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No mês de aniversário, Theatro Municipal de São Paulo traz programação diversa e estreia de Nabucco, de Verdi

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Rafael Salvador.

Em setembro, mês em que comemora seus 113 anos, o Theatro Municipal de São Paulo celebra a data com uma programação repleta de eventos marcantes. O destaque vai para Nabucco, de Giuseppe Verdi, com direção de Christiane Jatahy. A diretora cênica chega a São Paulo com remontagem da obra, que foi aclamada em Genebra. A ópera será apresentada nos dias 27, 28, 29/9 e 1, 2, 4 e 5/10.

Nabucco segue a difícil situação dos judeus exilados de sua terra natal pelo rei babilônico Nabucodonosor II. Com libreto de Temistocle Solera e baseada em passagens bíblicas do Antigo Testamento, esta ópera é uma complexa trama de amor, política e religião. Os ingressos custam de R$31 a R$200 e o espetáculo tem duração de 160 minutos. O espetáculo é realizado em parceria com o Istituto Italiano di Cultura San Paolo.

Já no dia 25, quarta-feira, às 17h, no Salão Nobre, o público terá a oportunidade de imergir na visão da diretora Christiane Jatahy, no evento Conversa de Bastidor de Nabucco, que terá mediação de Ruthe Pocebon e a participação de Roberto Minczuk, diretor musical. A participação é gratuita, os ingressos serão liberados por ordem de chegada e sujeitos a lotação máxima, classificação de 12 anos, com duração de 60 minutos.

No primeiro domingo do mês, dia 1º, às 11h, a Orquestra Experimental de Repertório, sob regência de Wagner Polistchuk e participação da soprano Caroline de Comi, apresenta Dança e Máscaras, que no repertório terá obras como Romeu e Julieta – Suite, de Sergei Prokofiev, Concerto para Soprano Coloratura e Orquestra, Op. 82 de Reinhold Gliére e O Pássaro de Fogo – Suite, de Igor Stravinsky. Realizado na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal, os ingressos vão de R$12 a R$33, com classificação livre e duração de 60 minutos.

Na quinta-feira, 5, às 20h, dentro da série Grandes Quartetos, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo se apresenta com Fernando Tomimura, piano, na Sala do Conservatório, na Praça das Artes. O repertório trará o Quinteto Op. 51, de Anton Arensky, e o Quinteto Op. 57, de Dmitri Shostakovich. Os ingressos custam R$33, classificação livre e duração de 60 minutos.

Já na sexta-feira, 6, às 20h, a escadaria interna do Theatro Municipal será palco para Um Furo em Godot – Como Comemorar As Centenárias Cacilda Becker e Maria Callas no Século XXI, uma metaperformance (uma peça dentro de outra), remontagem semiótica do teatro do absurdo do irlandês Samuel Beckett. A apresentação tem como protagonistas duas artistas mulheres relevantes e centenárias no cenário artístico mundial, a atriz Cacilda Becker e a cantora lírica Maria Callas.

A produção conta com Morgana Olívia Manfrin, direção, atriz e dramaturga; Max Ruan de Souza Peruzzo, assistente de direção, cenógrafa; Adriana Magalhães, soprano lírica, e Daniel Carrera, trombonista. No elenco, estão Adriana Magalhães, André Wey-Martz, Daniel Carrera, Morgana Manfrin e Max Peruzzo. Os ingressos são gratuitos, a classificação é de 12 anos e a duração de 70 minutos.

No dia 13 de setembro, sexta-feira, 18h30 no Vão Livre da Praça das Artes, o Samba de Sexta fica com o núcleo Inimigos do Batente. A abertura fica por conta do DJ Fred Lima, que atua há mais de 20 anos na arte da discotecagem. O núcleo surgiu nas mesas do já desaparecido Bar do Bilú, no Butantã, marcado por uma maneira própria de conduzir a roda de samba, além da informalidade e o improviso. Os ingressos são gratuitos, a classificação livre e duração é de 180 minutos.

Nos dias 14 e 15 de setembro, às 10h30, o Theatro Municipal realiza o fórum Abram Alas: A Batalha por Equidade na Indústria Musical no Salão Nobre, um evento dedicado a explorar e promover práticas que aumentem a equidade na indústria musical. Reunindo especialistas, artistas e líderes do setor, serão discutidas estratégias para enfrentar desigualdades e criar oportunidades, visando um futuro musical mais inclusivo e diversificado. Uma colaboração entre o Theatro Municipal de São Paulo, a Fundação Donne, Mulheres na Música e a jornalista Camila Fresca.

Sábado, dia 14, às 10h30 abertura com Camila Fresca, Gabriella Di Laccio, Elodie Bouny e Andrea Caruso. Mesa 1 (10h45–12h) As mulheres e a indústria musical: atualidades

A Orquestra Experimental de Repertório.

Nesta mesa, serão apresentadas pesquisas recentes mapeiam a participação das mulheres na indústria musical. Com Gabriella Di Laccio apresentando os resultados da pesquisa anual com as orquestras e a indústria de filmes realizada pela Fundação Donne e Angela Johansen tratando da última edição da pesquisa Por elas que fazem a música, promovida pela UBC (União Brasileira de Compositores).

Concerto 1 (12h–13h) Mulheres na música: compositoras através dos tempos

Participam Marília Vargas (soprano), Liuba Klevtsova (harpa) e Camila Fresca (comentários).

Mesa 2 (14h às 15h), com Gabriella Di Laccio e Elodie Bouny: Carreira artística no exterior – com perguntas e respostas.

Mesa 3 (15h15 às 16h30): Palcos para artistas independentes

Em tempos de streaming e álbuns digitais, a performance torna-se o espaço privilegiado para o artista independente garantir a sobrevivência. As instituições enxergam seus espaços como arenas democráticas, que devem abarcar o maior número de artistas possível? Como garantir a diversidade e a igualdade de gênero? Com Priscila Rahal, do Sesc-SP; Anna Patrícia Lopes Araújo, da Santa Marcelina Cultura/Theatro São Pedro-SP; e Ligiana Costa, pesquisadora e artista de projetos independentes.

Concerto 2 (16h30–17h15): Em definição.

Domingo, dia 15:

Mesa 4 (10h30–11h45) Passado e futuro: os estudos sobre gênero e seu reflexo na vida musical atual

A partir de quando a discussão sobre desigualdade de gênero na música realmente se colocou? E como isso se reflete 1. na geração que está se formando hoje? 2. nas disputas em torno das decisões artísticas? Com Camila Fresca, jornalista e pesquisadora; Juliana Starling, cantora do Coro Lírico e professora da Unesp; e Maíra Ferreira, regente titular do Coral Paulistano.

Mesa 5 (12h–13h) Possibilidades e desafios: a música e o universo das artes

Gabriella Di Laccio conversa com Anna Toledo (https://annatoledo.com.br/). Atriz, cantora, compositora, escritora e roteirista, a artista compartilha suas experiências e dificuldades como autora e compositora no universo do teatro musical. Anna também discutirá a importância de se criar um portfólio diversificado, englobando múltiplas disciplinas artísticas, bem como estratégias para se criar e aproveitar oportunidades na indústria. O encontro visa oferecer alternativas para artistas que buscam expandir suas carreiras de forma inovadora e colaborativa.

Mesa 6 (14h15 às 15h40) Publicar, gravar e sobreviver

Como editar e publicar suas próprias obras? Como sobreviver de direitos autorais em tempos de streaming? Com Elodie Bouny, artista que é sua própria editora; Catarina Domenici, professora, pianista e compositora; Bárbara Leu, representante da gravadora Azul Music; e Cleuza Lopes, representante da Tratore, distribuidora de música independente.

Concerto 3 (16h–17h) Encerramento: Concerto com Gabriella Di Laccio (soprano), Elodie Bouny (violonista) e Catarina Domenici (pianista).

Entre os dias 15 e 20 de setembro, a Cúpula do Theatro Municipal recebe Marta Soares e Cia., que apresentam o espetáculo Les Poupées. Concebido, dirigido e interpretado por Marta Soares, o solo de dança tem como ponto de partida as fotografias de bonecas realizadas pelo fotógrafo surrealista alemão Hans Bellmer, que foi influenciado pelos contos de E.T.A. Hoffman, em especial pelo conto O Homem de Areia, que deu origem ao ballet Copélia, pelos movimentos dadaísta e surrealista e pelos experimentos psicanalíticos realizados no início do século XX por Charcot e Freud com pacientes histéricas.

O núcleo Marta Soares e Cia. atua na cidade de São Paulo desde 1995 e vem realizando pesquisa de vanguarda em dança. As questões relacionadas ao feminino são abordadas, na obra de Marta Soares, a partir da fricção e do embate entre as esferas micro e macro políticas. Les Poupées recebeu o Prêmio APCA 1997 e foi concebido, dirigido e interpretado por Marta Soares, tendo como ponto de partida as fotografias de bonecas realizadas pelo fotógrafo surrealista alemão Hans Bellmer, que foi influenciado pelos contos de E.T.A. Os ingressos custam R$33, a classificação livre e duração de 40 minutos.

No dia 17, terça-feira, às 13h, acontece no Salão Nobre a Homenagem ao maestro Roberto Casemiro, o primeiro maestro negro do Theatro Municipal de São Paulo, como regente do Coro Paulistano e cantando junto ao coro lírico, como baixo, instituição em que se aposentou. O repertório terá Cântigo de Ogun, tradicional Iorubá, e Nkosi Sikelele’iAfrika ‘Deus abençoe a África’, de Enoch Sontonga, entre outras. Os ingressos são gratuitos, classificação livre e duração de 60 minutos.

Entre os dias 19 e 20 de setembro, a Sala da Exposições da Praça das Artes recebe a performance e vídeo-dança Medo. Compreendendo o medo como este afeto que emerge no limite entre a proteção e a ameaça, entre a mudança e a permanência, entre o presente e o futuro, que coloca o humano a pisar em ovos, o intérprete Odu Ofá se posiciona em tal fronteira com seu corpo desamparado, num ninho radicalmente ameaçado em sua integridade pelo desejo de mover-se em direção ao devir. Como fazer com que pisar em ovos não signifique a paralisia ou excesso de cautela, mas movimento? Um movimento em direção ao que há de mais inexorável na relação do humano com o desejo: estar desamparado e sem garantias. Os ingressos são gratuitos, distribuídos por ordem de chegada, a classificação etária é de 18 anos.

Por fim, no dia 26, quinta-feira, na Sala do Conservatório, às 20h, o Quarteto de Cordas da Cidade convida Beto Villares para uma apresentação de suas composições com arranjo para o Quarteto. Os ingressos custam R$33, classificação livre e duração de 60 minutos.

Mais informações disponíveis no site.

(Fonte: Com André Santa Rosa/Assessoria de imprensa TMSP)

Banda Sinfônica da Unicamp se apresenta dia 22 no Teatro do Sesi Campinas Amoreiras

Campinas, por Kleber Patricio

No dia 22 de agosto, quinta-feira, às 20h, o Teatro do SESI Campinas Amoreiras será palco de uma apresentação imperdível da Banda Sinfônica da Unicamp. Este concerto é parte do projeto Parcerias/Projetos Locais – Música e promete oferecer ao público uma experiência musical única e diversificada.

A Banda Sinfônica da Unicamp é um projeto de extensão universitária desenvolvido pela Escola Livre de Música da Unicamp e vinculado ao Ciddic – Centro de Integração, Documentação e Difusão Cultural. Desde sua criação, em 2022, a banda tem proporcionado a mais de 60 alunos da Região Metropolitana de Campinas a oportunidade de desenvolver suas habilidades musicais através da prática coletiva. Este projeto é essencial para reintegrar a estrutura musical ao conjunto de grupos permanentes da Unicamp, retomando a tradição da universidade na formação musical para instrumentos de sopro e percussão após um hiato de 13 anos.

O concerto apresentará um repertório eclético alicerçado em três pilares fundamentais: música sinfônica, música brasileira e música popular. O público poderá desfrutar de composições sinfônicas e adaptações de obras orquestrais, além de peças brasileiras que abrangem uma vasta gama de gêneros e ritmos. O repertório incluirá obras como ‘1812 ‘Abertura Solene’, de Piotr Ilitch Tchaikovski; ‘Danzon’ de Arturo Marquez; ‘Ross Roy’ de Jacob de Haan; ‘Suíte Nordestina’, de José Ursicino da Silva (‘DUDA’) e medleys de musicais e filmes como ‘O Rei Leão’ e ‘Bohemian Rhapsody’.

Em 2024, a Banda Sinfônica da Unicamp foi agraciada com a prestigiada Medalha do Mérito Cultural Carlos Gomes, a maior honraria cultural concedida pela Prefeitura Municipal de Campinas. Esta medalha reconhece cidadãos e entidades que se destacam em atividades artísticas na cidade e que contribuem significativamente para enaltecer a figura e obra do maestro Carlos Gomes. Segundo Fernando Hehl, coordenador da Escola Livre de Música, esse reconhecimento é de grande importância, resgatando o prestígio e orgulho da universidade no cenário cultural.

Além do desenvolvimento técnico-musical, o projeto da Banda Sinfônica da Unicamp visa criar um ambiente humanizador para seus integrantes, estimulando-os a crescer como sujeitos ativos e transformadores da sociedade. Alunos da ELM participam de aulas específicas de seus instrumentos, tanto individualmente quanto em grupos, e a prática em conjunto é estimulada por alunos bolsistas graduandos em música pela Unicamp, que colaboram na organização e instrução durante os ensaios.

O concerto é gratuito e aberto ao público e as reservas podem ser feitas a partir de 19 de agosto de 2024, às 9h.

Serviço:

Banda Sinfônica da Unicamp no Sesi Amoreiras

22 de agosto às 20h

Teatro do Sesi Campinas Amoreiras – Av. das Amoreiras, 450

Entrada gratuita.

(Fonte: Com Ton Torres/Ciddic-Unicamp)

Johnny Hooker traz show de 20 anos ao Brasuca em 23 de agosto, com after da Festa Nervosa!

Campinas, por Kleber Patricio

Foto: Divulgação.

O cantor e compositor Johnny Hooker está completando 20 anos de carreira. Nesse tempo, entre shows esgotados, títulos, prêmios e consagrações midiáticas, JH emplacou diversas faixas de seus três discos (Macumba, Coração e ØRGIA) em novelas, séries e filmes e ainda colaborou com algumas regravações de sucessos nacionais que, na sua voz, se eternizaram em novos públicos.

O show de 20 anos chega ao Brasuca Multicultural, em Campinas, no dia 23 de agosto e promete fazer a alegria dos fãs, que ainda podem aproveitar a dobradinha com a Festa Nervosa!, que rola após o show sob o comando do DJ Barata, com ingressos à venda a partir de R$60 (pista, meia entrada + taxas).

Durante a apresentação, Hooker pretende levar o público a uma viagem no tempo, revisitando suas canções mais conhecidas e episódios pessoais e profissionais que definiram sua trajetória. “Estou num momento mais maduro de uma maneira geral. Já enfrentei muitas coisas na vida, dificuldades, polêmicas e sucessos”, conta Johnny. O show é visto pelo cantor como uma representação de sua evolução artística e pessoal.

Por fim, o artista demonstra felicidade em ter confiado e seguido seus sonhos. “O sentimento é de gratidão pela vida e de amor por aquela criança que lá atrás ousou sonhar alto e nunca desistiu. Eu falava ‘vocês vão me ver/ouvir cantar na televisão’ e as pessoas me olhavam com desconfiança por meu visual e atitude punk, mas no fim eu estava certo”, relembrou.

Viral

A versão de ‘Beija-Flor’ (hit do Timbalada) que foi gravada pelo artista especialmente para novela Segundo Sol, em 2018, viralizou em uma corrente do TikTok ficando em primeiro lugar dos maiores virais do Instagram, em 2024, dando a Johnny o quinto single de platina da carreira. Atualmente, a 11ª faixa do álbum Ørgia, Eu Te Desafio A Me Amar, é tema da personagem da atriz Nanda Costa na série global Justiça 2.

Em celebração às duas décadas de trajetória, o artista vem rodando o país com sua turnê. Além disso, JH deu origem a um projeto de remix onde resgata grandes sucessos de sua carreira. O primeiro lançamento foi de seu single de platina, Caetano Veloso, e, logo depois, de Cuba, uma das músicas que mais crescem organicamente no Spotify, estando em 6 lugar entre as suas faixas mais ouvidas. A nova versão é uma parceria com Pabllo Vittar.

Serviço:

Johnny Hooker + Festa Nervosa!

Quando: 23 de agosto, sexta-feira, a partir das 22h

Ingressos: https://brasucamulticultural.com.br/johnny-hooker-festa-nervosa-palco/

O Brasuca Multicultural fica na Avenida Santa Isabel, 800, Barão Geraldo, Campinas/SP.

Realização: Multi Produtora.

(Fonte: Com Silvânia Silva)

MAM São Paulo realiza 38º Panorama da Arte Brasileira no MAC-USP

São Paulo, por Kleber Patricio

Obra de Maria Lira Marques. Foto: Ding Musa.

A 38ª edição do Panorama da Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo será realizada no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, entre 5 de outubro de 2024 e 26 de janeiro de 2025, com entrada gratuita. A mudança de local e de data se deve à reforma da marquise do Parque Ibirapuera, onde o MAM está sediado. Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e tombada pelo Patrimônio Histórico, a marquise do Parque está passando por uma reforma em toda sua estrutur, e o trecho do MAM deve reabrir ao público no início de 2025.

Segundo Cauê Alves, curador-chefe do MAM, “Embora a reforma da marquise do Parque Ibirapuera afete a programação do museu, ela será muito positiva para a cidade. Faz alguns anos que o MAM tem estabelecido parcerias com as instituições do eixo cultural do Parque Ibirapuera, mas realizar o 38º Panorama da Arte Brasileira do MAM no MAC, além de uma aproximação histórica entre as duas instituições, é um momento de integração e soma de esforços em benefício da arte e da cultura de modo geral”.

Obra de Lucas Arruda (2020). Foto: Everton Ballardin.

MAM São Paulo e MAC-USP compartilham de uma mesma origem, apesar de trilharem trajetórias bem distintas. O MAM é estruturado como uma sociedade civil de interesse público sem fins lucrativos e o MAC é um museu universitário, gerido pela Universidade de São Paulo. A história que conecta as duas instituições, bem como os projetos realizados em conjunto em diversos momentos, será apresentada ao visitante em uma linha do tempo que abre o espaço expositivo do 38º Panorama.

“É com enorme satisfação que o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo acolhe o 38º Panorama da Arte Contemporânea Brasileira, tradicionalmente realizado pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo. A qualidade do salão fez dele um espaço importantíssimo de fruição, reconhecimento e problematização dos rumos da arte no Brasil nas últimas décadas. Neste momento de interdição temporária da sede do MAM em função das obras de restauro da Marquise do Ibirapuera, o MAC USP não poderia deixar de apoiar a instituição coirmã, parceira de tantos projetos museológicos, formativos e curatoriais conjuntos. Esta história de colaborações inspirou, aliás, os dois museus a incluírem na edição 2024 do Panorama uma pequena linha do tempo de seus múltiplos cruzamentos e reciprocidades”, comenta José Tavares Correia de Lira, diretor do MAC-USP.

38º Panorama da Arte Brasileira: Mil graus

Com uma expografia adaptada à arquitetura do MAC, o 38º Panorama da Arte Brasileira: Mil graus irá ocupar o térreo e o terceiro andar do museu. Com curadoria de Germano Dushá e Thiago de Paula Souza e curadoria-adjunta de Ariana Nuala, esta edição apresentará obras de 34 artistas de 16 estados brasileiros. A lista é composta por Adriano Amaral (SP), Advânio Lessa (MG), Ana Clara Tito (RJ), Antonio Tarsis (BA), Davi Pontes (RJ), Dona Romana (TO), Frederico Filippi (SP), Gabriel Massan (RJ), Ivan Campos (AC), Jayme Fygura (BA), Jonas Van & Juno B. (CE), José Adário dos Santos (BA), Joseca Mokahesi Yanomami (RR), Labō (PA) & Rafaela Kennedy (AM), Laís Amaral (RJ), Lucas Arruda (SP), Marcus Deusdedit (MG), Maria Lira Marques (MG), Marina Woisky (SP), Marlene Costa de Almeida (PB), Melissa de Oliveira (RJ), Mestre Nado (PE), MEXA (SP), Noara Quintana (SC), Paulo Nimer Pjota (SP), Paulo Pires (MT), Rafael RG (SP), Rebeca Carapiá (BA), Rop Cateh – Alma pintada em Terra de Encantaria dos Akroá Gamella (MA) – em colaboração com Gê Viana (MA) e Thiago Martins de Melo (MA) –, Sallisa Rosa (GO), Solange Pessoa (MG), Tropa do Gurilouko (RJ), Zahy Tentehar (MA) e Zimar (MA).

Adriano Amaral, Untitled, 2018. Foto: Lewis Ronald.

O título da exposição parte de uma expressão coloquial que pode assumir múltiplos significados a depender do contexto, mas que invariavelmente funciona como índice de elevada intensidade. Em texto de apresentação sobre o projeto, a curadoria conta que “a mostra se orienta pelo interesse por formulações ligadas à experimentação, ao risco intenso, às situações radicais, às condições extremas marcadas pelo calor — metafísico, metafórico e climático —, e aos estados — da alma e da matéria — que nos põem diante da transmutação como destino inevitável e imediato”. Mais informações sobre a proposta curatorial e a escolha dos artistas da 38ª edição da mostra estão disponíveis no site do MAM.

O Panorama da Arte Brasileira é um projeto bienal e fundamental na história do Museu de Arte Moderna de São Paulo. A série de exposições foi iniciada em 1969 e coincidiu com a instalação do MAM São Paulo em sua sede na marquise do Parque do Ibirapuera. As primeiras edições do Panorama marcaram a história do museu por terem contribuído direta e efetivamente na formação de seu acervo de arte contemporânea. Ao longo das 37 mostras já realizadas, o Panorama do MAM buscou estabelecer diálogos produtivos com diferentes noções sobre a produção artística brasileira, nossa história, cultura e sociedade. Realizado a cada dois anos, sempre produz novas reflexões acerca dos debates mais urgentes da contemporaneidade brasileira.

Serviço:

38º Panorama da Arte Brasileira: Mil graus

Curadoria: Germano Dushá, Thiago de Paula Souza e Ariana Nuala

Período expositivo: 5 de outubro de 2024 a 26 de janeiro de 2025

Realização: Museu de Arte Moderna de São Paulo

Exibição no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, MAC-USP

Locais: térreo e terceiro andar

Funcionamento: terça a domingo, das 10h às 21h

Gratuito

Mais informações em mam.org.br/38panorama.

(Fonte: Com Victoria Louise/A4&Holofote Comunicação)

Panamenho Cisco Merel apresenta mostra solo na Zielinsky, em São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Cisco Studio.

A Zielinsky exibe a mostra Ancoras Atemporais do artista panamenho Cisco Merel das 14h às 18h, na Travessa Dona Paula, em Higienópolis, em São Paulo. É a segunda mostra da galeria, que abriu sua filial paulistana em junho passado. Com texto crítico do curador adjunto da 14ª Bienal do Mercosul Tiago Sant’Ana, Merel põe em intercâmbio trabalhos em pintura conectados com uma experimentação abstrata e cromática com obras em que o barro e toda complexidade intrínseca a esse material são lançadas em cena. O barro utilizado na mostra foi coletado de forma local, discutindo assim a temática do território.

Fabulando sobre elementos formais que surgem a partir da prática da ‘mola’ – um fazer têxtil que utiliza diferentes pedaços de tecido para construção de formas geométricas por meio de um intricado e complexo jogo de costura – o artista nos aproxima de um universo ligado à natureza e sua espiritualidade.

O artista representa o Pavilhão do Panamá na 60ª Bienal de Veneza – Stranieri Ovunque – Foreigners Everywhere (Estrangeiros em todo lugar), curada pelo brasileiro Adriano Pedrosa, juntamente com os artistas Brooke Alfaro, Isabel De Obaldía e Giana De Dier. A curadora do Pavilhão Panamenho é a professora de História da Arte e da Arquitetura Itzela Quirós e o comitê curatorial é formado por Mónica Kupfer, Ana Elizabeth González e Luz Bonadies. É a primeira vez que o país tem um pavilhão na mais longeva bienal de arte do mundo.

Sobre o artista

Cisco Merel nasceu em 1981 na Cidade do Panamá/Panamá, onde vive e trabalha. Utiliza a abstração como meio para abordar diversos temas em sua obra, como a arquitetura, os contrastes sociais e a arte popular. Em sua obra, busca resgatar as origens dos sistemas construtivos e socioculturais que nos cercam em nosso tempo atual. Merel utiliza a fotografia, a pintura, a escultura e as instalações como ponto de partida para criar um mapa visual e investigativo em cada projeto que desenvolve. Seu trabalho se destaca pela capacidade de transformar experiências cotidianas em algo excepcional e pela capacidade de gerar reflexões sobre a cultura e a sociedade.

Durante mais de 10 anos colaborou estreitamente com o ateliê do artista Carlos Cruz Díez. Atualmente o artista apresenta a exposição individual ‘La Puerta del Sol’, com curadoria de Juan Canela, no Museo de Arte Contemporáneo de Panamá. Também participou das exposições coletivas ‘Detrás del muro’ – Bienal de la Habana, Cuba; ‘Trampolín’ – Centro Cultural de España, Panamá; ‘Circles & Circuits – Pacific Standard Time’ – Chinese American Museum, Los Angeles, EUA; ‘Bienal del Istmo Centroamericano’ – Tegucigalpa, Honduras; ‘The State Of L3 Collective’ – Museum of Contemporary Art, Antuérpia, Bélgica. Este ano, Merel representará o Pavilhão do Panamá na 60ª Bienal de Veneza (https://ciscomerel.com/).

Sobre a Zielinsky | Ricardo Zielinsky e Carla Zerbes – proprietários da Zielinsky, são um casal de gaúchos que vive há muitos anos entre a Espanha e o Brasil. Há 9 anos, fundaram a galeria Zielinsky em Barcelona, onde representam artistas Ibero Americanos; entre os quais, também brasileiros, como Shirley Paes Leme, Marina Camargo, Leonardo Finotti, Vera Chaves Barcellos, Dedé Lins, Romy Pocztaruk e Almandrade. A relação com o Brasil, além de suas nacionalidades, se dá também com um escritório de arte que tiveram, desde 2015, em Porto Alegre, além da realização de feiras de arte latino-americanas, muitas delas brasileiras.

Serviço:

Exposição Ancoras Atemporais do artista visual Cisco Merel

Pinturas e esculturas

Texto crítico: Tiago Sant’Ana

Visitação: até 5 de outubro de 2024 | terça a sexta, das 11h às 19h; sábado, das 11h às 17h

Entrada gratuita

local: Zielinsky – Travessa Dona Paula, 33 – Higienópolis, São Paulo, SP

info@zielinskyart.com | https://www.zielinskyart.com

Redes sociais: Zielinsky  | Cisco Merel | Tiago Sant’Ana.

(Fonte: Com Erico Marmiroli/Marmiroli Comunicação)