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Geometrismo e consciência ambiental marcam mostra da artista visual carioca Myriam Glatt na Casa Contemporânea

São Paulo, por Kleber Patricio

ENTREABAS 3, 2020 colagem papel cartão com pintura acrílica sobre madeira 115x85x3 cm.

A artista visual Myriam Glatt apresenta a solo “O outro lado da superfície” a partir do dia 29 de julho de 2023 (sábado), 11h–17h, na Casa Contemporânea, na Vila Mariana, em São Paulo. Com texto crítico de Renato De Cara, a mostra reúne 25 obras recentes em vários suportes, como descartes de caixa de papelão, embalagens de produtos, jornais e pintura acrílica sobre tela.

Usando do Geometrismo como base da sua pesquisa, a artista resolveu, pela primeira vez, trabalhar com suportes fora da tradição da pintura, escolhendo as caixas de papelão ao ver o excesso delas descartadas no seu bairro, no Rio de Janeiro, no dia da coleta dos recicláveis.

“Desde 2019, comecei a usar a caixa de papelão como um fim e não mais como um meio para representar algo. Eu respeitei as abas das caixas, que desde então vem permeando todas as minhas séries. Ela (aba) pra mim é uma possibilidade de criar uma escultura e a relação do neoconcretismo e o espectador participativo me interessava”, afirma Glatt, que apresenta a peça “AbaMóvel 1” em São Paulo, em que o público pode interagir. No seu processo criativo, a artista desenvolve uma dualidade, entre a materialidade da escultura e a plasticidade da pintura, quebrando a questão de limites entre técnicas.

Aba 11, 2023, acrílica sobre tela, 140×175 cm.

A peça cinética fez parte da série “AbaMóvel” apresentada no 11º Salão Artistas Sem Galeria na Galerias Zipper, Lona SP e Murilo Castro BH, que aconteceu em janeiro/2020, pouco antes da Pandemia de Covid-19. Ela foi premiada, ganhando 3º lugar no salão organizado pelo curador Celso Fioravante.

Na entrada, o visitante se depara com uma instalação de papelões que dialoga com a arquitetura da casa. A exposição culmina no segundo andar com cinco pinturas sobre tela, em grande formato, na série Abas (representadas no plano).

Sobre a artista visual

Myriam Glatt nasceu no Rio de Janeiro/RJ, onde vive e trabalha. Estudou Arquitetura pela Santa Úrsula R.J., em 1980 e fez Pós-graduação em arte\filosofia na PUC RJ em 2014. Estudou arte no San Francisco Art Institute e no Santa Barbara City College, CA, USA (83/84). Estudou pintura/teoria no Parque Lage R.J. com Charles Watson (95/97), João Magalhães, Ivair Renaldim, Daniel Senise, Fernando Cocchiarale e Marcelo Campos (2008 a 2013). Participou de grupo de estudos dos curadores Marcelo Campos (2015), da Daniela Labra (2017), Keyna Eleison (2018), Marisa Flórido (2019), Julia Lima SP (2021) e Paulo Pasta SP (2022).

Aba 34,2023, acrílica sobre tela, 140×130 cm.

Realizou uma dezena de solos, sendo os destaques “Arquiteturas Instáveis”, na Galeria da Cândido Mendes, RJ, curadoria Paulo Sergio Duarte, em 2020/21; “Plano Pictórico Piloto”, no Museu dos Correios Brasília, curadoria Ivair Reinaldim, em 2019; “descartes”, no Centro Cultural Correios RJ, crítica curatorial Keyna Eleison, em 2017; “Flor, da contenção à Expansão”, no Centro Cultural Correios Niterói, curadoria Isabel S.Portella, em 2017 e “Coletivos, manchas e contornos”, na Galeria TAC, curadoria de Mario Gioia, em 2015.

Participou de diversas coletivas, como “Quadrantes da Miragem”, no Ateliê 31, no Rio de Janeiro, com curadoria de Shannon Botelho, em 2023; “Artistas do papel”, no Museu Judaico SP, curadoria Ruth Tarasantchi e Felipe Chaimovich, em 2023; “A alegria não é a prova dos nove”, na Casa França Brasil RJ, curadoria Alexandre Sá, em 2022; 1º Salão de artes Visuais da Galeria Ibeu On Line, curadoria Cesar Kiraly, em 2021; “Nas águas que se escondem”, no Espaço Cultural Correios Niterói, curadoria Marisa Flórido, em 2019; Arte Formatto – Espaço Bossa Cidade Jardim SP – curadoria Gisele Rossi e Lica Pedrosa, em 2018; “Carpintaria para Todos” – curadoria Marcelo Campos, Bernardo Mosqueira e Luisa Duarte, em 2017; Circuito Interno fevereiro, na Fábrica Bhering, em 2017; “Qual é seu link?”, no Centro M. Calouste Gulbenkian, Curadoria Lúcia Avancini e Marilou Winograd, em 2016; “Ponto Transição (Vade Retro Abacaxi)”, na Fundição Progresso, Curadoria Xico Chaves, Luiza Interlenghi e Sonia Salcedo, em 2016, e “O Cortiço”, na Galeria Ceperj, curadoria Marcelo Campos, em 2012.

Tem obras em coleções particulares e instituições brasileiras. https://www.myriamglatt.com.br/.

Sobre o curador

Renato De Cara é formado em Jornalismo pela PUC/SP, em 1985. Interessado em arte, cultura e moda, especializou-se em estética contemporânea produzindo, escrevendo, editando e fotografando para marcas e veículos de comunicação. Hoje é curador do Paço das Artes, em São Paulo, e dá consultoria em arte e mentoria para vários clientes, artistas e instituições privadas.

Colaborou para jornais como Folha de S.Paulo e O Estado de São Paulo; revistas como Vogue, World Fashion, Select e Bravo; e estúdios de criação. Em 2006, criou a Galeria Mezanino e, até 2017, produziu e curou exposições individuais e coletivas apresentando novos nomes e resgatando artistas em meio de carreira, cruzando linguagens e propondo novas abordagens no mercado de arte contemporânea.

Em 2018, foi convidado pelo secretário de Cultura da cidade de São Paulo, André Sturm, para assumir a direção do Departamento de Museus da Cidade, com 15 equipamentos em casas e prédios históricos, além de um importante acervo fotográfico, de bens móveis, de memória oral e, também, de arte popular, folclórica e etnográfica. A rede se configura como o Museu da Cidade de São Paulo. De 2020 a 2022, colaborou com conteúdo de artes visuais para o Centro Cultural b_arco e também para a galeria e arte contemporânea de mesmo nome. https://br.linkedin.com/in/renato-de-cara-615b6463

Sobre a Casa Contemporânea

Há 14 anos, a Casa Contemporânea é um espaço multidisciplinar que realiza exposições, encontros e debates sobre arte e assuntos correlatos. Idealizado por Marcia Gadioli, artista visual e por Marcelo Salles, arquiteto e curador, está instalada em um sobrado da década de

40 que, com adaptações pontuais, transformou-se em galeria para exposições de arte contemporânea e comercialização, além de atelier voltado à grupos de discussão e de estudos, propiciando a complementação da formação de artistas visuais. É uma casa que acolhe novos artistas com interesse e produção em arte contemporânea e áreas afins. Um local para discutir, ver e pensar. https://casacontemporanea370.com/

Serviço:

Mostra O outro lado da superfície, da artista visual Myriam Glatt – 25 obras em vários suportes: descartes de caixa de papelão, embalagens de produtos, jornais e pintura acrílica sobre tela

Texto crítico: Renato De Cara

Abertura: 29 de julho de 2023 (sábado), 11h -17h

Visitação: 1º a 26 de agosto de 2023 (ter a sex,14-19h,  sáb 11h-17h)

Onde: Casa Contemporânea – Rua Capitão Macedo, 370 – Vila Mariana – São Paulo – SP

Quanto: gratuito e livre

Site: https://casacontemporanea370.com/

Redes sociais

Myriam Glatt: @myriamglatt

Renato De Cara: @renatodecara

Casa Contemporânea: @casacontemporanea370.

(Fonte: Marmiroli Comunicação)

Circo di SóLadies|NemSóLadies apresenta “Concerto em Cores” em Ribeirão Preto

Ribeirão Preto, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

Três palhaces realizam um show musical para contar a história de pessoas sem tempo que viviam presas em mundo descolorido, com pensamentos encaixotados. Interagindo com a plateia, o Concerto em Cores convida o público a um mundo mais colorido, livre, leve e brincante. O espetáculo de palhaçaria estará no Sesc Ribeirão Preto nesse sábado, 29/7, às 16h e é gratuito.

Por meio da comicidade física e musical, o Circo di SóLadies|NemSóLadies propõe desconstruir pensamentos engessados, presentes inclusive nas músicas infantis, apresentando novas versões para canções conhecidas, além de composições inéditas.

Ao longo da pesquisa, nos processos de formação, na leitura de publicações consideradas referências da palhaçaria e na participação de diversos festivais pelo país, o Circo di SóLadies|NemSóLadies se deparou não só com as questões de gênero, mas também com outros preconceitos, como os de raça, idade e classe, entre outros, sendo reproduzidos na dramaturgia clássica circense. Diante dessas percepções, surgiu o desejo de criar uma obra que dialogasse com o público, abrindo espaço para a criação de novos paradigmas e signos, desestabilizando os papéis sociais pré-construídos, levando o tema da diversidade de maneira leve, cômica e musical, a partir da máscara da palhaçaria.

A obra teve sua estreia em 2022 na cidade de São Paulo e sua criação foi financiada pelo Programa de Fomento Municipal da cidade de São Paulo, edição 2021. Dentre os feedbacks recebidos do público, além da animação das crianças que contagiava a plateia, tivemos comentários de pais e educadores que afirmaram que nunca haviam percebido o preconceito existente nestas canções e que ficaram satisfeitos em conhecer novas versões de músicas infantis para cantarem junto com as crianças.

Sobre o Circo di SóLadies|NemSóLadies | Grupo formado por duas mulheres cis, Kelly Lima e Verônica Mello – palhaças, atrizes, produtoras – e uma pessoa transmasculina não-binária, Tatá Oliveira – palhace, artista da cena, produtore e designer; pesquisa formas cênicas usando o universo da comicidade e palhaçaria sob o viés feminista, questionando as estruturas sociais com camadas simbólicas e lúdicas para públicos de todas as idades.

Ficha técnica

Direção Artística: Tereza Gontijo | Direção Musical: Tetê Purezempla | Elenco: Kelly Lima (palhaça Greice), Tatá Oliveira (palhace Augustine), Veronica Mello (palhaça Úrsula) | Produção Executiva: Circo di SóLadies | Nem SóLadies | Figurinos, adereços e cenário: Ateliê Vivo – Andrea Guerra, Carolina Cherubini, Gabriela Cherubini, Flavia Lobo de Felicio | Costura: Francisca Lima | Criação de Luz: Leandra Demarchi | Assistente de luz e operadora: Luz López | Desenho de Som e Operação: Daniela Dantas | Designer: Estúdio Capima | Assessoria de Imprensa: Em Foco Comunicação Estratégica.

Serviço:

Concerto em Cores, com Circo di SóLadies|NemSóLadies

Duração: 55 minutos

Classificação Livre

Onde: Sesc Ribeirão Preto – Rua Tibiriçá, 50, Centro

Quando: dias 29 de julho, sábado

Horário: 16h

Grátis, com retirada de ingresso 1h antes.

(Fonte: Agência Em Foco)

Escola de Música do Parque Ibirapuera abre inscrições para curso de canto

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação/Urbia.

A Escola de Música do Parque Ibirapuera, administrada pela Urbia, acaba de abrir inscrição para o curso de canto “De Tudo Se Faz Canção”. As vagas são limitadas e direcionadas para pessoas a partir de 18 anos com ou sem conhecimento musical prévio. O objetivo do curso, que será ministrado pelo renomado regente Daniel Reginato, é proporcionar aos alunos uma experiência prática e abrangente no universo do canto.

Para se inscrever, os interessados podem acessar os links 1 ou 2 e preencher a ficha cadastral. Os primeiros alunos que se matricularem receberão um desconto especial de 15%. As aulas terão início dia 4 de setembro e seguem até 18 de dezembro desse ano.

O curso abordará os fundamentos das técnicas da voz cantada e falada, consciência corporal para o canto, fundamentos da linguagem musical e aspectos da performance vocal. As aulas acontecerão no Auditório Ibirapuera, obra arquitetônica de Oscar Niemeyer (Avenida Pedro Álvares Cabral – Parque Ibirapuera – entrada Portão 2), todas as segundas-feiras, das 19h30 às 21h30. A carga horária total do curso é de 36 horas, sendo 30 horas de aula, quatro horas de ensaio e duas horas para a apresentação final.

O aprendizado que será guiado pelo regente Reginato, reconhecido por seu talento como educador, artista e pesquisador musical, com vasta experiência em diversos contextos educacionais, terá como um de seus pontos principais os elementos da linguagem musical, incluindo a interpretação de partituras e o aprimoramento da percepção rítmica e melódica. Os alunos também terão a oportunidade de aprofundar-se nos aspectos da performance vocal, explorando técnicas interpretativas e práticas que elevarão suas apresentações.

Por dentro da Escola de Música do Parque Ibirapuera

A Escola de Música do Parque Ibirapuera é um importante centro de educação musical localizado em São Paulo. Oferece uma ampla variedade de cursos e atividades para crianças, e jovens, proporcionando uma formação musical de qualidade e estimulando a expressão artística. Com uma equipe de professores altamente avançados e uma estrutura de ponta, a escola é reconhecida por sua excelência no ensino da música.

O espaço oferece uma excelente estrutura, com salas de aula e estúdios projetados para proporcionar conforto acústico e estimular a criatividade musical. O ambiente foi cuidadosamente planejado para garantir a melhor experiência de aprendizado aos alunos.

(Fonte: Urbia Parques)

SP-Arte Rotas Brasileiras 2023 reúne projetos curados que valorizam a riqueza da produção artística nacional

São Paulo, por Kleber Patricio

SP–Arte Rotas Brasileiras, ARCA, São Paulo, Brasil, 2022.

Com base no sucesso da SP–Arte, que em 2024 completa 20 anos, a SP–Arte Rotas Brasileiras realizará sua segunda edição de 30 de agosto a 3 de setembro na ARCA, em São Paulo. Com 70 projetos curados especialmente para a ocasião por galerias de todo o país, o evento celebra a diversidade e a riqueza da arte brasileira.

“Rotas Brasileiras é sobre reimaginar as fronteiras entre o erudito e o popular, o centro e a periferia, o comercial e o institucional. Ao trazer possivelmente mais perguntas do que respostas, a feira se propõe a expandir perspectivas, ampliar narrativas e romper estereótipos. É um evento onde queremos que as pessoas se identifiquem com as raízes nacionais e que, ao mesmo tempo, traz dinamismo e oxigenação ao mercado”, afirma a diretora Fernanda Feitosa.

Ayrson Heráclito, História do Futuro – Baobá o capítulo da agromancia, 2015. Fotografia, 100 x 150 cm. Cortesia Paulo Darzé.

A lista de participantes é composta por galerias já estabelecidas, como Almeida & Dale, Fortes D’Aloia & Gabriel, Gomide&Co, Millan e Vermelho, galerias mais jovens como Central, HOA, Jaqueline Martins, VERVE e Sé, assim como aquelas localizadas fora do eixo RJ-SP, como Cerrado (Goiânia), Lima (São Luís do Maranhão), Marco Zero (Recife), Mitre (Belo Horizonte) e Paulo Darzé (Salvador).

A Fortes D’Aloia & Gabriel levará uma seleção de trabalhos de Erika Verzutti recentemente exibida no Museo Experimental el Eco, galeria de arte contemporânea na Cidade do México, e apresentada no Brasil pela primeira vez. As criações se dividem em dois grupos: relevos de parede e esculturas verticais. Todas as obras foram feitas em cerâmica, material nunca usado por Verzutti, e executadas em colaboração com a Ceramica Suro, de Guadalajara.

A galeria Almeida & Dale apresentará uma seleção de obras de Heitor dos Prazeres. Natural do Rio de Janeiro, o artista é um nome incontornável na cultura brasileira do século 20. Dedicou-se à carreira de cantor, compositor e pintor e exerceu um importante papel na formação das primeiras escolas de samba do Brasil. Seu interesse pelo cotidiano e costumes do país é expresso em suas pinturas, nas quais retratou o frevo, o samba, o carnaval e a vida nos subúrbios da cidade.

Coletivo Xiloceasa, Painel. Cortesia Xiloceasa.

O paulista José Antônio da Silva e o polonês naturalizado brasileiro Frans Krajcberg serão as apostas da Caribé. Trabalhador rural com pouca formação escolar, Antônio da Silva foi um artista autodidata que percorreu a pintura, escrita, escultura e o repente. Krajcberg foi escultor, pintor, gravador e fotógrafo. Em suas obras, explorou elementos da natureza e destacou-se ao associar arte e defesa do meio ambiente.

A Marco Zero homenageará o Movimento Armorial. Concebido nos anos 1970, o projeto teve o dramaturgo e escritor Ariano Suassuna como seu principal idealizador. A intenção era estimular a criação de uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular nordestina. Com curadoria de Cristiano Raimondi, serão exibidos trabalhos de artistas como Suassuna, Gilvan Samico, Bozó Bacamarte, Romero de Andrade Lima e Miguel dos Santos.

Na Millan, a curadoria parte do histórico tema da paisagem para apresentar produções artísticas que lançam luz sobre a mudança climática e a preservação ambiental. Com obras de José Bento, Daiara Tukano e Henrique Oliveira, o conjunto promove o encontro entre artistas de diferentes regiões do Brasil. São artistas cujas técnicas e visões de mundo alargam os conceitos tradicionais da arte e dialogam com nomes como Tunga, Nelson Felix e Miguel Rio Branco, que marcaram a arte brasileira.

Sertão Negro. Foto: Paulo Rezende.

A galeria Mitre, de Belo Horizonte, apresentará uma seleção de trabalhos de Luana Vitra, artista selecionada para a 35ª Bienal de São Paulo. Artista plástica formada pela Escola Guignard (UEMG), dançarina e performer, cresceu em Contagem, cidade industrial que “fez seu corpo experimentar o ferro e a fuligem”. A apresentação da galeria Paulo Darzé, de Salvador, estabelecerá um diálogo entre Ayrson Heráclito, também selecionado para a 35ª Bienal de São Paulo, e Nádia Taquary. Com participações em importantes exposições e bienais, como a de arte (2017) e a de arquitetura de Veneza (2023), Heráclito propõe novas leituras acerca do cotidiano baiano, enfatizando a história do corpo negro em diferentes contextos sociais. Já Taquary investiga as contribuições das tradições africanas na formação cultural do Brasil.

Além de galerias, a SP–Arte Rotas Brasileiras contará com projetos especiais. É o caso do Sertão Negro, espaço de residência e vivência artística fundado pelo artista goiano Dalton Paula (32ª Bienal de São Paulo e Trienal do New Museum, 2018); do projeto Novos para Nós, de Renan Quevedo, cuja curadoria será centrada em diferentes credos do país; do coletivo artístico Igreja do Reino da Arte, do Rio de Janeiro, fundado por artistas como Zé Tepedino, Edu de Barros e Maxwell Alexandre, e do projeto Xiloceasa, coletivo de artistas da região do Ceagesp formado no Ateliescola Acaia e da galeria GDA, fundada e gerida por artistas, que mostrará neste ano o acervo fotográfico mineiro “Retratistas do Morro”, de João Mendes e Afonso Pimenta.

A feira oferece ainda audioguias temáticos produzidos por curadores convidados, que estarão disponíveis no Spotify, visitas guiadas e conversas com artistas. No dia 19 de agosto terá início o Circuito SP–Arte com a abertura de uma individual de Maxwell Alexandre na Casa SP–Arte. Esta programação abrange atividades pela cidade promovidas por expositores, como coquetéis, aberturas, conversas, visitas guiadas e ateliês abertos, entre outros.

Heitor dos Prazeres, Sem título, s.d. Cortesia Almeida & Dale.

Os ingressos para a feira estarão à venda a partir de agosto no app SP–Arte. Gratuito, o aplicativo está disponível nas versões iOS e Android e dá acesso a todo conteúdo da feira, além da agenda cultural em São Paulo.

Coincidindo com o mesmo período da feira, a ONG Artesol ocupará o State (em frente à ARCA) com a exposição Arte dos Mestres, que reúne 20 mestres, grupos e famílias de vários estados; entre eles, Alagoas, Ceará, Mato Grosso, Pernambuco e Pará. A mostra trará mais de 200 obras e proporcionará espaços exclusivos para que os artesãos possam apresentar com destaque seus trabalhos e interagir com o público, além de exibir documentários exclusivos que contextualizam o aspecto social, cultural e criativo em torno dos artistas. O evento celebra os 25 anos da organização especializada na implementação, gestão e realização de projetos de fomento sociocultural e desenvolvimento econômico em comunidades tradicionais produtoras de artesanato em todo país.

Patrocínio: A SP–Arte Rotas Brasileiras tem patrocínio master de Itaú, Vivo, Iguatemi e Unipar e é patrocinada por Tiffany & Co., Chandon, Mitsubishi Motors, Blue Moon, Amázzoni Gin, Liberty Seguros e Finarte.

SP–Arte Rotas Brasileiras 2023

30 agosto a 3 setembro

Veja a lista de galerias completa aqui

ARCA – Avenida Manuel Bandeira, 360, Vila Leopoldina

(Fonte: A4&Holofote Comunicação)

Último espetáculo dirigido por Antunes Filho passa a integrar o acervo on-line do Sesc

São Paulo, por Kleber Patricio

Coleção “Eu Estava em Minha Casa e Esperava que a Chuva Chegasse”. Foto: Bob Sousa.

Desde 19 de julho (quarta-feira), o espetáculo teatral “Eu Estava em Minha Casa e Esperava que a Chuva Chegasse” (2018) – adaptação do diretor Antunes Filho para a peça do dramaturgo francês Jean-Luc Lagarce – passa a integrar o acervo digital das Coleções e Acervos Históricos do CPT_SESC, realizado pelo Sesc Memórias, na plataforma do Sesc Digital.

Composta por fotos dos figurinos – feitas por Bob Sousa, após trabalho de higienização e reparos dos itens realizado pelo Sesc Memórias – além de fotos de cena e peças gráficas, a 18ª Coleção da série conta ainda com o vídeo do espetáculo e relatos de alguns integrantes da montagem – retirados da série “Decupando espetáculos”.

Foto: Matheus José Maria.

O espetáculo “Eu Estava em Minha Casa e Esperava que a Chuva Chegasse” foi o último dirigido pelo diretor. Ao lado de “Nossa Cidade” e “Blanche”, marca o retorno de Antunes a procedimentos característicos de sua obra, como a meticulosidade na composição dos atores e a depuração na transversalidade do coro, no ato de capturar o silêncio como um estado rumoroso, de dar volume aos vazios desenhados no espaço e projetados do interior das personagens” (Teatrojornal, a-solidao-povoada-de-antunes-filho).

Sua cenografia usa expedientes que parecem reforçar o estado psicológico das personagens, como o elemento quadriculado com fita crepe no chão para marcar precisamente a posição das cadeiras, fazendo um distanciamento perfeito entre elas, além de um painel suspenso no palco com um simulacro de vida vegetal. Simone Mina, cenógrafa e figurinista do espetáculo, relata que o quadriculado dava mais consistência para o plano de contenção que essas mulheres viviam, sempre à espera.

A Coleção visa promover a história construída pelo encenador Antunes Filho, proporcionando uma imersão nos detalhes e bastidores da peça. Além disso, a difusão do acervo – idealizado com a finalidade de preservar a memória do teatro e da cultura brasileira – pretende contribuir com estudiosos e estudantes de cultura em geral.

Foto: Matheus Jose Maria.

Sobre as Coleções e Acervos Históricos CPT_SESC | As Coleções e Acervos Históricos CPT_SESC trazem ao público seleções dos figurinos e outros itens de peças encenadas pelo CPT. Um minucioso trabalho de pesquisa possibilitou a recomposição e restauro de mais de 150 trajes cênicos compostos por cerca de 470 itens, de 19 espetáculos: “Eu Estava em Minha casa e Esperava que a Chuva Chegasse”, “Lamartine Babo”, “A Falecida Vapt-Vupt”, “Senhora dos Afogados”, “Macunaíma”, “A Hora e Vez de Augusto Matraga”, “Antígona”, “Foi Carmen”, Fragmentos Troianos, Gilgamesh, Medeia, Medeia 2, Nossa Cidade, Toda Nudez Será “Castigada”, “Trono de Sangue”, ‘A Pedra do Reino”, “Vereda da Salvação” e “Xica da Silva”. Em seguida, os figurinos foram registrados pelo fotógrafo Bob Sousa e essas fotos são hoje o fio condutor das Coleções. Também está disponível uma Coleção dedicada aos Cartazes produzidos para a divulgação das montagens do grupo.

Sobre o Sesc Memórias | O Sesc Memórias atua, desde 2006, na coleta, higienização, organização, guarda e disponibilização da documentação produzida pela instituição com o propósito de preservar e difundir suas memórias. Integram seu acervo os registros produzidos desde a criação do Sesc, em 1946. São diversos gêneros, suportes e formatos de documentos que assinalam a ação finalística da instituição e seus processos de trabalho, como materiais de divulgação, fotografias, produtos institucionais e relatórios, entre outros. Seu acervo contribui para a reflexão acerca do trabalho desenvolvido pela instituição, bem como para a promoção de pesquisas e de produção de conhecimentos, na medida em que é acessível ao público interno e externo, reforçando a memória como um valor a ser cultivado.

CPT_SESC – 40 ANOS  

O Centro de Pesquisa Teatral foi criado em 1982 como laboratório permanente de criações teatrais, formação de atrizes, atores, dramaturgas e dramaturgos. Ao longo de quatro décadas, ganhou reconhecimento da crítica e de seus pares no Brasil e em outras partes do mundo como referência no fazer teatral. Foi coordenado por Antunes Filho por 37 anos, período no qual formou mais de mil profissionais das artes cênicas e apresentou 46 espetáculos. Em 2020, passado um ano da morte do diretor, o CPT expandiu suas ações em busca do constante desenvolvimento que o teatro contemporâneo exige, mantendo o diálogo com o seu legado.  A programação apresenta ciclos de debates, mostras digitais, cursos, podcasts e oficinas, entre outras atividades com artistas e técnicos de diversas formações e instâncias da produção teatral, a fim de buscar a realização de um trabalho interdisciplinar a que sempre se propôs o CPT_SESC.

Confira a programação completa no site do CPT_SESC  e nas redes sociais:/cptsesc.

Instagram Sesc Memórias.

Informações sobre as Coleções Digitais, Pesquisa e Memória do Sesc:  sescmemorias@sescsp.org.br.

Serviço: 

Eu Estava em Minha Casa e Esperava Que A Chuva Chegasse – Coleções e Acervos Históricos CPT_SESC  

[Disponível na plataforma Sesc Digital]

Acervo digital composto de fotos dos figurinos feitas pelo fotógrafo Bob Sousa a partir do trabalho de higienização e reparos do acervo realizado pelo Sesc Memórias e peças gráficas, além de relatos de participantes da série “Decupando espetáculos” e o vídeo do espetáculo na íntegra.

(Fonte: Assessoria de Imprensa CPT_SESC | Sesc Consolação)