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O impacto da ditadura da beleza na autoestima de adolescentes

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem: divulgação.

A autoestima é um aspecto fundamental da saúde mental de uma pessoa. Ela se refere à avaliação que alguém faz de si mesmo e de sua capacidade de lidar com os desafios da vida. No Brasil, a pesquisa Dove Pela Autoestima, realizada pela empresa em dezembro de 2020, revelou que 35% das 503 meninas entrevistadas já se sentiram “menos bonitas” ao verem fotos de influenciadores e celebridades nas redes sociais. A pesquisa também mostra que 84% das jovens brasileiras com 13 anos já aplicaram filtro ou usaram aplicativo para mudar a imagem em fotos. A especialista em comportamento adolescente Carolina Delboni afirma que os filtros projetam padrões inatingíveis e questiona como se auto perceber e desenvolver uma autocrítica saudável diante de tantas imagens construídas nas redes sociais.

A construção da autoestima pode ser afetada por diversos fatores e, nos adolescentes que fazem parte da Geração Z (nascidos entre 2000 e 2010), grande parte dessa interferência está presente nas redes sociais. Carolina afirma, segundo um estudo das Universidades de Cambridge, Oxford e do Instituto Donders para Cérebro, Cognição e Comportamento, publicado na revista Nature Communications, que jovens são mais vulneráveis aos efeitos negativos das redes sociais. Essas servem como uma vitrine para corpos “perfeitos”, peles impecáveis e uma vida aparentemente glamorosa, o que faz com que esse grupo se compare e se sinta inadequado.

A busca pela perfeição é algo que atinge homens e mulheres de todas as idades; no entanto, as redes sociais acentuaram ainda mais essa pressão, criando uma imagem de como as pessoas devem ser e agir. Crianças e adolescentes fazem uso excessivo das telas e das redes sociais, o que causa dependência e vício, além de agravar e disparar problemas como depressão e ansiedade. A educadora comenta: “Somam-se ao conteúdo as imagens inatingíveis e temos o que se chama de auto distorção digital, que é uma tentativa irreal e constante de atender a padrões de beleza”. Carolina ainda ressalta que na fase da vida em que os jovens buscam pelo reconhecimento da própria identidade e da aceitação em grupos, enfrentar tantos recursos disponíveis nas redes sociais acaba provocando baixa autoestima corporal.

É importante lembrar que a luta contra a ditadura da beleza envolve a promoção da diversidade e da inclusão e a valorização da autoestima e do amor próprio acima de padrões estéticos impostos pela sociedade. Segundo a especialista, conversar com os adolescentes sobre como eles se sentem ao se depararem com o universo infinito de imagens e comentários ainda é a melhor saída para enfrentar o problema. Aprender a usar e se relacionar dentro dos ambientes virtuais é fundamental, pois assim como os pais e educadores ensinam e orientam sobre comportamentos em sala de aula, festas ou eventos, o mesmo deve ser feito às redes sociais.

Sobre Carolina Delboni (carolina_delboni)

Pedagoga e educadora especialista no comportamento adolescente, Carolina Delboni é integrante e pesquisadora do grupo Abordagem Psicanalítica da Adolescência (Instituto Sedes Sapientiae). Atua como consultora educacional e palestrante em escolas e instituições. É pós-graduada em Educação com Foco na Primeira Infância, especializada em Práticas de Leitura Literária e tem como primeira formação o jornalismo, onde atuou por mais de 20 anos, começando por editorias de moda.

Foi redatora-chefe da revista Pais&Filhos por cinco anos. Ali, foi responsável pelas primeiras capas com reportagens sobre racismo e relações de gênero entre meninas e meninos, entre outros temas. Mãe de três meninos adolescentes, resolveu estudar a parentalidade e, posteriormente, a adolescência. Em 2017 foi convidada pelo jornal O Estado de São Paulo a ter um espaço digital em que pudesse ampliar o alcance de seus textos e análises, no qual escreve ainda hoje.

(Fonte: Index Conectada)

Abelhas europeias inibem adaptação de plantas e de abelhas nativas a clima e agricultura

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: Dmitry Grigoriev/Unsplash.

Após a chegada da abelha do mel no Brasil, várias espécies de plantas e polinizadores sofreram, indiretamente, uma redução na capacidade de se adaptar a mudanças do clima e da agricultura. É o que apontam pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em estudo publicado na quarta (19) na revista “Nature”.

Desenvolvido em parceria com colaboradores dos Estados Unidos, Espanha e Suíça, o estudo mostra que quanto mais efeitos indiretos uma espécie recebe de outras enquanto evolui dentro de uma rede de interação, mais difícil é para ela se adaptar. Dessa forma, mesmo em uma interação em que deveria se beneficiar, uma espécie pode ser influenciada negativamente por outra, ainda que não interaja com ela diretamente.

De acordo com Mathias Pires, pesquisador envolvido no estudo, um diferencial do trabalho está em olhar para o efeito evolutivo das abelhas. Em geral, explica ele, as pesquisas priorizam os efeitos demográficos – se a população de abelhas nativas aumentou ou diminuiu, por exemplo. “Esse trabalho focou justamente na evolução. Mostramos que a consequência da invasão das abelhas europeias é que possivelmente tenha ficado mais difícil para as abelhas nativas evoluírem em resposta a mudanças no ambiente: clima, agricultura, por exemplo”, afirma.

A pesquisa se destaca ao relacionar os efeitos indiretos entre espécies com a capacidade de sobrevivência e reprodução média de indivíduos de uma espécie. “Nós sabíamos que a estrutura de redes poderia influenciar a dinâmica ecológica e a evolução das características, mas existia esse último passo fundamental: descobrir como a rede influencia a aptidão média das espécies. É a aptidão que vai determinar, por exemplo, se uma população cresce ou diminui e como os indivíduos vão ser selecionados dentro de uma população”, explica Paulo Guimarães Jr., um dos autores da pesquisa. Para tentar preencher esta lacuna, foram utilizados modelos matemáticos já estabelecidos no estudo de evolução de espécies e realizadas simulações com base em dados empíricos coletados por cientistas de todo o mundo, disponíveis em bancos de informação.

Como resposta, os autores mostraram que são os efeitos indiretos que estão governando a variação na aptidão. “A aptidão média da espécie não depende somente de com quem ela interage, mas também responde a outras espécies na rede que não interagem diretamente com ela, criando um conflito de pressões seletivas”, explica Guimarães.

Além disso, os pesquisadores também puderam identificar quais posições nessas redes de interação são favorecidas e quais sofrem mais influências negativas. De acordo com os resultados da pesquisa, as espécies que ficam na periferia da rede – ou seja, que têm poucas interações – são prejudicadas pelos efeitos indiretos que se propagam por essa estrutura. Já as espécies que estão no centro – ou seja, que têm muitas interações – no geral se beneficiam.

Outro aspecto importante levantado pelo trabalho é o fato de que é possível prever algumas condições de evolução de espécies. “Podemos usar os padrões de interação das espécies nessas redes para prever qual é o resultado da coevolução nas características e fazer a tradução disso de volta para a aptidão das espécies”, explica Leandro Cosmo, autor principal do estudo. Assim, é possível conhecer mais sobre como os ecossistemas se organizam na natureza e também sobre como a ação humana pode interferir nos processos naturais, dos quais inclusive somos dependentes, como a própria polinização.

(Fonte: Agência Bori)

Inverno europeu: restaurante de Curitiba aposta na culinária continental em novo menu

Curitiba, por Kleber Patricio

Pot au feu de mariscos. Fotos: Munir Bucair Filho.

Com a ocupação hoteleira quase atingindo os 100% e atendendo à crescente demanda turística no Paraná, o restaurante Trinitas, localizado no NH Curitiba The Five, lançou três novos pratos em homenagem à Europa e às diversas etnias imigrantes. As criações do chef Silvonei Souza são inspiradas na gastronomia dos países do leste e centro europeus e estarão disponíveis até o final da estação, em setembro.

Dentre os destaques do cardápio festivo, destaca-se o goulash de cordeiro com risoto de milho verde, uma reinvenção da tradicional sopa húngara feita com páprica, legumes e carne, agora acompanhada de um risoto ítalo-brasileiro. Outra novidade é o pot au feu de mariscos, prato de origem francesa que consiste em um guisado de carne temperada com ervas aromáticas e legumes. Nesta versão, o hotel substitui a carne bovina pelos frutos do mar.

Goulash de cordeiro com risoto de milho verde.

Para encerrar a refeição, a sobremesa é uma combinação entre Itália e Bélgica: torta cremosa de macaron negro com praliné de chocolate. “Curitiba é o berço da imigração e decidimos homenagear a diversidade étnica com esses novos pratos, que trazem um pouco do mundo para aqueles que desejam aproveitar a capital mais fria do país”, destaca o diretor do NH Curitiba The Five, Antonio Albuquerque.

O cardápio está disponível para jantar de 19h até 22h30, todos os dias e com preços a partir de R$125,00. Reservas podem ser feitas pelo telefone (41) 3434-9400 ou pelo e-mail nhcuritibathefive@nh-hotels.com.

Sobre NH Hotels | NH Hotels é a marca de luxo do NH Hotel Group, destacada por seus hotéis modernos e singulares em localizações perfeitas na Europa e na América Latina, que se conectam facilmente com as cidades e bairros. Cada NH Hotel é cuidadosamente projetado para oferecer uma experiência confiável que sempre atenderá às expectativas dos hóspedes. Seu estilo descontraído, urbano e fresco faz deles um marco para se hospedar, trabalhar e interagir agradavelmente fora de casa.

Serviço:

NH Curitiba The Five Hotel

Rua Nunes Machado, 68 – Batel | Curitiba – PR

E-mail: nhcuritibathefive@nh-hotels.com

Telefone: (41) 3434-9400

Site: www.nh-hoteles.pt/hotel/nh-curitiba-the-five

Instagram: @nhhotelsbrasil.

(Fonte: Central Press)

Exposição apresenta livros raros da Coleção Ema Klabin

São Paulo, por Kleber Patricio

A biblioteca que pertenceu a Ema Klabin contém preciosos livros raros e contou com a orientação inicial do bibliófilo José Mindlin. Foto: Nelson Kon/Arquivo Casa Museu Ema Klabin.

Ao longo de sua vida, Ema Klabin reuniu uma biblioteca com mais de 3.500 volumes. Como bibliófila, adquiriu, a partir do final da década de 1940, mais de 300 livros raros, entre manuscritos, incunábulos (livros produzidos até 1500), edições aldinas, relatos de viajantes, primeiras edições, edições de luxo e livros ilustrados por artistas. De 15 de julho a 15 de outubro de 2023, a Casa Museu Ema Klabin, no Jardim Europa, em São Paulo, promove a exposição “A palavra impressa, 1492 – 1671: Livros raros da Biblioteca Ema Klabin”, que pela primeira vez apresenta parte dos livros raros da coleção.

“Apresentaremos 20 volumes que correspondem aos dois primeiros séculos de produção do livro impresso, incluindo manuscritos, livros de horas, incunábulos e edições aldinas, assim como as valiosas primeiras edições de Platão (1513), Dante (1502) e Tucídides (1502), além do grande Atlas de Blaeu (1648-1655), entre outros, ressaltando o impacto que essas obras tiveram na nossa forma de compreender o mundo e as consequências – positivas ou negativas – que o livro impresso teve na história”, informa o curador Paulo de Freitas Costa.

Livros de horas | Os livros de horas eram os livros mais comuns na Idade Média. Tinham este nome porque traziam as orações que deviam ser realizadas em determinadas horas do dia. O público poderá ver dois livros de horas criados entre 1490 e 1509, sendo um manuscrito em latim e o outro já um livro impresso em francês, ambos em pergaminho.

Primeiras edições | A exposição traz ainda dois incunábulos sobre a história de Florença, por Leonardo Aretino e Poggio Bracciolini (1492), e as comédias do autor romano Terêncio (1499), com duas primeiras edições em grego impressas em Veneza por Aldo Manúcio, um dos primeiros mestres do design tipográfico: a “História da Guerra do Peloponeso”, de Tucídides (1502), e as obras completas de Platão em grego (1513).

Relatos de navegantes

Livros raros da Biblioteca Ema Klabin, muitos com mais de 500 anos, estarão pela primeira vez expostos. Foto: Arquivo da Coleção Ema Klabin.

Também serão apresentados dois volumes do grande Atlas de Blaeu de 1655, destacando as diferenças na forma de registrar países da Europa em relação às regiões da América, África e Ásia, junto com cinco relatos de navegadores e viajantes, incluindo as obras de André Thevet (1561), Ulrich Schmidel (1599), Linschoten (1619), Pierre Moreau (1651) e Montanus (1671). “Esses primeiros registros do Novo Mundo têm muito a revelar em sua iconografia e na descrição distorcida dos povos originários, que ainda influenciam nosso pensamento”, explica o curador Paulo Costa.

A exposição contará, ainda, com uma projeção de vídeo contendo imagens variadas de cada livro e trechos selecionados. Uma programação de palestras e atividades educativas também procurará expandir as reflexões que podem ser desenvolvidas a partir da exposição.

CinEma no Cine Segall | Em parceria com o Museu Lasar Segall, a casa museu promoverá a primeira edição da mostra CinEma. Sob o título “De Gutenberg a Zuckerberg”, a mostra trará, nos meses de agosto e setembro, filmes e documentários que abordam o poder das mais diversas mídias ao longo da história, começando com “O Nome da rosa” (Jean-Jacques Annaud, 1986).

Serviço:

Exposição A palavra impressa, 1492 – 1671: Livros raros da Biblioteca Ema Klabin

15 de julho a 15 de outubro de 2023

Visitação livre

Quarta a domingo, das 11h às 17h, com permanência até às 18h

Visitas mediadas

Quarta, quinta e sexta às 11h, 14h, 15h e 16h; sábado e domingo às 14h

Entrada franca*

Casa Museu Ema Klabin

Rua Portugal, 43 – Jardim Europa, São Paulo, SP, Brasil

Acesse as redes sociais:

Instagram: @emaklabin

Facebook: https://www.facebook.com/fundacaoemaklabin

Linkedin: https://www.linkedin.com/company/emaklabin/?originalSubdomain=br

YouTube: https://www.youtube.com/c/CasaMuseuEmaKlabin

Site: https://emaklabin.org.br

Vídeo institucional: https://www.youtube.com/watch?v=ssdKzor32fQ

Vídeo de realidade virtual: https://www.youtube.com/watch?v=kwXmssppqUU

*Como em todos os seus eventos gratuitos, a Casa Museu Ema Klabin convida quem aprecia e pode contribuir para a manutenção das atividades e apoiar com uma doação.

(Fonte: Mídia Brazil Comunicação Integrada)

Professor de História desvenda origem de pratos exóticos do Pará

São Paulo, por Kleber Patricio

O Tacacá. Foto: Canva.

A culinária paraense é referência mundial em gastronomia, com diversos pratos típicos que são considerados exóticos, e traz consigo diferentes influências, como a portuguesa e a africana. Mas, das culinárias típicas brasileiras, é a que mais utiliza das tradições indígenas, dos ingredientes até o preparo. “A culinária paraense mantém a sua tradição de utilizar muitos ingredientes locais misturados com a influência cultural e também imposição cultural desde o período da colonização, no século 21. Assim, os sabores passaram a ser conhecidos e explorados por europeus nos caminhos que levavam os exploradores às drogas do sertão, que corriam a extensão do rio Amazonas em busca de novos temperos e frutos, que seriam de grande valor na Europa, chegando a substituir especiarias advindas das índias”, aponta Pedro Rennó, professor de História da Plataforma Ferretto.

Dentre os principais ingredientes, está a mandioca, constantemente utilizada nos pratos que mais representam a cultura paraense, sendo cultivada há séculos pelos povos indígenas. Ainda nos dias atuais segue sendo protagonista em pratos típicos, como o Pato no Tucupi. Para essa receita, é utilizado o caldo extraído da mandioca brava, que tem sua coloração amarelada e o gosto ácido; o Tucupi precisa ser cozido de forma lenta para estar adequado ao consumo, pois cru, é venenoso.

O Tucupi, quase sempre é utilizado em receitas que também acompanham o Jambu, uma folha típica do Pará que é famosa pela sensação anestésica que proporciona e também o formigamento dos lábios ao consumi-la; quase sempre usada em pratos salgados e bebidas alcoólicas, é uma das grandes protagonistas na culinária paraense.

Mais um prato que reflete muito da cultura paraense é o Tacacá; feito de tucupi, jambu, camarão e goma de tapioca, é um dos sabores mais populares do estado e pode ser encontrado com facilidade. O Tacacá é um prato tradicional passado por gerações, as tacacazeiras – cozinheiras que têm o tacacá como especialidade – são consideradas Patrimônio Cultural Imaterial de Belém. “Junto a essas, outros ingredientes foram compondo a mesa paraense ao longo dos séculos, como o açaí – fruta típica brasileira – que no Pará tem grande destaque, sendo usada em diversos pratos e não apenas os que conhecemos nas outras regiões. O paraense costuma consumir de forma salgada, normalmente acompanhando pratos com peixes”, finaliza Rennó.

Sobre a Plataforma Professor Ferretto | A plataforma é uma das maiores do país no segmento e tem o objetivo de oferecer um ensino de qualidade acessível aos jovens. Atualmente, conta com mais de 50 mil estudantes em todo o país, que se preparam para as provas do Enem e dos vestibulares mais importantes com aulas online. Por meio da plataforma, os candidatos podem fazer o seu próprio cronograma sem sair de casa para estudar. Nesse espaço virtual, têm acesso a diversos materiais e um total de 12 professores das principais disciplinas, todos altamente qualificados e que uniram forças para ensinar, orientar e dar acesso aos conteúdos.

(Fonte: Make Buzz Comunicação)