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Filme “Meio Irmão” chega às plataformas digitais

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: reprodução/divulgação.

Após ter estreado nos cinemas no último mês de março, o premiado longa Meio Irmão, dirigido por Eliane Coster, chega às plataformas digitais iTunes, Google Play, Now, Vivo Play e Looke.

Entre os diversos prêmios que recebeu, Meio Irmão foi eleito pelo público o Melhor Filme Brasileiro de Ficção na 42ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e também levou o Prêmio da Abraccine de Melhor Filme Brasileiro de Diretor Estreante.

Em Meio Irmão, conhecemos Sandra, que tem dezesseis anos. Sua mãe está desaparecida há dias. Desorientada e sem dinheiro, ela se vê obrigada a procurar seu meio irmão Jorge, com quem tem pouco contato. Porém, no momento em que Sandra o procura, ele está diante de uma situação difícil: Jorge gravou, com seu celular, uma agressão homofóbica a um casal de namorados, acreditando não ter sido visto. No entanto, dias depois ele passa a sofrer ameaças para não divulgar as imagens. Nesta jornada, Sandra e Jorge enfrentam seus terrores e resgatam um afeto que havia se perdido.

Veja o trailer: http://www.youtube.com/watch?v=bshxcdaRK6U&feature=youtu.be.

Ficha Técnica

Direção: Eliane Coster

Roteiro: Eliane Coster

Produtor: Rogério Zagallo

Montagem: Fernando Coster

Fotografia: Cleisson Vidal

Direção de Arte: Roberto Eiti Hukai

Música: Satelite Audio

Elenco: Natália Molina, Diego Avelino, Francisco Gomes, Dico Oliveira, Eduarda Andrade, André Andrade

Produção: Oka Comunicações, Periscópio Filmes e Roberto Eiti Produções

Codistribuição: Spcine

Distribuição: O2 Play.

Sobre a distribuidora

A O2 Play é dirigida por Igor Kupstas sob a tutela de Paulo Morelli, sócio da O2 Filmes e faz parte do grupo O2, que tem como sócios também o cineasta Fernando Meirelles e a produtora Andrea Barata Ribeiro. Em atividade desde 2013, a O2 Play se diferencia das demais distribuidoras por trabalhar, além do cinema, TV e vendas internacionais, o VOD (Video on Demand), como uma distribuidora digital. Possui contratos com plataformas como o iTunes, Google Play, Netflix, NOW, Claro Vídeos e Vimeo, ofertando além de conteúdos longa-metragem e seriados também serviços de delivery (Encoding).

A O2 Play lançou em cinema filmes como Cidade Cinza (2013), com os grafiteiros OsGêmeos, Latitudes (2014), romance com Alice Braga e Daniel de Oliveira que foi parte de um inovador projeto transmídia, Junho – o Mês Que Abalou o Brasil (2014), documentário da Folha de S. Paulo, primeiro filme a chegar aos cinemas e, em VOD, na mesma data, A Lei da Água (2015), documentário de André D’Elia com produção de Fernando Meirelles, A Bruta Flor do Querer (2016), vencedor de 2 prêmios em Gramado, Uma Noite em Sampa (2016), de Ugo Giorgetti, Paratodos, doc sobre atletas paraolímpicos que após carreira elogiada pela críticas nos cinemas foi vendido para o mundo todo na Netflix, Do Pó da Terra (2016), doc de Maurício Nahas, Pescadores de Pérolas (2015), ópera com direção de Fernando Meirelles transmitida ao vivo via satélite do Theatro da Paz para 10 salas de cinema, e Entre Nós (2014), A Noite da Virada (2014) e Zoom (2016), estes de produção da O2 Filmes em codistribuição com a Paris Filmes.

Entre os lançamentos da O2 Play nos cinemas estão o longa-metragem Travessia, filme com Chico Diaz e Caio Castro, o documentário Sepultura Endurance, sobre a banda brasileira de metal, Comeback, filme vencedor do prêmio de melhor ator para Nelson Xavier no Festival do Rio 2016 e Malasartes e o Duelo com a Morte, grande produção da O2 Filmes dirigida por Paulo Morelli. Também entram na lista o documentário Exodus- de Onde Vim Não Existe Mais, produzido pela O2 e dirigido por Hank Levine e o longa A Repartição do Tempo, dirigido por Santiago Dellape. Também distribuiu nos cinemas, no segundo semestre de 2018, o premiado documentário Ser Tão Velho Cerrado, dirigido por André D’Elia. Em 2019, no primeiro semestre, promoveu o lançamento em formato day and date do filme 45 Dias Sem Você, do diretor Rafael Gomes. No segundo semestre, inicia o programa O2 Play Docs, com a exibição de documentários nas principais cidades de todas as regiões brasileiras com sessões em horário nobre.

A O2 Play é pioneira em curadoria mundial no iTunes com a seção Fernando Meirelles Recomenda. Esta a primeira vez que a loja da Apple convidou um agente externo para sugerir filmes (confira em itunes.com/fmeirelles).

A O2 Play realiza a distribuição digital e encoding para dezenas de títulos e séries, além de vendas para TV e mercado internacional. Teve oito longas escolhidos pela Apple dentre Os Melhores Filmes do Ano entre 2014 e 2016.

#CasaMuseuEmCasa oferece atividades para crianças e muita música

São Paulo, por Kleber Patricio

Instrumentos como tambor e gunga ditam o ritmo da batucada de Josi Lopes. Crédito da foto: Mariana Ser.

A Casa-Museu Ema Klabin, no Jardim Europa, em São Paulo, continua com sua programação cultural virtual pelo projeto #CasaMuseuEmCasa. Em abril, pelas redes sociais do museu, o público poderá escutar boa música e a criançada vai aprender um pouco mais sobre arte e mitologia com jogos e atividades incríveis. Serão vídeos, áudios, textos e muita interação – basta acessar e curtir as redes sociais do museu (Instagram, Facebook, Twitter e  YouTube).

Você sabe para que servia a escultura da foto logo abaixo? De qual país ela é originária, em qual época era usada? No Jogo da Cultura Material, as crianças, a partir de uma obra ou mobiliário da Coleção de Ema Klabin, vão tentar descobrir tudo sobre ela. O primeiro desafio já está nas redes sociais e é sobre uma obra de arte africana, a escultura Ashanti, que hoje está exposta no quarto de Ema Klabin. A partir do dia 15 de abril haverá novos desafios sobre mobiliário e cultura asiática, entre outros.

Escultura Ashanti. Foto: Henrique Luz.

As crianças também saberão mais sobre os mitos, contos populares e histórias que se escondem por trás dos detalhes de peças da Coleção Ema Klabin (Mitologias da Coleção). Em abril, estarão disponíveis áudios da cultura africana – um conto proveniente da cultura Ashanti, de Gana. E, depois da cultura asiática, a história Tanabata Matsuri – Festival das Estrelas, muito conhecida em São Paulo, por meio do Festival de mesmo nome que acontece todos os anos no bairro da Liberdade. Após ouvir os áudios, o público será convidado a fazer uma ilustração sobre a história e tirar uma foto que será compartilhada nas redes sociais da Casa-Museu. Basta marcar a foto com #CasaMuseuEmCasa ou enviar para o e-mail educativo@emaklabin.org.br.

Outra atividade que vai chamar atenção dos baixinhos e também dos papais é A Obra em Casa. A proposta é apresentar uma obra da coleção de Ema Klabin que não está exposta no museu e pertence à reserva técnica e convidar o público a refletir sobre ela, estimulando a percepção visual e a descoberta de novos significados.

E quem já quiser se preparar para a jornada, uma dica: você pode conhecer de antemão as obras da Casa-Museu Ema Klabin. É só realizar visitas virtuais no Google Arts & Culture, no link https://artsandculture.google.com/partner/fundacao-ema-klabin ou por meio da ferramenta digital Explore, no site do museu: https://emaklabin.org.br/explore/.

De acordo com a coordenadora do setor educativo, Cristiane Alves, o objetivo das atividades é que as crianças se interessem cada vez mais sobre arte, história e mitologia. Ainda estarão disponíveis no blog do site da Casa-Museu Ema Klabin vários textos do setor educativo e de cursos. A programação cultural da Casa-Museu em 2020 tem como eixo o tema Outras Narrativas.

Vem que tem boa música

Durante a quarentena, a Casa-Museu Ema Klabin leva o tradicional programa Tardes Musicais até sua casa pelo canal do YouTube. É uma oportunidade de ouvir boa música sem sair de casa.

Todos os sábados você poderá conferir vídeos de shows completos de grupos musicais que se apresentaram pelo Programa. No mês de abril você poderá se deliciar com o som de Josi Lopes (já disponível), do quarteto Tarabjazz (dia 18), Anette Camargo Trio (dia 25) e com o vídeo do show de estreia do álbum da cantora Ana Flor de Carvalho (2/5).

Mas não pense que é só isso. Todas as terças e quintas-feiras do mês de abril, sempre às 17 horas, você poderá conferir uma música inédita do espetáculo Adoniran em Partitura do Conjunto João Rubinato. Em formato de um programa de rádio à moda antiga, o conjunto apresenta canções inéditas de Adoniran Barbosa, registradas no disco-livro Adoniran em Partitura. Além das tradicionais canções desse mestre da música, clássicos como Samba do Arnesto (dia 14/4), Chá de Cadeira (16/4), Duas Horas da Madrugada (21/4) e Olhando para Lua (23/4), entre outras.

Serviço:

Casa-Museu Ema Klabin: #CasaMuseuEmCasa

Jogo da Cultura Material – (coleção africana já disponível nas redes sociais) e 16/4 (coleção asiática)

Mitologias da Coleção: tire uma foto de sua ilustração, marque #CasaMuseuEmCasa ou envie para o e-mail educativo@emaklabin.org.br com o assunto História das Histórias.

A Obra em Casa – Mediação online

Textos no site (blog): Tecendo Novas Narrativas, Ações Educativas no Mobiliário – História do Conforto, Casa-Museu

Shows completos: sábados – Josi Lopes (já disponível), Tarabjazz (dia 18/4), Anette Camargo Trio (25/4) e Ana Flor de Carvalho (2/5).

Músicas inéditas do espetáculo Adoniran em Partitura do Conjunto João Rubinato: todas as terças e quintas-feiras do mês de abril, sempre às 17 horas

Acesse as redes sociais:

Instagram: @emaklabin

Facebook: https://www.facebook.com/fundacaoemaklabin

Twitter: https://twitter.com/emaklabin

Canal do Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC9FBIZFjSOlRviuz_Dy1i2w

Site: https://emaklabin.org.br/.

Festival AmazôniaS Online será transmitido neste final de semana

Brasil, por Kleber Patricio

Cantora Tulipa Ruiz fará parte do show de encerramento, no domingo. Foto: website da artista.

O Festival AmazôniaS Online chega neste fim de semana, de 17 a 19 de abril. Esse intercâmbio entre ativistas e artistas do Norte do país e de São Paulo trará rodas de conversa, shows e exibição de filmes, com transmissão ao vivo pelas redes sociais. Com a presença de lideranças indígenas e quilombolas, músicos e cineastas, o evento se inicia na sexta-feira, às 22 horas, em parceria com a Greve Mundial pelo Clima, com a Festa do Clima, uma celebração à vida através da música com o músico produtor Daniel Ganjaman como DJ da noite.

No sábado, a programação começa Ailton Krenak falando sobre suas ideias para adiar o fim do mundo, às 15h. A programação segue com Tati dos Santos, Nega Lu, Marlena Soares, Áurea Sena e Thalita Silva, mulheres negras e quilombolas da Amazônia que fazem uma roda de conversa às 17h. E o dia termina com um bate papo entre as artistas Uýra Sodoma e Roberta Carvalho comentando os ativismos entre Manaus e São Paulo e as performances no isolamento, às 19h.

No domingo, dia 19, haverá a exibição dos documentários do cineasta André D’Elia sobre o acampamento Terra Livre, seguido por uma conversa ao vivo entre ele e Sônia Guajajara, coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), às 15 horas. Logo após, às 17 horas, Matsipaya Waura Txucarramãe, Kayapó neto do Cacique Raoni, conversa com sua mãe, Kamiha, pajé e grande conhecedora das medicinas tradicionais, e sua irmã Mayalu, que trabalha hoje na Saúde Indígena, sobre os desafios e a resistência indígena em tempos de coronavírus.

O evento termina às 19 horas, com um show ao vivo das cantoras Tulipa Ruiz e Anelis Assumpção, mostrando como a arte é também uma ferramenta essencial para lidarmos com esses novos tempos.

O evento é realizado pelo Engajamundo, Escola de Ativismo, Greenpeace, Goethe-Institut e Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo. A edição física do festival, que era prevista para ocorrer de 17 a 21 de abril, segue nos planos, com nova data sendo anunciada o mais breve possível.

Saiba mais pelo perfil @festivalamazonias (Facebook e Instagram).

Taxa média de isolamento social é de 56% nos últimos dias em Indaiatuba

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Levantamento é do sistema que monitora telefones celulares em todo o Estado. Foto: Eliandro Figueira.

Nos últimos cinco dias, a média do percentual de isolamento social registrado em Indaiatuba foi de 56% — número abaixo da adesão ideal para controlar a disseminação da Covid-19, que é de 70%, conforme o Centro de Contingência do Coronavírus, em São Paulo. Levantamento realizado por meio do Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP) do Governo de São Paulo revelou que a taxa de isolamento em Indaiatuba foi de 49% na quinta-feira (9), véspera do feriado da Paixão de Cristo, para 61% na sexta-feira, caiu para 57% no sábado (11) e depois subiu para 61%. O sistema analisa os dados de telefonia móvel para indicar tendências de deslocamento e apontar a eficácia das medidas de isolamento social no Estado, determinadas pelos decretos estaduais (nº 64.881 e nº 64.920) e municipais (nº 13.037 e nº 13.943).

O prefeito Nilson Gaspar (MDB) reconhece que se trata de um momento muito difícil para todos, mas reforça que ainda não é hora de relaxar com as medidas de segurança. “Fico feliz que a nossa taxa de isolamento esteja se elevando, mas ainda tenho observado alguns pontos com aglomeração de pessoas. Se afrouxarmos as medidas agora, a tendência é que tenhamos muito mais casos e mortes. Como prefeito e como cidadão, quero que tenhamos nossas vidas preservadas e que tudo volte à normalidade. Mas, para que isso aconteça, quanto mais cumprirmos o isolamento, mais rápido nos veremos livres dessa pandemia”, disse.

Informações atualizadas sobre os casos notificados da doença na cidade podem ser consultados no link https://www.indaiatuba.sp.gov.br/saude/vigilancia-em-saude/vigilancia-epidemiologica/novo-coronavirus/.

Desde o início da pandemia no Brasil, a Prefeitura de Indaiatuba adotou diversas ações visando ampliar a conscientização da população sobre a importância de manter o isolamento social. Foram afixadas faixas e outdoors reforçando o #fiqueemcasa; carros de som estão circulando em todo o município lembrando as importantes medidas para se proteger contra o novo coronavírus; a fiscalização em supermercados e farmácias foi ampliada e a guarda civil municipal também tem atuado conscientizando as pessoas durante o patrulhamento pelos bairros.

Diariamente as redes sociais da prefeitura também trazem informações sobre os cuidados necessários para evitar a contaminação, além de informar sobre o número de casos suspeitos e confirmados. A administração municipal também lançou o WhatsApp da Saúde (19 99779-3856) para que as dúvidas possam ser sanadas com maior rapidez. Também foi criado um blog na página da prefeitura (www.indaiatuba.sp.gov.br) para contendo todas as informações relacionadas à doença, informativos epidemiológicos e dúvidas mais frequentes relacionadas ao novo coronavírus.

RESPONSABILIDADE

O Ministério Público Federal divulgou no sábado (11) uma nota pública alertando que gestores de estados e municípios que flexibilizarem as medidas de distanciamento social sem respaldo técnico para absorver o eventual impacto do aumento de número de casos de Covid-19 poderão responder por improbidade administrativa. Segundo a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, órgão do Ministério Público Federal, “no Brasil, a decisão de manter ou não aberto o comércio e a atividade econômica em geral pode significar uma diferença de mais de um milhão de vidas. A simples mitigação do esforço de quarentena social pode produzir catastróficos impactos em relação à estratégia de supressão do contato social, tal como mais 90 milhões de brasileiros infectados em até 250 dias, 280 mil cidadãos mortos e 2 milhões de internações”.

Artigo: “Como o coronavírus vai mudar nossa forma de interagir”, por André Rezende

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

A crise do coronavírus trouxe muitos desafios para a nossa sociedade. Esse novo vírus global que nos mantém contidos em nossas casas – talvez por meses – já está reorientando nosso relacionamento com o governo, com o mundo exterior e até uns com os outros. Mas os momentos de crise também apresentam oportunidades: uso mais sofisticado e flexível da tecnologia, menos polarização, uma valorização dos espaços ao ar livre e outros prazeres simples da vida. Ninguém sabe exatamente o que virá, mas com certeza nosso estilo de vida – e muito mais – mudará.

As pessoas estão sendo instruídas a se isolarem em casa. Em muitos países, empresas adotaram o home office e escolas estão fechadas. O mesmo vale para teatros, bares e cinemas. Não é aconselhável viajar para lazer e negócios, as fronteiras estão fechando. A lista de eventos cancelados ou suspensos aumentou exponencialmente nos últimos dias. De festivais a museus e competições esportivas, organizadores e executivos estão fazendo o que podem para limitar as reuniões públicas.

Esse isolamento social com certeza faz com que passemos a maior parte do tempo sozinhos, introspectivos e em período de contemplação. A maneira de nos relacionarmos é através de telas e ligações e, se nos encontramos com alguém, os abraços e cumprimentos calorosos, são substituídos pelo toque de cotovelos. Os seres humanos são criaturas sociais – precisamos estar próximos um do outro e o toque é uma das características mais básicas disso. O fato é que precisamos de toque. Ele reduz o estresse e até acalma funções corporais, como pressão alta. E, instantaneamente, nos dá uma sensação de conexão. De pertencimento e de ser amado.

Você pode até pensar que o home office diminui o estresse; afinal, você não precisa acordar mais cedo para pegar o transporte público lotado ou encarar o trânsito engarrafado. Mas, trabalhar em uma posição remota significa que interagimos com as pessoas de maneira muito diferente. Somos forçados a nos comunicar por e-mail ou mensagem instantânea. Não podemos resolver problemas com reuniões improvisadas na mesa de alguém. Pode funcionar muito bem para alguns de nós, mas outros ainda precisarão de comunicação cara a cara. E muitas empresas não conseguirão sobreviver sem isso.

Nós precisamos nos comunicar. Todos nós. Os seres humanos não prosperam quando trancados e sem contato com o mundo exterior. Nós não trabalhamos bem assim. Alguns são mais sociais do que outros, mas a maioria de nós precisa de um nível básico de interação com os que estão à nossa volta e o coronavírus nos lembra mais uma vez de quão impactante esse ser social é em nossas vidas.

É muito provável que você esteja tendo momentos de estresse, ansiedade e frustração; afinal, é um momento assustador e passar por tudo isso sozinho é ainda pior. Estamos no meio de uma pandemia mundial, com cidades e até países inteiros em isolamento e muitas perguntas sem respostas. Com tantas incertezas, busque focar no que você pode controlar agora. Entenda o que está sentindo, reflita e encontre maneiras de reduzir os pensamentos negativos e amadurecer seus relacionamentos pessoais.

Embora o vírus tenha mudado fundamentalmente a maneira como interagimos com outras pessoas, essas mudanças não serão permanentes. Provavelmente todos emergiremos do outro lado da pandemia retornando às nossas saudações e maneirismos familiares que são instintivos para todos nós. Mas o que pode mudar é a nossa apreciação do mundo ao nosso redor, da nossa liberdade de escolher como gastamos nosso tempo e o contato que fazemos com os que estão à nossa volta – como abraços, cumprimentos e toques nos ombros. A sociedade pode sair da pandemia valorizando ainda mais grandes espaços, não apenas como pano de fundo para grandes eventos e usos ativos, mas como uma oportunidade de estarmos juntos visualmente.

André Rezende é consultor, palestrante e mentor de pessoas e negócios, com uma carreira focada em atingimento de objetivos e resultados. Formado em Administração de empresas, pós-graduado em Gerência Financeira, Finanças Corporativas e MBA executiva em finanças, além de psicologia positiva, já ocupou cargos executivos de gestão e liderança em grandes empresas. Como pano de fundo para sua metodologia está o Caminho de Santiago, uma peregrinação milenar que o inspirou a moldar seus projetos de consultoria e a escrever o livro O caminho da liderança, que será lançado em breve.