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22ª Bienal Sesc_Videobrasil divulga lista de artistas participantes

São Paulo, por Kleber Patricio

Obra: Pink Mao, de Tang Han, China, 2022.

O SESC São Paulo e a Associação Cultural Videobrasil anunciam a lista de participantes da 22ª Bienal Sesc_Videobrasil, edição que marca os 40 anos do Videobrasil e que ocorrerá entre 18 de outubro de 2023 e 28 abril de 2024 no SESC 24 de Maio. Intitulada “A memória é uma ilha de edição” – frase retirada de poema de Waly Salomão (1943-2003) –, a bienal segue com seu olhar voltado à arte produzida fora dos centros de poder euro-americanos dominantes. Deste modo, entre os 59 participantes – 51 deles selecionados a partir de chamada aberta – estão 20 artistas e coletivos da América do Sul, 13 da Ásia, 8 da África, 7 da Europa (Leste e Portugal), 5 das Américas Central e do Norte, 3 do Oriente Médio e 3 da Oceania.

“Desde sua criação, há 40 anos, o Videobrasil tem focado sua missão em formar caminhos alternativos para a exibição e apresentação de obras de arte como veículos para a negociação desses novos conhecimentos no Sul Global. Longe de ser apenas um significante de localização geográfica, o amplo alcance curatorial da bienal demonstra novas alianças entre praticantes culturais em todo e além deste Sul, respondendo às prementes injustiças, preconceitos e desapropriações de nossos tempos em uma constante mudança da paisagem global”, comenta Solange Farkas, diretora artística do Videobrasil.

Andro Eradze – “Raised in the Dust 2”.

Em uma estreita sintonia e duradoura parceria, o SESC e a Associação Cultural Videobrasil vêm juntos, desde os anos 1990, fomentando a pesquisa e a produção de artistas provenientes de diferentes nações do Sul geopolítico. Para Danilo Santos de Miranda, diretor do SESC São Paulo, “a realização da 22ª edição sob o título ‘A memória é uma ilha de edição’ é um convite a relembrar a origem desta bienal, que abre espaço para interações, trocas e aprendizagens entre artistas e público, reforçando assim, o compromisso da ação cultural da instituição em promover experiências de formação sensível e crítica acerca da cultura global”.

A curadoria da 22ª edição da Bienal Sesc_Videobrasil, assinada pelo brasileiro Raphael Fonseca e pela queniana Renée Akitelek Mboya, contou com um comitê internacional de pré-seleção formado por Amanda Carneiro (Brasil), Ana Sophie Salazar (Portugal), Nomaduma Masilela (EUA/Alemanha), Siddharta Perez (Filipinas), Tereza Jindrová (Tchéquia) e Ying Kwok (Hong Kong) para analisar as 2.319 inscrições de artistas de 119 nacionalidades. A partir do foco na descentralização dos eixos de poder nas artes visuais e na busca por diferentes sistemas de conhecimento – com destaque para os povos originários e indígenas de vários cantos do mundo –, as obras selecionadas respondem à provocação proposta no partido curatorial, colocando a memória no centro do debate como algo que é entendido globalmente, mas que tem suas particularidades em função das culturas que estão atendendo a esse chamado e da história pessoal dos artistas. O corpo, a comida, o texto, diversas abordagens sobre o som e até mesmo a tecnologia de games aparecem como recortes sobre o que pode significar memória.

Gabriela Pinilla Mariacano – “Roja muy Roja 1”.

O vídeo ainda é a mídia preferencial de boa parte dos artistas inscritos e aparece em diálogo com outras linguagens, como a cerâmica e o trabalho têxtil. Juliana Braga, gerente de Artes Visuais e Tecnologia do SESC São Paulo, destaca que “a universalidade que o vídeo vem conquistando ao longo das três décadas em que o SESC acompanha a trajetória do Videbrasil é perceptível”. Neste sentido, Solange afirma que “de algum modo a Bienal Sesc_Videobrasil se volta novamente para o vídeo, que se relaciona diretamente com os primórdios do Videobrasil, lá nos anos 1980. É interessante pensar como o vídeo, nesse momento, ocupa de novo um lugar central em todos os campos da cultura. Foi ele que nos conectou durante a pandemia e é ele também que está ao acesso de nossas mãos, todos os dias, nas telas de celular ou nos computadores”.

Nesta 22a edição da Bienal Sesc_Videobrasil, a mostra segue com grande foco não apenas na exposição propriamente dita, mas também nos programas públicos e publicações. Segundo a curadora Renée Akitelek Mboya, o evento tem na localidade e no espaço do SESC 24 de Maio um de seus grandes destaques. “Se pensarmos as exposições como emissárias na construção de sistemas de conhecimento, um espaço como este nos permite trabalhar à vista e em colaboração com as comunidades que utilizam a região adjacente do centro de São Paulo para introduzir formas de mediação e conhecimento não necessariamente acessíveis em espaços de exposição tradicionais ou em instituições de uso único”. Sobre a exposição, o curador Raphael Fonseca destaca que as obras estarão dispostas em diferentes pisos do edifício, criando variadas possibilidades de trajeto e diálogo entre os trabalhos: “Nesta edição da Bienal Sesc_Videobrasil não optamos por criar núcleos; desejamos que o corpo do público se movimente da maneira mais livre possível pelo espaço e crie seus próprios itinerários. Além disso, como se perceberá, em uma espécie de gesto que faz referência à história do evento, decidimos por ter trabalhos em vídeo mostrados de forma mais escultórica. Optamos mais por telas do que por salas escuras e projeções. Isso cria um ar arejado para a exposição e contribui para que que os trabalhos estejam numa conversa mais direta. Ocupando o térreo, o terceiro andar e o décimo primeiro, abraçamos o SESC 24 de Maio de forma mais ampla e desafiamos artistas a lidar com espaços muito diferentes”.

LISTA DE PARTICIPANTES

Abdessamad El Montassir, Marrocos | Abdul Halik Azeez, Sri Lanka | Abu Bakarr Mansaray, República da Serra Leoa | Adrian Paci, Albânia | Agnes Waruguru, Quênia | Ali Cherri, Líbano | Alicja Rogalska, Polônia | Andrés Denegri, Argentina | Andro Eradze, Geórgia | Anna Hulačová, Tchéquia | Antonio Pichilla Quiacain, Guatemala | Arturo Kameya, Peru | Bo Wang, China | Brook Andrew, Austrália | Camila Freitas, Brasil | Cercle d’Art des Travailleurs de Plantation Congolaise (CATPC), Congo | Doplgenger, Sérvia | Eduardo Montelli, Brasil | Euridice Zaituna Kala, Moçambique | FAFSWAG, Nova Zelândia | Froiid, Brasil | Gabriela Pinilla, Colômbia | Guadalupe Rosales, Estados Unidos | Hsu Che-Yu, Taiwan | Isaac Chong Wai, Hong Kong | Iwantja Arts, Austrália | Janaina Wagner, Brasil | Josué Mejía, México | Julia Baumfeld, Brasil | Karel Koplimets, Maido Juss, Estônia | Kent Chan, Singapura | La Chola Poblete, Argentina | Leila Danziger, Brasil | Maisha Maene, Congo | Maksaens Denis, Haiti | Marie-Rose Osta, Líbano | Maurício Chades, Brasil | Mayana Redin, Brasil | Mella Jaarsma, Indonésia | Moojin Brothers, Korea do Sul | Natalia Lassalle-Morillo, Porto Rico | Nolan Oswald Dennis, Zambia | Pamela Cevallos, Equador | PENG Zuqiang, China | Rodrigo Martins, Brasil | Sada [regroup], Iraque | Samuel Fosso, Camarões |Seba Calfuqueo, Chile | Sofia Borges, Portugal | TANG Han, China | Thi My Lien Nguyen, Vietnã/Suíça | Tirzo Martha, Curaçao | Tromarama, Indonésia | ujjwal kanishka utkarsh, Índia | Virgílio Neto, Brasil | Vitória Cribb, Brasil | Waly Salomão, Luciano Figueredo, Oscar Ramos, Brasil | Youqine Lefèvre, China | Zé Carlos Garcia, Brasil.

BIOGRAFIA DOS CURADORES

DIREÇÃO ARTÍSTICA

Solange Farkas, Feira de Santana-BA, 1955

Com quatro décadas de trânsito no meio cultural, Solange Farkas foi curadora-chefe do Museu de Arte Moderna da Bahia. Participou, como curadora convidada, do FUSO (Portugal), da Dak’Art – Bienal de Arte Africana Contemporânea (Senegal), do 6º Festival Internacional de Vídeo de Jacarta (Indonésia), da 10ª Bienal de Sharjah (Emirados Árabes Unidos), da 16ª Bienal de Cerveira (Portugal) e da 5ª Videozone – Bienal Internacional de Videoarte (Israel). Criadora e diretora da Associação Cultural Videobrasil, atua como diretora artística do festival e bienal Sesc_Videobrasil desde sua primeira edição, em 1983, investindo na criação tanto de seu acervo quanto de uma ampla rede de parceiros institucionais nos cinco continentes. Nos últimos anos, integrou o Júri de Premiação das 14ª e 15ª Bienal de Sharjah (2019), o Comitê de Premiação do Prince Claus Awards (2017-2018), o júri da 10ª Rencontres de Bamako – Bienal Africana de Fotografia (Mali, 2015), o Comitê de Seleção dos curadores para a 11ª Bienal de Berlin (2020) e ajudou a organizar a mostra Anthropocene Project no Ilmin Museum of Art (Coreia, 2019). É membra do comitê de jurados do EYE Art & Film Prize de Amsterdã e do conselho consultivo do espaço de arte Pivô, em São Paulo. Em 2017, foi contemplada com o Montblanc Arts Patronage Award, prêmio da fundação alemã destinado a profissionais com trajetória de destaque no apoio ao desenvolvimento das diversas expressões artísticas e culturais. Recentemente, realizou a curadoria de uma série de exposições na plataforma Videobrasil Online, inaugurada em 2020, e assina em 2022 a curadoria da mostra “Reviravolta”, realizada em Vitória em parceria com o Governo do Estado do Espírito Santo.

CURADORES CONVIDADOS

Raphael Fonseca, Rio de Janeiro, 1988

Pesquisador nas áreas de história da arte, crítica, curadoria e educação, tem interesse especial pelas relações entre arte, cultura visual e história em suas diversas concepções. A justaposição de diferentes temporalidades e a forma como isso pode suscitar reflexões contemporâneas para o público é de grande importância em sua prática. Humor, absurdo, cultura pop e a compreensão de que uma exposição se relaciona com as ideias de instalação, cenografia e espetáculo têm crescido dentre seus interesses de pesquisa. É o primeiro curador de arte latino-americana moderna e contemporânea no Denver Art Museum, nos Estados Unidos. Trabalhou como curador do MAC Niterói entre 2017 e 2020. Doutor em Crítica e História da Arte pela UERJ, recebeu o Prêmio Marcantonio Vilaça de curadoria (2015). Entre suas exposições recentes, estão “Who tells a tale adds a tail” (Denver Art Museum, 2022), “Raio-que-o-parta: ficções do moderno no Brasil” (Sesc 24 de Maio, 2022), “The silence of tired tongues” (Framer Framed, Amsterdã, Holanda, 2022), “Sweat” (Haus der Kunst, Munique, Alemanha, 2021-2022), “Vaivém” (Centro Cultural Banco do Brasil – São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, 2019-2020), “Lost and found” (ICA Singapore, 2019), “Sonia Gomes – a vida renasce, sempre’ (MAC Niterói, 2018) e “The sun teaches us that history is not everything” (Osage Art Foundation, Hong Kong, 2018).

Renée Akitelek Mboya, Nairóbi, 1986

É escritora, curadora e cineasta. Seu trabalho se baseia na biografia e na contação de histórias como forma de pesquisa e produção. Renée está atualmente preocupada em olhar e falar sobre imagens e as formas como elas são produzidas, mas especialmente como elas passaram a desempenhar um papel crítico como evidência da paranoia branca e como expressões estéticas da violência racial. Frente a isso, Renée busca entender melhor as maneiras pelas quais tais imagens são usadas para reforçar a narrativa institucionalizada do corpo racializado como um constante perigo à lei. Entre seus projetos mais recentes, estão “Sweet Like Honey” (Northern Corner Gallery, Musanze, 2022) e “A Glossary of Words My Mother Never Taught Me” (Cell Project Space, Londres, 2021). Renée trabalha entre Kigali e Nairóbi e é editora colaborativa do Wali Chafu Collective.

Sobre o Videobrasil

O Videobrasil é uma plataforma de arte e uma associação cultural que pesquisa e difunde a produção artística das regiões do Sul geopolítico do mundo – América Latina, África, Leste Europeu, Ásia e Oriente Médio. Criado e dirigido por Solange Farkas, integra uma rede de ações que inclui exposições, mostras, publicações, documentários, encontros e residências artísticas. Com mais de mil obras em vídeo e quatro mil itens, seu acervo é referência para conservação de vídeos, videoinstalações e registros de performance no continente.

Sobre o SESC São Paulo

Com 76 anos de atuação, o SESC – Serviço Social do Comércio conta com uma rede de 45 unidades operacionais no estado de São Paulo e desenvolve ações com o objetivo de promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio, serviços, turismo e para toda a sociedade. Mantido pelos empresários do setor, o SESC é uma entidade privada que atua nas dimensões físico-esportiva, meio ambiente, saúde, odontologia, turismo social, artes, alimentação e segurança alimentar, inclusão, diversidade e cidadania. As iniciativas da instituição partem das perspectivas cultural e educativa voltadas para todas as faixas etárias, com o objetivo de contribuir para experiências mais duradouras e significativas. São atendidas nas unidades do estado de São Paulo cerca de 30 milhões de pessoas por ano. Hoje, aproximadamente 50 organizações nacionais e internacionais do campo das artes, esportes, cultura, saúde, meio ambiente, turismo, serviço social e direitos humanos contam com representantes do SESC São Paulo em suas instâncias consultivas e deliberativas. Mais informações, clique aqui.

Serviço:

22ª Bienal Sesc _Videobrasil – A memória é uma ilha de edição

Local: SESC 24 de Maio

Período expositivo: 18 de outubro de 2023 a 28 de abril de 2024

Horário de funcionamento: terça a sábado, das 9h às 21h; domingos e feriados, das 9h às 18h

Acessibilidade: mobiliário acessível; audioguia geral e audiodescrição de objetos táteis; videoguia em Libras com Legendagem para Surdos e Ensurdecidos (LSE) e vibroblaster para obras sonoras; réplica, maquete e mapa táteis; piso podotátil e impressão dos textos em dupla leitura (português ampliado e Braile)

Classificação Livre | Entrada gratuita

SESC 24 de Maio

Endereço: Rua 24 de Maio, 109 República – São Paulo (SP) Telefone: (11) 3350-6300

Transporte Público: Metrô República (350m)

Não tem estacionamento

SESC 24 de Maio nas redes

sescsp.org.br/24demaio

Facebook | Instagram: @sesc24demaio

YouTube: /sesc24demaiovideos

Bienal Sesc_Videobrasil nas redes

www.bienalsescvideobrasil.org.br

facebook.com/ACVideobrasil

instagram.com/videobrasil.

(Fonte: A4&holofote Comunicação)

Theatro Municipal do Rio de Janeiro lança a primeira Residência de Artes Cênicas voltada para artistas de todo o estado

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Arte: Rodrigo Cordeiro.

Pela primeira vez, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro faz uma Residência de Artes Cênicas para artistas de todo o estado. Durante cinco meses, duas vezes por semana, os participantes vão vivenciar a prática teatral através de oficinas e aulas de investigação cênica, vocal e corporal, com profissionais residentes dos Corpos Artísticos do TMRJ e artistas convidados. Serão cinquenta encontros, totalizando duzentas horas, realizados no prédio anexo do Municipal. As atividades tiveram início no dia 2 de março e terminam em julho.

Os artistas fizeram as inscrições em janeiro, por meio de formulário disponibilizado no site do Municipal, passaram por audições com uma banca examinadora especializada em fevereiro e, agora, os 25 aprovados poderão aprimorar a sua arte com profissionais reconhecidos de uma das mais importantes casas de espetáculos do país.

“Pela primeira vez o Theatro Municipal abriga um laboratório de artes cênicas, em um formato inovador. A residência artística tem a proposta de desenvolver um trabalho corporal, de atuação, de escrita criativa e de música. Juntamente à Pós-Graduação em Ensino de Dança Clássica e nossa nova temporada artística, esse é apenas um dos novos projetos que nossa casa de espetáculos traz em 2023”, afirma a presidente da Fundação Teatro Municipal, Clara Paulino.

“O Theatro Municipal mais uma vez inova e traz pela primeira vez uma residência artística de grande importância aos artistas selecionados: ter o contato com uma instituição de tradição centenária, participando de seu cotidiano, recebendo aulas e integrando classes com profissionais de grande experiência, de forma a terem uma considerável bagagem artística e importante vivência, ajudando enormemente em sua formação. É o TMRJ sendo vanguarda como dinamizador da cultura e conhecimento”, destaca o diretor artístico do Theatro Municipal, Eric Herrero.

“Essa residência nasce com o propósito de ser um espaço, acolhedor e de troca coletiva, que possa potencializar o fazer teatral e a autocriação dos residentes. Não estamos medindo esforços para que todos consigam viver grandes experiências dentro do projeto. Prova disso são as oficinas realizadas ao longo do processo, que vão desde escrita criativa até workshops com companhias consagradas do Rio de Janeiro, além de acompanhamento ao longo de todo o curso pela nossa equipe de direção cênica, musical e de movimento. Vamos descobrir juntos qual é a cara que essa Residência vai ter, mas uma coisa é certa: ninguém sairá com o mesmo repertório que entrou”, esclarece Guilherme Quadrado, idealizador e diretor-geral da Residência.

Durante as aulas, serão desenvolvidas as habilidades de cada participante por meio do contato com diversas linguagens, como escrita criativa, harmonização musical, consciência corporal, investigação do movimento e análise dramatúrgica. Ao final, o grupo vai elaborar uma produção artística inédita com base na pesquisa e construção cênica coletiva realizada ao longo da jornada.

(Fonte: Claudia Tisato Assessoria de Imprensa)

Mundo Bita leva crianças a um voo lúdico no clipe “Sábia Coruja”

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem do clipe. (Divulgação)

A coruja é um símbolo de sabedoria que atravessa gerações. Não por acaso, a deusa grega Atena tem o animal como mascote e, na cultura japonesa, é uma figura de boa sorte, saúde e amor. O Mundo Bita, animação infantil com mais de 15 bilhões de visualizações no Youtube, lançou o clipe “Sábia Coruja” na última sexta, dia 3. O vídeo é o segundo da temporada “Bita e os Animais 3”, que estreou em janeiro.

Na aventura, a Tina encontra uma esperta coruja em um sonho cheio de magia e diversão. Junto de Bita, Lila, Dan e Tito, elas partem em um voo pelos céus, observando as casas lá do alto. Nesta viagem cheia de encanto, música e diversão, a turminha brinca entre as nuvens ao lado da mais nova amiga. Com um toque contemplativo, a canção tem a proposta de mostrar para os pequenos e pequenas a importância de ouvir o coração.

Um dos destaques do clipe é a abordagem de elementos como as estrelas e a noite de maneira alegre e em um ritmo. Segundo Chaps, criador do Mundo Bita, o público infantil pode aprender muito com os animais e apresentá-los com um olhar lúdico faz parte do papel da animação. “A coruja representa a sabedoria e a imaginação. Ela viaja pelos céus com o poder da criatividade, mostrando para as crianças que os sonhos podem se transformar em voos repletos de alegria”, afirma.

Confira um trechinho da letra:

“Eu viajo com você, Coruja

No meu sonho de verão

Pela lente dos teus grandes olhos

Hoje vou viajar

Para qualquer lugar

Em qualquer direção…”

Sobre O Mundo Bita

O Mundo Bita ganhou vida há 11 anos, no Recife (PE), nos estúdios da Mr. Plot, produtora de conteúdo fundada por Chaps e seus sócios, João Henrique Souza, Enio Porto e Felipe Almeida – todos pais. A princípio, Bita seria o protagonista de um livro digital, mas a ideia não vingou e a virada aconteceu quando o personagem foi transportado para o audiovisual. “Decidi compor algumas letras, melodias e fazer um teste”, conta Chaps.

A experiência deu tão certo que os mais de 100 clipes autorais lançados no Brasil ultrapassam 15 bilhões de visualizações no Youtube e o canal na plataforma conta com mais de 11 milhões de inscritos. As produções dos conteúdos autorais abordam, com leveza, cor e muita música, temáticas atuais e assuntos que contribuem para a formação saudável e solidária das crianças. Mundo Bita fala sobre a preservação da natureza, criação dos filhos, inclusão social, igualdade de direitos, família, sentimentos, higiene e outros temas importantes que permeiam o universo infantil.

Em 2023, um dos focos da produção será reforçar conteúdos já consolidados no Brasil no canal “Mundo Bita Español”, que conta atualmente com mais de 54 mil fãs e mais de 22 milhões de visualizações. Essa iniciativa faz parte do processo de internacionalização da marca “Mundo Bita”, iniciado em 2018 e que tem o objetivo de aumentar o alcance da produção principalmente na Espanha e em países latinos.

Site oficial

Youtube: Mundo Bita | Facebook: MundoBita | Instagram: mundobita | Tiktok: mundobita | Twitter: mundobita

América latina:

Youtube: Mundo Bita Espanol| Facebook: mundobitaespanol | Instagram: mundobitaespanol.

(Fonte: MNiemeyer Assessoria de Comunicação)

“Eva ou Lilith na Atualidade”: exposição coletiva homenageia mulheres

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Disposta sempre a garantir conexões com cultura de qualidade, a curadora Rosita Cavenaghi, da Art A3 Gallery, em São Paulo, anuncia a II edição da exposição coletiva “Eva ou Lilith na Atualidade”. O evento visa homenagear o Dia Internacional da Mulher. A exposição é gratuita e ficará disponível de 8 a 16 de março de 2023 no Shopping Parque da Cidade, piso térreo à Av. das Nações, 14401, Chácara Santo Antônio, São Paulo SP.

Os artistas participantes são Anne Walbring, Ara Vilela, Cláudio Takita, Edu Campos, Elisabeth Wortsman, Gisele Faganello, Gisele Ulisses, Ju Barros, Maria Estanislava, Maria Amelia Vianna, Marcelo Neves e Ricardo Muñoz.

A galerista Rosita Cavenaghi reforça que a Art A3 Gallery tem como propósito oferecer uma solução para tornar ambientes dos lares e também corporativos visualmente inspiradores. E com valores atraentes e dentro da realidade objetiva da decoração ou ainda, para colecionar obras de Arte de Artistas importantes dentro do cenário artístico contemporâneo. Uma excelente oportunidade de prestigiar obras com finalidade tão nobre como exaltar o Dia Internacional da Mulher.

Ainda hoje, grande parte das mulheres se identifica com uma das polaridades do modelo tradicional de adaptação: Eva ou Lilith. Enquanto Eva representa submissão, dependência, fraqueza, inferioridade e maternidade, Lilith é símbolo de liberdade, independência, igualdade, desejo, sensualidade. Qual o modelo mitológico mais reproduzido pelas mulheres atualmente?, questiona a curadora, que adiciona: o espaço expositivo é destacado e muito oportuno por estar nas proximidades de um dos centros médicos mais importante do país o que faz com que as obras apresentadas nesta exposição ganhem vida e brilho ainda maior.

“Eva ou Lilith na Atualidade” estará em exposição na Art A3 Gallery de 8 a 16 de março de 2023. O endereço é Shopping Parque da Cidade – piso térreo – Av. das Nações, 14401 | Chácara Santo Antônio, São Paulo (SP).

Serviço:

Exposição “Eva ou Lilith na Atualidade”

Quando: de 8 a 16 de março de 2023

Local: Shopping Parque da Cidade | piso térreo

Endereço: Av. das Nações, 14401 | Chácara Santo Antônio, São Paulo (SP)

Horário: segunda a sábado, das 10 às 20 horas | domingos e feriados, das 14 às 20 horas

Vernissage: 8 de março, das 17 h até 21h

Curadoria: Rosita Cavenaghi.

(Fonte: Assessoria de Imprensa Gisele Lahoz)

True crime no teatro: “Stalking – um conto de terror documental” aborda caso de assédio que começou no ambiente de trabalho

São Paulo, por Kleber Patricio

“Stalking” é um grito coletivo de liberdade e emancipação. Foto: Betânia Dutra.

“Você é tão simpática. Por acaso foi simpática assim com ele também?”. Desde 2015, a atriz Livia Vilela lida com um stalker e com comentários como esse, que descredibilizam o seu mal-estar. A perseguição transformou-se em um espetáculo teatral: “Stalking – um conto de terror documental” faz uma temporada no Teatro Cacilda Becker entre os dias 17 de março e 9 de abril, com sessões às sextas e sábados, às 21h, e, aos domingos, às 19h. Os ingressos custam de R$15 a R$30 e podem ser adquiridos de forma antecipada no site Benfeitoria.

O que começou com um “inocente” bombom logo ganhou contornos dignos de um filme de terror, com direito a ameaças por e-mail e aparecimentos inesperados. Por isso, vários elementos típicos de histórias assustadoras, como iluminação mais baixa, som mais alto, gritos e até sangue falso foram incorporados na peça.

A partir da história de Livia, Paulo Salvetti construiu a dramaturgia. A dupla também forma o elenco. No processo, a equipe percebeu que a narrativa poderia ser ainda mais impactante se explorasse também dispositivos típicos dos contos de fadas. Seria uma forma de evidenciar como a sociedade foi estruturada a partir dos comportamentos machistas e abusivos presentes na maioria, se não em todas as histórias infantis.

Foto: Anna Carolina Bueno.

“Durante nossa pesquisa, entendemos como a educação está a favor dos valores do patriarcado, que são determinados desde sempre”, defende Elisa Volpatto, codiretora que estreia na função ao lado de Rita Grillo. Basta lembrar contos como o do Barba Azul, um notório assassino de esposas ou mesmo o da Bela Adormecida, que é beijada por um completo desconhecido enquanto dorme.

Para adentrar nesse universo fantasioso, todos os personagens masculinos são representados por meio de figuras grotescas, que remetem aos lobos das histórias infantis. Além disso, dança, máscaras e animação de objetos são incorporadas à encenação ao lado de documentos chocantes, como os áudios, canções e e-mails enviados pelo perseguidor.

“Em cena, a protagonista monta grandes quadros com evidências, e ao final, é como se toda uma cena de crime estivesse preparada no palco. Assim, a peça nunca perde seu caráter documental e de true crime”, conta Rita.

Foto: Anna Carolina Bueno.

A ideia da montagem é tirar o espectador da zona de conforto. “A plateia não é apenas voyeur dessa história. Quem se dispuser a tal, pode experienciar, por meio da arte, um pouco do que a Livia viveu nesse tempo”, explica Salvetti.

Para produzir esse efeito, Stalking foi construída para desarmar todas as estruturas exaustivas que apareceram nessa trajetória da atriz para pedir ajuda. Isso significa que, em vários momentos, os personagens masculinos atravancam esse processo.

Uma luta e seus desdobramentos

Ao mesmo tempo, o espetáculo-denúncia reflete sobre a impunidade comumente concedida aos homens. Em oito anos de reviravoltas envolvendo polícia, advogados, medidas protetivas e uma escalada crescente de violência por parte de seu perseguidor, Livia nunca se sentiu completamente segura. E somente em 2022 foi expedido um primeiro mandado de prisão.

Foto: Guilherme Radell.

Apesar da dificuldade que teve em ser ouvida, sua luta trouxe ganhos para todas as mulheres. Em 2015, o ato de stalkear alguém não era visto como um problema pela sociedade. A situação só mudou em 2021, com a aprovação da Lei 14.132, que determina que perseguir alguém continuamente, seja física ou virtualmente, é crime. E Livia se tornou uma das primeiras pessoas no Brasil protegidas pela Lei Maria da Penha por sofrer esse tipo de assédio.

Essa peça, então, surgiu como um grito coletivo de liberdade e emancipação. “É um trabalho sobre as marcas deixadas no corpo de uma mulher. É sobre o medo de falar por já se saber desacreditada. É sobre as potências interrompidas em razão de um masculino que se sobrepõe em todas as instâncias da vida. É sobre todo o caminho exaustivo a se percorrer por apenas querer dizer a verdade”, comenta a atriz.

Sinopse | “Stalking – um conto de terror documental” é uma peça true crime baseada em um caso real de perseguição: no ambiente de trabalho, uma mulher começa a sofrer uma relação de assédio que transforma sua vida em um verdadeiro conto de terror. Em clima de deboche do patriarcado, a linguagem do espetáculo flerta com o universo do terror e dos contos de fadas, mapeando estruturas que precisamos desarmar para combater o machismo patriarcal tão fortemente enraizado em nossa sociedade.

Ficha Técnica

Atuação: Livia Vilela e Paulo Salvetti

Codireção: Elisa Volpatto e Rita Grillo

Assistência de Direção: Jackeline Stefanski Bernardes

Dramaturgia: Paulo Salvetti

Trilha Sonora Original: Malka Julieta

Iluminação: Gabriele Souza

Direção de Arte: Beatriz Barros

Provocação: Janaína Leite

Fotos: Betânia Dutra, Anna Bueno e Guilherme Radell

Identidade Visual: Orú Florydo

Operação de Som: Jess Silva

Operação de Luz: Sancler Pantano

Edição Vídeo Benfeitoria: Igor Luís

Produção: Corpo Rastreado – Gabs Ambròzia

Assessoria de Imprensa: Canal Aberto Comunicação | Márcia Marques.

Serviço:

Stalking – um conto de terror documental

17 de março a 9 de abril, às sextas e sábados, às 21h, e, aos domingos, às 19h

Local: Teatro Cacilda Becker | Endereço: R. Tito, 295, Lapa – São Paulo (SP)

Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada | Compre o ingresso com antecedência aqui: https://benfeitoria.com/projeto/stalkingsegundatemporada?fbclid=PAAaZeVKg6MWaNc34T32thW8fdWDxQrfLCCH_wYxRfxdJISRZudPhCMMA46Ec

Duração: 90 minutos | Classificação: 16 anos.

(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)