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Tratamento com cannabis permite inclusão social em pessoas com Transtorno do Espectro Autista

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: CBD-infos-com/Pixabay.

No dia 10 de dezembro é comemorado o Dia da Inclusão Social. A data traz a reflexão sobre os tratamentos disponíveis para as diversas patologias que influenciam na participação ativa de um indivíduo na sociedade, incluindo, por exemplo, os tratamentos inovadores feitos à base da cannabis medicinal. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento, caracterizado por déficit persistente e significativo na comunicação e interação social, padrão restrito e repetitivo de atividades e comportamento e alterações da percepção sensorial, que costuma se desenvolver na infância. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas no mundo estão no espectro do autismo. No Brasil, estimam-se dois milhões de casos de TEA.

Com a resolução RDC 17/2015, a Anvisa passou a considerar legal a importação de produtos à base da cannabis em tratamentos médicos. Com isso, foram definidos os critérios e procedimentos para a importação, em caráter de excepcionalidade e para tratamento de saúde, de produtos à base de canabidiol em associação com outros canabinóides, por pessoa física, para uso próprio, mediante prescrição de profissional legalmente habilitado.

Esse movimento global vai ao encontro não só de reivindicações da sociedade, mas também de pesquisas e estudos clínicos que visam identificar os benefícios da cannabis para o tratamento de diversas patologias, como Parkinson, Alzheimer, TEA, epilepsias refratárias, dor crônica, distúrbios de ansiedade e câncer, entre outros.

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Ben Gurion e do Soroka Medical Center – ambos localizados em Israel – publicado na renomada revista científica Nature em janeiro de 2019, acompanhou 188 pacientes com TEA menores de 18 anos tratados com canabinóides entre 2015 e 2017. Segundo esse trabalho, após seis meses de tratamento regular, 83% dos pacientes relataram avanços significativos ou moderados em aspectos comportamentais, como, por exemplo, melhoria do humor e qualidade do sono, redução nos níveis de ansiedade, aumento da concentração, além de maior facilidade para realizar tarefas cotidianas, como tomar banho e se vestir sozinhos. Também houve impacto direto na rotina dos pacientes: antes, apenas um terço (31,3%) afirmava ter uma boa qualidade de vida, índice que praticamente dobrou (para 66,8%) depois de seis meses de tratamento.

Outro estudo publicado pela mesma revista testou o uso oral de canabidiol como auxiliar no tratamento de sintomas do TEA e comorbidades. Ao todo, 53 pessoas entre 4 e 22 anos, receberam canabidiol por cerca de 66 dias. Os ataques de automutilação e raiva melhoraram em 67,6% e pioraram em 8,8%. Os sintomas de hiperatividade foram aprimorados em 68,4%, não mudaram em 28,9% e pioraram em 2,6%. Os sintomas de problemas de sono melhoraram em 71,4% e pioraram em 4,7%. A ansiedade melhorou em 47,1% e piorou em 23,5%.

“Crianças com essa patologia se tornam extremamente dependentes e a grande maioria das famílias conviverá com sintomas comportamentais de seus filhos por toda a vida. Desse modo, é natural pensarmos que isso terá um impacto sobre a dinâmica e as rotinas familiares, desde aspectos financeiros até a qualidade de vida emocional e social. É preciso treinar a independência dessa criança para que ela possa se incluir na sociedade com um plano terapêutico multidisciplinar, pois a dinâmica da família muitas vezes é ditada pelas comorbidades. Com o tratamento, é possível ter uma melhora de qualidade de vida e ambiente familiar, um controle maior de crises e, principalmente, nos casos graves, a criança começa a ter chance de voltar para a terapia e a escola e ainda participar ativamente da sociedade”, explica o Dr. Flávio Geraldes Alves, mestre em Ciência da Saúde pela FMABC e neuropediatra no CEC Medical, clínica médica do Centro de Excelência Canabinóide.

Sobre o CEC | O Centro de Excelência Canabinóide (CEC) foi fundado em 2018 com o objetivo de promover saúde e qualidade de vida por meio do atendimento humanizado. Para cumprir com seu propósito, foi construído um modelo clínico único, que integra ciência, educação e medicina no tratamento oferecido ao paciente. O CEC Medical e o Instituto CEC possuem o pioneirismo em informação e excelência na medicina canabinóide, o primeiro voltado para o tratamento de patologias e, o outro, incentivando pesquisas científicas e programas educacionais nessa área.

Com um formato pioneiro na América Latina, o centro integrado oferece consultas médicas que englobam o monitoramento do paciente ao longo de toda a sua jornada do tratamento (pré, durante e pós-consulta), até que a melhor qualidade de vida seja alcançada. A equipe médica é multidisciplinar, composta por especialistas de diversas áreas, permitindo o olhar para o paciente como um todo e não apenas para a patologia.

Já o Instituto CEC é uma iniciativa do Centro de Excelência Canabinóide para fomentar a ciência e a educação no setor medicinal da cannabis. A instituição dispõe de cursos e programas de aprendizagem para profissionais da saúde, além de incentivo e execução de pesquisas científicas para solidificar os resultados obtidos sobre o uso medicinal. Todo o trabalho é realizado para prover a capacitação de alta qualidade em temas ligados à medicina canabinóide, para fomentar e difundir conhecimento, inclusive participando ativamente da evolução da educação no Brasil no que se refere à cannabis.

(Fonte: Grupo Printer Comunicação)

Casa Paris abre as portas no Rio e aquece as turbinas para as Olimpíadas 2024

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

A Casa de Cultura Laura Alvim. Fotos: divulgação.

A menos de três anos dos Jogos Olímpicos, o Rio de Janeiro realiza a primeira ação ligada ao evento neste mês de dezembro. Nos dias 11 e 12, a Casa de Cultura Laura Alvim, um espaço da Funarj, em Ipanema, será a Casa Paris, abrigando um projeto de inclusão social e intercâmbio esportivo e cultural entre a Cidade Maravilhosa e a capital francesa, sede das próximas Olimpíadas. Ao todo, serão três edições anuais no Rio e uma na França, até 2024, sempre com entrada franca.

A edição 2021 da Casa Paris será inspirada na Liberdade, um dos lemas da Revolução Francesa. Nos dois dias de evento, haverá workshops de gastronomia com chefs do Le Cordon Bleu, um dos mais renomados institutos de gastronomia do mundo; apresentações de breakdance, estilo que fará sua estreia como modalidade esportiva nos próximos Jogos, e oportunidades para jovens interessados em entrar no mercado de jogos e aplicativos digitais, com mostras de tecnologia e um espaço exclusivo destinado à prática de e-sports. O Teatro Laura Alvim irá abrigar espetáculos teatrais e de dança e DJs farão apresentações especiais, completando a programação.

Gastronomia com Le Cordon Bleu

No dia 11, haverá dois workshops com profissionais do Le Cordon Bleu. Às 18h, o chef Yann Kamps irá ministrar uma aula de cuisine. Às 20h, será a vez de Phillipe Brye mostrar os segredos da patisserie. As vagas são limitadas a 40 pessoas por sessão.

Já o Teatro Laura Alvim apresenta três espetáculos. Às 14h, o ator Anderson Marçal estrela um monólogo no qual exibe seus dotes como cantor, interpretando estilos que transitam entre a arte de Frank Sinatra e o clássico O Fantasma da Ópera. Às 16h, é a vez de artistas da Escola de Teatro da Faetec Quintino apresentarem a peça O Rico Avarento, de Ariano Suassuna. Fechando a programação teatral, às 19h, a dança pede passagem com a Companhia de Atores Bailarinos Adolpho Bloch. Eles interpretarão o espetáculo Em Nós, que discute a liberdade nas relações destacando o papel da mulher.

As crianças também terão vez na Casa Paris. Em duas oportunidades, às 15h e às 17h, o MC grafiteiro Airá Ocrespo irá promover um ateliê infantil. Mais tarde, será a vez dos adultos apreciarem o melhor da Black Music, com a apresentação da DJ Nicole Nandes.

Games e tecnologia

No primeiro dia de evento, os fãs de tecnologia e games poderão participar da apresentação de jogos digitais e protótipos de drones e mini robôs produzidos pela equipe da Universidade Veiga de Almeida (UVA), comandada pelos professores Ana Maria dos Santos Vianna, Camila Lobo Paulino e Thiago Alberto Ramos Gabriel. A sessão única começa às 21h.

Uma das grandes atrações da Casa Paris será a BDS Game Center, organizada pela startup brasileira Beyond Digital Sports, empresa especializada no universo dos jogos eletrônicos de esportes e ação. Nos dois dias de evento, os apaixonados pelos chamados e-sports terão um espaço totalmente dedicado a eles. Quem quiser poderá jogar diversos títulos gratuitamente em estações de PCs, consoles e mobile.

Breakdance e capoeira

Nos dia 11, o público poderá participar de workshops de breakdance, atividade que será exibida como esporte olímpico nos Jogos de 2024. No dia seguinte, B-boys profissionais farão quatro competições da modalidade; entre eles, os dançarinos-atletas Jonathan e Brino Loko. A música fica a cargo do DJ Def brks.

Recentemente reconhecido como esporte olímpico, o skate também faz parte da Casa Paris. No dia 12, o skatista e snowboarder Antonio Pedro Mallmann vai ministrar uma oficina para quem quiser se aventurar no universo da prancha sobre rodas. Conhecido por seus projetos que incentivam crianças e jovens a praticar o esporte, Mallmann foi campeão brasileiro e top 10 sul-americano de skate em 2010.

A capoeira também será uma das atrações do segundo dia de eventos na Casa Paris. Às 14h, capoeiristas da Faetec, liderados pelos mestres Farmácia e Columá, abrem a roda para mostrar como a atividade pode funcionar na inclusão e conscientização das pessoas por meio da cultura.

Artes

Na despedida da Casa Paris em 2021, a Companhia de Teatro Inclusivo CinArte, formada por crianças e jovens com e sem deficiência, apresenta o espetáculo A missão de Alice, às 16h, numa história que tem como tema o meio ambiente, a reciclagem e o consumismo. Às 17h, o ator-cantor Anderson Marçal faz uma nova apresentação. Mais tarde, os DJs Nicole Nandes e Sadam também retornam à Casa. Para fechar a programação, os professores da UVA voltam a mostrar as novidades tecnológicas desenvolvidas na Universidade.

Nos dias 11 e 12, a Casa Paris funciona das 14h às 22h, com entrada franca. Para participar dos cursos, workshops e outras ações, é preciso baixar o App Casa Paris no Google Play ou AppStore, se cadastrar e fazer a inscrição. Para entrar no evento será necessário exibir o comprovante de vacinação.

Após a edição deste ano, a Casa Paris volta a abrir as portas em 2022, inspirada na Igualdade, outro lema da Revolução Francesa. Em 2023, a Fraternidade fecha o evento no Rio. Em 2024, já durante os Jogos Olímpicos, o projeto se transfere para a capital da França, onde será instalada a Casa Brasil, uma espécie de ponto de encontro de torcedores e admiradores da cultura brasileira, que abrigará shows, exposições e debates sobre temas comuns a brasileiros e franceses.

Mais informações e a programação completa podem ser obtidas pelo Instagram @casaparis2024.

Serviço:

Casa Paris 2021

Dias: 11 e 12 de dezembro

Hora: das 14h às 22h

Local: Casa de Cultura Laura Alvim (Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema – Rio de Janeiro/RJ)

Entrada franca, mediante a apresentação do comprovante de vacinação

Confira mais informações pelo Instagram: @casaparis2024.

(Fonte: Papel Cultural Comunicação)

Do sax ao fogão: aos 62 anos, ex-músico e profissional de marketing mergulha na gastronomia

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Profissional da música (por 26 anos) e, na sequência, profissional de marketing (por 20 outros), José Carlos Prandini – ou Chef Pran, para quase todo mundo – aos 62 anos resolveu ‘virar a mesa’ em sua vida e passou a se dedicar com exclusividade e em profundidade aos ofícios da cozinha profissional. Autodidata, Pran mergulhou nos livros e na web para criar sua ‘persona’ gastronômica. De seus mergulhos na gastronomia, resultaram alguns pilares: saúde – sustentabilidade – originalidade.

Com relação à saúde, Pran é inflexível quanto aos alimentos processados – “O uso de alimentos processados traçam um caminho perigoso no que diz respeito a doenças como o câncer, por exemplo. O conceito ‘industrial’ que se aplica à alimentação – nuggets, biscoitos com conservantes, corantes etc. – não tem lugar no mundo de hoje, em que se dispõe de soluções logísticas que permitem o uso de ingredientes oriundos de locais distantes e a criação de cadeias logísticas que facilitam a opção por ingredientes locais – algo muito falado e pouco usado”, diz Pran. “As próprias PANCs (plantas alimentícias não convencionais) – como ora pro nobis, taioba, capeba etc. – oferecem uma variedade de opções criativas e inusitadas”, conclui.

Salada de brotos com amêndoas e especiarias.

Quanto à sustentabilidade, o chef acredita que está diretamente ligada à responsabilidade social com o produtor local. “Quando você enxerga a gastronomia pelo viés da sustentabilidade, fica muito clara a viabilidade da utilização dos produtores locais. Por exemplo, não se usa mel em tudo; mas, se em algum momento, você utiliza o mel em lugar do açúcar, você pode privilegiar um produto que é local, de um pequeno produtor, em vez de utilizar produtos industrializados. E, de passo em passo, isso pode acabar fazendo a diferença – e aí entra a criatividade. A curiosidade quanto a ingredientes regionais e a experimentação que advém disso possibilitam novas frentes para exercer a gastronomia.”

E, por fim, quanto à originalidade, Pran diz: “O objetivo primeiro de tudo é o sabor. Não adianta utilizar ingredientes exóticos e combinações inusitadas se isso não resulta em novas experiências gustativas. A comida tem que ser deliciosa; se, além de saborosa, for agradável aos olhos, ótimo – e aí se abre um desafio muito positivo, o de associar as duas coisas com originalidade e criatividade.”

Steak Tartare com vinagrete de physalis.

Serviços | Os serviços oferecidos por Pran são, basicamente, os de um personal chef. Seus serviços incluem tanto o fornecimento de pratos prontos em sistema de delivery quanto a prestação de serviços in loco – na casa do cliente, operando a cozinha da residência e deixando-a limpa e organizada ao final.

Entre os pratos do menu fixo oferecidos por Pran estão itens como Pokes – de atum, salmão e atum com camarão –, Fettucine com ragu de pato, Peixe grelhado com risoto de alho poró, Picadinho de Angus ao vinho tinto, Pernil de vitelo assado, Arroz de frutos do mar e Pato assado com purê de maçãs e farofa. Os pratos são entregues refrigerados na casa do cliente– nunca congelados.

Chef Pran elaborou, também, um menu especial de final de ano, com pratos como Salada caprese com burrata, Salada de papaia verde com amêndoas, Bruschetta de figo, presunto de Parma, mel e balsâmico, Blanquete de vitela com arroz de cogumelos, Maminha Angus ao molho de mostarda, Pato assado com purê de maçãs e farofa, Bolo de brigadeiro branco com calda de Cambuci e Apple pie com creme de canela.

O magret de pato ao molho de cambuci acompanhado de purê de mandioquinha, pièce de résistence do menu do Chef Pran

Já para os jantares em residências, Pran apresenta opções conforme as preferências gustativas dos clientes. Os ingredientes são comprados por ele, sempre de olho na qualidade e procedência.

Sobre o que o motiva, Pran não hesita: “O brilho no olhar dos clientes é o que me encanta – é muito bom ver o prazer transparecer no olhar, quase como um sorriso”.

Serviço:

Chef Pran

@chefpran | (11) 98328-1234 | www.chefpran.com.br

Funarte lança livro da soprano Nádia Figueiredo

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Capa do livro.

A Fundação Nacional de Artes (Funarte) lançou ontem, 8 de dezembro, o livro E por falar em voz…: um manual de boas práticas para quem utiliza a voz como instrumento musical, da cantora Nádia Figueiredo, reconhecida pela extensa trajetória com canto lírico e popular. No livro, Nádia Figueiredo compartilha conhecimentos acumulados ao longo da carreira, além de experiências de profissionais reconhecidos no mercado musical e vocal. E por falar em voz aborda temas como técnica vocal, fisiologia vocal, envelhecimento vocal, classificação vocal, saúde vocal e exercícios inéditos para o cantor profissional.

Ricardo Tamura, primeiro tenor brasileiro a cantar no Metropolitan Ópera de Nova York, assina o prefácio. Em um trecho de sua publicação ele diz: “Não sendo um ‘tratado completo da arte do canto’, o resultado — uma narrativa leve e fácil de ler, escrita em linguagem coloquial e espontânea, e relatando as experiências pessoais, boas e ruins, que ela vem tendo com o canto em sua vida — tem um grande potencial de identificação com o público em geral”.

A obra conta com participação de nomes como o maestro e pianista Enrico Reggioli, que trabalha com as maiores estrelas da ópera internacional; do tenor italiano Cosimo Panozzo, que foi o último aluno de canto de Luciano Pavarotti; do produtor musical Guto Graça Mello, acostumado a trabalhar com nomes como Roberto Carlos, Milton Nascimento, Gilberto Gil e Maria Bethânia; dos otorrinolaringologistas Andrea Campagnolo e Reinaldo Kazuo Yazaki, especializados em vozes artísticas; da fonoaudióloga Cristiane Magacho; da professora de canto e soprano brasileira Laura de Souza e do técnico de gravação Alexandre Hang.

Foto: Daniel Ebendinger.

A orelha do livro é de autoria de Vera do Canto e Mello, que, além de cantora e atriz, foi professora de canto de artistas como Marisa Monte, Paula Toller, Miguel Falabella e Cláudia Raia. “A autora e cantora Nádia Figueiredo realiza aqui um feito extraordinário, apresentando ao público um livro completo, com abordagens claras sobre respiração, apoio e emissão vocal. As ilustrações foram feitas de forma bela e eficiente. A parte que trata de saúde e classificação vocal é perfeita. É um livro moderno, fácil de ler, com várias curiosidades e informações atuais. Eu realmente fiquei empolgada quando terminei minha leitura”, declara Vera em fragmento do texto.

O manual reúne uma série de imagens de artistas com quem Nádia Figueiredo teve a honra de trabalhar, como Gilberto Gil, João Donato, Daniel, Plácido Domingo Jr., João Carlos Assis, Márcio Malard e Antón Carballo. “Existe uma parte autobiográfica, na qual conto um pouco das minhas experiências pessoais, algumas dificuldades que enfrentei com minha voz durante uma turnê e como fiz para recuperá-la. Também divido com o leitor sobre envelhecimento vocal, com o exemplo do meu pai, pois a voz dele foi mudando com a idade. Outra curiosidade que eu compartilho é como eu faço para cantar em outros idiomas. Dou muitas dicas e o livro é recheado de curiosidades”, explica Nádia Figueiredo.

A publicação é lançada por meio da Gerência de Edições do Centro de Programas Integrados (Cepin) da Funarte.

Foto: Ygor Marquês.

Sobre Nádia Figueiredo | Cantora e compositora brasileira, Nádia Figueiredo nasceu em Belo Horizonte (MG) e hoje vive no Rio de Janeiro. Começou a cantar e tocar violão popular aos 10 anos. Aos 11, já participava de festivais de música na escola e venceu alguns deles com músicas de sua autoria. Aos 14 anos, começou os estudos de violão clássico. Graças ao timbre e extensão vocal, cantou em palcos nacionais e internacionais, em idiomas como italiano, francês, inglês, espanhol, latim, russo, Esperanto, hindi e hebraico. Em 2008, começou a estudar canto lírico. Atualmente, estuda com a soprano brasileira Laura de Souza. Em 2018, participou de um intensivo de canto lírico em Roma, na Itália, com o maestro Romualdo Savastano.

Em 2013, uma de suas composições, que fala sobre o aquecimento global, foi tema da exposição Avannaa: Imagens e Ícones, no Museu Orient em Moscou, Rússia. No mesmo ano, fez uma participação na novela Amor à Vida, cantando a ária O del mio dolce ardor, da ópera Paride ed Elena, de Christoph Willibald Von Gluck (1714-1787). Em 2014, sua composição em Esperanto ganhou destaque internacional em uma rádio polonesa, considerada pelo grupo internacional de esperantistas como uma das canções mais bonitas no idioma.

Em novembro de 2016, foi agraciada com a Medalha Maestro Carlos Gomes e o título de Comendadora pela Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino (SBACE). Em abril de 2017, recebeu a Medalha de Cinquentenário das Forças Internacionais de Paz da ONU. Em maio do mesmo ano, foi convidada para participar da turnê do cantor brasileiro Daniel, na Europa, cantando ao lado dele a canção Con te Partirò, no Coliseu de Lisboa, Coliseu do Porto e Casino Figueira da Foz em Portugal. No mesmo mês, Nádia fez uma turnê por grandes teatros brasileiros ao lado do cantor Plácido Domingo Jr., filho do tenor Plácido Domingo.

Em 2019, lançou seu primeiro álbum pela Biscoito Fino, chamado Meu idioma é o amor, produzido por Guto Graça Mello. O projeto mistura standards da música internacional, peças clássicas e MPB, defendendo o gênero crossover (junção entre o clássico e popular). O disco conta com participação de Gilberto Gil e João Donato na música A Paz, de autoria dos dois. Em 2021, Nádia foi agraciada com o título de Chanceler Internacional pela Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino (SBACE).

Lançamento de livro: E por falar em voz…

Autora: Nádia Figueiredo

Edições Funarte

Formato: 16 x 23cm

Nº de páginas: 152

ISBN: 978-65-5845-006-1

Aquisição em todo o Brasil pela Livraria Mário de Andrade (Funarte), pelo e-mail livraria@funarte.gov.br

Preço: R$40

Mais informações: Fundação Nacional de Artes – Funarte | Gerência de Edições: edicoes@funarte.gov.br.

(Fonte: A Dupla Informação)

Julio Villani realiza exposição individual em Nova York

Nova York, por Kleber Patricio

Obra “At swing time”. Fotos: divulgação.

Júlio Villani inaugura nesta quinta-feira, 9 de dezembro, sua primeira individual em Nova York – Perspectivas em conflito. São vinte obras, produzidas especialmente para a exposição, que serão apresentadas na RX & Slag Galleries, galeria francesa que inaugurou um novo espaço na cidade norte americana no badalado bairro de Chelsea.

As cores são mais vivas e intensas do que nos últimos anos – mas a trama de suas estruturas segue baseada na linha. Júlio costuma dizer que “se apenas uma viesse a faltar, todo o edifício poderia ruir”.

Morando em Paris desde os anos 80, o artista tem sua marca nas formas geométricas, uma herança neoconcreta, mas sempre com uma dose de imprevisto.

O artista Júlio Villani.

No trabalho de Villani, as linhas são traçadas, apagadas e retraçadas com carvão sobre a tela. Recoberta com uma preparação em caulim (que lhe confere um aspecto fosco, mas também uma grande sensibilidade a qualquer intervenção sobre sua superfície), a tela conserva a memória de sua construção, que a cor não tenta esconder. O processo de criação, o movimento da mão e as hesitações do artista têm seu lugar, real e visível, no trabalho acabado.

Sensível é também o uso muito particular que Villani faz da perspectiva – que reaparece em seu trabalho após anos de composições explorando planos de cor mais do que o volume.

A exposição segue até 22 de janeiro.

Serviço:

RX & Slag Galleries

522 West, 19th street, Nova York

Telefone: +1 (212) 967 98 18

De: 9 a 22 de dezembro

Horário: terça a sexta, 10h às 13h e de 14h às 18h – sábados, 10h às 18h.

(Fonte: FleishmanHillard)