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Orquestra Jovem do Estado interpreta Bernstein na Sala São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

Concerto da Orquestra Jovem do Estado na Sala São Paulo. Foto: Heloísa Bortz.

Em 2025, a temporada da Orquestra Jovem do Estado, grupo ligado à Emesp Tom Jobim, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela Santa Marcelina Cultura, conta com o tema Paisagens Sonoras. O programa convida o público a uma viagem musical que atravessa fronteiras geográficas, culturais e temporais, tendo o seu próximo concerto no dia 20 de abril, às 16h, na Sala São Paulo.

A apresentação terá regência de Mariana Menezes, uma das mais destacadas maestras brasileiras da atualidade, com a peça ‘Elegía Andina’, da compositora peruano-americana Gabriela Lena Frank (1972 -), na abertura. A obra celebra a diversidade cultural latino-americana, mesclando a tradição orquestral com influências indígenas.

Na sequência, a OJE executa a ‘Sinfonia nº 2 – The Age of Anxiety’, do maestro e compositor estadunidense Leonard Bernstein (1918–1990), com participação da pianista Karin Fernandes. Escrita no fim da década de 1940, a obra tem como base o poema homônimo de W. H. Auden, explorando temas existenciais com profundidade e intensidade. O concerto encerra com a Sinfonia em Ré Menor, do compositor e organista belga César Franck (1822–1890). De alta riqueza harmônica, a peça é uma das mais relevantes do romantismo francês.

Os concertos da temporada 2025 da Orquestra Jovem do Estado na Sala São Paulo ocorrem aos domingos e os ingressos custam de R$ 30 (meia-entrada) a R$ 60 (inteira).

Transmissão ao vivo

Para democratizar o acesso ao público, os concertos realizados na Sala São Paulo serão também transmitidos ao vivo gratuitamente pelo canal de YouTube da EMESP Tom Jobim, em www.youtube.com/tjemesp.

A temporada da Orquestra Jovem do Estado conta com patrocínios do Bank of America, Machado Meyer Advogados, Crédit Agricole, Wallerstein e Cultura Inglesa, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e é uma realização da Santa Marcelina Cultura, Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo, Governo do Estado de São Paulo, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Mariana Menezes

A maestra Mariana Menezes, nome artístico de Mariana Borges Silva Menezes, é a mais jovem e notável maestra brasileira a ocupar um cargo permanente em orquestra profissional e a atuar como regente convidada à frente de todas as grandes orquestras do país. Além de regente associada da Orquestra Filarmónica de Goiás desde 2021, Mariana Menezes regeu a OSESP, a Orquestra do Teatro Municipal de São Paulo, Orquestra Sinfônica Brasileira do Rio de Janeiro, Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro em Brasília, Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz em Belém, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra Sinfônica do Paraná e a Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo, entre outras. A sólida liderança de Mariana Menezes no palco é comparável à sua grande competência em dirigir uma variedade de iniciativas de incentivo cultural fora dos pódios, incluindo ações de caridade e projetos educacionais. A maestra é conhecida por sua competência musical, maturidade, capacidade de memorizar programas complexos e regê-los de cor, além de talento para a performance tudo isso lhe rendeu respeito genuíno entre músicos experientes e por parte do público.

Orquestra Jovem do Estado 

Referência tanto por seu bem-sucedido plano pedagógico, quanto por sua cuidadosa curadoria artística, a Orquestra Jovem do Estado é sinônimo de excelência musical no Brasil. Há mais de 40 anos contribui para o aprimoramento técnico e artístico dos bolsistas que a integram, ajudando-os a se prepararem para a vida profissional. Sob a direção musical do maestro Cláudio Cruz, o grupo já tocou nos principais palcos e festivais do Brasil e do mundo, com a participação de renomados solistas, gravou CDs e recebeu prêmios. Em parceria com o Machado Mayer Advogados, realiza o Prêmio Ernani de Almeida Machado desde 2012. A Orquestra Jovem do Estado é um grupo artístico ligado à EMESP Tom Jobim, instituição da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo gerida pela organização social Santa Marcelina Cultura.

Orquestra Jovem do Estado na Sala São Paulo

Frank/Bernstein/Franck

Orquestra Jovem do Estado

Mariana Menezes, regência

Karin Fernandes, piano  

GABRIELA LENA FRANK (1972 -)

Elegía Andina – 11′

[Editora original: Schirmer (W.M.G). Representante exclusivo Barry Editorial (www.barryeditorial.com.ar).]

LEONARD BERNSTEIN (1918–1990)

Sinfonia n. 2 – The Age of Anxiety – 35’

PARTE I

The prologue

The Seven Ages

The Seven Stages

PARTE II

The Dirge

The Masque

The Epilogue

[Editora: Boosey & Hawkes (Nova York)]

⁠CÉSAR FRANCK (1822–1890)

Sinfonia em Ré Menor – 37′

I. Lento – Allegro non tropo

II. Allegretto

III. Allegro non troppo

Concerto: 20 de abril, domingo, 16h

Local: Sala São Paulo (Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos, São Paulo/SP)
Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia), aqui.

(Com Julian Schumacher/Santa Marcelina Cultura)

Centro Interpretativo ‘Os Murais de Almada nas Gares Marítimas’ é inaugurado em Lisboa

Lisboa, por Kleber Patricio

Centro Interpretativo Murais de Almada nas Gares Marítimas. Fotos: Associação Turismo de Lisboa.

A oferta cultural e turística de Lisboa ganha um novo destaque com a inauguração do Centro Interpretativo ‘Os Murais de Almada nas Gares Marítimas’, um espaço dedicado à obra monumental de Almada Negreiros, permitindo acesso às emblemáticas pinturas murais existentes nas Gares Marítimas de Alcântara e da Rocha do Conde de Óbidos, edifícios projetados pelo arquiteto Porfírio Pardal Monteiro inaugurados nos anos 40 do século XX.

Esse novo projeto, promovido pela Associação Turismo de Lisboa (ATL), em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e a Administração do Porto de Lisboa, dá a conhecer a história das Gares Marítimas e a vida e obra de Almada Negreiros, naquele que é o maior e mais significativo conjunto de pintura mural do século XX em Portugal.

Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, afirma que “abrir as Gares Marítimas à população é mais um passo na valorização do patrimônio da cidade. Com este Centro Interpretativo, lisboetas, residentes e turistas terão finalmente acesso a uma das maiores obras do modernismo português”.

Por sua vez, Hugo Espírito Santo, secretário de Estado das Infraestruturas, destaca que “o Centro Interpretativo dos Murais de Almada nas Gares Marítimas representa um novo capítulo na relação do Porto de Lisboa com a cidade e as suas populações, evidencia mais uma etapa do percurso de reabilitação das gares marítimas e da valorização dos murais de Almada Negreiros, e reafirma o compromisso com a preservação e promoção deste importante patrimônio histórico e cultural de Portugal”.

Localizado no piso 0 da Gare Marítima de Alcântara, o Centro Interpretativo conta com nove salas onde os visitantes podem embarcar numa viagem pela história do Porto de Lisboa, a importância da construção das Gares Marítimas e o processo criativo de Almada Negreiros na elaboração dos murais, na década de 1940.

Nas salas ‘Cais’, ‘Passagens’, ‘Partidas’ e ‘Chegadas’ é apresentada a história da construção das Gares de Alcântara e da Rocha do Conde de Óbidos, bem como a passagem de alguns acontecimentos históricos pelas mesmas, como a II Guerra Mundial, a emigração, a Guerra Colonial e a subsequente descolonização e regresso dos portugueses das ex-colônias.

Já as salas ‘O que contam as paredes’, ‘História mural’ e ‘Diz que disse’ são dedicadas às pinturas murais em ambas as gares, a todo o processo criativo que esteve por trás das mesmas e às entrevistas e depoimentos de Almada durante e após a sua conclusão.

Por fim, as salas ‘Almada em Lisboa’ e ‘Almada Negreiros, artista’ mostram alguns dos principais momentos da vida e da obra de Almada Negreiros, bem como locais em Lisboa onde as suas obras podem ser encontradas.

No piso 1, de ambas as gares, os visitantes poderão apreciar os murais das Gares Marítimas de Alcântara e da Rocha do Conde d’Óbidos, pela primeira vez abertas ao público, numa visita apoiada por audioguia.

O restauro dos murais da Gare Marítima Rocha do Conde de Óbidos foi finalizado recentemente por meio de um financiamento garantido pela World Monuments Fund, uma organização sem fins lucrativos que tem como missão a proteção de patrimônio cultural insubstituível em todo o mundo, com um programa bianual designado World Monuments Watch que, a cada edição, seleciona 25 lugares em diferentes geografias com notória relevância histórico-artística.

O Centro Interpretativo ‘Murais de Almada nas Gares Marítimas’ reforça a oferta cultural e turística de Lisboa, no eixo Alcântara-Belém, e pode ser visitado todos os dias, das 10 às 19 horas, gratuitamente com o Lisboa Card (https://shop.visitlisboa.com/pt/products/lisboa-card), ou com bilhetes a €5. O transporte gratuito entre as duas gares, situadas a 800 metros de distância, será assegurado por um veículo propositadamente construído com base no projeto original do carrinho de bagagens, desenhado pelo atelier do arquiteto Porfírio Pardal Monteiro.

A conceção e coordenação dos conteúdos do Centro Interpretativo são da responsabilidade de Mariana Pinto dos Santos, historiadora da arte e curadora independente, docente na Nova Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, investigadora integrada no Instituto de História da Arte da Nova FCHS e no Laboratório associado IN2PAST.

O projeto conta com a colaboração das netas do artista, Rita Almada Negreiros e Catarina Almada Negreiros, do Centro de Estudos e Documentação Almada Negreiros – Sarah Affonso (Nova FCSH), do Instituto de História da Arte da Nova FCSH, do Laboratório Hercules, da Fundação Calouste Gulbenkian, entre outras entidades.

Com investimento de €3,5 milhões, o projeto foi financiado pelo Turismo de Portugal no âmbito do Plano de Obras – Casino Lisboa, pela Associação Turismo de Lisboa e pela Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa. Mais informações: www.muraisalmadagaresmaritimas.pt

Vida e obra de Almada Negreiros

José Sobral de Almada Negreiros foi um artista polivalente que, com a escrita, o teatro, a dança e várias artes plásticas, marcou a modernidade em Portugal. Nasceu em São Tomé, em 1893. Depois da morte da mãe, em 1896, cresceu e foi educado em Lisboa com o irmão António no colégio interno dos Jesuítas de Campolide.

Em 1913, Almada fez a sua primeira exposição individual, de desenhos humorísticos. Foi um dos colaboradores da revista literária de vanguarda Orpheu, fundada pelos poetas Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, em 1915.

Fez a vanguarda futurista em Portugal, que se pautou por um forte caráter performativo, e escreveu quatro manifestos artísticos. Em 1917, publicou a novela A Engomadeira (1917), o conto futurista K4 O Quadrado Azul (1917) e Saltimbancos (contrastes simultâneos) (1916).

As décadas de 1910 e 1920 foram férteis em colaborações e projetos, num desejo de ruptura com o passado que encontrou nova expressão com a libertação de costumes e a vida boêmia dos anos 20, de novo tolhida com o golpe militar de 1926 que instaurou a ditadura em Portugal.

Em 1919 foi para Paris, onde viveu durante um ano. Da experiência dessa viagem resultou a conferência poética A Invenção do Dia Claro (1921). Data de 1925 a escrita do seu romance, Nome de Guerra, esquecido numa gaveta e só publicado em 1938. Nos anos 1920, escreveu várias peças de teatro, algumas das quais publicadas 30 anos depois.

Em 1927, partiu para Madri, onde residiu até 1932. Estabeleceu-se na cena artística madrilena, com exposições individuais e coletivas, colaborando sempre com músicos, escritores e arquitetos. Almada Negreiros deixa a Espanha quando da constituição do Estado Novo e António de Oliveira Salazar assume ao poder (1933).

A política cultural da ditadura implementa uma nova forma de trabalho para os artistas, que ficam dependentes de encomendas de Estado. Respondendo a encomendas públicas e algumas privadas, fez vitrais, azulejos, pintura mural, entre outros trabalhos, sobretudo em colaboração com o arquiteto Porfírio Pardal Monteiro. Esses trabalhos despertaram nele um interesse pela geometria e os seus estudos autodidatas levaram-no, mais tarde, à pintura geométrica abstrata. Em 1934, casou com a pintora Sarah Affonso, com quem teve dois filhos.

Na década de 40, foi chamado a fazer as polêmicas pinturas murais para as Gares Marítimas de Alcântara e Rocha do Conde de Óbidos, em Lisboa, que terminou em 1949. Em 1954 fez o primeiro de dois famosos retratos icônicos de Fernando Pessoa. A sua última encomenda foi o painel de desenho geométrico inciso em pedra, Começar (1968), para a Fundação Calouste Gulbenkian. Morreu em Lisboa, em 15 de junho de 1970, no Hospital de São Luís dos Franceses.

Sobre a Associação Turismo de Lisboa (ATL)

Fundada em 1998, a ATL é uma organização sem fins lucrativos constituída através de uma aliança entre entidades públicas e privadas que operam no setor do turismo. Atualmente conta com cerca de 900 associados, tendo como principal objetivo melhorar e incrementar a promoção de Lisboa como destino turístico e, consequentemente, aprimorar a qualidade e competitividade.

Informações:

www.visitlisboa.com

https://www.instagram.com/visit_lisboa/

https://www.facebook.com/visitlisboa

https://twitter.com/TurismodeLisboa.

(Com Lívia Aragão/Mestieri PR)

Orquestra de Câmara da USP apresenta obras inspiradas em Beethoven

São Paulo, por Kleber Patricio

Maestro André Bachur, regente-adjunto da OCAM desde 2020, comandará a orquestra na programação de abril. Foto: Heloisa Bortz.

Em abril, a Orquestra de Câmara da ECA/USP (OCAM) apresenta o concerto ‘A Walk To Beethoven’ em duas datas. Com uma programação que equivale a uma viagem sonora a obras inspiradas em Ludwig van Beethoven, o espetáculo acontecerá no dia 12 no Centro Cultural Camargo Guarnieri, localizado na Universidade de São Paulo, como parte da Série Sons da USP: a Sinfonia de São Paulo e, no dia 13, no Teatro Municipal Maestro Flávio Florence, em Santo André, com a série OCAM Conecta – Territórios Paulistas.

O maestro André Bachur, regente-adjunto da OCAM desde 2020, comandará a orquestra nesse programa. “Sempre buscamos trazer em nossos repertórios encontros, seja de obras eruditas e populares, por exemplo, ou do novo e do clássico dentro do universo da música de concerto, garantindo uma programação diversificada, que valoriza tanto compositores e compositoras consagrados como novos nomes, trazendo a orquestra para o tempo presente e apontando também para o futuro”, destaca o maestro. Bachur é bacharel e mestre em regência pela USP e atua como regente e instrumentista. Ele tem se destacado em várias orquestras paulistas e também na música popular brasileira, área em que atua também como arranjador, compositor e professor.

O concerto A Walk To Beethoven inicia com a obra de mesmo nome, composta pela sueca Britta Byström, em 2019. Inspirada em uma das sinfonias mais famosas do compositor alemão, a peça leva o público a um passeio até a Sinfonia nº 7. A Walk To Beethoven abre caminhos para uma paisagem musical de luzes e sombras, numa escrita revigorante que dialoga com o legado de Beethoven, definida pela autora como “14 flores que brotaram da mesma semente musical” em referência às partes que compõem a obra.

Na sequência, a pianista Erika Ribeiro interpreta o Concerto para Piano nº 1, Op.15, em Dó maior, de Beethoven. Indicada ao Grammy Latino, Erika é egressa da USP e já participou da OCAM. É uma das artistas mais versáteis da atualidade, tendo realizado apresentações em salas de concerto renomadas aqui no Brasil e nos Estados Unidos, na Alemanha e na Áustria. Vencedora do III Concurso Nelson Freire, a pianista lançou álbuns aclamados, como Erika Ribeiro: Igor Stravinsky, Hermeto Pascoal, Sofia Gubaidulina (2021), que foi indicado ao Grammy, e Entre Luas (2023), eleito um dos melhores desse ano pela revista Latina. Hoje, Erika é professora da UniRio.

A programação inclui ainda a Sinfonia nº 1, em Dó menor, da alemã Emilie Mayer. Criada em meados de 1840, a obra traz fortes influências de Beethoven e é uma das mais importantes criações de Emilie Mayer, que foi uma das poucas mulheres a se destacarem na composição de sinfonias em sua época.

Completando o repertório, o concerto também apresenta a estreia mundial de Território Limítrofe, obra de Eduardo de Oliveira, compositor residente do I Atelier de Composição Musical OCAM-CMU, um espetáculo que reforça o compromisso da orquestra em promover a criação e divulgação da música contemporânea brasileira.

A apresentação na USP é gratuita e no Teatro Municipal de Santo André terá ingressos a preços populares, entre R$ 2,50 e R$ 5,00. Os concertos fazem parte da temporada 2025 Novos Sons, Novos Tempos – OCAM 30 anos, comemorativa das três décadas de história da orquestra, que atua pela arte, educação e o público, promovendo a interação entre a comunidade e o patrimônio cultural da USP e estabelecendo um espaço para valorização da música clássica como um bem acessível a todos. Sob a direção do Maestro Ricardo Bologna desde 2024, a orquestra tem se destacado por grandes performances, uma programação musical inovadora e sua relevância social.

No dia 12, como parte da parceria com a Incubadora USP de Cooperativas Populares (ITCP), programa da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, o Coletivo Tem Sentimento, que atua no território da Cracolândia oferecendo capacitação e assistência para mulheres cis e trans em situação de vulnerabilidade social estará presente no concerto que acontece no Centro Cultural Camargo Guarnier. O Coletivo Guerreiras da Tradição também estará no local apresentando a sua arte. Formado por mulheres indígenas Guarani Mbya, o coletivo confecciona artesanatos tradicionais e modernos, como meio de sobrevivência econômica, social e cultural, na Aldeia Tekoa Pyau – Terra Indígena Jaraguá. A produção artesanal é focada em peças indígenas, tais como cestaria, arco e flecha, sarabatana, colares, pulseiras e brincos com designs exclusivos. Em todos os concertos das séries Sons da USP: a Sinfonia de São Paulo e Eventos Especiais – OCAM 30 Anos, realizados no campus Butantã, também haverá exposições e vendas de livros da Edusp.

Serviço:

A Walk To Beethoven

Regência: André Bachur
Piano: Erika Ribeiro

Obras de:

Britta Byström – A Walk To Beethoven

Ludwig Van Beethoven – Concerto Para Piano Nº 1, Op.15

Eduardo De Oliveira – Território Limítrofre | estreia mundial | Ateliê De Composição Cmu-Ocam

Emilie Mayer – Sinfonia Nº 1

Série Sons da USP: A Sinfonia de São Paulo

Data: 12 de abril, sábado | Horário: 16h00

Local: Centro Cultural Camargo Guarnieri – Rua do Anfiteatro, 109, Butantã, SP

Entrada gratuita/solidária (doação de um quilo de alimento não perecível para  comunidades indígenas)

Reserva de ingressos pelo link https://appticket.com.br/ocam-convida-erika-ribeiro

Capacidade: 436 lugares.

Como chegar:

Transporte público

Metrô + Ônibus

Desça na estação Butantã da Linha 4 – Amarela do Metrô

Caminhe até o Terminal Butantã (ao lado da estação) e pegue o ônibus até a USP. Opções de linhas:

8012-10 (Circular 1 – Cidade Universitária)

8022-10 (Circular 2 – Cidade Universitária)

702U-10 (Cidade Universitária)

177H-10 (Cidade Universitária)

7411-10 (Cidade Universitária)

Ponto de referência: Praça do Relógio

Trem + Ônibus

Desça na estação Cidade Universitária da Linha 9 – Esmeralda da CPTM

Caminhe até o ponto de ônibus da Rua Camargo e pegue o ônibus até a USP. Opções de linhas:

177H-10 (Cidade Universitária)

8012-10 (Circular 1 – Cidade Universitária)

8022-10 (Circular 2 – Cidade Universitária)

Ponto de referência: Praça do Relógio

Carro

A USP oferece estacionamento gratuito

Série OCAM Conecta – Territórios Paulistas

Data: 13 de abril, domingo

Horário: 18h00

Local: Teatro Municipal Maestro Flávio Florence – Praça IV Centenário, 01, Santo André, SP.

Entrada: R$ 5  e R$2,50 ( meia entrada)

Compra pela plataforma Sympla: https://www.sympla.com.br/evento/a-walk-to-beethoven-orquestra-de-camara-da-eca-usp-convida-erika-ribeiro-e-andre-bachur/2860512?referrer=www.google.com

Sobre a OCAM

A Orquestra de Câmara da ECA/USP (OCAM), um dos principais organismos artísticos da Universidade de São Paulo, celebra 30 anos de trajetória, consolidando-se como uma referência fundamental entre as orquestras profissionalizantes do Brasil. Fundada em 1995 pelo maestro Olivier Toni, a OCAM é composta por alunos do Departamento de Música da USP e de cursos de extensão universitária. Sob a direção do maestro Gil Jardim, de 2001 a 2023 e, desde 2024, do maestro Ricardo Bologna, a orquestra tem se destacado no cenário musical brasileiro, sendo reconhecida pela sua qualidade e pela diversidade de seu repertório. Ao longo dessas três décadas, a OCAM já formou mais de 700 alunos bolsistas, contou com a participação de cerca de 1 mil convidados, entre maestros e solistas, e promoveu cerca de 300 masterclasses abertas à comunidade. Com aproximadamente 2 mil concertos realizados, a orquestra tem desempenhado um papel essencial na vida cultural da USP e na promoção da música no Brasil. Seu trabalho vai além da arte musical, trazendo à tona questões sociais, promovendo a inclusão e gerando reflexões sobre a música e sua função social. Desde 2021, após a pandemia, a orquestra já arrecadou nove toneladas de alimentos para comunidades em situação de insegurança alimentar.

Sobre as séries:

Sons da USP: a Sinfonia de São Paulo

A série Sons da USP: A Sinfonia de São Paulo tem como objetivo integrar a cidade à vida universitária, aproximando a população de São Paulo da música erudita. Com concertos no Centro Cultural Camargo Guarnieri, Auditório do Centro de Difusão Internacional e Centro de Práticas Esportivas da USP – CEPEUSP, localizados dentro do campus Butantã, a série convida o público a vivenciar a experiência cultural do ambiente acadêmico. Ao democratizar o acesso à arte, promove a interação entre a comunidade e o patrimônio cultural da USP, criando um espaço de valorização da música clássica como um bem acessível a todos.

OCAM Conecta – Territórios Paulistas

A Série OCAM Conecta – Territórios Paulistas reflete o compromisso da Orquestra de Câmara da ECA/ USP de levar a música de concerto para diferentes regiões do estado de São Paulo, democratizando o acesso à arte e à cultura. Por meio de concertos realizados em diversos teatros de São Paulo e de outras cidades paulistas, a OCAM aproxima a música erudita de públicos de diferentes contextos e locais, fortalecendo a presença da música clássica no interior e na capital paulista. Essa ação reafirma o papel da orquestra em promover a cultura musical em diversos territórios, tornando a arte mais acessível e vivenciada de maneira imersiva e transformadora.

(Com Ihanna Barbosa/Agência Lema)

Exposição ‘O Boto’, em cartaz no CCJ, oferece oficinas e atividades educativas gratuitas ao público

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Divulgação.

A exposição ‘O Boto’ segue aberta para visitação até o dia 18 de maio no Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso (CCJ), na Zona Norte de São Paulo. Além da visitação, O Boto também promove uma série de oficinas e atividades educativas ao longo do mês de abril, incentivando o público a mergulhar nos processos criativos e conceituais da exposição. As atividades incluem oficinas práticas com os artistas e curador, abordando desde fotografia e interferência em imagens até curadoria e desenho livre. Todas as oficinas contam com uma breve mediação da exposição antes do início das práticas.

Com curadoria de Gabriel Babolim, a mostra explora a mitologia do boto-cor-de-rosa para discutir migração e cultura no Brasil, apresentando um conjunto de pinturas e fotografias assinadas pelos artistas Luciano Maia (Pará) e Rafael Paiva (Ceará). Por meio das obras, as figuras mitológicas e as memórias das regiões do Baixo Amazonas, Fortaleza e Carnaubal são revisitadas e ressignificadas pelos artistas, que combinam tradição e subjetividade para criar novas interpretações visuais sobre identidade e fluxos migratórios no Brasil.

Oficinas e atividades educativas:

15/4 (terça-feira)Processos criativos na criação fotográfica

Ministrante: Rafael Paiva

Horário: 16h às 17h

Público: +16 anos (máximo 10 participantes)

A oficina expande as percepções sobre a fotografia, abordando desde a concepção inicial até os tratamentos finais da imagem. Rafael Paiva compartilha detalhes sobre a produção das obras em exposição.

16/4 (quarta-feira)Interferências sobre fotografias

Ministrante: Rafael Paiva

Horário: 16h às 17h

Público: Livre (máximo 10 participantes)

A oficina convida os participantes a criar figurinos e narrativas visuais aplicando tinta sobre fotografias do artista, explorando a relação entre moda, imagem e arte.

17/4 (quinta-feira)Oficina de práticas em desenho

Ministrante: Gabriel Babolim

Horário: 16h às 17h

Público: Livre (máximo 10 participantes)

Propõe um exercício lúdico de desenho sem compromisso com a realidade, estimulando a liberdade do traço e a criatividade dos participantes através da apresentação de alguns métodos não convencionais do desenho.

22/4 (terça-feira) – Curadoria prática: tecendo narrativas a partir de imagens

Ministrante: Gabriel Babolim

Horário: 16h às 17h

Público: +14 anos (máximo 10 participantes)

A oficina apresenta os processos de curadoria e estimula a criação de narrativas visuais a partir da seleção e organização de imagens retiradas de revistas, incentivando o pensamento crítico sobre montagem expositiva.

Sobre os artistas:

Luciano Maia é natural de Santarém, Pará. Artista visual e designer de superfícies, desenvolve suas produções artísticas desde 2020, quando passa a comercializar suas ilustrações entre seu círculo social. Atua, principalmente, no desenho e na pintura e nas investigações têxteis, desenvolvendo sua poética através da contação de narrativas visuais. Realiza sua primeira exposição individual no Paço das Artes, em 2024, além de integrar mostras coletivas, salões e ter obras em acervos institucionais e particulares.

Rafael Paiva é natural de Carnaubal, interior do Ceará. Artista visual e diretor de arte, utiliza a fotografia como ferramenta principal de expressão, investigando também as produções de audiovisual. Atua no circuito de moda nacional, trabalhando com marcas independentes, além de possuir sua própria marca de pesquisa e moda circular. É premiado, em 2024, no Panorama Latino-Contemporâneo, promovido pelo Festival Photo Vogue, a ser realizado em março, ainda neste ano, em Milão.

Sobre o curador:

Gabriel Babolim é natural de São Paulo, capital. Atua com curadoria e produção de projetos artísticos desde 2021, desenvolvendo projetos expositivos para artistas brasileiros e estrangeiros, bem como mostras coletivas em instituições públicas e particulares, além de realizar acompanhamento de produção para artistas independentes, facilitando a circulação de nomes em ascensão no cenário artístico e cultural através de editais.

Sobre o Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso (CCJ)

O CCJ, da Secretaria Municipal de Cultura, é o maior centro público voltado à juventude em São Paulo. Inaugurado em 2006 por meio do Orçamento Participativo, inspira outros centros pelo Brasil e mundo. Com programação cultural gratuita, promove o protagonismo juvenil, oferecendo espaços como biblioteca, anfiteatro, teatro de arena, estúdio musical, ilhas de edição, sala de oficinas e área de convivência com internet.

Ficha Técnica

Artistas: Luciano Maia e Rafael Paiva

Curadoria e Produção: Gabriel Babolim

Expografia e Identidade Visual: Coletivo Baga

Montagem: Érick Martinelli

Fotografia: Rafael Paiva

Comunicação: Coletivo Baga

Revisão: Diogo Barros

Coordenação de Arte-Educação: Gabriel Babolim

Seresta: Marquinhos Ribeiro

Cenotecnia e Plotagem: Silvério Babolim

Assessoria de Imprensa: Pevi 56 – Angelina Colicchio e Diogo Locci

Impressão Fotográfica: Imagens de Papel, Inova Impress

Chassis: Sylvana Cetinic

Impressão Folder: Capital Cópias

Catering: Aresta Café

Coordenação VAI: Daniel Carneiro

Equipe Centro Cultural Ruth Cardoso

Programação: Vanessa Gomes

Produção e Comunicação: Gabriel Cardoso, Douglas Macedo, William Damasceno

Equipe Fotografias:

Styling: Marco Antonio e Bruno Nogueira

Assistência de Styling: Virna Lemos

Maquiagem: Artur Torres

Assistência de Produção: João Victor e Tales Dias

Modelos: Adriana Chianica, Lamberth Candeia, Edmilson Correia, Eduarda Cavalcante

Agência: RC Model e Romulo Cassiano

Serviço:

O Boto 

Visitação: Até 18 de maio de 2025. Terça-feira a domingo, das 10h às 21h.

Local: Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso (CCJ) – Av. Dep. Emilio Carlos, 3641, Cachoeirinha – São Paulo

Classificação indicativa: Livre

Visitação gratuita.

(Com Angelina Colicchio/Pevi 56)

Reprodução inédita de tubarão Freycineti no AquaRio marca avanço para a ciência

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Foto: Divulgação.

O AquaRio registrou um feito inédito na biologia marinha com o nascimento de filhotes do tubarão Freycineti (Hemiscyllium freycineti), uma espécie cuja reprodução em cativeiro nunca havia sido documentada. Sem qualquer intervenção no processo de fertilização, a equipe do aquário acompanhou o desenvolvimento natural dos embriões por cerca de cinco meses, dedicando cuidados específicos aos filhotes após o nascimento.

Devido à limitação de informações sobre a biologia e ecologia da espécie, a equipe de veterinária e nutrição do AquaRio precisou adaptar protocolos utilizados com outras espécies de tubarão para garantir a sobrevivência dos recém-nascidos. Entre os desafios enfrentados estavam a definição de uma dieta adequada e o monitoramento do crescimento dos filhotes, que inicialmente foram alimentados com uma dieta especial desenvolvida internamente.

Atualmente, cinco filhotes seguem sob monitoramento rigoroso, com pesagens e medições frequentes para avaliar sua evolução. Exames de biometria têm sido realizados regularmente, permitindo uma análise detalhada sobre o crescimento e a adaptação dos tubarões em ambiente controlado. Esses dados são essenciais para ampliar o conhecimento sobre a espécie, classificada como ‘Quase Ameaçada’ pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

Os visitantes do AquaRio podem acompanhar de perto essa conquista no setor Pequenas Riquezas, onde os filhotes estão expostos ao público. Além disso, a equipe do aquário planeja ações educativas para compartilhar os avanços da pesquisa e conscientizar sobre a importância da conservação marinha. Embora a reintrodução desses tubarões na natureza não seja viável no momento, o estudo contínuo dessa reprodução inédita pode abrir caminho para futuras pesquisas e colaborações científicas.

(Com Laura das Neves Chomsky/FSB Comunicação)