“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
Tecidos feitos em tear manual com tiras de panos – à esquerda, Brasil; à direita, Moçambique.
Refletir sobre as semelhanças e trocas culturais entre o Brasil e os cinco países africanos que também foram colonizados por portugueses – Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Este é o fio que conduz a exposição Países Espelhados: objetos, imagens, sabores, memórias: encontros culturais entre o Brasil e nações africanas de língua portuguesa, mostra inédita em cartaz no SESC Consolação. Com curadoria do designer Renato Imbroisi, a exposição reúne imagens, objetos de arte e artesanato, produção têxtil, esculturas e criações literárias destes seis países.
A mostra, que teve sua abertura adiada devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19, poderá ser visitada gratuitamente pelo público de terça a sexta, das 15h às 21h e, aos sábados, das 10h às 14h, mediante agendamento prévio pelo site SESCsp.org.br/consolacao. A permanência máxima na unidade é de 60 minutos e o uso de máscara facial é obrigatório para todas as pessoas durante toda a visita.
Foto: divulgação.
A exposição reforça a potência dos intercâmbios culturais e promove o respeito às diferenças – valores que dialogam com o propósito do SESC São Paulo. Por meio de Países Espelhados: objetos, imagens, sabores, memórias: encontros culturais entre o Brasil e nações africanas de língua portuguesa, a instituição reforça seu compromisso de incentivar a difusão de expressões artísticas que contribuem para provocar reflexões e ações na construção de sociedades mais justas e solidárias.
Um dos objetivos da mostra é celebrar os traços comuns entre esses povos distantes e revelar a alegria de se reconhecer no outro. Um mapa na parede da entrada do SESC Consolação indica a localização de cada país que integra a exposição e traz uma descrição sucinta de elementos de sua história e cultura que se relacionam com as peças exibidas no espaço.
Esculturas de pau preto dos Makonde (Moçambique), Panus di Penti da Guiné Bissau, as psilhelekedane do artista moçambicano Dino Jehtá e o artesanato teçume do povo Sateré-Mawé (Amazônia, Brasil), além de vídeos com depoimentos dos artistas, integram a exposição. O cotidiano dos mercados também estará contemplado na mostra por meio de fotografias e objetos/obras.
Foto: divulgação.
Renato Imbroisi, curador da mostra e coautor do livro LÁ e CÁ – trocas culturais entre o Brasil e países africanos de língua portuguesa (Editora Senac), escrito com Maria Emilia Kubrusly, observou a percepção da proximidade cultural do Brasil com países da África há 17 anos, quando foi a Moçambique pela primeira vez para organizar uma escola de artes para jovens na aldeia de Maciene.
Uma das primeiras peças que viu nessa viagem foi um tecido feito em tear manual com tiras de capulanas (nome local para os coloridos panos africanos), que lhe remeteu imediatamente à tecelagem manual praticada no povoado rural do Muquém, em Minas Gerais, com tiras cortadas do também colorido chitão, tecido bem brasileiro.
A partir daí, em muitas viagens anuais para Moçambique e outros países africanos de língua portuguesa onde trabalha, Imbroisi manteve olhar atento a proximidades e distâncias: as tramas em palha da palmeira piaçava tingida em cores vivas no litoral Norte da Bahia e a cestaria feita com espécie semelhante de palmeira, também coloridíssima, no litoral Norte de Cabo Delgado, em Moçambique; os grafismos da cestaria tradicional dos povos baniwa, da Amazônia, e os desenhos semelhantes produzidos por uma cesteira de São Tomé e Príncipe; os chamados panus di terra, de Cabo Verde, que remetem ao tradicional pano da costa, da Bahia; as esculturas em mafurreira, madeira leve de Moçambique, que reproduzem, em miniatura, cenas cotidianas, e a modelagem em argila do Mestre Vitalino e gerações de seguidores de seu estilo na cerâmica figurativa do Nordeste, entre muitas outras descobertas e constatações.
Foto: divulgação.
Na mostra, peças feitas por artesãos destes seis países serão apresentadas, assim como fotografias de paisagens e cenas dos países de seus autores, de suas obras e dos locais onde vivem. O curador reforça que o público será instigado a refletir sobre uma semelhança que, justamente por não ser idêntica, revela a pluralidade cultural. “É comum para nós, brasileiros, sermos surpreendidos ao desembarcar nestes países, até pelo jeito de falar português, diferente do nosso e do de Portugal também. Há uma sensação de reconhecimento, a impressão de estar perto de casa ou de já ter visto alguma coisa dali, vivido situação semelhante. Ao mesmo tempo, a diversidade cultural traz admiração e o prazer de se deparar com algo novo, com identidade própria definida, diferente de nós e, por isso mesmo, encantador”, pontua Renato Imbroisi.
Orientações de segurança para visitantes
O SESC São Paulo retoma, de maneira gradual e somente por agendamento prévio online, a visitação gratuita e presencial a exposições em suas unidades na capital, na Grande São Paulo, no interior e no litoral. Para tanto, foram estabelecidos protocolos de atendimento em acordo com as recomendações de segurança do governo estadual e da prefeitura municipal.
Para diminuição do risco de contágio e propagação do novo coronavírus, conforme as orientações do poder público, foram estabelecidos rígidos processos de higienização dos ambientes e adotados suportes com álcool em gel nas entradas e saídas dos espaços. A capacidade de atendimento das exposições foi reduzida para até 5 pessoas para cada 100 m², com uma distância mínima de 2 metros entre os visitantes e sinalizações com orientações de segurança foram distribuídas pelo local.
A entrada na unidade será permitida apenas após confirmação do agendamento feito no portal do SESC São Paulo. A utilização de máscara cobrindo boca e nariz durante toda a visita, assim como a medição de temperatura dos visitantes na entrada da unidade serão obrigatórias. Não será permitida a entrada de acompanhantes sem agendamento. Seguindo os protocolos das autoridades sanitárias, os fraldários das unidades seguem fechados nesse momento e, portanto, indisponíveis aos visitantes.
Serviço:
Países Espelhados: objetos, imagens, sabores, memórias: encontros culturais entre o Brasil e nações africanas de língua portuguesa
Local: SESC Consolação
Curadoria: Renato Imbroisi
Período expositivo: até 27 de fevereiro de 2021
Funcionamento: terça a sexta, das 15h às 21h, e aos sábados, das 10h às 14h
Tempo de visitação: até 60 minutos
Agendamento de visitas: https://www.SESCsp.org.br/consolacao
Classificação indicativa: livre
Grátis
SESC Consolação – Rua Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque – São Paulo/SP
Informações: (11) 3234-3000
Transporte Público: Estação Mackenzie do Metrô – Linha 4 – Amarela
Foto: divulgação.
Que o azeite é um coringa na cozinha, isso não é segredo para ninguém. Contudo, se engana quem pensa que a grande variedade disponível só tem diferença de preço. Escolher o tipo certo para cada prato faz toda diferença no resultado final. É o conceito de harmonização, que vai muito além dos vinhos e das cervejas. Com a proximidade das festas de fim de ano, a SESI-SP Editora convidou Laura Reinas, especialista em azeites, para dar algumas dicas de como usar o ingrediente para deixar essas ocasiões ainda mais saborosas.
A dúvida, geralmente, começa na hora da compra: virgem, extra virgem, aromatizado, orgânico, especial – como escolher? Laura comentou durante apresentação na 1ª Bienal Virtual do Livro de São Paulo, onde promoveu o livro Receitinhas para você – Azeites, que a primeira dica é verificar se a data de fabricação é recente. “Azeite bom é azeite novo”, disse. Na live, ela destacou, ainda, outros dois pontos de partida importantes: a pureza, com preferência para os extravirgens, e a embalagem – “onde o vidro escuro é melhor, já que o produto é sensível à luz e ao calor”, explicou.
Harmonização, Natal e Ano Novo
Para as festas, repletas de receitas mais elaboradas, nada de usar o azeite sem critérios. A especialista indica que para as que são pouco condimentadas ou doces, o ideal é apostar nos azeites com aromas e sabores suaves. Já para as que levam mais tempero, azeites mais intensos. “Uma outra sugestão é tentar substituir a manteiga por azeite nos preparos. Além de mais saudável, fica uma delícia”, conclui Laura.
O diretor presidente do IBHF, Leonardo Coelho. Foto: divulgação.
A nova realidade instaurada após a pandemia transformou o ano de 2020 no ano mais atípico do século. Muitas coisas mudaram com uma velocidade incrível e a área de projetos sociais não foi diferente – passamos por um processo de muita adaptação. Projetos sociais são todos aqueles trabalhos desenvolvidos sem fins lucrativos, que têm como objetivo o desenvolvimento social, econômico e ou cultural de um grupo de pessoas ou de uma comunidade.
Entre as transformações provenientes da pandemia, o uso de plataformas digitais e online se destaca. Muitas empresas, organizações e indivíduos precisaram se adaptar ao momento de reuniões, trabalhos, entregas e controle através da internet.
O desenvolvimento da área social está intrinsecamente ligado no apoio e ajuda voltados para indivíduos que são excluídos das oportunidades; tanto na área social, quanto relacionado ao mercado de trabalho, estudo ou até mesmo esporte. Grupo que nem sempre consegue do Estado o suporte necessário para garantir seus direitos. Por isso, o setor sofreu grandes dificuldades para se adaptar ao momento digital. Podemos discutir primariamente dois fatores que colaboram diretamente para esse empecilho.
Em primeiro lugar, para se fazer uma limonada, são necessários limões. No caso de projetos sociais, precisamos de investimento. O momento de recessão originário das dificuldades e gastos extras da pandemia dificultou o investimento em desenvolvimento social. Ainda que os gastos fossem menores, visto que atividades presenciais foram canceladas, projetos que começariam ou estavam em andamento também tiveram que ser abandonados por falta de verba.
O segundo ponto se dá diretamente porque grande parte dos beneficiários dos projetos sociais não tem acesso à internet. Estudos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indicam que um em cada quatro brasileiros não tem acesso a internet, todos esses das classes mais baixas. Posso usar o Instituto BH Futuro como exemplo, não atingimos cerca de 10% dos nossos atendidos através das plataformas online.
Posso ainda ressaltar que o primeiro ponto também influencia no segundo. O desenvolvimento social é uma maneira indireta de se investir na economia em longo prazo. Pense: plantando uma semente, cuidando e regando, crescerá uma árvore, que dará frutos, com mais sementes para que se repita o ciclo. O mesmo acontece aqui: investindo no social, formamos pessoas mais capazes, que poderão produzir mais e retornar o investimento para a sociedade.
É importante dizer que esse processo não acontece apenas no Brasil; em diversos países, o investimento social vem sendo foco das empresas e empreendedores. Tais grupos entendem a necessidade do crescimento orgânico da sociedade.
O período é de transformação e de instabilidade também; a economia vem retomando em passos curtos. E não podemos deixar de lado os projetos de desenvolvimento social, que colaboram para o desenvolvimento do país como um todo.
Leonardo Coelho é relações públicas, especialista em elaboração de projetos internacionais e mestre em Administração. É CEO da LC4 Comunicação, Marketing e Estratégia e diretor presidente do Instituto BH Futuro, que atende mais de 1.000 crianças e adolescentes na região do Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte. Leciona na Fundação Dom Cabral, nas áreas de marketing, posicionamento digital e sustentabilidade. Na PUC Minas, atuou como professor por 16 anos. Como empreendedor, é sócio fundador da escola de mergulho (5 stars Padi) Alto Mar e consultor para projetos de pesquisa no Instituto Ver. Foi presidente da Fundamig (Federação Mineira de Fundações e Associações de Direito Privado) de 2014 a 2018.
Crédito da foto: Estevam Romera.
A Japan House São Paulo apresenta suas assinaturas olfativas inéditas e exclusivas, criadas e executadas em parceria com a Takasago – umas das maiores empresas de aromas e fragrâncias do mundo, fundada há 100 anos no Japão – com a intenção de envolver todos os visitantes que passarem pela sede física da instituição, localizada na Avenida Paulista, 52, em São Paulo.
A parceria conta com quatro fragrâncias criadas especialmente para a JHSP para perfumar todos os ambientes e completar a experiência do visitante que, a cada estação, poderá sentir diferentes perfumes inspirados em elementos japoneses característicos da primavera, verão, outono e inverno. Iniciando pela JH Primavera, a inspiração é a simbólica Sakura, famosa cerejeira ornamental do Japão, resultando em uma fragrância floral que traz todo o encantamento e delicadeza do florescer destas árvores.
Foto: divulgação/JHSP.
Em 21 de dezembro, na próxima troca da próxima estação, toda a energia e vibração floral frutada da Atemoia de Ogasawara, arquipélago localizado ao sul de Tóquio, que traduz a alegria da chegada do verão e estará presente no ar com o JH Verão. Para o JH Outono, o ambiente será tomado pela personalidade das madeiras e tons alaranjados que trazem conforto e anunciam as eminentes temperaturas baixas, com perfume da valiosa árvore Mizunara Oakwood.
E, para aquecer o ambiente no período mais frio do ano, o JH Inverno traz toques de especiarias quentes encontradas na Azami, flor de tons roxos comumente encontrada em Ogawasara. Todas as fragrâncias foram elaboradas com alta tecnologia que transforma óleo em vapor de maneira fria, o que conserva todos os cheiros e resultam em um produto composto por partículas mil vezes mais finas que um fio de cabelo e permite uma aromatização do ambiente mais eficiente com uma simples ventilação.
Sobre a Japan House São Paulo (JHSP)
Foto: Estevam Romera.
A Japan House São Paulo é uma instituição dedicada a mostrar o melhor do Japão do século 21. Inaugurada em maio de 2017, foi a primeira a abrir as portas no mundo, seguida por Los Angeles (inauguração total em agosto/2018) e Londres (inaugurada em junho/2018). Desde sua abertura, o público brasileiro vem sendo convidado a ter uma experiência dos modos de viver do Japão contemporâneo. A Japan House São Paulo promove, em seus três andares, exposições, seminários, workshops e atividades que trazem ao Brasil os mais relevantes criadores e empreendedores japoneses da atualidade nas artes, no design, na moda, na gastronomia, na ciência e na tecnologia. A instituição já recebeu mais de dois milhões de visitantes.
Sobre a Takasago
Fundada no Japão há 100 anos, a Takasago é uma das cinco maiores empresas de aromas e fragrâncias do mundo, com operação em 26 países. Destaca-se pela criação de soluções de aromas e fragrâncias exclusivas e customizadas, com emprego de alta tecnologia e patentes próprias. Em 2001, ganhou o Prêmio Nobel de Química, com o desenvolvimento da tecnologia de catálise assimétrica, um avanço científico que provocou grande impacto nesse mercado. No Brasil, a empresa atua há 45 anos e está instalada em Vinhedo/SP em uma área de 43 mil metros quadrados – uma planta completa com laboratórios, centros de avaliação e criação, produção e todo o suporte comercial necessário para atender ao mercado nacional e da América do Sul. A área de fragrâncias desenvolve soluções para perfumaria fina, cuidados corporais e produtos para o lar. Já a área de Aromas atende aos segmentos de confeitos, bebidas, panificação, lácteos, higiene bucal e salgados. A Takasago é comprometida com a saúde e segurança de seus colaboradores, bem como com o meio ambiente, possuindo diversas certificações importantes como a FSSC 22000, ISO 9001 e ISO 14001.
Japan House São Paulo – Avenida Paulista, 52
Horário de funcionamento:
Terça-feira a Domingo, das 11h às 17h
Entrada gratuita
Confira as mídias sociais da Japan House São Paulo:
Site: www.japanhouse.jp/saopaulo
Instagram: @japanhousesp
Twitter: www.twitter.com/japanhousesp
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Como chegar
Automóveis: Estacionamento pago no subsolo, não vinculado à Japan House São Paulo. A responsabilidade pelo espaço é do administrador do estacionamento.
Metrô: Estação Brigadeiro, Linha Verde.
Ônibus: Há várias linhas que passam pela Avenida Paulista, pela praça Oswaldo Cruz ou pela Rua Treze de Maio. Consulte itinerários no site www.sptrans.com.br.
A Barata-de-Madagascar. Fotos: divulgação/Planeta Inseto.
A exposição Planeta Inseto, mantida pelo Instituto Biológico (IB-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, completou dez anos neste mês de dezembro. Em uma década de atuação, o único zoológico de insetos do Brasil já recebeu mais de 250 mil visitantes em sua exposição fixa na capital paulista. Mais de 225 mil pessoas também conheceram sobre a importância dos insetos para a vida cotidiana em exposições itinerantes levadas para todo o Estado de São Paulo, além de Alagoas, Goiás, Pernambuco e Rio Grande do Sul. No Spotify e no Soundclound tem audioboletim sobre a atração.
“O objetivo da exposição é mostrar de forma lúdica e divertida para o público a importância dos insetos para a produção de alimentos e para todo o ecossistema. Queremos desmistificar essa imagem de que os insetos são nojentos. Eles são organismos importantes para toda a vida no planeta”, afirma Mário Kokubu, biólogo e educador do Planeta Inseto.
O Recanto das Abelhas.
Neste momento de pandemia, a exposição física está fechada, mas o público pode continuar aprendendo sobre os insetos por meio de uma visitação virtual gratuita. A equipe do Planeta Inseto também tem realizado lives para visitas exclusivas de escolas e participado de eventos online com parceiros da área de turismo.
Para te deixar com vontade de conhecer de pertinho o Planeta Inseto, para quando a exposição física voltar a receber público, listamos sete curiosidades sobre a mostra. Confira abaixo:
Corrida de baratas | Você já viu uma corrida de baratas? Sim, isso existe. O público do Planeta Inseto conhece bem o baratódromo, local em que seis baratas comuns criadas em laboratório correm em raias para mostrar a crianças e adultos sobre o hábito de vida desses insetos.
Segundo Kokubu, as baratas correm quando são expostas à luz e ao som alto, por isso, o público do Planeta Inseto grita e bate palma durante a corrida. Quer um spoiler? Ao final, quem escolheu a barata vencedora recebe um “prêmio” um pouco… estranho.
Baratas gigantes | Já que o assunto é barata, na exposição Planeta Inseto é possível conhecer duas espécies gigantes: a de Madagascar, maior do mundo, e a Cabeça da Morte, maior do Brasil.
De acordo com o educador do Planeta Inseto, as baratas são muito importantes, pois têm a função de reciclar o lixo orgânico. “Esses insetos se alimentam de restos de vegetais e de animais que estão na natureza e ajudam na incorporação desses resíduos, que são um adubo rico, ao solo. A barata comum, que encontramos no esgoto, também tem essa função. Ela se alimenta do lixo das cidades e acaba se contaminando com fungos, bactérias e microrganismos que convivem com o ser humano”, explica.
Formigueiro de vidro | Alguns insetos chamam a atenção pela forma como se organizam. As formigas, por exemplo, vivem em sociedade altamente organizada e especializada, dividida em castas, onde cada indivíduo tem uma tarefa definida e a sobrevivência do grupo depende de cada um.
Para saber como funciona o interior de um formigueiro e a função de cada uma das formigas nessa sociedade, o Planeta Inseto mantém um formigueiro de vidro em que é possível visualizar as formigas alimentando o fungo, jogando fora o lixo e trabalhando para manter sua casa bem organizada.
Recanto das abelhas | As abelhas são outro exemplo de insetos sociais. Além de produzirem um mel delicioso, elas têm uma função importantíssima para a biodiversidade e produção de alimentos: a polinização.
Na exposição do Instituto Biológico, o público se sente dentro de uma colmeia na atração 3D Recanto das Abelhas. Além disso, os visitantes podem visualizar como as abelhas vivem por meio de uma câmera instalada no apiário do Instituto, que conta com espécies de abelha Jataí, Iraí, Mandaçaía e Uruçu-Amarela, todas nativas e sem ferrão.
Natureza controlando a natureza | Você sabia que é possível utilizar alguns insetos para controlar pragas e doenças em plantas de importância agrícola? É o caso do controle biológico, tecnologia que consiste no uso de inimigos naturais de determinadas pragas e doenças para o seu controle. Esta é uma tecnologia considerada sustentável, pois seu uso reduz ou elimina a necessidade da aplicação de defensivos agrícolas na plantação, contribuindo para a preservação do ambiente e para a segurança do trabalhador rural e do consumidor.
No Planeta Inseto é possível conhecer esses insetos e ver como eles atuam na agricultura. O Instituto Biológico, inclusive, é referência no Brasil e no exterior em pesquisas nessa área, por isso, pode compartilhar esse conhecimento com todos.
Uma conquista amorosa diferente | Na natureza, a conquista amorosa pode ser bem diferente do que na vida humana. É o caso de um besouro chamado de rola-bosta, que também pode ser visto no Planeta Inseto. De acordo com Kokubu, esse besouro é do tipo coprófago, ou seja, se alimenta de restos de fezes e estercos de outros animais, principalmente daqueles que consomem muita fibra. “Como o nome já diz, o besouro rola-bosta faz uma bola com as fezes desses animais e as utiliza para se alimentar, criar larvas e conquistar o coração das fêmeas. O macho que fizer a maior bola de fezes fica com a fêmea”, conta.
A importância desse inseto está na reciclagem de nutrientes, já que atua na decomposição de matéria no ecossistema, recolhendo as fezes da natureza. Eles não são considerados praga; pelo contrário. Em alguns casos, podem atuar em pastos de bovinos, por exemplo, combatendo pragas, como a mosca-dos-chifres, um problema sério da pecuária.
Insetos da exposição vivem em ambiente limpo | Os insetos da exposição Planeta Inseto vivem em ambiente limpo; por isso, os visitantes podem interagir com eles, pegando e passando a mão. Kokubu explica que o Instituto Biológico cuida muito bem dos insetos, que são alimentados com rações, folhagens e frutos de diversos tipos e, conforme a espécie do inseto, pelo menos duas vezes por dia.
Por estarem nesse ambiente limpinho, é possível pegar na mão na barata-de-Madagascar e o bicho-pau, que usa a camuflagem na natureza para se proteger de predadores e caçar suas presas.