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Projeto oferece aulas online gratuitas de artes cênicas para jovens em Santa Bárbara d’Oeste

Santa Bárbara d'Oeste, por Kleber Patricio

Oficinas acontecerão no formato online, ao vivo, por meio da plataforma Zoom. Foto: divulgação.

Estão abertas as inscrições para as oficinas gratuitas de teatro do projeto Jovem em Cena, que trabalhará as artes cênicas para jovens na cidade de Santa Bárbara d’Oeste. O projeto retoma as atividades em formato online, em encontros pela plataforma Zoom. As inscrições podem ser feitas pelo link http://bit.ly/sbojec.

O projeto Jovem em Cena tem o objetivo de criar um espaço para o aprendizado e desenvolvimento de técnicas fundamentais para a formação de jovens atores, dando ênfase para o trabalho corporal e vocal, bem como à criação de cenas a partir de exercícios de improvisação e composição.

As oficinas acontecerão no formato online, ao vivo, por meio da plataforma Zoom. Serão cinco encontros de duas horas de duração, de 14/12 a 18/12, em três períodos: às 14h, 17h e 20h. Cada aluno trabalhará exercícios individuais de movimento e expressão corporal e consciência vocal aplicada na atuação. Todos os alunos inscritos também receberão acesso exclusivo a um material complementar com 2 horas de atividades gravadas no canal do YouTube da Leneus Produtora de Artes.

O projeto é uma realização do Governo do Estado de São Paulo por meio do Programa de Ação Cultural (ProAC), com apoio da Estação Cultural, Fundação Romi e da Leneus e patrocínio da Raízen.

Grupo de voluntários atua no desenvolvimento de projetos arquitetônicos para a Fraternidade sem Fronteiras

São Paulo, por Kleber Patricio

Grupo conta com 10 profissionais arquitetos que atuam em prol da elaboração de espaços sanitários, de lazer e moradia às comunidades menos favorecidas. Fotos: divulgação.

Com sede em Campo Grande (MS), a organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF), que tem atuação brasileira e internacional, possui 53 polos de trabalho, mantém centros de acolhimento, oferece alimentação, saúde, formação profissionalizante, educação, cultivo sustentável, construção de casas e ainda abraça projetos de crianças com microcefalia e doença rara. Todos esses trabalhos são mantidos por meio de doações e principalmente pelo apadrinhamento.

Nesse contexto, são muitos os voluntários que se unem em ações transformadoras de pessoas e que direcionam recursos a quem mais precisa. É o caso do grupo Arquitetos sem Fronteiras (ASF), de São Paulo (SP), que desde 2017 desenvolve ações junto à FSF com o objetivo de exercer o trabalho humanitário a partir da elaboração de projetos de arquitetura, artes e construção.

As atividades foram iniciadas pela voluntária e arquiteta Priscila Alexandre e, posteriormente, Dante Furlan e Daniella Matavelli se juntaram para contribuir com as propostas e ações. Atualmente, o grupo conta com 10 profissionais; são eles, além dos já mencionados: Fran Benevides, Lais Santos, Bruno Milan, Marina Garcia, Renata Davi, Fernado Sunao e Renata Evaristo. Nesse período, o ASF já desenvolveu projetos em Canudos, em Moçambique, no Malawi e em Madagascar, onde diversos deles estão em andamento. Em 2019, por exemplo, o grupo organizou uma caravana técnica ao centro de acolhimento da FSF em Madagascar e, com a proposta de auxiliar na melhoria sanitária da região de Ambovombe, construiu sistemas de banheiros secos e de sistemas de captação de água da chuva. Além disso, os arquitetos prestaram consultoria para que os moradores da região ficassem responsáveis pela manutenção das obras.

Para a arquiteta Marina Garcia, o grupo surgiu porque os profissionais envolvidos descobriram entre si que as suas afinidades técnicas e conhecimentos na área de arquitetura poderiam ser usados para um bem maior, impactando a vida de outras pessoas sem acesso à moradia. “Nossas causas visam trazer o lazer, o conforto e o acolhimento para as pessoas que não têm acesso a bons espaços em seu cotidiano. Nós nos reunimos, discutimos e avaliamos junto à FSF os locais que mais precisam de ajuda e executamos. Penso que participar dessas ações é poder levar um pouco de nós para essas pessoas, mas, sobretudo, é trazer um pouco de cada pessoa para dentro de nós. É gratificante”, avalia.

Daniella Matavelli explica que os projetos arquitetônicos desenvolvidos pelo ASF são voltados, prioritariamente, para a melhor qualidade de vida dos envolvidos e objetivam em oferecer condições mais dignas às pessoas, seja no Brasil, na África ou qualquer lugar do mundo. “Ser voluntário ou voluntária é uma forma de retribuir ao mundo o quanto somos abençoados e nós nos alimentarmos do sorriso de quem está sendo auxiliado. Pensamos sempre no quanto podemos ser úteis à coletividade, nacional e internacionalmente. Nossos projetos são pensados e arquitetados sempre com muito carinho e focamos em melhorar a qualidade de vida das pessoas, atribuindo mais dignidade à vida humana”, argumenta.

A arquiteta conta ainda que, neste final de ano, o grupo resolveu encarar o desafio de projetar e arrecadar fundos para a construção de uma biblioteca para a Nação Ubuntu, projeto da FSF, no Campo de Refugiados de Dzaleka no Malawi. “Estamos divulgando essa causa e esperamos que novos doadores possam colaborar para que realizemos esse sonho. Tenho certeza de que vamos conseguir e em breve essa construção será uma realidade”, projeta Daniella.

Devido à pandemia, as reuniões do grupo são feitas diariamente por Whatsapp e telefone e as reuniões mais estratégicas são feitas quinzenalmente via Zoom. A ASF em breve inaugurará uma subsede em SP, ligada à FSF, para encontros presenciais e com o propósito de receber mais profissionais que contribuam com a causa.

Para fazer parte e ser um voluntário da organização humanitária, basta endereçar e-mail para voluntarios@fraternidadesemfronteiras.org.br.

Projeto Ação Madagascar | A Fraternidade sem Fronteiras chegou à ilha de Madagascar em fevereiro de 2017 e encontrou famílias vivendo na extrema miséria, sofrendo com a fome e a sede, sem também um mínimo de higiene. Sem acesso à água, as crianças tomam banho só quando chove e metade delas tem desnutrição aguda. As famílias vivem em casas muito precárias e a falta de higiene e desnutrição grave acarretam doenças como a teníase, neurocisticercose e bicho-do-pé, entre outras. Atualmente, são nove Centros de Acolhimento com atendimento a quatro mil crianças, principalmente no tratamento nutricional. Na cidade da Fraternidade, são 100 casas construídas. A instituição oferece projetos de biocarvão, costura e artesanato, ferramentas de metal, padaria, produção de sabão e agroecologia.

Projeto Fraternidade na Rua | O projeto Fraternidade na Rua atua de forma expansiva na criação, manutenção e ampliação de diversas frentes de trabalho na transformação de pessoas em situação de rua no Brasil. É mantido pelo sistema de apadrinhamento, doações e mobilização de voluntários sensíveis à causa.

Mais informações podem ser obtidas pelo site www.fraternidadesemfronteiras.org.br.

Projeto ‘Carinho em Dobra’ ensina a milenar arte dos origamis para promover conexão e afeto

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem de Ennelise Napoleoni-Bianco por Pixabay.

O origami é o ponto de partida do projeto Carinho em Dobra, que busca, por meio de oficinas em instituições de saúde, escolas e eventos comunitários e da doação de livros do projeto, promover a arte milenar de dobradura em papel como forma de conectar e aproximar pessoas. “O origami é muito conhecido, mas poderia ser praticado muito mais, pois ele pode trazer  inúmeros benefícios para o bem-estar físico e mental. Criar objetos a partir de uma simples folha de papel ajuda no desenvolvimento das habilidades cognitivas, como memória, raciocínio, atenção e concentração, além de aliviar o estresse e estimular a paciência”, explica Alex Yeh, um dos idealizadores e patrocinadores do projeto.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, o projeto tem sido realizado de forma remota e já beneficiou mais de 10 instituições, com destaque para os mais de 6000 origamis desenvolvidos por alunos das escolas de São Paulo e doados aos profissionais de saúde que atuam no combate ao Covid-19 como forma de demonstrar apoio e afeto. O projeto também tem realizado oficinas em hospitais com o intuito de ajudar na recuperação e reabilitação de pacientes. “Além de desenvolver o campo criativo e as habilidades visuais, espaciais e geométricas, o origami é uma forma diferenciada de demonstrar carinho, mesmo com as limitações do distanciamento social. Graças à tecnologia, estamos sempre conectados com as pessoas, os pacientes podem ver os entes queridos através de chamadas de vídeo, mas será que estamos mesmo ‘conectados’? Quando foi a última vez que escrevemos uma carta para alguém, por exemplo? É por isso que acreditamos no potencial do projeto Carinho em Dobra de se tornar uma grande corrente do bem”, explica Alex.

O projeto teve início no começo do ano e está disponível a todos de forma gratuita em seus canais digitais. Empresas e instituições interessadas em realizar oficinas podem entrar em contato através do site oficial.

Sobre o projeto

O projeto Carinho em Dobra é uma iniciativa sem fins lucrativos que busca promover a arte milenar dos origamis por meio de oficinas e doações de livros do projeto e, com isso, reforçar os benefícios criativos e cognitivos da dobradura em papel. O projeto pode ser apoiado por pessoas físicas e empresas interessadas em participar da corrente do bem. Para mais informações, acesse https://www.carinhoemdobra.com.

Por que os felinos ganharam o coração dos brasileiros nos últimos anos?

Brasil, por Kleber Patricio

Yuri, o gato que há cinco anos alegra minha vida.

Nos últimos anos, a presença de gatos aumentou em 8% nos lares brasileiros, de acordo com o censo realizado pelo Instituto Pet Brasil. Os números apontam que se a curva de crescimento continuar seguindo em ritmo acelerado, é possível que a população felina supere os cães como animais de estimação no Brasil. Em países como Estados Unidos e Rússia, essa tendência já é uma realidade. Mas o que chama atenção é que ainda pouco se sabe sobre a origem dos gatos. Em julho deste ano, foram encontrados vestígios de ancestrais dos gatos domésticos em cavernas polonesas, aumentando a complexidade da história evolutiva dos pequenos felinos. Estudo divulgado pelo National Geographic Brasil indica que ao migrarem para Polônia há cerca de seis mil anos atrás, os homens trouxeram, sem perceber, gatos selvagens, o antepassado do gato doméstico. Naquele período, os gatos viram na convivência com os humanos a oportunidade de encontrar comida facilmente, já que o desenvolvimento agrícola também atraiu roedores. “Diferente dos cães, os gatos são animais carnívoros que necessitam de quantidades maiores de proteína. Os felinos têm paladar exigente, buscando sempre alimentos mais frescos com palatabilidade e odor agradáveis. Por isso, é importante oferecer variações nas versões secas e úmidas, respeitando as particularidades dessa espécie”, comenta Fernanda Duran, veterinária da Mars Petcare.

Além do paladar seletivo, os felinos ainda reproduzem alguns comportamentos do passado: quando se debruçavam sobre rios e lagos para matar a sede, os bichanos usavam a água como espelho para monitorar possíveis predadores à espreita. Por isso, gatos não bebem água se o bebedouro estiver posicionado em locais sem rota de fuga ou que dificulte a percepção do ambiente.

Historicamente, a vida em grupo é comum na natureza, pois oferece vantagens como proteção e procriação. Ao contrário de outras espécies felinas, como o leão, os gatos selvagens aderiram à vida solitária, pois os benefícios da coletividade não compensavam ter que dividir suprimentos. O territorialismo dos felinos, que perdura até hoje, é fruto de anos em que a competição entre esses animais por alimento era acirrada.

A independência dos bichanos, vista por muitos como praticidade na convivência doméstica, também é resultado de seus hábitos de caça – no processo de domesticação, eles não dependiam de humanos para prover comida. Apesar da fama de antissociais adquirida ao longo do tempo, que está diretamente ligada ao comportamento independente, a verdade é que os gatinhos conquistaram seu espaço nos lares brasileiros e, conforme as projeções, vieram para ficar.

Livro relembra exibições de humanos em zoológicos e espetáculos

Brasil, por Kleber Patricio

Publicação apresenta e discute os zoológicos humanos, as feiras de exibição e os freak shows existentes até o início do século XX. Foto: divulgação/Agência Bori.

Zoológicos Humanos: gente em exibição na era do imperialismo, de Sandra Koutsoukos, é repleto de fotografias e vídeos que expõem a brutalidade dos chamados zoológicos humanos e dos espetáculos de exibição de pessoas com peculiaridades físicas ou de diferentes etnias, que ocorriam nos Estados Unidos, na Europa e até mesmo no Brasil até o início do século XX. Publicado pela Editora Unicamp, o livro será lançado no dia 9 de dezembro.

Formada em Belas-Artes pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutora em multimeios pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas, a autora fez pós-doutorado em História da Fotografia pela mesma universidade. Todas essas especialidades aparecem no livro, que constrói a narrativa por meio de diversos registros, como filmes e músicas, acessados por meio de QR Codes que dão ao leitor a oportunidade de testemunhar a história com os próprios olhos.

O livro mostra que as exibições iam além da curiosidade de um público em busca de entretenimento. Havia apoio de muitas autoridades científicas, que usavam as feiras de exibição como campos de estudo para comprovar as suas hipóteses racistas e capacitistas, além de objetivos econômicos. O livro apresenta também a história de pessoas que foram privadas de suas individualidades devido a características de seus corpos. Entre elas, estão Sarah Baartman, mulher da etnia khoi-san exibida na Inglaterra, chamada de “Vênus Hotentote”, Joseph Merrick, inglês com elefantíase conhecido como “Homem Elefante” e Ota Benga, rapaz congolês da tribo Mbuti que chegou a ser exibido junto a macacos no zoológico do Bronx, em Nova Iorque. Episódios como esses ocorreram também no Brasil, onde o governo deu aval à exibição de índios botocudos no Museu Nacional em meados do século XIX.

Zoológicos Humanos: gente em exibição na era do imperialismo dá a conhecer a brutalidade da era imperial e sua visão hierárquica das culturas e etnias. Não se trata de assunto distante do leitor contemporâneo, pois vivemos em um tempo em que pessoas são assassinadas enquanto outras as filmam.

(Fonte: Agência Bori)