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Arte & Cultura

Campinas

Centro Cultural Casarão será palco do Festival Arreuní! 2024

por Kleber Patrício

O Festival Arreuní! 2024 trará músicos, cantadores e compositores ao Centro Cultural Casarão, em Barão Geraldo, Campinas (SP) para uma série de apresentações a partir de 5 de maio (domingo), às 15h, com entrada gratuita. A proposta é divulgar as diferentes vertentes da música tradicional brasileira, reunindo artistas de culturas distintas para compartilhar a diversidade e […]

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Passeio pelo Complexo Enoturístico da Vinícola Garibaldi evoca memória histórica da vitivinicultura regional

Garibaldi, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Assim como a matéria-prima de qualquer indústria, a uva também necessita de equipamentos para ser lapidada. Utensílios que ampararam esse processo, contribuindo na sua transformação em néctar na forma de vinho ou de espumante, compõem uma das grandes atrações do revitalizado Complexo Enoturístico da Cooperativa Vinícola Garibaldi.

A presença desses aparelhos nos corredores do espaço do enoturismo e do varejo – datados desde fins do século 19 a meados dos anos 1980 do século passado – ajuda a compor não só um panorama histórico da vitivinicultura regional, mas também, da própria trajetória de evolução do vinho brasileiro.

Andar por ali é como visitar um museu dedicado à enologia. Ao todo, são 10 acessórios expostos, como bigunços e mastelas. Outros cinco itens pertencentes ao acervo da vinícola foram apenas catalogados e serviram para inspirar na montagem do espaço. Entre eles estão equipamentos como a “slita”, um rudimentar veículo sem rodas puxado por mulas, de meados dos anos 1880, similar a um trenó e utilizado para transportar a colheita da uva dentro das propriedades. “Geralmente, ela era construída a partir de dois troncos de árvores ou uma ‘forquilha’, onde eram apoiados os cestos para o transporte”, conta o jornalista Cassius André Fanti, responsável pela pesquisa histórica que amparou a ambientação dos espaços.

Para dar início à proposta, ele realizou um levantamento de equipamentos guardados na vinícola. Fotografou cada um deles e estabeleceu a sequência da cadeia produtiva, desde a colheita da uva, o transporte até a propriedade, a elaboração do vinho colonial ou a destinação à vinícola e o processo industrial. Além disso, pesquisou registros bibliográficos sobre o tema, visitou museus e entrevistou trabalhadores de outros tempos que utilizaram alguns dos equipamentos ou preservam a memória de itens usados em sua época e na de antepassados.

Fanti destaca como esses acessórios contribuíram para estabelecer o desenvolvimento da vitivinícola regional. “A cultura da videira evoluiu juntamente com os avanços tecnológicos de cada época, principalmente porque as condições geográficas da Serra do Nordeste do Rio Grande do Sul nunca foram favoráveis ao trabalho humano. Só se comemora a importância econômica e social deste setor atualmente porque homens e mulheres superaram desafios inimagináveis e criaram habilidades para abrir caminhos, com superação e persistência, para estabelecer o que hoje nos orgulhamos em chamar de Região da Uva e do Vinho”, avalia.

Além da “slita”, o jornalista destaca outra curiosidade garimpada em sua pesquisa. Trata-se da “sfoladora”, também utilizada nos primórdios da viticultura na Serra, e um dos equipamentos catalogados pela pesquisa. “Hoje, alguns estabelecimentos turísticos a utilizam para que os visitantes ‘pisem as uvas’. Antigamente, ela ficava sobre a mastela para a extração do mosto. Em resumo, é uma espécie de caixa com furos em sua parte de baixo”, explica Fanti.

Itens em exposição

Bigunço (até os anos 1980) | Parecidos com pipas de madeira, eram usados para o transporte das uvas entre as propriedades rurais e as vinícolas.

Desengaçadeira (década de 1950) | É a etapa inicial do processamento da uva. Este equipamento separa os grãos do cacho e inicia o processo de esmagamento.

Mastela (década de 1880) | Tina de madeira onde eram colocadas as uvas para serem pisadas no processo de esmagamento para extrair o mosto para a elaboração dos vinhos. Além disso, também serviam para a trasfega do vinho ou para o preparo da calda bordalesa (verderame, no dialeto), um fungicida para ser aplicado nas parreiras.

Prensa Manual (década de 1940) | Separa as partes sólidas (casca, sementes) do líquido por meio da compressão dos grãos nas paredes internas.

Bomba manual (década de 1950) | Usada para transferir vinhos entre as pipas e para auxiliar no engarrafamento.

Amadurecimento (pipas de madeira) | Após a fermentação e filtragem dos vinhos, o vinho fica por um período para concentrar aromas e ganhar maior complexidade.

Envasadora (Utilizada a partir da década de 1950) | Aparelho para encher garrafas e outros recipientes de vinho ou espumantes. Modelo manual cuja pressão era exercida por gravidade.

Rolhadora | Aplicava as rolhas em garrafas e garrafões por meio de pressão, para garantir a conservação dos vinhos e, em alguns casos, no envelhecimento nas próprias garrafas.

Gabietador | Usada para prender as gaiolas nas garrafas de espumantes (amarrações com arames que seguram a rolha).

Capsulador (década de 1950) | Colocava a cápsula no gargalo das garrafas, com o objetivo de proteger a rolha e a bebida de possíveis danos.

Itens do acervo catalogados

Slita (a partir de 1880) | Parecido com um trenó, era um veículo sem rodas puxado por mulas, utilizado para transportar a colheita da uva em cestos, das parreiras até a propriedade.

Sfoladora (década de 1880) | Também era usada para a pisa das uvas. Espécie de caixa com furos em sua parte de baixo, que era colocada sobre a mastela.

Carroça (começaram a ser construídas na região a partir de 1885) | Meio de transporte com tração animal (geralmente bois) usado para a transportar os bigunços com uvas.

Balaios | Cestos produzidos com vime (fibra natural obtida de um arbusto) utilizados para armazenar a uva após a colheita até serem transportadas à propriedade.

Rotuladora | Equipamento utilizado para a aplicação dos rótulos em garrafas, melhorando muito a padronização de sua identificação, o que antes era feito manualmente.

(Fonte: Exata Comunicação)

Mercado de alimentos veganos dobrará até 2028, prevê pesquisa

Curitiba, por Kleber Patricio

Foto: Unsplash.

Segundo uma pesquisa realizada pela SkyQuest, o mercado global de alimentos veganos deve ultrapassar 34 bilhões de dólares até 2028 por conta da conscientização de consumidores sobre o sofrimento e as condições de bem-estar de animais na indústria pecuária. Considerando que o mercado vegano valia 15,6 bilhões de dólares em 2021, as previsões para 2028 representam um aumento de 9,3% da taxa de crescimento anual composta.

“O mercado de alimentos veganos tem tido um crescimento significativo nos últimos anos. Cada vez mais, os consumidores têm optado por opções vegetais, motivados por uma variedade de fatores, incluindo as preocupações sobre a saúde, o meio ambiente e o bem-estar animal. É muito animador ver novos produtos e inovações que facilitam a adoção de um estilo de vida vegano”, diz Taís Toledo, diretora de políticas alimentares da Sinergia Animal, uma organização internacional de proteção animal que trabalha para promover a alimentação vegetal em países do Sul Global.

Como a maioria da população mundial é intolerante à lactose, alternativas vegetais aos laticínios representam um grande fator desse crescimento. Só nesse seguimento, está previsto um aumento de 10,4% até 2028. “Os produtos à base de plantas oferecem opções com menos gordura saturada e colesterol. E, mais importante, são livres de crueldade. Além disso, o leite de vaca tem impactos ambientais muito maiores do que suas alternativas vegetais”, explica Toledo.

Na América do Sul, o crescimento do mercado de alimentos veganos deve ser ainda maior, com um aumento de 11,45% previsto até 2028. Além de ser uma tendência global, esse crescimento na região é resultado de décadas de trabalho de ativistas e organizações como a Sinergia Animal. “No Brasil, nossa comunidade de ativistas está empenhada em promover a alimentação vegetal e um futuro melhor para os animais, conscientizando o público, dialogando e negociando com diferentes instituições e expandindo o acesso à informação sobre o nosso sistema de alimentação”, diz Toledo.

Para conhecer mais o programa de voluntariado da Sinergia Animal, acesse www.sinergiaanimalbrasil.org/ativistas.

Sobre a Sinergia Animal | A Sinergia Animal é uma organização internacional que trabalha em países do Sul Global para diminuir o sofrimento dos animais na indústria alimentícia e promover uma alimentação mais compassiva. A ONG é reconhecida como uma das mais eficientes do mundo pela renomada instituição Animal Charity Evaluators (ACE).

(Fonte: DePropósito Comunicação de Causas)

Funssol Indaiatuba abre inscrições para oficinas culturais no dia 1º de março

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Inscrições acontecem no dia 1º de março. Foto: divulgação.

A Prefeitura de Indaiatuba, por meio do Funssol (Fundo Social de Solidariedade), abre as inscrições para oficinas culturais no dia 1º de março. Os interessados podem se inscrever de maneira on-line no link ou, quem preferir pode fazer presencial, no Espaço Bem Viver, no horário das 9h às 11h. Ao todo, serão disponibilizadas 210 vagas.

Os requisitos obrigatórios para preencher as vagas são ter mais de 60 anos e ser residente em Indaiatuba. Cada aluno poderá se inscrever no máximo para duas oficinas. O Funssol pede a colaboração espontânea de 1 litro de óleo que será revertido para os Projetos Sociais do Município.

Para mais informações entrar, em contato pelo telefone (19) 3834-9033.

PROGRAMAÇÃO – OFICINAS CULTURAIS NO ESPAÇO BEM VIVER

Jazz Iniciante – terça-feira, das 8h às 9h30

Jazz Continuidade – terça-feira, das 9h30 às 11h

Teatro – quarta-feira: das 8h30 às 11h30

Pintura em Tela Iniciante – quinta-feira, das 10h10 às 12h / quinta-feira, das 13h10 às 15h

Pintura em Tela Continuidade – quinta-feira, das 8h10 às 12h

Desenho – quinta-feira, das 15h10 às 12h

Forró (Individual) – sexta-feira, das 8h às 10h

Forró para Casais – sexta-feira, das 10h às 11h30

Customização – sexta-feira, das 9h às 11h

Violão (Iniciante) – sexta-feira, das 13h30 às 15h

Violão Continuidade – sexta-feira, das 15h às 16h.

Serviço:

Inscrições para oficinas culturais

Data: 1° de março de 2023

Horário: das 9h às 11h

Presencial (endereço): Espaço Bem Viver – Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 585.

Inscrição on-line

Telefone: (19) 3834-9033.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Falta de comunicação básica do poder público contribui para quedas preocupantes na vacinação de crianças

Rondônia, por Kleber Patricio

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil.

A ausência de uma comunicação oficial eficaz contribui para quedas preocupantes na cobertura vacinal, que têm como consequência a exposição de crianças a doenças graves que já haviam sido erradicadas no país. Pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) analisaram sites e redes sociais oficiais do estado e concluíram que o acesso à vacinação é dificultado pela falta de informação básica e acessível, como local e horário para vacinação e disponibilidade de vacinas, além da falta de atendimento telefônico. As conclusões estão em relatório antecipado à Bori lançado na sexta-feira (10).

A partir dos baixos índices de imunização de Rondônia, estado em que a maioria dos municípios não consegue atender o básico de vacinações, os pesquisadores analisaram a relação entre desinformação, indisponibilidade de dados públicos e escassez de transparência pública na saúde. “Passamos, com os levantamentos, a perceber a escassez parcial ou total de uma comunicação pública, propositiva e até mesmo mais básica sobre vacinação, sua importância, necessidade, efetividade e biossegurança”, conta o coordenador do estudo, Vinicius Valentin Raduan Miguel.

Em 2020, um terço das crianças rondonienses não havia sido imunizado contra a poliomielite, doença grave que pode provocar paralisia e tem a vacina como única forma de prevenção. Apesar da falha do Estado em garantir a efetividade do direito à saúde de crianças e adolescentes, Miguel conta que o grupo percebeu um discurso corrente que atribui culpa exclusiva à família ou ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) para a queda de vacinação. “Não se ignora a emergência de movimentos antivacina e anticiência, mas o nosso olhar era de que isso, por si só, era insuficiente para explicar a queda da cobertura vacinal como um todo”, explica o pesquisador.

O coordenador do estudo aponta que o poder público precisa apresentar uma reação enérgica contra os movimentos antivacina, além de retomar canais de comunicação com a sociedade sobre riscos e prevenção. “Os municípios, estados e mecanismos de vigilância sanitária precisam facilitar a informação básica e prática. Percebe-se que há uma lacuna enorme de dados sobre calendário vacinal, onde tomar vacinas e mesmo horários de funcionamento das unidades”. Também é importante informar sobre a disponibilidade de vacinas: muitas vezes, o cidadão se desloca até a unidade de saúde e é informado sobre a falta, volta para casa e não recebe mais informações quando ocorre o abastecimento.

Neste contexto, Miguel complementa que o Estado deixa de aproveitar as muitas possibilidades de facilitar o cotidiano do cidadão. “Mecanismos como disponibilizar local e horário de atendimento ou mesmo desenvolver mecanismos de alerta (como SMS ou mensagem de WhatsApp) para que responsáveis levem as crianças para vacinação ou usar modos de agendamento da vacinação que o usuário pudesse também identificar o local e horário mais conveniente e próximo de sua residência”, aponta o autor.

(Fonte: Agência Bori)

Diabetes, hipertensão, Covid-19 e tuberculose são mais prevalentes em refugiados

Brasil, por Kleber Patricio

Refugiados Afegãos no Aeroporto de Guarulhos. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil.

Doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, e infecciosas, como Covid-19 e tuberculose, figuram como mais prevalentes em migrantes e refugiados do que em brasileiros, segundo reporta estudo de pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e colaboradores de instituições nacionais e internacionais. Oito entre dez dos refugiados escutados pela pesquisa dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) para diagnóstico e tratamento de saúde. Os dados estão em artigo publicado na sexta-feira (10) na “Revista Latino-Americana de Enfermagem”.

A pesquisa, que contou com apoio financeiro da Organização Mundial da Saúde (OMS), coletou dados relacionados à saúde de 553 refugiados e migrantes do país de 17 de agosto a 30 de outubro de 2020 por meio de questionário online composto por perguntas em português ou espanhol. Tais informações foram divididas em oito categorias: dados pessoais, dados sobre migração, populações vulneráveis, dados socioeconômicos, tuberculose, histórico de saúde, Covid-19 e seguro e sistema de saúde. Os participantes do estudo se declaram estrangeiros, residentes no Brasil e maiores de 18 anos e representam cerca de 1% dos refugiados no país que, em 2021, contava com uma estimativa de 60 mil pessoas reconhecidas nesta condição, segundo a Agência da ONU para Refugiados (Acnur).

De acordo com os autores, as prevalências registradas no estudo – de 28% de hipertensão, 21% de diabetes, 7% de Covid-19 e 3% de tuberculose – corroboram a hipótese de que há uma prevalência maior destas doenças entre refugiados e migrantes do que na população em geral. Um estudo feito em 2020 pelo Ministério da Saúde havia estimado que, na população geral, há presença de 24% de hipertensos, 7% de diabéticos e 1% de tuberculosos – números, portanto, menores em relação à população estudada.

Entre as vulnerabilidades, 32% referiram desemprego, 37,6% mudaram para o Brasil em decorrência da situação social do seu país e 33,6% residiam em asilo e ou abrigo. Durante a pandemia da Covid-19, a maioria da população de migrantes e refugiados estudada declarou ter sofrido impacto na renda familiar. Além do acesso ao SUS, mais da metade desse grupo (60%) teve acesso ao auxílio emergencial, benefício disponibilizado pelo governo.

Sobre a prevalência de Covid-19 em migrantes e refugiados, os autores fizeram a ressalva que os dados foram coletados antes da segunda e terceira onda de Covid-19, no Brasil, ou seja, não considerando as variantes gama e ômicron, que causaram as maiores incidências de casos da doença a partir de 2021. Eles referenciam que o país não adotou a recomendação mundial de testagem em massa e, desta forma, a estimativa da prevalência fica enviesada.

Sabendo que migrantes e refugiados são considerados vulneráveis socialmente pela Organização das Nações Unidas (ONU), os pesquisadores julgam importante que essa população tenha acesso aos seus direitos uma vez que são acolhidos num país. Existem iniciativas de direcionamento realizadas em parceria com o governo federal, mas o Brasil ainda não possui uma política específica de amparo ao migrante. Para Sonia Vivian, autora principal do artigo, “o desafio para as cidades receptoras é assegurar, por meio do SUS, o acesso ao serviço de saúde pública, principalmente, promovendo e estimulando o uso da Atenção Primária à Saúde”, afirma.

Embora apresente como limitação um baixo número de participantes, em comparação à população que migrou ou pediu asilo no Brasil nos últimos anos, os resultados desse estudo podem subsidiar políticas públicas do governo federal e orientar a ação de profissionais da saúde. Manaus, por exemplo, foi a primeira cidade brasileira a desenvolver um plano de atenção à saúde de migrantes em situação de rua. Segundo a autora, estudos futuros são importantes para usar esse exemplo em outros municípios, além de “aprimorá-lo para que todos os migrantes internacionais e refugiados tenham igual acesso à saúde efetiva e universal, conforme prevê a legislação que regulamenta o SUS, especialmente considerando os processos culturais e a importância da interculturalidade”, reforça Sonia.

(Fonte: Agência Bori – Pesquisa indexada no Scielo)