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Saiba onde fica a maior trilha aquática do Brasil

Brasil, por Kleber Patricio

Fotomontagem: Divulgação/MTur.

Os estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo abrigam um atrativo turístico conhecido como a maior trilha aquática do Brasil. Essa experiência fica na Rota dos Pioneiros, trilha de longo curso de cerca de 400 km que promove a experiência no rio Paraná por meio de bote ou caiaque. O passeio abrange os municípios de Taquarussu, Jateí, Naviraí, Eldorado e Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul; Inajá, Santo Antônio do Caiuá, Paranavaí, Terra Rica, Diamante do Norte, Nova Londrina, Marilena, São Pedro do Paraná, Querência do Norte, Icaraíma, Altônia, Guaíra, no Paraná, e Teodoro Sampaio, Euclides da Cunha, Rosana em São Paulo.

A trilha de longo curso presenteia os turistas com a oportunidade de explorar o rio de maneira íntima e intensa, atravessando paisagens deslumbrantes que vão desde trechos calmos e serenos até incríveis corredeiras, proporcionando uma experiência completa para os amantes da natureza e dos esportes aquáticos.

A Rota dos Pioneiros tem o objetivo de promover a região e fortalecer o potencial turístico e cultural do local. A coordenadora-geral de Produtos e Experiências Turísticas do Ministério do Turismo, Fabiana Oliveira, enfatiza que esses equipamentos são fundamentais para a diversificação do cardápio de experiências ofertadas para as pessoas que buscam contato com a natureza. “É nelas que ocorrem atividades como caminhadas, cicloturismo, observação de fauna e flora e atividades aquáticas. Além disso, são de extrema importância para a conservação da biodiversidade”, pontuou.

Para o gestor da Rota dos Pioneiros, Erick Xavier, assim como outras trilhas aquáticas, o local cumpre o papel de contar também a história do país. “O Brasil possui mais de 40 mil quilômetros de rios navegáveis e mais de 7 mil km de litoral, por onde se desenhou a história brasileira. Então, se queremos conectar o país, por meio de trilhas de longo curso, precisamos olhar para o potencial das trilhas aquáticas”, mencionou.

O trecho que corta o estado do Mato Grosso do Sul e integra as regiões turísticas do Vale das Águas e Cone Sul também oferece o aviturismo (turismo de observação de aves), praticado nas unidades de conservação da Mata Atlântica do estado.

Rede Trilhas

A Rota dos Pioneiros faz parte do programa Rede Trilhas, iniciativa criada por voluntários da sociedade civil em parceria com o Ministério do Turismo, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O objetivo é conectar paisagens e ecossistemas brasileiros para promover a estruturação e a ampla visibilidade da oferta turística de natureza.

As trilhas de longo curso são identificadas com o símbolo de pegadas amarelas e pretas. A sinalização padronizada traz mais segurança aos turistas, que contam com sinalização e com a indicação de pontos de interesse turístico, locais para pernoite, alimentação e outros pontos de apoio. Para Fabiana, a rede tem fundamental importância no posicionamento do Brasil como um destino turístico de natureza. “É uma política pública de relevância nacional, pois cria um sistema eficiente, com uma sinalização padronizada, que facilita a promoção do país como um destino de natureza em todo o mundo”, concluiu.

Trilhas do Brasil | O Ministério do Turismo elaborou uma publicação em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Associação Brasileira de Trilhas de Longo Curso (REDE) e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) chamada “Trilhas do Brasil – Manual de Estruturação e Promoção Turística das Trilhas de Longo Curso”. Trata-se de um manual com orientações para apoiar a criação, a estruturação e a promoção de Trilhas de Longo Curso no Brasil. O Manual pode ser acessado aqui.

(Fonte: Ministério do Turismo/Governo do Brasil)

Cortella e Rios debatem etarismo em evento gratuito

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Vitor Garcia.

Em 2050, o número de pessoas com mais de 60 anos chegará a dois milhões – o que representará cerca de um quinto da população mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em meio a essa transformação, surge a necessidade de repensar o conceito sobre o envelhecimento. Mario Sergio Cortella e Terezinha Azerêdo Rios propõem uma abordagem filosófica e crítica para tratar desse tema no livro “Vivemos mais! Vivemos bem? Por uma vida plena”, publicado pela editora Papirus 7 Mares.

Em 11 capítulos, eles partilham questões como a ditadura do relógio, planos para o futuro e qualidade de vida na maturidade. Uma questão bastante urgente debatida pelos autores é o fenômeno do etarismo – a discriminação e o preconceito em relação à idade. Cortella reconhece que existe uma desvalorização dos idosos e que ela é mais evidente na cultura ocidental contemporânea, influenciada pelo produtivismo, que subestima as contribuições e as capacidades dos mais velhos.

A ideia de vida longa implica viver mais e viver bem. Mas, no meu entender, viver bem não é só chegar a uma idade mais avançada com qualidade material de vida. É também adquirir a capacidade de olhar a trajetória. Porque a vida não é só o agora, é o percurso. (Cortella, em “Vivemos mais! Vivemos bem?”, p. 17)

Rios complementa a discussão ao ressaltar a necessidade de uma instrução crítica e emancipatória para combater o etarismo. Ela destaca que os idosos são frequentemente desconsiderados, o que reflete uma subvalorização dos direitos fundamentais que pertencem a todos os seres humanos. Para a especialista, a educação desempenha um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. “Na nossa cultura, o velho vale menos. E o que significa valer menos? Ser olhado de uma maneira que despreza os direitos que ele tem como ser humano”, comenta a filósofa.

Para marcar o lançamento da 2ª edição revista e ampliada, Mario Sergio Cortella e Terezinha Azerêdo Rios participam de bate-papo no Teatro Raul Cortez do Sesc 14 Bis no dia 10/4, quarta-feira, às 19h30. A atividade é gratuita e a distribuição de ingressos inicia no dia 9/4, a partir das 17h, pelo aplicativo Credencial Sesc ou nas unidades do Sesc São Paulo.

Serviço:

Lançamento do livro “Vivemos mais! Vivemos bem? Por uma vida plena” com Mario Sergio Cortella e Terezinha Azerêdo Rios

Dia 10/4, quarta-feira, às 19h30

Sesc 14 Bis – Teatro Raul Cortez – 2º andar

Rua Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista, São Paulo – SP

A partir de 14 anos | Grátis

Retirada de ingressos a partir do dia 9/4 às 17h, pelo aplicativo Credencial Sesc ou nas unidades do Sesc São Paulo.

Estacionamento: R$12,00 (Credencial Plena) R$ 18,00 (público geral)

Site: sescsp.org.br/14bis | Instagram: @sesc14bis

Ficha técnica

Título: Vivemos mais! Vivemos bem?

Subtítulo: Por uma vida plena

Autores: Mario Sergio Cortella e Terezinha Azerêdo Rios

Editora: Papirus 7 Mares

ISBN: 978-65-5592-043-7

Dimensões:14x21cm

Páginas: 128

Preço: R$52

Onde encontrar: Amazon.

Capa do livro.

Sobre Mario Sergio Cortella | É filósofo, escritor e palestrante com mestrado e doutorado em Educação pela PUC-SP, onde atuou como professor titular por 35 anos (1977-2012). Foi secretário municipal de Educação de São Paulo (1991-1992), tendo antes sido assessor especial e chefe de gabinete do professor Paulo Freire. É autor de diversos livros nas áreas de educação, filosofia, teologia e motivação e carreira. Instagram: @cortella

Sobre Terezinha Azerêdo Rios | É graduada em Filosofia pela UFMG, com mestrado em Filosofia da Educação pela PUC-SP e doutorado em Educação pela USP. Com mais de 30 anos de experiência como professora na PUC-SP, é pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Formação de Educador (Gepefe) da Faculdade de Educação. Atua como assessora e consultora em projetos de formação de professores e educação continuada em várias áreas. Instagram: @terezinha.rios

Sobre a Papirus 7 Mares | Criada em 2008, a Papirus 7 Mares é um selo editorial da Papirus Editora que se destaca pela publicação de obras nas áreas de filosofia, psicologia e educação, além de temas relacionados ao desenvolvimento pessoal e profissional. Com um catálogo diversificado e autoral, busca promover o conhecimento e o debate sobre questões relevantes para a sociedade contemporânea. Site: https://papirus.com.br | Instagram: @papiruseditora

Sobre o Sesc São Paulo | Com 77 anos de atuação, o Sesc – Serviço Social do Comércio conta com uma rede de mais de 40 unidades operacionais no estado de São Paulo e desenvolve ações com o objetivo de promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e para toda a sociedade. Mantido pelos empresários do setor, o Sesc é uma entidade privada que atua nas dimensões da educação e da cultura, com ações nas áreas físico-esportivas, meio ambiente, saúde, odontologia, turismo social, artes, alimentação e segurança alimentar, inclusão, diversidade e cidadania, são voltadas para todas as faixas etárias, com o objetivo de contribuir para experiências mais duradouras e significativas. São atendidas nas unidades do estado de São Paulo cerca de 30 milhões de pessoas por ano. Hoje, aproximadamente 50 organizações nacionais e internacionais do campo das artes, esportes, cultura, saúde, meio ambiente, turismo, serviço social e direitos humanos contam com representantes do Sesc São Paulo em suas instâncias consultivas e deliberativas. Para mais informações, clique aqui.

(Fonte: LC Agência de Comunicação)

Entidades dos setores Musical, Audiovisual, Editorial, Jornalístico e de Dramaturgia apresentam carta ao Senado em defesa dos direitos dos criadores, artistas e produtores frente ao avanço da IA

Brasília, por Kleber Patricio

Foto: Steve Johnson/Unsplash.

Um marco significativo para a proteção dos direitos autorais na regulamentação do uso da Inteligência Artificial (IA) no Brasil foi alcançado neste início de semana em Brasília. Em um ato de colaboração entre os principais segmentos da economia criativa, várias entidades representantes dos setores musical, audiovisual, literário e de dramaturgia uniram forças para apresentar uma carta de recomendações ao Senado Federal. O documento propõe a inclusão de dispositivos específicos no Projeto de Lei 2338/2023, de autoria do Senador Rodrigo Pacheco e sob relatoria do Senador Eduardo Gomes, que visam assegurar os direitos dos artistas e criadores frente aos desafios impostos pelo avanço da IA, especialmente a IA Generativa.

À iniciativa juntaram-se o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), a Comissão Federal de Direitos Autorais do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Associação Brasileira de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Direito Autoral (ABDA), o que fortalece ainda mais a mensagem dos setores criativos. A música foi representada por Associação Procure Saber, que reúne artistas da mais alta relevância na cultura nacional, Pro-Música Brasil (Produtores Fonográficos), ABMI (Música Independente), ABRAMUS, UBC e as demais Sociedades de Gestão Coletiva musical diretoras do ECAD que também subscreve o documento, além da UBEM (Editores Musicais). Já o setor editorial literário participa com a ABDR (Direitos Reprográficos), SNEL (Sindicato dos Editores de Livros), Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a ABRELIVROS. Do audiovisual, assinam o documento, além da ABERT, o GEDAR (Autores/Roteiristas), INTERARTIS BRASIL (atores e atrizes de TV e Audiovisual/Cinema), DBCA (Diretores de Cinema e Audiovisual) e AUTVIS (Autores Visuais). Outras adesões à iniciativa são esperadas para os próximos dias, já que o assunto é de interesse de todo o segmento de produção de conteúdo cultural e jornalístico.

A carta está sendo entregue aos Senadores que participam da Comissão Temporária do Senado que analisa o tema Inteligência Artificial no momento e a demais Senadores e Deputados interessados na matéria, marcando o diálogo entre a classe artística e o Legislativo em um assunto tão crucial para criadores e produtores de conteúdo cultural. Estão em Brasília fazendo chegar o posicionamento do setor artístico aos Senadores, Paulo Rosa, presidente da Pro-Música Brasil, e Sydney Sanches, presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) e da Comissão de Direitos Autorais da OAB Nacional. Segundo Paulo Rosa, “Esta verdadeira coalizão de instituições de âmbito nacional e importantes setores da economia criativa em torno de assunto tão crítico e delicado como a regulação da IA, especialmente a que gera conteúdos, demonstra unidade entre todos que participam desta iniciativa, visando a proteção da criatividade e propriedade intelectual de criadores e produtores de conteúdo.”

Para Sydney Sanches, “É incontroverso que o principal ativo das ferramentas de inteligência artificial são os conteúdos protegidos, que precisam ser respeitados. A defesa da indústria criativa é essencial para a preservação da diversidade cultural e da criatividade humana. Sem prejuízo dos benefícios trazidos pela IA aos diversos setores sociais, produtivos e econômicos, a centralidade humana, a sensibilidade da arte e a qualidade da informação demandam protagonismo, controle, transparência, contrapartida econômica e proteção de direitos de propriedade intelectual diante dos avanços da tecnologia, a fim de evitar o aprisionamento do patrimônio cultural pelos desenvolvedores de IA e impedir que recaia sobre a sociedade a disseminação de desinformação, prejudicando o debate público e os princípios democráticos.”

Confira em anexo a íntegra do documento, com as demandas e sugestões apresentadas:

Aos Excelentíssimos Senhores Senadores,  

As entidades cujas logomarcas constam da presente carta, representantes dos setores Musical, Audiovisual, Editorial, Dramaturgo, bem como entidades de representação de classe como o Instituto dos Advogados Brasileiros e a Comissão Federal de Direitos Autorais do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, vêm apresentar recomendações para que sejam incluídos no PL 2338/2023, de autoria do Senador Rodrigo Pacheco, com relatoria do Senador Eduardo Gomes, dispositivos que venham a assegurar os direitos dos criadores e intérpretes de obras artísticas, obras intelectuais e produções protegidas, a fim de evitar a subtração dos direitos de toda a classe artística.  

O PL 2338/2023, apresentado com a finalidade de estabelecer um Marco Civil para Inteligência Artificial, representa importante iniciativa legislativa e acompanha a preocupação da comunidade internacional em regulamentar o uso adequado da Inteligência Artificial, especialmente a IA Generativa, a fim de que sejam mantidos hígidos os direitos de terceiros e a plena transparência de seu desenvolvimento. O Ato Europeu da IA, aprovado no mês passado, veio com essas premissas e sua versão original, datada de 2021, inspirou o PL 2338/2023.  

Não há dúvida de que a Inteligência Artificial é tema fundamental para o desenvolvimento social e econômico do país. Trata-se de tecnologia ainda em desenvolvimento, que deverá ser empregada com segurança, de forma a garantir um grau mínimo de riscos às pessoas.  

No caso da Inteligência Artificial Generativa, conseguiu-se a técnica de algoritmos que estimulam o aprendizado de máquina, tornando-os capazes de produzir novos conteúdos a partir da mineração de informações e dados em larga escala em inúmeras bases já existentes no campo digital. O treinamento repetido da ferramenta, alimentado por um volume gigantesco de informações, padrões, linguagens e imagens, permite a disponibilização de novas formas e informações diferentes das originais, o que, em muitos casos, dificulta a identificação das obras utilizadas.

Nesse sentido, como forma de preservar a sociedade, é importante garantir a mineração por meio de bases de dados seguras, imparciais, livres de tendências ideológicas e que sejam acessadas sem violar direitos de terceiros, incluindo direitos de propriedade intelectual, a fim de evitar usos indevidos que venham a reproduzir modelos prejudiciais aos legítimos interesses dos titulares de direitos autorais.  

É do senso comum, que o uso de material protegido pelos direitos autorais pressupõe licenciamento prévio de seus respectivos titulares. Todavia, no caso das ferramentas envolvendo a IA, em especial a nominada de generativa, as utilizações massivas de obras e produções protegidas pela propriedade intelectual sem autorização prévia, no processo de mineração de dados para desenvolvimento da IA, têm sido o usual e o seu principal combustível para geração de textos, imagens e produções, representando clara violação dos direitos de propriedade intelectual.  

No âmbito da indústria criativa, hoje a IA é capaz de gerar qualquer tipo de obras artísticas e imagens treinando máquinas com obras protegidas, para que passem a fazer parte do mercado consumidor, descartando as obras originais, e resultando em punições injustas aos criadores e titulares, além de uma enorme perda para a indústria criativa, sendo imperativo impedir a prevalência desse nocivo cenário.  

Nesse sentido, as entidades subscritoras, vem requerer o apoio de Vossas Excelências no sentido de considerar a plena garantia aos direitos intelectuais, como forma de preservar os direitos de autores e artistas, responsáveis pela formação da Cultura Nacional. Diante disso, uma norma justa e protetora dos titulares de direitos autorais deve assegurar o respeito a faculdade exclusiva deles em consentir, controlar e serem compensados, da seguinte forma:  

a) Consentir para assegurar o respeito à Lei de Direitos Autorais e previamente saber quais obras e produções serão utilizadas no treinamento de IA.

b) Controlar para preservar a transparência, a responsabilização e a qualidade das bases de dados, preservar os direitos morais e compreender os resultados.

c) Compensar para reconhecer o valor da criação e a remuneração dos criadores. Portanto, para garantir os direitos de propriedade intelectual, o PL 2338/2023 deve ter clara previsão para estabelecer que:

a) O uso de obras e produções protegidas para mineração de dados e desenvolvimento de ferramentas de IA deverá estar submetido a autorização prévia.

b) Os conteúdos gerados por IA não poderão ser assemelhados ou protegidos pelas normas da propriedade intelectual.

c) Apesar de os setores da indústria criativa não encontrarem espaço para novas exceções e limitações aos direitos autorais, caso a legislação venha a inserir alguma previsão, as exceções e limitações da mineração de textos e dados e o desenvolvimento de ferramentas de IA deverão ser restritas e submetidas ao teste dos três passos previsto na lei brasileira e nos tratados internacionais, que regulam os princípios dos direitos autorais, sempre preservada a prerrogativa do titular de direitos autorais autorizar ou proibir o uso de sua obra ou produção. As exceções nunca deverão ser consideradas ou utilizadas para a mineração de dados ou o treinamento comercial, e os usos não comerciais só deverão ser permitidos em determinadas situações estabelecidas por diretrizes claras e jamais admitir prejuízo injustificado aos titulares de direitos autorais.

d) O treinamento de sistemas de IA e a aplicação dos algoritmos pelos serviços devem ser transparentes e permitir aos titulares de direitos autorais o controle e o acompanhamento sobre os modelos de uso de suas obras e produções.

e) É importante que as normas estabeleçam a responsabilidade civil objetiva das empresas e dos desenvolvedores de IA como regime aplicável aos danos causados por ferramentas de inteligência artificial.

f) O ônus da prova deverá recair sempre sobre as empresas e os desenvolvedores de IA. Não há dúvida de que a IA representará uma estratégica ferramenta para o desenvolvimento, mas isso jamais poderá significar a substituição da criação e da centralidade do ser humano diante das expressões culturais, que representam a verdadeira força da inovação e da criatividade.

Diante das propostas apresentadas, as entidades requerem a inclusão no PL 2338/2023 dos pontos acima elencados e reiteram sua disponibilidade para contribuir com o debate parlamentar, com a finalidade de alcançar o adequado texto regulatório. Aproveitamos o ensejo para renovar nossos protestos de elevada estima e consideração.  

Atenciosamente, 

Firmado por Sydney Sanches, Presidente Presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) e da Comissão de Direitos Autorais da OAB Nacional

Firmado por Paulo Rosa, Presidente da Pro-Música Brasil

Ambos em representação das entidades cujas logomarcas constam da presente.

Sobre a Pro-Música | A Associação Brasileira dos Produtores de Discos – ABPD, criada em abril de 1958, passou a se denominar Pró-Música Brasil Produtores Fonográfico Associados em 2016 e continuou reunindo as maiores empresas de produção musical fonográfica em operação no País. Desde sua criação, a entidade se dedica a representar os interesses comuns aos produtores fonográficos em geral, promovendo o mercado legítimo de música gravada em meios físicos ou digitais. Além disso, a Pró-Música Brasil é a única entidade no Brasil que regularmente coleta dados e estatísticas de seus principais associados, para manutenção de banco de dados e divulgação à imprensa e ao público, de estatísticas sobre o mercado fonográfico brasileiro das últimas décadas. Para mais informações acesse o site oficial da Pro-Música.

(Fonte: Lupa Comunicação)

Sinfônica de Indaiatuba recebe pianista Pablo Rossi no Ciaei

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Sinfônica apresenta obras de Prokofiev e Beethoven. Fotos: Daniel Cardoso.

O encontro da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba deste mês reúne em seu programa a Sinfonia nº 1 de Prokofiev e o Concerto nº 5 para piano e orquestra de Beethoven, também conhecido como Concerto Imperador. Tendo o piano como protagonista, a apresentação terá participação do renomado pianista Pablo Rossi como solista convidado. O concerto acontece no próximo dia 13, a partir das 20h, na sala Acrísio de Camargo (Ciaei). Direção e regência são do maestro Paulo de Paula e a entrada é gratuita.

As peças escolhidas para este encontro têm em comum o fato de terem sido compostas em períodos de guerra, apesar de apresentarem um caráter extremamente otimista. A Sinfonia nº 1 do compositor russo Serguei Prokofiev, também conhecida como “Sinfonia Clássica”, foi composta em 1917, em plena Revolução Russa. Seu título se deve ao fato de Prokofiev ter buscado inspiração nos estilos de Mozart e Haydn. O próprio compositor teria afirmado que seu desejo era compor uma sinfonia tal como os dois grandes gênios austríacos fariam se fossem vivos. “Evidentemente que Prokofiev utilizou uma linguagem moderna, mas a obra apresenta grande simplicidade e concisão tanto na forma como nas melodias utilizadas, assim como as obras de Haydn e Mozart”, destaca o maestro Paulo de Paula.

Ciaei recebe Sinfônica no dia 13.

O Concerto nº 5 para piano e orquestra foi composto num período de grande tribulação para Beethoven – durante a guerra que culminaria com a invasão da Áustria pela França. Apesar do período sombrio, Beethoven foi capaz de compor uma obra cujo caráter expressa sua crença na humanidade a despeito dos tempos terríveis vividos. “Este foi o único concerto para piano que não foi estreado pelo próprio compositor ao instrumento. Devido ao estágio avançado de surdez, Beethoven não se sentia mais confortável para tocar em público”, lembra o maestro.

Para abrilhantar ainda mais o evento, o convidado da noite é o solista Pablo Rossi, vencedor do 1º Concurso Nacional Nelson Freire para Novos Talentos Brasileiros (2003) e, no ano anterior, indicado ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Clássica, entre outras premiações conquistadas ao longo da sua carreira.

O músico atuou como solista à frente de diversas orquestras renomadas; entre elas, a de Câmara do Kremlin, Sinfônica de Kirov, Osesp, Sinfônica Brasileira e Filarmônica da Ucrânia. Sua discografia inclui três álbuns, tendo o primeiro sido gravado aos 11 anos de idade. Em 2008, lançou seu segundo disco, ‘Pablo Rossi – Live at Steinway Hall’ e, recentemente, gravou a integral das Sonatas para Violino e Piano de Villa-Lobos para o selo Naxos. Saiba mais sobre Pablo Rossi.

Concerto deste mês tem o piano como protagonista.

Como assistir | Para conferir a apresentação, que tem entrada gratuita, recomenda-se chegar meia hora antes, pois a disponibilização dos lugares é por ordem de chegada. A Sala Acrísio de Camargo fica no Ciaei (Centro Integrado de Apoio à Educação de Indaiatuba), situado na avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 3665, bairro Jardim Regina — Indaiatuba (SP).

Serviço:

Concerto Clássico – Orquestra Sinfônica de Indaiatuba

Data: 13/4 | Horário: 20h

Entrada gratuita e por ordem de chegada

Local: Sala Acrísio de Camargo – Ciaei (Centro Integrado de Apoio à Educação de Indaiatuba) – Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 3665 – Jardim Regina, Indaiatuba (SP) – mapa aqui.

Sobre a Amoji | A Associação Mantenedora da Orquestra Jovem de Indaiatuba (Amoji) é responsável pela manutenção da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba – que celebra 10 anos de existência e vem se destacando por sua intensa atuação na divulgação e popularização da música orquestral realizando, anualmente, mais de uma dezena de concertos gratuitos com participação de músicos do município de Indaiatuba (SP) e solistas de renome. Promove também o Encontro Musical de Indaiatuba (EMIn), que disponibiliza masterclasses para estudantes de música de todo o Brasil e uma programação cultural de concertos para a comunidade.

Redes sociais: Instagram Sinfônica | Facebook Sinfônica | Facebook Emosi

O concerto é realizado pela Associação Mantenedora da Orquestra de Indaiatuba (Amoji) – que completa duas décadas de existência – em parceria com a Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.

(Fonte: Armazém da Notícia)

O que é um “charuto puro”? Entenda a denominação usada por apreciadores

Curitiba, por Kleber Patricio

Romeo y Julieta Wide Churchills. Fotos: Carolina Macedo.

Embora seja um item secular, criado nos anos 1.500, e com entusiastas em todo o mundo, os charutos ainda são o centro de um universo permeado de desinformação e curiosidades. E esse é um dos pilares do trabalho da cigar sommelière curitibana Carolina Macedo, que se dedica a estudar a história e os comportamentos relacionados ao hábito de apreciar um “puro”. Mas, afinal, o que isso significa um charuto puro?

Carolina explica que a expressão tem suas raízes nas tradições e práticas culturais dos apreciadores. Puro é o charuto de que todas as folhas e beneficiamento são feitos no mesmo país. “Um bom exemplo são os puros cubanos, uma vez que Cuba usa somente as folhas cultivadas no próprio país, assim como toda a produção. Mas também existem outros puros, como os nicaraguenses, dominicanos e, claro, os puros brasileiros”, explica Carolina.

A nomenclatura “puro” está também relacionada aos charutos premium, que são os charutos produzidos com tabaco negro, folhas inteiras e sem nenhum aditivo químico – ou seja, não são nada além de folhas inteiras de tabaco e água. “Pense em um charuto premium como um bom vinho. A qualidade das folhas é tamanha que a sua combinação e o processo de fermentação resultam em sabores e aromas únicos. Como no vinho, não tem nada artificial para saborizar ou aromatizar – é apenas a combinação das uvas ou, no caso dos charutos, das folhas”, conta ela, que lidera a Bulldog Tabacaria, na capital paranaense.

Carolina destaca três exemplos de charutos puros:

Dannemann Terroir Brasil | “Esse charuto tem uma seleção incrível com folhas brasileiras, sendo elas Arapiraca, Mata Fina, Mata Norte e Santo Antônio. São duas opções de capa e toda a produção é feita aqui, no Recôncavo Baiano”, explica ela. (R$105 a unid.)

Romeo y Julieta Wide Churchills | Um clássico cubano. De corpo médio com notas adocicadas e uma degustação elegante. (R$290 a unid.)

Joya de Nicarágua Antaño | Já eleito um dos melhores do ano pela Cigar Aficionado (maior publicação do assunto no mundo), é um puro nicaraguense. Ele, inclusive, surge como um tributo, uma homenagem ao blend que tornou a marca conhecida no mundo todo e que fez dela a marca oficial da Casa Branca até hoje. (R$85 unid.)

Dannemann Terroir Brasil.

“Se cada lugar possui um terroir único, ele resulta em folhas únicas que, a partir dos processos de cura e fermentação, vão ter um resultado. Logo, quando alguém degusta um puro cubano, sabe que terá uma mineralidade maior na degustação, enquanto em um puro brasileiro, notas terrosas e uma delicada picância devem aparecer”, finaliza ela, que assina semanalmente uma newsletter gratuita sobre charutos. Para se inscrever, os interessados devem se inscrever no link https://bit.ly/newsletterbulldog.

A Bulldog Tabacaria fica localizada à Rua General Aristides Athayde Jr., 254, no bairro Bigorrilho, em Curitiba. Tem atendimento de segunda a sexta, das 12h às 20h e, aos sábados, das 10h às 18h. Para mais informações, o telefone é (41) 3029-1299 e o WhatsApp, (41) 98736-3251.

(Fonte: Agência Souk)