Notícias sobre arte, cultura, turismo, gastronomia, lazer e sustentabilidade

Inscreva seu e-mail e participe de nossa Newsletter para receber todas as novidades

Centro Cultural Casarão será palco do Festival Arreuní! 2024

Campinas, por Kleber Patricio

João Arruda. Foto: Alik Wunder.

O Festival Arreuní! 2024 trará músicos, cantadores e compositores ao Centro Cultural Casarão, em Barão Geraldo, Campinas (SP) para uma série de apresentações a partir de 5 de maio (domingo), às 15h, com entrada gratuita. A proposta é divulgar as diferentes vertentes da música tradicional brasileira, reunindo artistas de culturas distintas para compartilhar a diversidade e versatilidade de suas composições e interpretações, valorizando a cultura interiorana em sua multiplicidade e fomentando o intercâmbio musical entre diferentes estados do país.

Cada músico, com seu estilo musical próprio, receberá um músico convidado para criar uma cantoria conjunta, apresentando composições e improvisando num clima descontraído de troca e cocriação. Entre canções e causos, o público recebe o convite para se ‘arreuní’ com músicos que apreciam e enriquecem a música tradicional e popular brasileira.

Kátya Teixeira. Foto: Fá Cabral.

Quem recebe os artistas no palco, mediando e coordenando a prosa, é João Arruda, violeiro e cantador da cidade de Campinas, idealizador, criador e curador do festival. No total, serão 8 encontros com 16 artistas de diferentes regiões do Brasil, entre maio e setembro de 2024, no Centro Cultural Casarão de Barão Geraldo. Todos os encontros se iniciarão às 15h, tendo cerca de 1h30 de duração, com entrada gratuita e livre para todos os públicos. O festival também oferecerá banheiros com acessibilidade, apoio de uma equipe de suporte para pessoas com necessidades especiais de mobilidade, e tradução em libras durante as apresentações.

O projeto Arreuní! tem o patrocínio do Governo do Estado de São Paulo, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, do Governo Federal, do Ministério da Cultura e da Lei Paulo Gustavo.

Programação e artistas

Os artistas convidados têm em comum o fato de “beberem da fonte” e criarem composições que expressam as múltiplas identidades culturais brasileiras. Arreuní! propõe a união de diferentes influências em um mesmo tempo/espaço para oferecer ao público a oportunidade de viver uma experiência única e conhecer excelentes músicos que, apesar de consagrados, têm pouca circulação nas grandes mídias.

5/5 Kátya Teixeira e Consuelo de Paula (15h)

Kátya Teixeira é cantora, instrumentista e compositora paulistana, pesquisadora da cultura popular brasileira e com oito discos lançados. Traz em seu trabalho o resultado de suas andanças pelo Brasil, garimpando saberes e sonoridades que incorpora a sua musicalidade ao longo de 30 anos de carreira.

Consuelo de Paula é cantora, compositora, poeta e diretora artística mineira, produtora musical de seus próprios trabalhos e de outros artistas. Já teve composições gravadas por nomes como Maria Bethânia, Alaíde Costa e vários artistas da nova geração.

26/5 Déa Trancoso e Wilson Dias (15h)

Déa Trancoso é cantautora, atriz, escritora e pesquisadora. Doutora em Educação pela Unicamp, articula em suas produções arte, clínica, ciência, alegria e cura.

Wilson Dias é cantador e violeiro. Sua música propõe ressonâncias entre cosmologias rurais e urbanidades contemporâneas, abrindo derivas por onde transitam os fundamentos da cultura popular brasileira. Possui oito discos lançados pelo seu selo, Picuá Discos.

9/6 Ana Paula da Silva e Sinhá Rosária (15h)

Ana Paula da Silva é compositora, cantora e instrumentista com sete discos gravados. Bisneta de negros e de caboclos, retrata em sua obra o que carrega em ancestralidade, experiências musicais e vida. Tambores entrelaçados a melodias e corpo presente compõem sua música e suas interpretações ao longo de 27 anos de carreira.

Sinhá Rosária – Aos 88 anos, a cantora e compositora popular campineira Rosária Antônia preserva e divulga cantos, ritmos e danças do samba-de-bumbo campineiro, samba-de-lenço rural paulista, jongo, coco, maracatu, samba de roda, bumba-meu-boi, baião e lundu, entre outros. Acompanhada do violeiro e percussionista João Arruda, canta as músicas que compôs e aprendeu.

7/7 Titane e Maurício Tizumba (15h)

Titane – Beirando os 40 anos de estrada e intérprete por excelência, cultiva em seu repertório híbrido clássicos da MPB, compositores contemporâneos, anônimos e influências da música do interior do país, em especial do congado mineiro, manifestação da população de ascendência negra de Minas Gerais, seu estado de origem.

Maurício Tizumba – Ator, compositor, cantor, multi-instrumentista, diretor musical e capitão de congado, estabelece diálogo entre diversas linguagens e entre a arte e as manifestações populares tradicionais da cultura afro-brasileira e afro-mineira. Formado pelo Teatro Universitário da UFMG, transita por cinema, TV e teatro, tendo atuado em 28 espetáculos.

14/7 Déo Lopes e Victor Mendes (15h)

Déo Lopes começou sua carreira em 1980 no movimento do teatro Lira Paulistana, tocando em diversas casas e teatros. Nos últimos 30 anos, viajou por MG, MA, MS, BA, GO e SP, buscando em suas composições o que sempre acreditou, anseios, crenças, seu pensamento sobre ecologia, meio ambiente e amor, e o sentido do entendimento, do encontro e do desencontro.

Victor Mendes – Natural de São José dos Campos, seu primeiro disco foi ‘Puisia’ (2014) com o grupo Trio José, trabalho sobre a obra do poeta mineiro Juca da Angélica. Em 2017, lançou seu primeiro disco solo, ‘Nossa Ciranda’, ao lado de Paulo Nunes, poeta e letrista. Déo Lopes e Victor Mendes se aproximaram, iniciando uma amizade e parceria musical no disco ‘Concerto Sentido’ (2022).

4/8 Alessandra Leão e Sapopemba (15h)

Alessandra Leão é compositora, cantora, percussionista e produtora musical indicada ao Grammy Latino, com nove discos lançados. Em 25 anos de carreira, atuou e compôs ao lado de importantes músicos. Já se apresentou em países da Europa, América Latina e América do Norte. Ministra aulas de voz e de ilu (tambor usado nos terreiros de Xangô e Jurema em PE) e é curimbeira.

Sapopemba – Natural de Penedo (AL), migrou para São Paulo aos 14 anos. É percussionista, cantor, caminhoneiro e motorista, conhecendo o Brasil de norte a sul. Passou a vida pesquisando a cultura popular afro-brasileira, tendo um profundo conhecimento de tradições do coco beiradeiro, cantigas de Candomblé e samba de roda. Seu primeiro CD solo é ‘Gbọ́’ (2020).

25/8 Manu Saggioro e Levi Ramiro (15h)

Manu Saggioro – Cantora, compositora e instrumentista paulista, natural de Jaú (SP), trilha o caminho da música desde 2001. Gravou em álbuns de Déa Trancoso e Levi Ramiro. Estreou em 2019 com seu álbum ‘Clarões’. Manu também integra o Quarteto Caipira Paulista e o duo Dama Gaia ao lado, da cantora Daísa Munhoz.

Levi Ramiro – Violeiro e artesão conhecido por tocar nas violas que ele próprio constrói feitas com cabaça. Tem 11 álbuns gravados com músicas autorais e parcerias. Entre elas, canções e instrumentais que celebram a natureza e a poesia da vida interiorana. Lançou recentemente o livro: ‘Mãos que fazem, mães que tocam (partituras, tablaturas e uma breve história)’.

1/9 Nádia Campos e Marcílio Menezes (15h)

Nádia Campos – Cantadeira, multi-instrumentista, compositora, pesquisadora, educadora e produtora de Belo Horizonte (MG). Recorreu diversos rincões pesquisando ritmos, cantos e tradições raízes brasileiras e latinas. Se apresenta em diversos espaços e encontros de música e cultura popular no Brasil e no exterior. Tem três discos gravados.

Marcílio Menezes – Artista mineiro cujas composições retratam a pluralidade cultural brasileira, valorizando manifestações regionais, memórias e saberes, com reflexões sobre proteção ambiental, preservação do território indígena, igualdade social e respeito à ancestralidade. Traz em seu repertório canções inéditas e releituras de sucessos da música popular brasileira.

Serviço:

Festival Arreuní! 2024

Local: Centro Cultural Casarão

R. Aracy de Almeida Câmara, 291 – Barão Geraldo, Campinas (SP)

Encontros de maio a setembro de 2024 nos seguintes domingos:

5/5, 26/5, 9/6, 7/7, 14/7, 4/8, 25/8 e 1/9 – Horário: das 15h00 às 16h30

Entrada gratuita. Classificação livre para todos os públicos.

(Fonte: Quanta Cultura)

Egberto Gismonti é atração do projeto Estação Brasileira do Sesc Belenzinho

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Roberto Cifarelli.

O compositor, multi-instrumentista e arranjador Egberto Gismonti, com mais de 45 anos de carreira e mais de 60 discos gravados, é atração do projeto Estação Brasileira, do Sesc Belenzinho, entre os dias 3 e 5 de maio, sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 18h. O músico carioca apresenta show inédito, dando uma prévia de seu novo álbum, cujo lançamento está previsto para ocorrer ainda em 2024. No repertório, além das composições inéditas, Gismonti interpreta clássicos da sua carreira.

Egberto Gismonti, 77 anos, nasceu em Carmo, RJ. Sua obra não comporta classificações de gênero. As fronteiras entre música popular e erudita são diluídas em suas músicas, trazendo uma sonoridade ímpar e original. Com formação erudita, o artista é notório pela pesquisa em música popular e folclórica brasileiras, além de ser um dos primeiros músicos do país a usar sintetizadores em seu trabalho.

Além da vasta discografia, ele assina diversas produções e arranjos para outros artistas. Aclamado internacionalmente, Gismonti já apresentou sua música em várias partes do mundo, tendo discos lançados em países como França e Alemanha. É também autor de dezenas de trilhas sonoras para cinema, teatro, balé, séries de televisão e projetos de artes visuais.

O Estação Brasileira, do Sesc Belenzinho, contempla nomes consagrados e artistas da nova geração, privilegiando a música popular feita no Brasil.

Serviço:

Show Egberto Gismonti

Projeto Estação Brasileira

Dias 3, 4 e 5 de maio de 2024

Sexta e sábado, às 21h; domingo, às 18h

Valores: R$50 (inteira), R$ 25 (meia-entrada), R$15 (Credencial Sesc)

Ingressos disponíveis somente nas bilheterias das unidades Sesc – limite de 2 ingressos por pessoa

Local: Teatro (374 lugares). Classificação: 12 anos. Duração: 90 min.

Sesc Belenzinho

Endereço: Rua Padre Adelino, 1000 – Belenzinho – São Paulo (SP)

Telefone: (11) 2076-9700

Estacionamento: de terça a sábado, das 9h às 21h; domingos e feriados, das 9h às 18h

Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$ 8,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$17,00 a primeira hora e R$4,00 por hora adicional.

Transporte Público: Metrô Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m)

Sesc Belenzinho nas redes: Facebook | Instagram | YouTube.

(Fonte: Verbena Assessoria)

Ney Matogrosso realiza o maior show de sua carreira no Allianz Parque

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Bob Wolfenson.

Em sua turnê mais recente, ‘Bloco na Rua’, Ney Matogrosso entra no palco com um figurino que cobre o seu rosto. É como se todos os Neys que transitaram pela carreira do artista pudessem assumir o microfone. Quem está por trás daquela máscara? Todos eles – e os Neys que estão por vir também. Não à toa, esta é a tour mais disputada de sua trajetória. E, agora, o espetáculo ganhará proporções ainda maiores. No dia 10 de agosto, Ney Matogrosso realizará o espetáculo no Allianz Parque, em São Paulo. Realizado pela 30e, o show recebeu um novo verniz para celebrar este marco: o título de ‘Bloco na Rua – Ginga pra Dar & Vender’. A venda de ingressos começou no dia 26 de abril no site da Eventim.

‘Ginga’ é um termo que apareceu em alguns textos da imprensa brasileira a respeito do show ‘Bloco na Rua’. No dicionário, tal palavra é definida como “ação ou efeito de gingar, de balançar o corpo de uma determinada forma, com destreza, malícia, desenvoltura; requebro”. ‘Ginga’ dá conta de traduzir o espetáculo, mas para definir o multiverso e pluralidade de Ney Matogrosso, seria necessário um dicionário inteiramente dedicado a ele. “Tenho acompanhado de perto todas as movimentações do mercado da música, vejo grupos se reunindo e bandas se despedindo dos palcos também. Mas, hoje, aos 82 anos, o meu recado é outro: tenho ginga pra dar e vender”, comenta o artista.

No Allianz Parque, o ‘Bloco na Rua – Ginga pra Dar & Vender’ será ainda mais grandioso, com aparatos tecnológicos, visuais e cenográficos. Tudo para emoldurar um repertório que lista ‘Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua’, ‘O Beco’, ‘Jardins da Babilônia’ e ‘Tua Cantiga’, entre outros tesouros da música popular brasileira que são revisitados pela voz única de Ney Matogrosso somados a riffs de guitarra, ataques de metais e… muita ginga.

“Ney Matogrosso imprime uma digital muito forte em seu trabalho e, mesmo com essa identidade bem definida, ele sempre consegue dar um olhar de novidade para os seus shows. Estar ao lado dele no Allianz Parque é mais um passo da 30e na valorização dos artistas nacionais. Poder tornar a experiência do espetáculo ainda mais potente é algo que nos deixa muito contentes”, afirma Guss Luveira, vice-presidente de Marketing e Criação da 30e.

Para anunciar ‘Bloco na Rua – Ginga pra Dar & Vender’, Ney Matogrosso, mais uma vez, se valeu do inusitado. Ele fez uma aparição no Love Cabaret, em São Paulo, uma casa que é dedicada ao desejo, todos os desejos, até os que o público desconhece. Trata-se de um cabaré que não se assemelha a nenhum outro que define: “a casa de todos os corpos é onde o das pessoas poderá, finalmente, ser livre para ser e sentir o que desejar, onde a montanha-russa é a sua própria carne envolta em pele”. No meio da noite, entre um número e outro, Ney Matogrosso subiu ao palco para falar do show e ainda deu um ingresso para todos os presentes, que bebericavam um drink exclusivo desta noite: o Ginga pra Dar e Vender.

BLOCO NA RUA – GINGA PRA DAR & VENDER

Produção – 30e

São Paulo

Data: 10 de agosto 2024

Local: Allianz Parque

Classificação Etária: 16 anos. Menores de 16 anos somente acompanhados dos pais ou do responsável legal. Não é permitida a entrada de menores de 0 a 5 anos

Ingressos:

Cadeira superior: R$100 (ingresso social)

Cadeira Inferior Sul: R$110 (meia-entrada legal) | R$220 (inteira)

Camarote: R$220 (inteira)

Pista: R$125 (meia-entrada legal) | R$250 (inteira)

Cadeira Inferior Leste e Oeste: R$145 (meia-entrada legal) | R$290 (inteira)

Pista VIP: R$175 (meia-entrada legal) | R$350 (inteira)

*Ingresso Social: valor reduzido com a doação de 1kg de alimento não perecível no dia do evento. Disponível para qualquer pessoa

Início das vendas: 26 de abril, 14h (on-line) e às 14h na bilheteria oficial

Vendas online em: http://www.eventim.com.br/neymatogrosso

Bilheteria oficial: Allianz Parque – Endereço: Rua Palestra Itália, 200 – Portão A – Perdizes – São Paulo/SP

Funcionamento: terça a sábado das 10h às 17h | *Não há funcionamento em feriados, emendas de feriados, dias de jogos ou em dias de eventos de outras empresas.

Sobre a 30e | A 30e representa a nova geração do entretenimento ao vivo. Atuando em duas frentes – Festivais e Grandes Turnês – a empresa vem desenvolvendo o posicionamento ‘Delivering Happiness’, que traduz uma atuação mais preocupada com a experiência do público e das marcas. Criar momentos de felicidade para as pessoas é o que guia cada uma das etapas das suas produções. Além de quatro festivais ao longo do ano (MITA Festival, Ultra Brasil, Knotfest Brasil e GPWeek), a 30e é responsável ainda pela turnê Titãs Encontro, que reúne a formação clássica da banda, e pela turnê ‘Cedo ou Tarde’, que reúne a banda NXZero. Estes foram alguns nomes que a 30e trouxe para o Brasil: The Killers, Gorillaz, Twenty One Pilots, Lana Del Rey, Florence and the Machine, Slipknot, Bring Me The Horizon, Pantera, Judas Priest, J Balvin, Wu-Tang Clan, Super Junior, LP, entre outros. Neste ano, a empresa tem ainda shows de Paul McCartney, Roger Waters, ATEEZ e mais.

(Fonte: Trovoa Comunicação)

Ministra da Cultura se reúne com mais de 30 lideranças de povos indígenas

Brasília, por Kleber Patricio

Encontro ocorreu no último dia 26 no Memorial dos Povos Indígenas e teve como foco a valorização e a preservação da diversidade cultural dos povos originários. Foto: Filipe Araújo/ MinC.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou, na última sexta-feira (26), de uma roda de conversa com lideranças de mais de 30 povos indígenas. Na audiência, realizada no Memorial dos Povos Indígenas, elas tiveram a oportunidade de apresentar ao Ministério da Cultura as principais demandas para a valorização e a preservação da diversidade cultural dos povos originários, como a ampliação da participação de representantes indígenas na formulação das políticas públicas e a criação de mecanismos para facilitar o acesso aos editais de fomento. “O Brasil tem 305 povos indígenas que resistem. São 305 maneiras de contemplar a natureza, de desvendar a espiritualidade, de pensar e de se relacionar com a sociedade. O Acampamento Terra Livre mostra a foça dos povos originários. O Brasil é terra indígena e ponto”, afirmou a chefe da Cultura, destacando ainda as ações em andamento para atender essa população.

Entre as iniciativas, citou a Lei Paulo Gustavo (LPG) e a Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), que são as principais fontes de descentralização de recursos da União para estados, Distrito Federal e municípios fomentarem os projetos culturais em seus territórios. Nos dois casos, os editais devem reservar 10% das vagas para indígenas. Segundo a ministra, a Pasta reforçará com os entes federados a importância da execução dos recursos de acordo com as normas vigentes. Também ampliará a divulgação das informações sobre as formas de acesso às políticas culturais.

“Isso é uma construção que estamos fazendo porque acreditamos que todo cidadão brasileiro tem que ter direito as políticas públicas da cultura. Essa é a nova arquitetura do MinC trazida pelo presidente Lula. É preciso entender também que nós estamos em um país que ainda existe uma divisão entre quem ama a vida e quem só quer o progresso para uns. Nós queremos o progresso para todos. Queremos oportunidades para todos. Esse diálogo é muito rico e vamos recolher todas as propostas. O Ministério está de portas abertas a todos”, concluiu.

A secretária de Cidadania e Diversidade Cultural, Márcia Rollemberg, citou ainda a seleção de um Pontão de Cultura temático, com a missão de articular e mobilizar a rede de Pontos de Cultura com foco nas culturas indígenas a partir deste ano, e o Prêmio Vovó Bernaldina, que contemplou 110 iniciativas culturais indígenas com o valor individual de R$30 mil.

“A 4ª Conferência Nacional de Cultura, no começo de março, foi o grande momento desse diálogo mais pleno e de apresentação das propostas, que agora a gente busca implementar. Estamos em um momento novo e no processo de abrir canais de comunicação permanentes, de envolver a juventude, os mais idosos e poder criar uma política. A gente está trazendo as pessoas que são porta-vozes da sua própria cultura porque cada um fala do seu lugar”, acrescentou.

Também participaram da rodada de conversa o presidente do Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, e a presidente do Instituto Brasileiro de Museus (ibram), Fernanda Castro.

Vozes indígenas no governo

A diretora do Museu Nacional dos Povos Indígenas, Fernanda Kaingang, colocou a instituição e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas à disposição para implementar a PNAB e a LPG, entre outras ações do MinC. “Há 20 anos, marchamos para defender com a nossas culturas a herança dos nossos filhos. Precisamos que as 274 línguas vivas, ameaçadas hoje de desaparecer, possam ser apoiadas por projetos discutidos conosco e precisamos que os 13% do território nacional, as áreas mais preservadas da biodiversidade deste país e de onde brotam as nossas culturas, sejam protegidos”, declarou Kaingang, que presenteou a ministra com uma coroa indígena símbolo de autoridade.

Presente no evento o representante do Ministério dos Povos Indígenas, Eliel Benites, também reforçou o compromisso da Pasta em atuar em conjunto com MinC em inciativas que possam manter e fortalecer a riqueza cultural dos povos indígenas, especialmente na proteção das línguas. “A gente tem essa preocupação muito grande de fortalecer a diversidade cultural, as línguas, a cosmovisão e essa riqueza de histórias dos povos. Hoje a violência contra os povos indígenas é tão grande que atinge a própria memória. Estamos aqui com o Ministério da Cultura à disposição para construir uma proposta na qual a gente possa manter e fortalecer a nossa cultura”, afirmou Eliel, indígena Guarani e Kaiowá e diretor do Departamento de Línguas e Memórias Indígenas.

Lideranças indígenas

Representando o Conselho Nacional de Cultura, Daiara Tukano, também lembrou a importância da Conferência Nacional de Cultura, que terminou com a aprovação de 30 propostas para subsidiar a construção do novo Plano Nacional de Cultural. Desse total, 21 contemplavam os povos indígenas. Mas ressaltou que ainda é preciso ampliar as instâncias de participação e de escuta dessa população na elaboração das políticas culturais e no Sistema Nacional de Cultura (SNC).

“Estamos prontos para ocupar todos os espaços, pois fazemos parte desse Brasil. Somos capazes, somos competentes e estamos prontos para exercer nossa autonomia e autorrepresentação”, defendeu. E acrescentou: “Falar das nossas culturas é falar de tudo aquilo que nos constituiu, é o nosso pensamento, é o nosso território. São os povos indígenas que fazem do Brasil o país com a maior diversidade cultural do mundo. Nossas línguas, nossos saberes e nossas relações de mundo são culturas vivas, que mantêm vivos mais de 80% da biodiversidade do planeta. Nossas vozes também são as vozes dos nossos territórios. Defender cultura viva também é defender a vida de nossos povos porque todos os nossos direitos partem do direito à cultura”.

Para Juliana Tupinambá, ativista indígena, é fundamental que os editais de fomento atendam às especificidades dos povos indígenas. “Falar de cultura é falar da vida dos povos indígenas. A gente não tem como existir sem a nossa identidade, que é a nossa cultura. É preciso fomentar, cada vez mais, a cultura dentro dos nossos territórios”, acrescentou.

Da mesma forma, Leila Borari, militante pelo coletivo de mulheres indígenas Suraras do Tapajós, defendeu estratégias para que os editais cheguem aos lugares mais distantes e que possam continuar transformando vidas. “Sou de uma organização de mulheres. Nós trabalhamos usando a cultura como uma ferramenta de empoderamento, para tirar as mulheres e jovens da violência, da depressão. A cultura é um espaço de acolhimento, colabora com nosso empoderamento financeiro e ferramenta de transformação. A nossa cultura contribui muito também para nossas florestas ficarem em pé e para a permanência dos nossos povos”, disse.

(Fonte: Ministério da Cultura)

Sala São Paulo recebe encontro inédito entre Osesp e Grupo Corpo com transmissão ao vivo pelo Youtube

São Paulo, por Kleber Patricio

Osesp na Sala São Paulo. Foto: Beatriz de Paula.

O ano de 2024 marca as celebrações dos 70 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, além dos 30 anos de atividades do Coro da Osesp e dos 25 anos da Sala São Paulo – a casa da Osesp, dos Coros e de seus Programas Educacionais, inaugurada em 1999 no edifício onde antes funcionava a Estrada de Ferro Sorocabana.

Entre sexta-feira (3/mai) e domingo (5/mai), a Fundação Osesp promove um encontro inédito entre duas das maiores referências da cultura brasileira: a Osesp e o Grupo Corpo. Serão duas coreografias apresentadas no palco da Sala São Paulo: um excerto da peça Dança sinfônica (2015), com música do brasileiro Marco Antônio Guimarães; e Estância, composta pelo argentino Alberto Ginastera e que estreou em 2023 em Los Angeles (EUA), a partir de uma encomenda do maestro venezuelano Gustavo Dudamel. A regência da Osesp nestes concertos será do argentino Dante Santiago Anzolini.

Grupo Corpo. Foto: José Luiz Pederneiras.

Os ingressos para as três apresentações começaram a ser vendidos no dia 25 de março e se esgotaram rapidamente, mas a performance de sexta (3/mai), às 20h30, será transmitida ao vivo e em alta qualidade de som e imagem nos canais de YouTube da Osesp e do Grupo Corpo (os vídeos ficarão disponíveis nos canais até o fim do dia 5/mai).

Sobre as coreografias:

Dança sinfônica estreou na temporada de 2015, que comemorava os 40 anos de existência do Grupo Corpo, quando o diretor artístico Paulo Pederneiras propôs uma celebração da memória da companhia. A encomenda da trilha foi feita a Marco Antônio Guimarães (1948-), cinco vezes colaborador do Corpo na criação de balés históricos como 21 e Bach, e o resultado pinçava e trançava trechos memoráveis de trabalhos anteriores. Sobre essa teia, Rodrigo Pederneiras recombinou e recriou seu singular vocabulário coreográfico reconhecido mundo afora.

Grupo Corpo. Foto: José Luiz Pederneiras.

A música foi gravada, com roupagem sinfônica, pela Filarmônica de Minas Gerais, sob a batuta de Fabio Mechetti e com participação do grupo Uakti; citações, combinações e transmutações das trilhas que fizeram a história do Grupo Corpo são traduzidas em cena nos gestos – frequentemente reconhecíveis e ao mesmo tempo renovados – dos bailarinos, com os rapazes vestidos de preto e as moças, de collants vermelho-vinho e rosa pálido.

Criada em 1941 como um balé por Alberto Ginastera (1916–1983), já um compositor de renome em sua Argentina natal, sobre poemas de José Hernandez, em especial ‘El Gaucho Martín Fierro’ (1872), Estância só estreou como espetáculo de dança em 1952. Antes disso, Ginastera transformou os quatro movimentos da música em uma suíte orquestral – bastante executada até a atualidade. Na coreografia que criou em 2023 para a peça completa, Rodrigo Pederneiras, que tem grande proximidade com a obra de Ginastera, é guiado – como sempre – pela música. Lirismo, os sons da terra e da natureza, encerrando com o malambo, vigorosa dança típica dos pampas, marcam as quatro cenas do balé.

A Sala São Paulo. Foto: Mariana Garcia.

Um dos maiores desafios do projeto foi dividir o espaço cênico com uma orquestra em cena. A iluminação, da mesma forma, está condicionada à interação com o grupo de músicos, mas trabalha com habilidade luz e sombra sobre os conjuntos de dançarinos. Já os figurinos criados por Janaína Castro abraçam os tons terrosos, com as bailarinas vestindo saias que remetem ao formato dos tradicionais ponchos.

Fichas técnicas:

Dança sinfônica

Coreografia: Rodrigo Pederneiras

Música: Marco Antônio Guimarães

Figurino: Freusa Zechmeister

Iluminação: Paulo Pederneiras e Gabriel Pederneiras

Estância

Coreografia: Rodrigo Pederneiras

Música: Alberto Ginastera

Figurino: Janaína Castro

Iluminação: Paulo Pederneiras e Gabriel Pederneiras

Grupo Corpo

Mineiros, brasileiros, fazendo uma dança sem fronteiras – criado em 1975 em Belo Horizonte, o Grupo Corpo é uma companhia onde o Brasil inteiro, com toda a sua diversidade cultural, se reconhece. Num mundo onde a velocidade com que as informações se espalham está produzindo uma paisagem cada vez mais homogênea, o Grupo Corpo se destaca por haver desenvolvido uma assinatura própria. Existem três razões básicas para que a companhia ocupe um lugar singular na arte contemporânea. Primeira: Rodrigo Pederneiras, seu coreógrafo residente, tornou-se um dos poucos criadores capazes de fazer o balé clássico contaminar-se com as danças populares e, a partir dessa mistura, dar nascimento a um corpo capaz de expandir os limites do rigor técnico. Segunda: a sabedoria com que Paulo Pederneiras transforma coreografia em obra de dança. Além de dirigir a companhia, assina a iluminação e os cenários que grifam o acabamento cênico de cada produção com um tipo de qualidade que não cessa de inaugurar novas referências. E terceira: um elenco muito afinado, formado por estrelas de luz própria, onde a precisão do conjunto brota de uma sintonia fina entre todos os bailarinos. Quando se vê o Grupo Corpo dançando, é como se as questões do trânsito entre a natureza e a cultura estivessem sendo bem respondidas. São os diversos Brasis, o passado e o futuro, o erudito e o popular, a herança estrangeira e a cor local, o urbano e o suburbano, tudo ao mesmo tempo sendo resolvido como arte. Arte brasileira. Arte do mundo.

O projeto ‘Música e Dança na Sala São Paulo: Grupo Corpo’ tem o copatrocínio do Itaú e o apoio de Klabin e Mattos Filho, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Ministério da Cultura e Governo Federal – União e Reconstrução.

PROGRAMA

OSESP E GRUPO CORPO

OSESP

GRUPO CORPO

DANTE SANTIAGO ANZOLINI REGENTE

CAMARGO GUARNIERI Três danças

MARCO ANTÔNIO GUIMARÃES Dança sinfônica

ALBERTO GINASTERA

Pampeana nº 3, Op. 24: Impetuosamente

Estância, Op. 8.

Serviço:

3 de maio, sexta-feira, às 20h30 – Concerto Digital

4 de maio, sábado, às 16h30

5 de maio, domingo, às 18h00

Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16

Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares

Recomendação etária: 7 anos

Ingressos: Entre R$39,60 e R$150,00 (valores inteiros) – *Esgotados

Bilheteria (INTI)

(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h

Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners

Estacionamento: R$28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.

*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.

A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

Acompanhe a Osesp: Site | Facebook | Instagram | LinkedIn | YouTube | TikTok.

(Fonte: Fundação Osesp)