devemos mudar para uma alimentação mais baseada em vegetais. Esse modelo de alimentação se alinha com os objetivos climáticos e nutricionais, além de promover uma relação mais compassiva com outras espécies”, afirma Diniz.
Financiando e promovendo soluções reais
A COP28 fez história ao incluir a transformação do sistema alimentar na Declaração dos EAU sobre Agricultura Sustentável, Sistemas Alimentares Resilientes e Ação Climática. Os governos reconheceram a necessidade de ajudar os agricultores a se adaptarem às mudanças climáticas e comprometerem-se a reduzir as emissões de origem agrícolas em seus países. No entanto, a redução do número de animais criados para consumo e a mitigação dos impactos da pecuária não foram incorporadas. “Esperamos que essa discussão seja priorizada. Os bancos de desenvolvimento e as instituições financeiras devem desinvestir na agricultura industrial e financiar sistemas agroalimentares resilientes. Os governos do mundo todo devem considerar a tomada de ações concretas, como o plano estabelecido recentemente pela Dinamarca, para aumentar a produção de alimentos à base de plantas. A Sinergia Animal irá reforçar esses esforços para garantir um futuro sustentável e mais compassivo para todos”, conclui Diniz.
Sobre a Sinergia Animal | A Sinergia Animal é uma organização internacional que trabalha em países do Sul Global para diminuir o sofrimento dos animais na indústria alimentícia e promover uma alimentação mais compassiva. A ONG é reconhecida como uma das mais eficientes do mundo pela renomada instituição Animal Charity Evaluators (ACE).
(Fonte: DePropósito Comunicação de Causas)
Animais silvestres e pets em geral são beneficiados com a agilidade na recuperação proporcionada pela laserterapia. Foto: divulgação.
A laserterapia na medicina veterinária está revolucionando a forma de tratar os pets com uma abordagem segura, não invasiva e eficaz. A técnica, também conhecida como fotobioestimulação, estimula a recuperação e alivia condições diversas em animais através da modulação das funções celulares, sendo eficaz desde lesões musculoesqueléticas até problemas neurológicos.
Comparativamente, a laserterapia oferece vantagens significativas em relação aos tratamentos convencionais. Em casos de feridas, por exemplo, a combinação de laserterapia com a condução tradicional – que envolve medicação, curativos etc. – acelera a cicatrização e reduz a formação de secreção.
Morgana Prado, especializada em animais silvestres e exóticos do Hospital Veterinário Taquaral, em Campinas-SP, afirma que o procedimento age no combate aos radicais livres, produzindo assim o efeito antioxidante e ação anti-inflamatória, o que resulta na prevenção e tratamento de diversas doenças.
Laura Morales Oliveira, veterinária especializada em Fisioterapia e Reabilitação Animal do Hospital Veterinário Taquaral. Foto: Julia de Camargo.
Laura Morales Oliveira, veterinária especializada em Fisioterapia e Reabilitação Animal do Hospital Veterinário Taquaral, frisa que a luz age diretamente nas células promovendo redução da dor e da inflamação similar ao efeito dos anti-inflamatórios. “Com a vantagem de ser um tratamento localizado e sem efeitos colaterais”, ressalta. Ela ainda menciona que a dosagem e potência da laserterapia variam entre espécies e indivíduos, sendo adaptada conforme a espessura e a cor da pele, além da presença de pelos ou penas.
Anna Beatriz Pereira Barros, também fisioterapeuta do Hospital Veterinário Taquaral, atesta que a laserterapia tem mostrado resultados notáveis em animais de estimação, especialmente em casos de hérnia de disco e recuperação pós-cirúrgica. Ela chama a atenção para a mais recente inovação, a Fotobiomodulação transcraniana, que é usada para tratar condições cerebrais em pets idosos e outros casos neurológicos.
Personalização
A aplicação do laser deve obedecer a alguns critérios que variam conforme o paciente. Nos gatos, por serem mais ariscos, por exemplo, os veterinários minimizam a contenção e recorrem a distrações, como petiscos, para tornar o tratamento o mais confortável possível. Há contraindicações e incluem pacientes oncológicos, gestantes, filhotes e áreas com hemorragias ativas.
Dosagem e potência da luz variam entre espécies e indivíduos, sendo adaptada conforme a espessura e a cor da pele, além da presença de pelos ou penas. Foto: divulgação.
Fabiana Vitale, especializada em dermatologia no Hospital Veterinário Taquaral, salienta que é essencial que o médico veterinário e o tutor sigam as normas de segurança, como o uso de óculos protetores, para minimizar riscos durante a aplicação. De acordo com Fabiana, nota-se um aumento significativo nas aplicações da laserterapia em dermatologia veterinária, especialmente em tratamentos de feridas e infecções cutâneas. Ela enfatiza que a laserterapia de baixa potência é eficaz contra a esporotricose em felinos, reduzindo custos e tempo de tratamento.
Os pets não convencionais também são bastante beneficiados pela laserterapia. Morgana Prado ressalta a vantagem dessa modalidade pelo fato de o tratamento ser minimamente estressante. Ela destaca a aplicação do método ILIB (Irradiação Intravascular do Sangue com Laser) que incide sobre a artéria radial, melhora a circulação sanguínea e fortalece o sistema imunológico, tratando desde artrite até problemas gastrointestinais em animais. “A aceitação dos tutores é alta dada a segurança e o mínimo de invasividade do tratamento. O custo da terapia é acessível e geralmente incluso nas sessões de fisioterapia ou reabilitação. Mas é bom frisar que normalmente são necessárias várias aplicações”, acrescenta a Dra. Anna Beatriz.
Serviço:
Hospital Veterinário Taquaral
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Endereço: Av. Heitor Penteado, 311, Taquaral (em frente ao portão 6 da Lagoa) – Campinas SP
Funcionamento: 24 horas, sete dias por semana
Telefones: (19) 3255-3899 / WhatsApp: (19) 99256-5500.
(Fonte: AMZ)
A Orquestra Sinfônica de Indaiatuba celebra 10 de existência e, para comemorar, preparou uma programação especial que inclui compositores brasileiros como Villa-Lobos e Guerra-Peixe e grandes obras do repertório sinfônico de nomes internacionais, como Mozart, Prokofiev, Borodin, Bach e Beethoven, que este ano ganha um destaque especial, já que a execução da Sinfonia 9 ‘Coral’ – última sinfonia completa composta por ele – será apresentada no Concerto Comemorativo, previsto para acontecer em novembro deste ano.
Além da programação de Concertos Especiais, que abre oficialmente a Temporada no dia 16 de março, às 20h, na sala Acrísio de Camargo, no Ciaei, com a Abertura de “As Bodas de Fígaro”, de Mozart; e Sinfonia nº 3 Eroica, de Beethoven; sob regência do maestro Paulo de Paula, a orquestra também se apresentará no Maio Musical e no Dia das Crianças – duas oportunidades que permitem dialogar com gêneros populares, quebrando preconceitos e mostrando toda sua versatilidade.
Já a série Concertos na Comunidade, que tem levado a Sinfônica aos bairros da cidade, ampliando o acesso à música orquestral – que deu início à programação este mês com dois concertos – segue sendo realizada ao longo do ano com obras de compositores barrocos como Vivaldi e brasileiros como Claudio Santoro, Capiba e Clovis Pereira, compositores que misturam elementos clássicos e populares.
Concerto Comemorativo
Um dos destaques de 2024 será o Concerto Comemorativo, que marca os 10 anos da Sinfônica de Indaiatuba e os 20 anos da Amoji, associação mantenedora da Sinfônica, da Orquestra Jovem de Indaiatuba e da Escola de Música. O Concerto Comemorativo acontecerá em novembro na sala Acrísio de Camargo (Ciaei) e reunirá coros e solistas convidados, que ao lado da Sinfônica de Indaiatuba interpretarão a Sinfonia 9 ‘Coral’, de Beethoven, que neste ano completa 200 anos de composição.
Para o diretor artístico e maestro da Sinfônica de Indaiatuba, Paulo de Paula, 2024 traz um grande desafio: “Ano passado fizemos uma temporada excepcional e alcançamos um alto nível artístico. Além dos concertos oficiais, ainda saímos em turnê regional e nos apresentamos no Festival de Campos de Jordão. Sabemos que o público espera de nós algo ainda melhor; por isso, temos o desafio de fazer uma temporada que deve entrar para a história da cidade, interpretando obras como a Sinfonia nº 9, considerada uma das obras-primas de Beethoven”, destaca.
Outros projetos Mantidos pela Amoji, associação que transformou a música em Indaiatuba, a Escola de Música da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba (Emosi), a Orquestra Jovem de Indaiatuba e, ainda, o Encontro Musical de Indaiatuba (EMin) seguirão com suas atividades em 2024. Confira:
Orquestra Jovem | Com foco em viabilizar que jovens instrumentistas da cidade aprofundem seu conhecimento musical por meio de práticas em grupo, desenvolvendo suas habilidades em instrumentos como violino, violoncelo, clarinete, saxofone, contrabaixo, flauta e viola clássica a Orquestra Jovem também realizará, ao longo deste ano, concertos com músicas eruditas e populares. A primeira apresentação acontece no dia 6 de abril no Centro Cultural Hermenegildo Pinto – ‘Piano’.
A Escola de Música da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba (Emosi) tem a missão de fomentar a cultura por meio da música; por isso, oferece atualmente 210 vagas gratuitas em cinco polos espalhados pela cidade com aulas de violino, viola, violoncelo contrabaixo, flauta, saxofone e teoria musical. Os alunos também podem participar de uma das duas orquestras da Escola, Allegro e Allegretto, que atuam como preparatório para a Orquestra Jovem de Indaiatuba, regida pelo maestro Felipe Oliveira. O grupo reúne jovens estudantes de música da cidade a caminho da profissionalização. E, este ano, em conjunto com a Orquestra Jovem, oferece oportunidade para 10 estudantes atuarem como bolsistas.
EMin | O Encontro Musical de Indaiatuba (EMin), que promove um grande encontro musical entre estudantes, professores e toda a comunidade, chega à sua 5ª edição e dispõe de uma estrutura similar a grandes festivais de música que acontecem na Europa, com aulas e masterclasses para jovens estudantes de música, oferecidas durante o dia, e apresentações musicais abertas à toda comunidade acontecendo à noite. “Nesse ano estarão em Indaiatuba alguns dos maiores nomes da música clássica brasileira, que por uma semana atuarão como professores e solistas”, destaca o maestro Paulo de Paula.
Instagram Sinfônica
Facebook Sinfônica
Facebook Emosi
Programação OSI – Temporada 2024*
Março
Sinfônica de Indaiatuba
Data: 16/3 | Local: Ciaei
Abril
Orquestra Jovem
Data: 6/4 | Local: Piano
Sinfônica de Indaiatuba
Data: 13/4 | Local: Ciaei
Maio
Orquestra Sinfônica de Indaiatuba
Local: Palco Externo Parque Ecológico
Junho
Orquestra Jovem
Data: 6/6 | Local: Ciaei
Orquestra Sinfônica de Indaiatuba
Data: 13/6
Orquestra Sinfônica de Indaiatuba – Concertos na Comunidade
Datas: 15/6 e 16/6
Julho
Orquestra Sinfônica de Indaiatuba
Data: 20/7 | Horário: 20h
Agosto
Orquestra Sinfônica de Indaiatuba
Data 17/8 | Local: Ciaei
Orquestra Jovem de Indaiatuba
Data: 31/8 | Local: Piano
Setembro
Orquestra Sinfônica de Indaiatuba – Concertos na Comunidade
Datas: 14/9 e 15/9
Outubro
Orquestra Sinfônica de Indaiatuba – Concerto Especial Dia das Crianças
Data: 12/10 | Local: Ciaei
Orquestra Jovem de Indaiatuba
Data: 31/10 | Local: Ciaei
Novembro
Orquestra Sinfônica de Indaiatuba – Encerramento oficial da Temporada
Data: 23/11 | Local: Ciaei
Dezembro
Orquestra Sinfônica de Indaiatuba
Local: Palco Externo Parque Ecológico.
*Programação sujeita a alteração.
(Fonte: Armazém da Notícia)
O Instituto Ampara Animal, organização dedicada à proteção e conservação dos animais, está liderando uma campanha revolucionária para trazer à tona os impactos dos followers no engajamento de conteúdos que utilizam a imagem de animais silvestres como pets para se promover nas mídias digitais, sobre o bem-estar animal, o tráfico de animais selvagens e a conservação da biodiversidade. A campanha visa auxiliar no combate à retirada de animais silvestres da natureza e seu comércio, por meio da reinicialização massiva dos algoritmos do Instagram e do despertar da mudança de comportamento da sociedade.
Em uma época em que as redes sociais desempenham um papel significativo na promoção de comportamentos e causas, o Instituto Ampara Animal está tomando medidas ousadas para desencorajar a participação involuntária no tráfico de animais selvagens. Por trás de um vídeo “fofo” de um animal silvestre sendo humanizado ou interagindo com pessoas está um cenário de privação de comportamentos naturais, maus-tratos e muitas vezes a retirada do animal da natureza. Esse tipo de conteúdo, que traz uma visão superficial e romantizada de se ter um silvestre como pet, também influencia cada vez mais no desejo de compra e, dessa forma, fomenta um ciclo que coloca em risco toda a biodiversidade. A iniciativa visa diminuir curtidas e compartilhamentos de postagens de animais selvagens sendo tratados como pets, evidenciando a responsabilidade de cada indivíduo ao engajar em conteúdos como estes, desafiando a norma e promovendo uma conscientização generalizada.
A força dos conteúdos que promovem a exibição de silvestres como pets é real, perigosa e desconhecida para a sociedade: aproximadamente 37% das buscas por compra de macacos são geradas diretamente por conteúdos do Instagram. Até animais considerados “não tão fofos assim”, como as cobras e serpentes, têm 18% de suas compras impulsionadas por conteúdos do aplicativo.
A peça central desta campanha é o reset do algoritmo de uma das maiores plataformas de mídias digitais atualmente, o Instagram. A campanha se iniciará com a exposição “Alg*ritmo Selvagem (Reset)”, que ocorrerá no Conjunto Nacional da Cidade de São Paulo, localizado na Avenida Paulista 2073, a partir do dia 3 de março às 11h (data que marca o Dia Mundial da Vida Selvagem pela ONU), encerrando-se no dia 3 de abril, quando a exposição será redirecionada para outros locais rotativos. Nesta intervenção, o Instituto Ampara Animal utilizará expressões artísticas de impacto visual para sensibilizar e convocar a comunidade a participar deste movimento crucial. A exposição visa despertar esta problemática, educar e inspirar, destacando os perigos da influência de conteúdos que exploram a fauna, na manutenção e ampliação do tráfico de animais selvagens e como a simples ação de curtir ou compartilhar certos conteúdos pode inadvertidamente apoiar essa prática prejudicial.
A exposição será um chamariz e uma preparação para o “Dia da Reinicialização dos Algoritmos” (“Reset Day”), 14 de março, uma data especial que marca o Dia Nacional dos Animais, na qual cada indivíduo poderá contribuir diretamente para a causa promovendo a conscientização e a mudança de comportamento. Neste dia, o Instituto Ampara Animal convoca a comunidade a reiniciar seus algoritmos pessoais, esclarecendo-se das consequências de suas interações online e buscando uma relação mais harmônica e que valorize a biodiversidade em seu ambiente natural exercendo seus comportamentos selvagens.
Portanto, a campanha não se limita à exposição física, pois a organização estenderá a mensagem para as plataformas de mídia social. Publicações de impacto envolventes e esclarecedoras serão compartilhadas incentivando os seguidores a refletirem sobre a influência de suas interações online, a participarem ativamente da reinicialização dos algoritmos e a estabelecerem interações positivas com a fauna. “Estamos comprometidos em combater o tráfico de animais selvagens de maneira inovadora, sensível e eficaz. Acreditamos que ao resetar os algoritmos do Instagram e despertar o olhar da sociedade para esta problemática, podemos desencorajar indiretamente a promoção dessa prática criminosa”, afirma Juliana Camargo, fundadora do Representante do Instituto Ampara Animal.
O Instituto Ampara Animal convida todos a se juntarem a eles nesta jornada para criar um ambiente online mais consciente e responsável onde as interações digitais não contribuam inadvertidamente para a exploração de animais selvagens.
Sobre o Instituto Ampara Animal | O Instituto Ampara Animal é uma organização dedicada à proteção e defesa dos animais no Brasil. Com um compromisso ético priorizando o bem-estar animal e a conservação da biodiversidade, o Instituto trabalha em diversas frentes para garantir os direitos dos animais e formar uma sociedade mais justa e sustentável, em que os animais sejam tratados com respeito e coexistam com a espécie humana em um sistema equilibrado e harmônico.
(Fonte: Index)
A Pinacoteca de São Paulo apresenta “Lygia Clark: Projeto para um planeta”, exposição panorâmica de uma das artistas brasileiras mais relevantes do século XX. A mostra ocupa as sete galerias expositivas da Pinacoteca Luz com mais de 150 obras que demonstram o legado dos mais de 30 anos de carreira da artista. Com curadoria de Ana Maria Maia e Pollyana Quintella, a exposição comemora o centenário de Lygia Clark apresentando obras como ‘Projeto para um planeta’ (1960) – da série Bichos, que dá nome à exposição, a instalação ‘A casa é o corpo’, feita para a Bienal de Veneza de 1968, e ‘Maquete para interior nº 3’, reproduzida em grande escala especialmente para a Pinacoteca.
Lygia Clark foi uma das artistas responsáveis por reestruturar o vocabulário artístico brasileiro a partir da década de 1960, desafiando as fronteiras entre o papel do artista e do público e propondo uma nova relação entre corpo e objeto. Na Pinacoteca, a exposição estabelece uma conexão entre as diferentes fases da carreira de Clark, apresentando suas pinturas iniciais, a passagem pelo movimento neoconcreto, proposições participativas e projetos arquitetônicos. A mostra reúne uma grande seleção de obras históricas vistas poucas vezes nos últimos anos. “Lygia Clark tem um lugar fundamental na formação de repertório sobre formas de produzir e experimentar arte. Passados 18 anos desde a última mostra dedicada à artista no museu, é preciso assegurar que públicos das mais variadas origens e idades, sobretudo estudantes, possam não apenas ler sobre as obras e proposições da artista, mas acessá-las e vivenciá-las presencialmente”, contam as curadoras.
Sobre a exposição
A mostra começa a partir de uma proposição fundamental para a artista: a participação do público. Um tablado com réplicas da série Bichos, uma das mais famosas produzidas por Clark a partir de 1960, fica disponível para o manuseio do visitante no centro da galeria expositiva. Ao redor, algumas pinturas da fase inicial e trabalhos importantes da carreira da artista exibidos em 1965 na galeria Signals, em Londres. As séries Superfícies Moduladas e Composições também fazem parte do conjunto de trabalhos exibidos nesta sala.
Na segunda sala, vinte Bichos originais são reunidos pela primeira vez em mais de uma década. Entre eles estão ‘Relógio de Sol’ (1960), adquirida pela Pinacoteca a propósito da mostra Projeto Construtivo Brasileiro, organizada por Aracy Amaral no museu em 1977, e a obra ‘Projeto para um planeta’ (1960). A terceira sala da mostra dá sequência aos desdobramentos da pesquisa de Lygia Clark no campo tridimensional, quando os Bichos dão lugar às ‘Obras moles’ (1964) e aos ‘Trepantes’ (1964-65). Na sala também está a obra ‘Caminhando’ (1964), trabalho que representa um momento crucial da carreira de Clark, quando a artista rompe com a noção de autoria convidando o público, a partir de uma série de instruções, a cortar uma tira de papel em formato de uma fita de Moebius, levando-nos a considerar a obra como “puro ato”.
A quarta sala da mostra se concentra sobre o que a artista chamou de linha orgânica, já interessada nos limites entre arte e vida, ao observar uma linha de espaço que se formava no encontro entre dois materiais distintos. A partir da sua “quebra da moldura”, que passa a ser integrada à pintura, Clark buscou abandonar o espaço metafórico da representação em direção à conquista do espaço real, sem dissociar a obra do mundo. Na galeria estão presentes trabalhos fundamentais dessa fase, como ‘Quebra da moldura’ (1954) e ‘Descoberta da linha orgânica’ (1954).
Foi a partir da descoberta da linha orgânica que se deu a aproximação de Clark com a arquitetura. Pensando formas funcionais e olhando para o espaço cotidiano, a artista passa a desenvolver propostas arquitetônicas interessadas em permitir que o usuário pudesse transformar a estrutura física do espaço. A obra ‘Maquete para interior nº 3’ (1955), foi remontada em grande escala especialmente para a Pinacoteca. Outros trabalhos em maquete, composições, ‘Estruturas de caixas de fósforos’ (1964) e a série ‘Escadas’ (1948-51), parte importante do seu estudo de linhas e planos, complementam a sala.
Com a superação do objeto artístico conquistada com a obra ‘Caminhando’, Lygia passa a apostar numa experimentação mais profunda do corpo. A partir de meados da década de 1960, a artista realiza seus “Objetos relacionais”, feitos de material simples e ordinário em busca de um reencontro sensorial entre sujeito e mundo. As duas últimas salas da exposição apresentam trechos de filmes, fotos e documentos que exibem as propostas individuais e agenciamentos coletivos de Clark – estes últimos, frutos das experiências da artista em Paris, onde morou entre 1970 e 1976, ministrando um curso na Universidade Sorbonne. A mostra traz obras como ‘Pedra e ar’ (1966), primeiro objeto relacional desenvolvido pela artista, a instalação ‘A Casa é o corpo’, criada para a Bienal de Veneza de 1968, além de registros do seu método terapêutico ‘Estruturação do Self’.
Complementando a exposição, a nova sala de vídeo do museu, inaugurada em 2023, recebe o filme “O mundo de Lygia Clark” (1973), de Eduardo Clark, que apresenta uma série de proposições da artista como ‘Canibalismo’, ‘Rede de Elástico’ e ‘Diálogo de óculos’, entre outras.
A exposição será acompanhada por um catálogo publicado em edição bilíngue (português e inglês), reproduzindo as obras da mostra, ensaios escritos por Ana Maria Maia e Pollyana Quintella, Irene V. Small, Tania Rivera, Sabrina Fontenele e Bruna Bonfim Guimarães, bem como uma fortuna crítica republicando textos históricos de Guy Brett, Ferreira Gullar, Mário Pedrosa, Paulo Herkenhoff e Suely Rolnik. (Brochura, 28 x 23 cm, 265 páginas).
A exposição Lygia Clark: Projeto para um planeta tem patrocínio da B3 – A Bolsa do Brasil e Livelo (cota Platinum), Ternium, Usiminas e Mattos Filho (cota Ouro), UBS e Verde Asset Management (cota Prata).
Sobre a artista | Lygia Clark (Belo Horizonte, Minas Gerais, 1920 – Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1988) é um dos mais importantes nomes da arte brasileira contemporânea, parte de uma geração responsável por ampliar as linguagens, estabelecer vínculos com as questões socioculturais e engajar todas as pessoas, sendo artistas ou não, na experiência transformadora de criar. Gradualmente seu trabalho passa do suporte bidimensional a experiências tridimensionais e processuais. Na Pinacoteca, destaca-se a presença da artista na coletiva Projeto construtivo na arte Brasileira (1977) e na individual Da obra ao acontecimento (2005-2006). A última exposição institucional da artista no Brasil, “Lygia Clark: uma retrospectiva”, aconteceu em 2012 no Itaú Cultural.
Sobre a Pinacoteca de São Paulo | A Pinacoteca de São Paulo é um museu de artes visuais com ênfase na produção brasileira do século XIX até a contemporaneidade e em diálogo com as culturas do mundo. Museu de arte mais antigo da cidade, fundado em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, vem realizando mostras de sua renomada coleção de arte brasileira e exposições temporárias de artistas nacionais e internacionais. A Pina também elabora e apresenta projetos públicos multidisciplinares, além de abrigar um programa educativo abrangente e inclusivo.
Serviço:
Lygia Clark: Projeto para um planeta
Período: 2/3 a 4/8/2024
Curadoria: Pollyana Quintella e Ana Maria Maia
Pinacoteca Luz (7 salas)
De quarta a segunda, das 10h às 18h (entrada até 17h)
Gratuitos aos sábados – R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia-entrada), ingresso único com acesso aos três edifícios válido somente para o dia marcado no ingresso | quintas-feiras com horário estendido B3 na Pina Luz, das 10h às 20h (gratuito a partir das 18h)
Programação de abertura:
2/3, sábado
10h – Abertura pública
11h – Ativação Rede de Elástico (Octógono)
14h – Ativação Corpo Coletivo (Octógono)
15h – Conversa com Gina Ferreira e Lula Wanderley (Auditório Pina Luz)
11h às 12h e das 14h às 15h – Caminhando
3/3, domingo
11h – Ativação Rede de Elástico (Octógono)
14h – Ativação Corpo Coletivo (Octógono)
15h – Conversa com Suely Rolnik e Paulo Sérgio Duarte (Auditório da Luz)
11h às 12h e das 14h às 15h – Caminhando (Octógono)
9/3, sábado
11h – Ativação Rede de Elástico (Octógono)
14h – Ativação Canibalismo (Octógono)
11h às 12h e das 14h às 15h – Caminhando (Octógono)
10/3, domingo
11h – Ativação Rede de Elástico (Octógono)
14h – Ativação Canibalismo (Octógono).
(Fonte: Pinacoteca de São Paulo)